10º ENTEC Encontro de Tecnologia: 28 de novembro a 3 de dezembro de 2016 QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA MINERAL DO TRIANGULO MINEIRO

Documentos relacionados
QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE QUEIJOS COMERCIALIZADOS NAS FEIRAS LIVRES DO MUNICÍPIO DE UNAÍ, MG, BRASIL

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE SANDUÍCHES NATURAIS COMERCIALIZADOS EM ARAPONGAS PARANÁ SILVA, M.C; TOLEDO, E

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE LINGUIÇA SUINA COMERCIALIZADA NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DAS FARINHAS DE MESA TIPO SECA COMERCIALIZADAS EM BELÉM PARÁ

adota a seguinte Consulta Pública e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:

Diretor da Unidade de Microbiologia

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE CONSUMO NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS MINERAIS COMERCIALIZADAS EM BOA VISTA-RR

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO

PROGRAMA DE DISCIPLINA

Pesquisa de microrganismos indicadores de condições higiênico sanitárias em água de coco

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA CARNE BOVINA COMERCIALIZADA IN NATURA EM SUPERMERCADOS DO MUNICÍPIO DE ARAPONGAS-PR

OCORRÊNCIA DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES E SALMONELLA spp. EM SUSHIS COMERCIALIZADOS NAS CIDADES DE JOÃO PESSOA E CAMPINA GRANDE/PB

PALAVRAS-CHAVE Ensino Técnico. Engenharia de Alimentos.

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA MINERAL CONSUMIDA EM BEBEDOUROS DE RESTAURANTES INSTITUCIONAIS DO ESTADO DA BAHIA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO EM BEBEDOUROS DE ÁREAS PÚBLICAS, NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS (SP) E REGIÃO

ENUMERAÇÃO DE COLIFORMES A 45 C EM LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADO EM CAXIAS, MA

Introdução. Graduando do Curso de Nutrição FACISA/UNIVIÇOSA. 3

AVALIAÇÃO DE COLIFORMES EM ÁGUA MINERAL COMERCIALIZADA NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ/RN

PERFIL MICROBIOLÓGICO DE AMOSTRAS DE LEITE PASTEURIZADO DE ACORDO COM AS ESPECIFICAÇÕES MUNICIPAIS (SIM) E ESTADUAIS (IMA)

Avaliação microbiológica, fisíco-química de águas minerais comercializadas em Vitória da Conquista

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE SUCOS IN NATURA COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS NA CADEIA PRODUTIVA DE ÁGUAS ENVASADAS

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO MEL DE ABELHA Apis mellifera DO SERTÃO PARAIBANO

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE CARNE BOVINA MOÍDA COMERCIALIZADA EM LIMOEIRO DO NORTE-CE

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE NASCENTES NA ÁREA RURAL DO DISTRITO DO PIRAPÓ, APUCARANA PR

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE HORTALIÇAS SERVIDAS NO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DA UFPEL, CAMPUS CAPÃO DO LEÃO. 1. INTRODUÇÃO

PESQUISA DE SALMONELLA EM MOLHOS PRODUZIDOS E COMERCIALIZADOS EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO NA CIDADE DE MONTES CLAROS MG

QUALIDADE DE ÁGUA DE POÇO DE ABASTECECIMENTO DA CIDADE DE DELTA-MG

Vieira, Adalberto Presenting Author (PhD Candidate (Food Engineering) Praia, 21 de Janeiro de 2010.

Programa Analítico de Disciplina MBI130 Microbiologia dos Alimentos

IDENTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS DO GRUPO COLIFORMES EM CARNE MOÍDA COMERCIALIZADA EM SUPERMERCADOS DO MUNICÍPIO DE CUIABÁ MT

PESQUISA DE BACTÉRIAS DO GRUPO COLIFORME EM AMOSTRAS DE GENGIBRE IN NATURA COMERCIALIZADAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA, PR 1

Infarma, v.20, nº 7/8, 2008

CONTROLE MICROBIOLÓGICO DE GARRAFÕES DE 10 E 20 LITROS E SUA IMPORTÂNCIA NA SEGURANÇA ALIMENTAR

PERFIL MICROBIOLÓGICO DA ÁGUA MINERAL COMERCIALIZADA NO DISTRITO FEDERAL Anselmo Resende 1, Caroline Nunes do Prado 2.

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE UMA LANCHONETE UNIVERSITÁRIA NA CIDADE DE PELOTAS, RS.

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS MINERAIS NÃO CARBONATADAS EM EMBALAGENS DE 1,5 LITROS, COMERCIALIZADAS EM ARARAQUARA-SP

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS UTILIZADAS POR PEQUENAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS DE JUIZ DE FORA NO ANO DE

6ª Jornada Científica e Tecnológica e 3º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 04 de novembro de 2014, Pouso Alegre/MG

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO ENSAIOS BIOLÓGICOS. Teste de Esterilidade pelo método de filtração em membrana.

Resolução nº 12 de 02/01/2001 / ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (D.O.U. 10/01/2001)

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO. Determinação da alcalinidade pelo método titulométrico. LQ= 5 mg/l

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS MINERAIS DE DIFERENTES MARCAS COMERCIALIZADAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DAS ÁGUAS DE ABASTECIMENTO DE DOIS LATICÍNIOS LOCALIZADOS NO MUNICÍPIO DE QUIXERAMOBIM-CE

PERFIL MICROBIOLÓGICO DE ÁGUAS CONSUMIDAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS - BRASIL

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS MINERAIS EM EMBALAGENS INDIVIDUAIS COMERCIALIZADAS EM ARARAQUARA-SP

PESQUISA DE COLIFORMES FECAIS E PSEUDOMONAS AERUGINOSA EM LEITE HUMANO ORDENHADO PROVENIENTE DE BANCO DE LEITE LOCALIZADO NO AGRESTE PERNAMBUCANO

RESUMO RELATÓRIO DE ENSAIO

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA DE POÇO ARTESIANO DE UMA ESCOLA RURAL EM BAGÉ/RS

MICROBIOLOGICAL QUALITY OF DRINKING WATER IN MUNICIPAL SCHOOLS OF MAMBORÊ, PARANA

25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN

LAUDO N.º ANO:2014

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE MANTEIGAS COMERCIALIZADAS EM VIÇOSA (MG) 1. Introdução

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO. Determinação da alcalinidade pelo método titulométrico. SMWW, 22ª Edição, Método

PROJETO DE PESQUISA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO-ACRE.

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE MÃOS DE MANIPULADORES, MÁQUINAS DE MOER CARNE E FACAS DE CORTE, EM SUPERMERCADOS DA CIDADE DE APUCARANA- PR

Alessandro Alves de Almeida 1,2 ; Fernanda Hartmann Silva 2 ; Camila Silva Fonseca 1. ; Luciana Lopes Guimarães 1.

LISTAGEM DE ENSAIOS SOB ACREDITAÇÃO FLEXÍVEL INTERMÉDIA

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS MINERAIS EM GALÕES DE 20 LITROS

PROBLEMATIZAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: ANÁLISE DA PRESENÇA DE COLIFORMES NO LAGO DO JABUTI

RESOLUÇÃO Nº 310/MS/ANVS, DE 16 DE JULHO DE 1999 DOU DE 19/07/99

Fontes de m.o. 16/09/2015. Fontes de m.o. Plantas. algumas plantas produzem metabolitos antimicrobianos. interiores geralmente estéreis

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO EM INSTITUIÇÃO DE ENSINO DE BOM JESUS DO ITABAPOANA - RJ

ENUMERAÇÃO DE MICRORGANISMOS INDICADORES DA QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA EM QUEIJO COLONIAL

POTABILIDADE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA DE BEBEDOUROS EM UNIDADES DE CAMPUS UNIVERSITÁRIO

PARÂMETROS DE QUALIDADE DA POLPA DE LARANJA

A QUÍMICA PRESENTE NAS INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS

06/10/2017. Microbiologia da água

SUMÁRIO SUMÁRIO... LISTA DE FIGURAS... LISTA DE TABELAS... ÍNDICE DE ANEXOS... RESUMO... ABSTRACT INTRODUÇÃO... 1

Qualidade microbiológica da água de queijarias da microrregião Campo das Vertentes

Área de Atividade/Produto Classe de Ensaio/Descrição do Ensaio Norma e/ou Procedimento

Microbiologia ambiental 30/09/201 4

Rua Iguatemi, 511 Samae / Distribuição /06/ :00 hs

MICROBIOLOGICAL QUALITY OF WATER USED TO RECONSTRUCTION OF CHILDREN FOOD IN PEDIATRIC PRIVATE HOSPITAL NETWORK UNITS IN RIO DE JANEIRO CITY

Profa. Patricia Dalzoto Departamento Patologia Básica Universidade Federal do Paraná

Avaliação da qualidade microbiológica da água de nascentes em pequenas propriedades situadas no Vale do Ivaí

MICRO-ORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA HIGIÊNICO-SANITÁRIA 1

ESCHERICHIA COLI E STAPHYLOCOCCUS AUREUS EM MANTEIGA DE GARRAFA COMERCIA- LIZADA NA REGIÃO SUDOESTE DA BAHIA

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA MINERAL NATURAL E DE TAMPAS PLÁSTICAS UTILIZADAS EM UMA INDÚSTRIA DA GRANDE PORTO ALEGRE/RS

BACTÉRIAS DE IMPORTÂNCIA HIGIÊNICO-SANITÁRIA 1

POTENCIAL ANTIBIÓTICO DE EXTRATO AQUOSO DE CASCAS DE CAJUEIRO SOBRE BACTÉRIAS DO GRUPO COLIFORMES PARA TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

CONDIÇÕES HIGIENICO-SANITÁRIAS DOS LOCAIS E DAS COMIDAS DE RUA VENDIDAS NO MUNICIPIO DE AÇAILÂNDIA MA

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE MELÃO (Cucumis( melon var. inodorus) MINIMAMENTE PROCESSADO EM FUNÇÃO DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE FORMULAÇÕES LÁCTEAS INFANTIS PREPARADAS EM LACTÁRIOS HOSPITALARES DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS (SP) E REGIÃO

INÁCIO AFONSO KROETZ

Relatório CETEA A187-1/07 - Parcial. Data: 18 de dezembro de Preparado por: Centro de Tecnologia de Embalagem - CETEA/ITAL

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS UTILIZADAS PARA ABASTECIMENTO HUMANO NO MUNICÍPIO DE PARAÍSO DO TOCANTINS-TO

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO MINAS FRESCAL PRODUZIDOS POR PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO MUNICIPIO DE GUARAPUAVA E REGIÃO

DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ALGUNS ALIMENTOS COMERCIALIZADOS NAS IMEDIAÇÕES DE HOSPITAIS PÚBLICOS EM ARAGUAÍNA, TOCANTINS

QUALIDADE E INOCUIDADE DO QUEIJO ARTESANAL SERRANO EM SANTA CATARINA

ESTUDO PRELIMINAR DA QUALIDADE BACTERIOLÓGICA DA ÁGUA DE CISTERNA DE POLIETILENO EM QUATRO MUNICÍPIOS DO SEMIÁRIDO PERNAMBUCANO

DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE UMIDADE E CINZAS DE PEIXE SALGADO-SECO COMERCIALIZADO NA ZONA OESTE DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO RJ

ANÁLISES DE COLIFORMES TOTAIS E TERMOTOLERANTES EM PRODUTOS DERIVADOS LACTEOS E SORVETES

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. CONSULTA PÚBLICA Nº 541, DE 17 DE JULHO DE 2018 D.O.U de 18/7/2018

USO DO MÉTODO DO SUBSTRATO CROMOGÊNICO PARA QUANTIFICAÇÃO DO NÚMERO MAIS PROVÁVEL DE BACTÉRIAS DO GRUPO COLIFORME EM ÁGUAS MINERAIS ENVASADAS *

Art. 2º As empresas têm o prazo de 180(cento e oitenta) dias, a contar da data da publicação desta Resolução, para se adequarem ao mesmo.

Transcrição:

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA MINERAL DO TRIANGULO MINEIRO Bruna Santos Morais 1, Danusa Carolina Santos Fernandes 2, Thaís Cristina Carneiro Gonçalves 3, Elizabeth Uber Bucek 4, Ana Claudia Chesca 5, André Luís Teixeira Fenandes 6. 1,2,3 Acadêmica do curo de Engenharia Ambiental da Universidade de Uberaba. 4,5,6 Professor(a) Doutor(a) da Universidade de Uberaba. Uberaba MG. bruna-morais@outlook.com, andre.fernandes@uniube.br RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade microbiológica de amostras de agua mineral natural, de 5 marcas diferentes coletadas na região do Triangulo Mineiro. As análises foram realizadas com base na determinação legal onde investigou-se Enterococcus, Pseudomonas coliformes totais, fecais e a presença de Escherichia coli. As análises foram realizadas em triplicata, no Laboratório de Microbiologia de Alimentos da Universidade de Uberaba segundo metodologias propostas por Vanderzant e Splittstoesser (1999) e Silva et al. (2007). Os resultados mostram que em 100% das amostras não ocorreu a presença de coliformes fecais, Enterococcus, P. porém 60% das amostras encontram-se em desacordo com os padrões legais vigentes pois a amostra encontra-se com a presença de coliformes totais. Palavras-chave: Clostridium sulfito redutor; Escherichia coli; Pseudomonas aerugimosa. ABSTRACT The aim of this study was to evaluate the microbiological quality of natural water samples, using data from 5 different brands collected in the region of Triangulo Mineiro. The analyses, performed based on the legal determination, investigated Enterococcus, Pseudomonas aeruginosa, sulphite-reducing Clostridium, total and fecal coliforms and the presence of Escherichia coli. All analyses were performed in triplicate at the Food Microbiology Laboratory at the University of Uberaba according to the methodologies proposed by Vanderzant and Splittstoesser (1999) and Silva et al. (2007). The results show that 100% of samples do not have the presence of fecal coliforms, Enterococcus, Pseudomonas aeruginosa and sulphitereducing Clostridium, however 60% of the samples are not according to the current legal standards as the sample has total coliforms. Keywords: Clostridiumn sulfite reducing; Escherichia coli; Pseudomonas aeruginosa 1 Introdução Define-se água mineral natural como aquela água obtida diretamente de fontes naturais ou por extração de águas subterrâneas segundo as Resoluções de Diretoria Colegiada - RDC nº 274, de 22 de setembro de 2005, que aprova o regulamento técnico para águas envasadas e gelo; a RDC nº 275, de 22 de setembro de 2005 que aprova o regulamento técnico de características microbiológicas para água mineral natural e água natural e a RDC nº 173, de 13 de setembro de 2006

que dispõe sobre o regulamento técnico de boas práticas para industrialização e de água natural e a lista de verificação das boas práticas para industrialização e de água natural (BRASIL, 2005ab; 2006). Com a dúvida sobre a qualidade da água de abastecimento público, o cidadão passou a utilizar a água mineral com maior intensidade. Para atender a esse aumento na demanda as indústrias aumentaram a produção; novas empresas surgiram e também os falsários. Assim, é necessário conhecer se a qualidade esperada e paga pelo consumidor nesse produto, realmente existe (SABIONI, 2006). Quantidades expressivas de microrganismos têm sido relatadas em diversos estudos, motivando um maior controle por parte das autoridades sanitárias brasileiras, nos últimos anos. Conhecendo a importância da água mineral para o consumo humano, justifica-se a realização deste trabalho ao avaliar os aspectos da qualidade microbiológica em amostras de água mineral comercializadas na região do Triangulo Mineiro. 2 Material e Métodos O trabalho foi desenvolvido utilizando 05 marcas de água mineral natural adquiridas aleatoriamente no comercio da cidade de Uberaba - MG. As análises foram realizadas em triplicata, no Laboratório de Microbiologia de Alimentos da Universidade de Uberaba segundo metodologias propostas por Vanderzant e Splittstoesser (1999) e Silva et al. (2007). 3 Resultados e Discussão Segundo a Resolução RDC nº 275, de 22 de setembro de 2005, que aprova o regulamento técnico de características microbiológicas para água mineral natural e água natural envasadas, estas não devem oferecer riscos à saúde do consumidor e para isto, esta legislação estabelece que as amostras de água quando analisadas devem apresentar ausência de coliformes termotolerantes ou E. coli em 100 ml; Coliformes Totais, Enterococcus, P. aeruginosa e Clostridium sulfito redutor também deverão ser ausentes. As Tabelas 1 e 2 abaixo mostram os resultados obtidos nas análises realizadas. Tabela 1. Resultados microbiológicos. Microrganismos Amostra Coliformes Totais Coliformes Fecais Escherichia coli (Presença/Ausência) A 1 >16 <2,2 Ausência A 2 16 <2,2 Ausência A 3 5,1 <2,2 Ausência B 1 9,2 <2,2 Ausência B 2 2,2 <2,2 Ausência B 3 5,1 <2,2 Ausência C 1 5,1 <2,2 Ausência

C 2 16,0 <2,2 Ausência C 3 9,2 <2,2 Ausência D 1 <2,2 <2,2 Ausência D 2 <2,2 <2,2 Ausência D 3 <2,2 <2,2 Ausência E 1 <2,2 <2,2 Ausência E 2 <2,2 <2,2 Ausência E 3 <2,2 <2,2 Ausência Fonte: Laboratório Microbiologia de Alimentos UNIUBE. A enumeração de coliformes fecais e E. coli indica a possibilidade de ocorrência de outros microrganismos patogênicos entéricos na água e a possibilidade de contaminação fecal. Por outro lado, alguns sorotipos de E. coli são responsáveis por gastrenterites, tendo a diarreia como o principal sintoma (SILVA, 2000). Conforme os resultados da Tabela 1, as amostras apresentam ausência de coliformes fecais e E. coli, porém 60% encontram-se em desacordo com os padrões legais vigentes, pois apresentam coliformes totais acima dos valores estabelecidos As etapas a serem submetidas às águas minerais naturais, conforme BRASIL (2005a), não deve produzir desenvolver e ou agregar substâncias físicas, químicas ou biológicas que coloquem em risco a saúde do consumidor e ou alterem a composição original. A presença de coliformes nas águas analisadas indica ser uma contaminação de origem externa, tornando-as impuras. Os gêneros Pseudomonas, Acinetobacter, Alcaligenes, Flavobacterium, Micrococcus e Bacillus são microrganismos autóctones de águas minerais, ou seja, são aqueles que existem antes de qualquer tratamento ou processamento. Entretanto, outro tipo de microbiota bacteriano pode surgir na água mineral, são as chamadas bactérias alóctones, sendo as que aparecem durante as etapas prévias do engarrafamento, processamento ou mesmo do ambiente, causam maiores preocupações e incluemse neste grupo as espécies patogênicas e os patógenos oportunistas como P. aeruginosa (SANT'ANA et al., 2003). Porém em 100% das amostras não foi detectado a presença de Enterococcus, P. conforme mostra a Tabela 2. Tabela 2. Resultados microbiológicos. Microrganismos Amostra Enterococcus Pseudomonas aeruginosa Clostridium sulfito redutor (UFC/100mL) A 1 <3,0 <3,0 <10 A 2 <3,0 <3,0 <10 A 3 <3,0 <3,0 <10 B 1 <3,0 <3,0 <10

B 2 <3,0 <3,0 <10 B 3 <3,0 <3,0 <10 C 1 <3,0 <3,0 <10 C 2 <3,0 <3,0 <10 C 3 <3,0 <3,0 <10 D 1 <3,0 <3,0 <10 D 2 <3,0 <3,0 <10 D 3 <3,0 <3,0 <10 E 1 <3,0 <3,0 <10 E 2 <3,0 <3,0 <10 E 3 <3,0 <3,0 <10 Fonte: Laboratório Microbiologia de Alimentos UNIUBE. A Resolução RDC nº 173, de 13 de setembro de 2006 que dispõe sobre o regulamento técnico de boas práticas para industrialização e comercialização de água mineral natural e de água natural e a lista de verificação das boas práticas para industrialização e comercialização de água mineral natural e de água natural têm como objetivo definir procedimentos de Boas Práticas para industrialização e comercialização de água mineral natural ou de água natural envasada destinada ao consumo humano a fim de garantir sua condição higiênico-sanitária (BRASIL, 2016). Esta legislação aplica-se aos estabelecimentos que realizam a industrialização de água mineral natural e de água natural e também aos estabelecimentos que desenvolvam alguma das seguintes atividades: armazenamento, transporte, distribuição e ou de água natural envasadas, portanto não justifica a venda de água que coloque em risco a saúde do consumidor. 4 Conclusão As amostras de água minerais naturais comercializadas no Triangulo Mineiro apresentaram-se, num total de 60%, impróprias ao consumo humano, por não atenderem aos parâmetros estabelecidos pela legislação em vigor. Essa situação coloca em risco a saúde do consumidor. 5 Referencias Resolução RDC n.274, de 22 de setembro de 2005. Regulamento Técnicopara águas envasadas e gelo. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 de set. 2005a. Disponível Resolução - RDC nº 275, de 22 de setembro de 2005. Regulamento técnico de características microbiológicas para água mineral natural e água natural. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 de set. 2005b. Disponível

Resolução - RDC nº 173, de 13 de setembro de 2006. Regulamento Técnico de Boas Práticas para Industrialização e Comercialização de Água Mineral Natural e de Água Natural. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 13 de set. 2006. Disponível SABIONI, J. G.; SILVA, I. T. Qualidade microbiológica de águas minerais comercializadas em Ouro Preto, MG Revista Higiene Alimentar. São Paulo, v.20, n.143, p.72-78, 0101-9171. 2006. SANT ANA, A. S.; SILVA, S. C. F. L.; FARANI, J. I. O.; AMARAL, C. H. R.; MACEDO, V. F. Qualidade microbiológica de águas minerais. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 23, supl., p. 190-194, 2003. SILVA, J.A. Tópicos de tecnologia de alimentos. São Paulo: Varela, 2000. 227p. SILVA, N. et al. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos. 3. Ed. São Paulo: Varela, 2007. 552 p. VANDERZANT, C.; SPLITTSTOESSER, D. F. Compendium of methods for the microbiological examination of foods.3.ed. Washington: American Public Health Association, 1999. 1219p.