PARECER Nº, DE RELATOR: Senador BLAIRO MAGGI

Documentos relacionados
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

SENADO FEDERAL Gabinete do Senador ROBERTO ROCHA PSB/MA PARECER Nº, DE Relator: Senador ROBERTO ROCHA

RELATOR: Senador NEUTO DE CONTO

PARECER Nº, DE SENADO FEDERAL Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. RELATOR: Senador ROMERO JUCÁ I RELATÓRIO

S E N A D O F E D E R A L Gabinete do Senador RONALDO CAIADO PARECER Nº, DE Relator: Senador RONALDO CAIADO

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador ANTONIO CARLOS VALADARES I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador INÁCIO ARRUDA I RELATÓRIO

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador FLEXA RIBEIRO I RELATÓRIO

Marcelo Viana Salomão Mestre e doutorando PUC/SP

DIREITO CONSTITUCIONAL

SENADO FEDERAL. outro Eot.::tdo. DE~~~ nos termos do 3 do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 2015

PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL, Nº 2012

Como a Constituição trata tal imposto:

CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015 COMPLEMENTAR

PARECER Nº, DE Relator: Senador PLÍNIO VALÉRIO

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2017

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2013 (Do Sr. Deputado Mendonça Prado)

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N o 441, DE 2005

Emenda Constitucional nº 42, de 19 de dezembro de 2003 DOU de

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Estaduais ICMS Parte VI. Prof. Marcello Leal. Prof. Marcello Leal

SENADO FEDERAL Gabinete do Senador Lasier Martins PARECER Nº, DE Relator: Senador LASIER MARTINS

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 1.120, DE 2007

Gabinete do Sen. Romário (PODEMOS-RJ) PARECER Nº, DE Vem ao exame da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) o Projeto

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador RONALDO CAIADO I RELATÓRIO

PARECER Nº DE RELATOR: Senador DOUGLAS CINTRA I RELATÓRIO

Art. 1º. É inserido o seguinte parágrafo único no art. 193 da Constituição Federal:

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador PEDRO TAQUES I RELATÓRIO

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Estaduais ICMS Parte VII. Prof. Marcello Leal. Prof. Marcello Leal

A tramitação dá-se conforme o disposto no art. 24, II, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

PARECER N, DE RELATOR: Senador HUMBERTO COSTA. A proposição é estruturada em quatro artigos.

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador BENEDITO DE LIRA I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE Relator: Senador ANTONIO ANASTASIA

PARECER N.º, DE 2008

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador ANTONIO ANASTASIA

CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA MÓDULO 2

LEI Nº , DE 16 DE NOVEMBRO DE 2015.

Lei Complementar Nº 61 DE 28/12/2015 Publicado no DOE em 29 dez 2015

Processo Legislativo II. Prof. ª Bruna Vieira

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 170, DE (APOSENTADORIA POR INVALIDEZ)

Seção VI DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS

PEC 87/2015 e Convênio 93/2015 Novas regras de ICMS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA AO EXAME DA PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 147-A, DE 2012

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador FERNANDO BEZERRA COELHO. Gabinete do Senador Fernando Bezerra Coelho

S E N A D O F E D E R A L Gabinete do Senador RONALDO CAIADO PARECER Nº, DE Relator: Senador RONALDO CAIADO

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A DAR PARECER ÀS PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO RELACIONADAS À REFORMA POLÍTICA (PEC 182, DE 2007, E APENSADAS)

PARECER Nº, DE Relator: Senador ANTONIO ANASTASIA

SENADO FEDERAL SUBSTITUTIVO DA CÂMARA Nº 5, DE 2017, AO PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 130, DE 2014

SENADO FEDERAL Gabinete do Senador Fernando Bezerra Coelho PARECER Nº, DE Relator: Senador FERNANDO BEZERRA COELHO

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador MARCELLO CRIVELLA

REFORMA TRIBUTÁRIA: Análise da nova proposta de Governo Federal. FEDERASUL Meeting Jurídico Porto Alegre, 24 de abril de 2008

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador ROBERTO REQUIÃO I RELATÓRIO

RIO GRANDE DO NORTE LEI Nº 9.991, DE 29 DE OUTUBRO DE 2015.

Prof. Fernando Mattos

NOVO REGRAMENTO CONSTITUCIONAL DO ICMS INTERESTADUAL NO COMÉRCIO ELETRÔNICO PÓS EC 87/15

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Registro de Documento Fiscal pelo contribuinte substituído no recebimento de mercadorias retidas com ICMS-ST

Especialistas em pequenos negócios / /

CIRCULAR Nº 011. REFORMA TRIBUTÁRIA Emenda Constitucional nº 42/03 - Resumo

PROGRAMA DE CURSO. Redação Aplicada Prof. João Dino dos Santos Programa do Curso Assessor de Sucesso. Objetivo geral:

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador BLAIRO MAGGI I RELATÓRIO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA. PROJETO DE LEI Nº 6.971, DE 2006 (Apensados: PL nº 3.335/2012 e nº 3.451/2012)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 45, DE 2007

PROJETO DE RESOLUÇÃO DO SENADO Nº, DE 2015

SUGESTÃO Nº 146, DE 2018

CANALENERGIA. 27 de maio de 2008, Brasília

I 7% (sete por cento) para Municípios com população de até ( cem mil ) habitantes;

RELATOR: Senador EDUARDO MATARAZZO SUPLICY

PARECER Nº, DE SENADO FEDERAL Gabinete do Senador ALOYSIO NUNES FERREIRA. RELATOR: Senador ALOYSIO NUNES FERREIRA I RELATÓRIO

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2016

DIREITO TRIBUTÁRIO III: IMPOSTOS ESTADUAIS: ICMS

Decreto Nº 3916-R DE 22/12/2015

PONTO 1: Poder Constituinte PONTO 2: Poder Reformador PONTO 3: Poder Constituinte Decorrente 1. PODER CONSTITUINTE NATUREZA DO PODER CONSTITUINTE:...

DECRETO Nº , DE 17 DE DEZEMBRO DE 2013

EMENDA Nº /2015 (Do Sr. Hélio Leite e outros)

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA À APRECIAÇÃO DA PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 555, DE 2006

Sumário EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 87, DE 16 DE ABRIL DE CONVÊNIO ICMS 93, DE 17 DE SETEMBRO DE

EMENDA Nº 1-PLEN SUBSTITUTIVA AO PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 52, DE 2015 Autor: Senador Otto Alencar PSD/BA

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 2013

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2003 (Do Sr. Marcelo Castro e outros)

CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 7.437, DE 2010

G E T A P GRUPO DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS APLICADOS

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 145, DE 2011

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

Seminário Internacional sobre o Projeto de Reforma Tributária. Reforma Tributária PEC 233 e alterações

PARECER Nº, DE Relator: Senador LINDBERGH FARIAS. A PEC nº 67, de 2016, é composta por dois artigos.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA. PROJETO DE LEI N o 1.446, DE 2011 I - RELATÓRIO. Altera a Lei nº 6.888, de 10 de dezembro de 1980.

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2015

DECRETO Nº , DE 23 DE DEZEMBRO DE 2015.

PROVA DISCURSIVA P 4

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 238, de (Proposição apensada: PLP 275/2013)

Referência: Lei Estadual nº 7.175/15 Alteração Legislação Tributária estadual Rio de Janeiro.

Portaria nº 68, (DODF de 16/02/09)

Gabinete Senador ACIR GURGACZ PARECER Nº, DE RELATOR: Senador ACIR GURGACZ

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador HÉLIO JOSÉ

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador ARMANDO MONTEIRO

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 241-D, DE 2016

Transcrição:

PARECER Nº, DE 2015 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 124, de 2011, do Senador Acir Gurgacz e outros, que dá nova redação à alínea b do inciso X do 2º do art. 155 da Constituição Federal para excluir da imunidade relativa ao ICMS as operações interestaduais com energia elétrica. RELATOR: Senador BLAIRO MAGGI I RELATÓRIO A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 124, de 2011, que tem como primeiro signatário o Senador ACIR GURGACZ, propõe, por meio de seu art. 1º, alterar a alínea b do inciso X do 2º do art. 155 da Constituição Federal (CF), para retirar a energia elétrica do rol de produtos sobre os quais é vedada a incidência do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) nas operações interestaduais. A norma, caso aprovada, entrará em vigor a partir de 1º de janeiro do ano subsequente ao de sua publicação, conforme art. 2º. Os autores da proposição alertam para a injustiça do tratamento conferido aos Estados produtores de energia elétrica, no tocante à partilha da receita do ICMS decorrente de operações interestaduais com energia elétrica. Segundo afirmam, o constituinte, como regra geral, optou por um regime misto de apropriação da receita das operações e prestações interestaduais, conferindo ao Senado Federal o papel de árbitro desta importante divisão federativa de recursos. Dessa forma, a Resolução nº 22, de 19 de maio de 1989, fixou a alíquota interestadual em 12% e, nas operações originadas dos Estados das regiões Sul e Sudeste e destinadas às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo, em 7%. A diferença de cinco pontos percentuais da alíquota visou

2 atenuar as desigualdades regionais, uma vez que a fatia maior do tributo resultante da diferença entre a alíquota interna e a interestadual é apropriada pelos Estados de destino, ou seja, os Estados consumidores. A justificação da PEC destaca, contudo, que a Constituição excluiu a energia elétrica, o petróleo e seus derivados dessa regra de partição mista, estabelecendo a imunidade tributária nas respectivas operações interestaduais (art. 155, 2º, X, b ). Assim, a incidência do ICMS sobre os citados bens se dá exclusivamente nos Estados de destino, deixando o Estado de origem (produtor) à míngua dessa importante fonte de receita a terceira mais importante do ICMS. Continua, então, asseverando que a PEC visa reparar essa injustiça, de modo que as operações com energia elétrica deixem de ser exceção discriminatória e danosa, passando a compor a receita não só dos Estados consumidores, mas também dos Estados produtores, na mesma proporção das demais mercadorias e serviços. II ANÁLISE Não foram oferecidas emendas no prazo regimental. Nos termos do art. 101, inciso I, do Regimento Interno do Senado Federal, é competência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) opinar sobre a constitucionalidade, juridicidade e regimentalidade das matérias que lhe forem submetidas. Quanto à iniciativa, a PEC nº 124, de 2011, coaduna-se com o disposto no art. 60, inciso I, da CF, pois, reuniu número suficiente de assinaturas. Inexistem os óbices circunstanciais à alteração constitucional enunciados no 1º do art. 60 da CF (intervenção federal, estado de defesa ou estado de sítio), ou qualquer tentativa de lesão a cláusulas pétreas explícitas ou implícitas. Também não há registro de que a matéria nela tratada tenha sido rejeitada na presente sessão legislativa, estando apta ao regular trâmite. Não foi invadida a competência legislativa de outros entes federados ou dos demais Poderes da União. Em relação à juridicidade da proposta: i) o meio eleito para o alcance dos objetivos pretendidos (normatização via emenda constitucional) é o adequado; ii) a matéria nela vertida inova o ordenamento jurídico; iii) possui o atributo da generalidade; iv) afigura-se dotada de potencial coercitividade; e v) revela-se compatível com os princípios diretores do sistema de direito pátrio.

3 A técnica legislativa adotada na proposição observou os ditames da Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998. A PEC nº 124, de 2011, retira a imunidade de ICMS nas operações que destinem energia elétrica a outros Estados. Atualmente, como resultado da imunidade no Estado de origem, a cobrança se dá exclusivamente no Estado de destino. Aprovada a PEC, a energia elétrica passaria a se sujeitar às regras relativas à alíquota interestadual de ICMS, definidas por meio de resolução do Senado Federal, conforme prevê o inciso IV do 2º do art. 155 da CF. Como mencionado acima, as alíquotas interestaduais estão fixadas em 12% como regra geral, pela Resolução do Senado nº 22, de 1989. Existem exceções, em especial as transações originadas das regiões Sul e Sudeste, exclusive Espírito Santo, destinadas às regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo, que sofrem incidência de 7%. Trata-se de um regime misto, em que há partilha da arrecadação do ICMS entre os Estados de origem e de destino nas transações interestaduais. De modo simplificado, pode-se dizer que, na regra geral, o Estado exportador arrecada o resultado da incidência dos 12% sobre o valor da operação, enquanto o Estado importador fica com o equivalente à incidência da diferença entre a referida alíquota e sua alíquota interna. Assim, quanto maior (menor) a alíquota interestadual, maior (menor) a parcela do Estado de origem na partilha da arrecadação. Já no caso do Estado de destino, a situação é a inversa. Com a aprovação da PEC nº 124, de 2011, na forma da sua atual redação, as operações interestaduais com energia elétrica passariam a sofrer, pela regra geral, a incidência da alíquota interestadual de 12% já no Estado de origem, enquanto, no Estado de destino, haveria a incidência da diferença entre a sua alíquota interna e aquele percentual. Por exemplo, se a alíquota interna no Estado de destino fosse 25%, a incidência nesse último Estado seria de 13%. Como se pode ver, a incidência final corresponde a 25% (12% mais 13%), exatamente igual à alíquota interna do Estado de destino. O que a alíquota interestadual faz é repartir a apropriação da receita entre os Estados de origem e destino. No caso da energia elétrica, a dominância do princípio do destino foi plenamente justificável no contexto do final da década de 1980 do Século XX. Passados mais de vinte anos da promulgação da Constituição, é notório que o Brasil enfrenta outra realidade econômica, com novas demandas dos Estadosmembros e da União, que devem convergir para outro modelo de sistema tributário. Não faz sentido, hoje, que a energia elétrica produzida no Estado do

4 Paraná, por exemplo, possa gerar receita de ICMS para o Estado de São Paulo, e não signifique arrecadação direta para a unidade federativa de origem. Diante disso, somos favoráveis à aprovação da PEC, mas com uma alteração, realizada na forma da emenda substitutiva apresentada abaixo, que busca aplicar efetivamente a isonomia entre os entes federados. Trata-se de garantir a divisão igualitária da receita de ICMS entre Estados de origem e de destino. O substitutivo retira as operações com energia elétrica da regra de imunidade da alínea b do inciso X do 2º do art. 155 da CF e também cria nova regra específica, de modo que resolução do Senado defina o modo como a receita gerada por essas operações será igualmente repartida entre os Estados de origem e de destino. Além disso, tendo em vista a necessidade urgente de correção de uma injustiça criada pela regra hoje em vigor, propomos que os efeitos da PEC retroajam à data da sua apresentação, qual seja, 20 de dezembro de 2011. III VOTO Em face de todo o exposto, votamos pela aprovação da PEC nº 124, de 2011, nos termos da seguinte emenda substitutiva: EMENDA Nº CCJ (SUBSTITUTIVA) PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 124, DE 2011 Altera o 2º do art. 155 da Constituição Federal para excluir da imunidade relativa ao ICMS as operações interestaduais com energia elétrica, bem como dividir em partes iguais a apropriação da receita gerada por essas operações entre os Estados de origem e de destino. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

5 Art. 1º O 2º do art. 155 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 155...... 2º...... X -...... b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados;... XIII - nas operações que destinem energia elétrica a outros Estados, a resolução de que trata o inciso IV deste parágrafo definirá o modo como a receita gerada por essas operações será igualmente repartida entre os Estados de origem e de destino.... (NR) Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua promulgação, com efeitos retroativos a 20 de dezembro de 2011. Sala da Comissão,, Presidente, Relator