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Belo Horizonte INFORMATIVO 93 IMPRESSO ESPECIAL 9912250653-DR/MG Sindifisco DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS CORREIOS Envelopamento autorizado pode ser aberto pela ECT Março 2010 Debates nas unidades e reuniões no Sindicato Categoria esclarecida amplia sua capacidade de luta Com o objetivo de levar informações sobre as questões que preocupam o Fisco mineiro e mobilizar para a assembleia geral de 17 de março, quando serão decididas as formas de encaminhamento das principais lutas da categoria fiscal, a diretoria do SINDIFISCO-MG vem percorrendo, desde 22 de janeiro, o maior número possível de unidades de fiscalização da capital e do interior do Estado. No debate com os colegas, a diretoria procura não apenas levar a informação aos auditores fiscais, mas também ouvir as diversas opiniões e sugestões de colegas que se propõem a contribuir com o Sindicato na tarefa de encontrar caminhos para os problemas do Fisco. DFs BH - 03/02/10 Juiz de Fora - 04/02/10 Paralelamente às visitas, a diretoria tem realizado reuniões na sede do Sindicato, com segmentos da categoria cujos problemas demandam atuações específicas no contexto das lutas gerais do Fisco. A luta em prol da paridade motivou a realização de duas reuniões com aposentados, nos dias 18 de dezembro e 15 de março. O desmantelamento dos postos fiscais e os problemas acarretados pela transferência súbita de auditores foram temas da reunião realizada no dia 8 de fevereiro, com auditores fiscais lotados em postos. Também se reuniram com a diretoria auditores fiscais que ingressaram nos últimos concursos da SEF/MG. O encontro aconteceu no dia 1º de março, oportunidade em que o grupo debateu proposta da diretoria para o piso salarial e externou sua preocupação com as atuais regras de promoção na carreira. Luta em prol de toda a categoria Pág. 3 Informação e esclarecimento Pág. 5 Retorno à Intersindical Pág. 11

NADA É DE GRAÇA Somente com mobilização e luta é possível avançar EDITORIAL A história da classe trabalhadora no Brasil é um exemplo contundente de como uma simples mudança de foco pode promover uma grande transformação. Se, até pouco tempo, predominava a ideia de que cabia aos patrões ou à classe política a responsabilidade sobre o destino dos trabalhadores, aos quais eram concedidos benefícios ou privilégios, hoje está claro que nada veio, ou virá, de graça, e que só com muita luta e mobilização é possível almejar conquistas. Essa nova consciência resultou do fortalecimento das organizações sindicais, que assumiram a importante tarefa de mobilizar seus filiados. Na história do Fisco mineiro não tem sido diferente. Cada uma das conquistas comemoradas pela categoria fiscal carrega o peso da luta e do sacrifício de cada servidor. Todos aqueles que vivenciaram a campanha salarial 2006/2007, por exemplo, sabem o quanto de esforço pessoal foi necessário para enfrentar as dificuldades e o quanto foi importante agir como categoria. O movimento, que não deveria ultrapassar três ou quatro meses, tempo necessário para resolver o problema dos ativos, acabou se prolongando por mais de sete meses, com o objetivo de estender os ganhos aos aposentados. O trabalho intenso da diretoria, fortalecido pela mobilização e participação dos auditores, resultou num acréscimo de 83% no piso salarial e aumento de 36,96% no valor do ponto, que passou de R$ 0,46 (dez/2003) para R$ 0,63. Resultou, também, em acréscimo de 2.000 pontos Gepi para a categoria (1.000 pts em dez/2008, 500 pts em dez/2009 e 500 pts em jul/2010) e em aumento total de 58% para os aposentados. O mesmo ocorreu com o resultado de 2009, cujos ganhos já foram divulgados. Outro exemplo de luta está relacionado ao reposicionamento. Sem entrar na discussão do mérito e das distorções, é importante ressaltar que o reposicionamento não veio de graça; ele é fruto de intensa luta política patrocinada pela Coordenação Intersindical, que pressionou o governo e parlamentares na ALMG, fez ato público na Seplag, mobilizou servidores e promoveu várias discussões sobre o tema. O mesmo caminho deverá ser seguido no encaminhamento das nossas reivindicações mais recentes. Questões como o piso salarial, a incorporação da conta reserva, o reposicionamento e a interrupção do Progepi, entre tantas outras, só serão resolvidas com muita luta e mobilização. É com esse espírito que a categoria é aguardada para a assembleia geral de 17 de março, quando, JUNTOS, definiremos a agenda de lutas do SINDIFISCO-MG para 2010. Consciente da importância do envolvimento de todos os colegas da ativa e aposentados em torno das reivindicações que visam o fortalecimento da carreira fiscal, o Sindicato está incentivando o debate nas unidades, na certeza de que uma categoria esclarecida amplia sua capacidade de luta. No processo de fortalecimento de nossa identidade como categoria, a segurança na remuneração e a diminuição das desigualdades são responsabilidade de todos nós. A partir dessa mudança de foco fica mais fácil perceber que o resultado de nossas lutas e escolhas nunca nos é dado pelo governo, mas, conquistado por nós. A Diretoria 2 EXPEDIENTE Informativo SINDIFISCO-MG Nº 93 - Março 2010 Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual, Fiscais e Agentes Fiscais de Tributos do Estado de Minas Gerais Esta é uma publicação da Assessoria de Comunicação do SINDIFISCO-MG Filiado à Fenafisco - Federação Nacional do Fisco Estadual Jornalistas Responsáveis: Valéria Mercadante - MG 03309 JP / Marcela Souza - MTb 5533/MG / Lilian Souza - MTb 11931/MG Assist. de Comunicação: Juliana Saldanha Fotografia: RR Produções/SINDIFISCO-MG Projeto Gráfico e Diagramação: Arte Brasil Impressão: Gráfica Silveira Tiragem: 4.000 exemplares Distribuição gratuita DIRETORIA: Presidente Lindolfo Fernandes de Castro Vice-Presidente Christiano dos Santos Andreata Diretor de Assuntos Jurídicos Marco Antônio Mota Mayer Suplente Maria Selma de Castro Diretor-Tesoureiro Hugo Souza Sena Filho Suplente Roberta Briaca Sena Diretor-Administrativo José Roberto de Almeida Suplente Francisco Ricardo Muniz Guerra Diretora de Formação Sindical e de Relações Intersindicais Maria Cristina de Oliveira Suplente Lúcio Carlos Ferraz de Souza Diretor de Aposentados e Pensionistas Olivar Rocha Alcântara Suplente Flávio Cortat Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, não expressando, necessariamente, a opinião do SINDIFISCO-MG Papel reciclado utilizado em respeito ao meio ambiente

REUNIÕES NO SINDICATO Luta em prol de toda a categoria Como representante da categoria fiscal, o SINDIFISCO-MG tem o dever de atuar política e juridicamente em prol de todos os segmentos que compõem a classe sem, entretanto, perder de vista o seu compromisso maior, que é o de trabalhar pela valorização de toda a categoria, reduzindo injustiças e corrigindo distorções. Alguns segmentos enfrentam problemas específicos que, à primeira vista, não atingem outros colegas, mas, que, se observados sob a perspectiva de construção de uma carreira sólida e segura, comprometem o Fisco como um todo e, portanto, demandam atenção da diretoria. É o caso, por exemplo, dos fiscais aposentados, cuja luta pela paridade e integralidade deve também ser entendida como uma luta de toda a categoria. No extremo oposto, mas com problemas igualmente graves, estão os auditores fiscais que ingressaram nos últimos concursos da SEF/MG, já em condições inferiores ao início de carreira dos servidores mais antigos e que, desde então, convivem com a ameaça constante de novas perdas. Além desses dois segmentos, atualmente o Sindicato tem trabalhado também na busca de soluções para os problemas vividos por outro grupo, o dos auditores fiscais lotados em postos, seriamente prejudicados por medidas arbitrárias colocadas em prática pela SEF/MG com a implementação do Projeto Trânsito. Qualquer direito do auditor é tratado como direito coletivo da categoria, ressalta a diretoria nas reuniões. No intuito de acolher as insatisfações desses colegas e procurar caminhos que permitam enfrentar da melhor forma possível os problemas, a diretoria do SINDIFISCO-MG promoveu algumas reuniões na sede do Sindicato. q Reunião com auditores fiscais de postos (08/02/10) A reunião, que teve o objetivo de discutir estratégias de luta contra o desmantelamento dos postos fiscais determinado pelos decretos 45.202/09 e 45.205/09, discutiu a situação geral dos postos fiscais do Estado e, em particular, o drama vivido pelos auditores fiscais que estavam em exercício nas unidades extintas e que foram transferidos de forma arbitrária para outros locais de trabalho. Depois de reafirmar a posição da diretoria de defesa dos postos fiscais, cujo trabalho de combate à sonegação é fator decisivo para a arrecadação, tornando inadmissível que não haja em Minas uma fiscalização de trânsito forte, o presidente do SINDIFISCO-MG dividiu com os auditores a tarefa de encontrar caminhos e mobilizar colegas. A reunião contou com a participação do Departamento Jurídico do Sindicato, representado pelo advogado Hélio Baptista Bolognani, que esclareceu alguns questionamentos dos participantes em relação às ações contra os decretos, nas ilegalidades cometidas no banco de horas, de horas extras e de adicional noturno. 3

q Reunião com ingressos nos últimos concursos (1º/03/10) Os participantes debateram a proposta da diretoria para o piso salarial, momento em que foi apresentado estudo sobre as faixas salariais de ativos e aposentados. A diretoria ressaltou que a questão do piso deve ser tratada como uma reivindicação não só dos colegas recém-ingressos na Fazenda, mas de toda a categoria, cuja solução beneficia tanto ativos quanto aposentados. Piso é uma questão de segurança na carreira; se não cuidarmos do direito de quem está no início ou de quem vai ingressar na carreira, dificilmente esse colega lutará para preservar os nossos direitos, destacou o presidente do Sindicato, Lindolfo Fernandes de Castro. O vice-presidente, Christiano Andreata, ressaltou que a ideia do piso resolve o problema da desigualdade salarial e não importa em nenhuma renúncia dos justos benefícios conquistados pelos colegas mais antigos, o que seria inexigível em um contexto de arrocho salarial. A diretoria solicitou aos colegas que atuem como multiplicadores da proposta apresentada para o piso salarial: temos que ter em vista que a proposta do piso atinge uma faixa que vai muito além dos chamados novatos, então todos os beneficiados, direta e indiretamente, têm que abraçar essa causa. Os auditores fiscais também discutiram o desenvolvimento na carreira, demonstrando grande preocupação com as atuais regras de promoção, sobretudo considerando a interpretação restritiva que vem sendo dada às últimas decisões judiciais sobre o decreto de escolaridade. Após a discussão, foram traçadas duas linhas de trabalho para enfrentar o problema, uma política e a outra no campo jurídico. O vice-presidente do Sindicato afirmou que hoje existe espaço na diretoria para que o grupo de auditores ingressos nos últimos concursos da SEF/MG possa apresentar suas demandas, sendo reconhecida a necessidade de evitar a precarização dessa parcela da categoria. q Reuniões com aposentados (18/12/09 e 15/03/10) O SINDIFISCO-MG já promoveu duas reuniões com fiscais aposentados, ambas com a presença do presidente Lindolfo Fernandes de Castro e dos diretores de Aposentados e Pensionistas, Flávio Cortat e Olivar Alcântara. No primeiro encontro, realizado em 18 de dezembro de 2009 e que também contou com a participação do diretor Hugo Sena, os fiscais foram convidados a se juntarem ao Sindicato na luta pelos interesses dos aposentados. Na reunião do dia 15 de março, que contou com a participação do advogado Humberto Lucchesi, a discussão se concentrou em temas como plus, reposicionamento, transformação da conta reserva em Gepi, aposentadoria proporcional e ações judiciais. Os fiscais aposentados foram convocados a participarem da AGE de 17 de março, quando será definida a agenda de lutas do Sindicato para 2010. 4

Debates nas unidades Reposicionamento, piso, Progepi e paridade foram os principais temas discutidos Com a proposta de manter a categoria informada sobre o trabalho do Sindicato nas principais lutas de interesse do Fisco e esclarecer dúvidas dos auditores, a diretoria do SINDIFISCO-MG tem percorrido várias unidades fiscais do Estado para reuniões com os colegas da ativa e aposentados. Além de reafirmar as propostas de campanha, a diretoria tem esclarecido o resultado da negociação realizada com o governo em dezembro e explicado como o Sindicato pretende encaminhar cada uma das reivindicações. Nos encontros, tem sido ressaltada a disposição de ouvir as opiniões e sugestões de cada colega para construção da agenda de lutas 2010 do Sindicato, que será deliberada coletivamente durante assembleia geral da categoria marcada para 17 de março. DFT BH 22/01 DFs BH 1, 2, 3 e 4 03/02 Queremos, hoje, trazer informações sobre como andam as questões que mais têm nos preocupado remuneração (piso salarial, paridade e correção do vencimento básico), reposicionamento e alterações na apuração da Gepi, ouvir a opinião e as sugestões de vocês sobre como deve ser a luta do Sindicato a partir de agora, expõe, no início das reuniões, o presidente do SINDIFISCO-MG, Lindolfo Fernandes de Castro. Em todas as unidades, percebe-se a indignação dos auditores fiscais com as distorções e injustiças provocadas pelos Decretos Gepi (Progepi) e de Reposicionamento. A diretoria defende o profissionalismo, os auditores não podem se tornar vítimas de intimidação e ameaças feitas por alguns membros da gerência, que distorcem o caráter da Gepi, que representa uma parcela significativa de nossos vencimentos, utilizando-a contra a categoria, afirma o presidente do Sindicato. Aproveitando para reafirmar o posicionamento já externado em relação ao Progepi, a diretoria do SINDIFISCO-MG tem pedido aos Juiz de Fora 04/02 Contagem 05/02 55

colegas que se mobilizem no sentido de pressionar os comissionados pela imediata interrupção do projeto. Passos 02/03 Divinópolis 02/03 A diretoria tem informado aos colegas como foram as reuniões com a SEF/MG e a Seplag sobre o reposicionamento dos servidores e esclarecido que, mesmo com a publicação do Decreto 45.274 (30/12/09), lutará para corrigir as injustiças, de forma a ampliar os direitos para aqueles que não foram contemplados. O presidente do Sindicato informou que a SEF/MG já admitiu as distorções provocadas pelo decreto, mas só irá se pronunciar após obter dados mais detalhados sobre o número de auditores atingidos por essas distorções. Com relação ao piso salarial, outra grande preocupação da categoria, a diretoria tem afirmado que é o momento de atacar de frente as desigualdades na carreira. O foco será o piso, a transformação da conta reserva em Gepi (paridade) e a correção de vencimentos. A proposta da diretoria é que se estabeleça em lei um piso atrelado à Gepi, com isso nenhum auditor poderia receber remuneração inferior a ele, explicou a diretoria. A proposta de atrelar o piso à Gepi é hoje a mais viável, pois todos os auditores, ativos ou aposentados, lutariam pela mesma rubrica, a Gepi, e ninguém precisaria abrir mão de qualquer vantagem pessoal, ressaltou. Pouso Alegre 08/03 Varginha 04/03 6 Poços de Caldas 04/03

Veja onde o seu Sindicato esteve: Nas bases: u DFT BH 22/01 u DFs BH 1, 2, 3 e 4 03/02 u Juiz de Fora 04/02 u Contagem 05/02 u Passos 02/03 u Divinópolis 02/03 u Varginha 04/03 u Poços de Caldas 04/03 u Pouso Alegre 08/03 u Uberlândia 09/03 u Uberaba 09/03 Nos cenários estadual e nacional: Além das reuniões promovidas nas bases, o SINDIFISCO-MG tem participado ativamente da discussão dos temas de interesse do funcionalismo estadual, negociando as questões específicas do Fisco diretamente com o secretário de Fazenda e as questões de interesse geral, em conjunto com as lideranças das demais entidades que compõem a Coordenação Intersindical. O Sindicato também está atento ao debate das questões nacionais de interesse do Fisco, participando das reuniões e eventos promovidos pela Fenafisco. Nos dias 24 e 25 de fevereiro, por exemplo, a diretoria participou da 130º Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo da Fenafisco, ocasião em que foi definida, entre outras medidas, uma escala de revezamento entre os sindicatos estaduais para cumprimento de agenda de visitas a parlamentares no Congresso Nacional, com o objetivo de acompanhar o andamento dos principais projetos de interesse do Fisco. O presidente do SINDIFISCO-MG aproveitou a oportunidade para obter informações sobre a situação dos postos fiscais nos outros Estados, concluindo, pelo depoimento dos colegas, que não procede o argumento do governo de Minas de que o fechamento dos postos é uma tendência nacional. Veja, a seguir, os principais tópicos da apresentação em power point apresentada aos auditores fiscais durante as reuniões nas unidades: 57

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REMUNERAÇÃO AFRE I A Situação Atual Vencimento básico Valor da Gepi Valor da Conta Reserva ADE Total Remuneração Situação Proposta Vencimento básico Valor da Gepi Valor da Conta Reserva ADE Total Remuneração Complementação do Piso (PCP) VALOR DO PISO Valores 36,91 42,61 18,26 2,22 100 Valores 36,91 42,61 18,26 2,22 100 27,83 127,83 Proposta de Piso <=> 42,61 x 3 = 127,83 Notas q À medida que for aumentando o valor das outras parcelas da remuneração, a complementação do piso (PCP) irá diminuindo. q Remuneração total do AFRE I A (Vencimento + Gepi + Conta Reserva + ADE) = 100 q 42,61 equivale a 7.000 pontos Gepi 9

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COMPROMISSO Retorno do SINDIFISCO-MG à Coordenação Intersindical Conforme compromisso de campanha, logo após tomar posse, a diretoria do SINDIFISCO-MG restabeleceu o contato com a Coordenação Intersindical, importante fórum de discussão formado pelas entidades representativas dos servidores públicos estaduais. No dia 9 de fevereiro, o presidente do Sindicato, Lindolfo Fernandes de Castro, e a diretora de Formação Sindical e de Relações Intersindicais, Maria Cristina de Oliveira, participaram de reunião da Intersindical, para discussão de temas de interesse comum às diversas carreiras do funcionalismo e definição da pauta de luta para 2010. Outras reuniões se sucederam nos dias 22 de fevereiro e 3 de março. Por sugestão da diretoria do SINDIFISCO-MG mais duas reivindicações do funcionalismo foram acrescentadas à pauta de discussão: política salarial com correção das tabelas de vencimento que estão congeladas no caso da SEF/MG, desde 2006 e a contagem do período de estágio probatório para efeito da primeira promoção. A seguir, um resumo do que foi discutido nas reuniões: 09/02/10 q Prêmio por produtividade (plus) Desde 2009 a Coordenação Intersindical reivindica à Seplag a extensão do plus para os aposentados e servidores em licença (maternidade, para tratamento de saúde etc), mediante elaboração de Projeto de Lei. Em reunião com a Intersindical no dia 5 de março, o subsecretário de Gestão Frederico César Silva Melo descartou a ideia do prêmio, mas afirmou que o governo está sensível à questão dos aposentados. Ele explicou que como o plus está vinculado a um Acordo de Resultado do qual os aposentados não participam, torna-se inviável a extensão do prêmio. Segundo ele, o governo estudará uma outra forma de solucionar o problema. q Contribuição Sindical Obrigatória A Coordenação Intersindical discorda da cobrança. O imposto sindical, como vem sendo chamada a contribuição por causa de seu caráter compulsório, passou a ser recolhido desde 2009, com base na Instrução Normativa nº 1/2008, do Ministério do Trabalho e Emprego. O desconto é efetuado no mês de março e corresponde a um dia de trabalho do servidor. As entidades que integram a Intersindical decidiram redigir e assinar um do- cumento conjunto, dirigido à secretária de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, solicitando que a contribuição sindical obrigatória não seja descontada dos servidores a partir deste ano. Leia, no box ao fim da matéria, a posição do SINDIFISCO-MG em relação à contribuição obrigatória. q Novo Centro Administrativo A comissão da Intersindical que acompanha na Seplag o desenvolvimento da infraestrutura necessária ao cotidiano dos servidores no novo Centro Administrativo apresentou um relato sobre as condições de trabalho, transporte, estacionamento e alimentação. q Reforma do Estatuto do Servidor O governo do Estado está propondo a reforma do atual Estatuto do Servidor, a começar pela mudança de nome para Estatuto de Integridade e Conduta Funcional dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais. Foi criada uma comissão, entre as entidades que compõem a Intersindical, para estudar a proposta do governo de alteração do atual estatuto, que consiste, basicamente, na mudança de questões relacionadas ao processo administrativo. 11

q Agenda de luta para 2010 A pauta de luta da Intersindical para 2010 é a seguinte: u Recomposição das tabelas salariais dos servidores públicos de Minas Gerais; u Abertura imediata de concursos públicos onde há deficiência no quadro e, ainda, para substituição de terceirizados e contratados; u Fortalecimento do Ipsemg; u Outras lutas de interesse geral do funcionalismo. Pelo fim da contribuição sindical obrigatória! Com base na Instrução Normativa Nº 01 de 30 de setembro de 2008 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foi descontado no contracheque de março de 2009 um dia de trabalho referente à contribuição sindical obrigatória dos servidores públicos, prevista nos artigos 578 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho e no artigo 8º, inciso IV, da Constituição da República/1988. Após a publicação da instrução, o SINDIFISCO-MG encaminhou, em 3 de fevereiro de 2009, requerimento administrativo à Seplag, para apreciação em caráter de urgência, solicitando a realização do desconto da contribuição sindical compulsória dos auditores fiscais. Posteriormente, em assembleia geral realizada em 19 de março de 2009, a categoria deliberou pela devolução aos servidores sindicalizados. Entretanto, o valor total arrecadado com o desconto no contracheque dos auditores fiscais foi depositado em juízo pelo governo mineiro, sob a justificativa de não saber para qual sindicato encaminhar tal montante, pois várias entidades sindicais reivindicam o direito de recebê-lo. A luta pelo fim da contribuição sindical obrigatória não é fácil, mas vamos enfrentála em nome do sindicalismo sério, honesto e transparente, que defende efetivamente os interesses de seus filiados e da sociedade, afirma a diretoria do SINDIFISCO-MG A contribuição sindical obrigatória é uma discussão que divide opiniões, entretanto os sindicatos progressistas, com raras exceções, defendem o fim do desconto. A luta contra o desconto compulsório foi um dos compromissos de campanha da atual diretoria, que destaca três aspectos nesse debate: o jurídico, o financeiro e o ideológico. Do ponto de vista legal, segundo entendimento 1. do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o desconto não pode ser efetuado, uma vez que não há disposição legal expressa o autorizando. Segundo o Tribunal, o artigo 97 do CTN prescreve que somente lei pode estabelecer o fato gerador da obrigação tributária. Portanto, como não há lei própria específica determinando o desconto, este não pode acontecer, já que só há previsão para os servidores regidos pelo regime celetista. O entendimento do TJMG está claramente expresso em alguns acórdãos que podem ser acessados pela Internet, identificados pelos seguintes números: 1000064403876000; 10027000098106001; 100000017091380000; 10000002741494000. A contribuição, que equivale a um dia de trabalho, é cobrada apenas dos servidores da ativa. Do 2. ponto de vista financeiro, não há vantagens. Do valor total arrecadado com a contribuição compulsória, conforme determina a legislação, 40% é encaminhado para outras entidades, como confederações, federações e centrais sindicais, além do governo. Assim, o SINDIFISCO-MG teria direito a 60%, que, conforme decisão da categoria em AGE, seria devolvido somente para os sindicalizados. Ou seja: o filiado é penalizado em 40% para o Sindicato arrecadar somente 10% do valor total (que corresponde à contribuição dos não sindicalizados), pois 90% dos fiscais da ativa são filiados ao nosso Sindicato. Além disso, corre-se o risco de outras entidades sindicais reivindicarem a contribuição e ela não ser destinada ao nosso Sindicato, como, de fato, aconteceu em 2009. Do ponto de vista ideológico, a contribuição obrigatória é utilizada de forma a abarrotar o caixa 3. das entidades, muitas vezes, sem a contraprestação de serviços. Já a mensalidade é voluntária, o que permite medir a liderança e a capacidade de organização de um sindicato. Manifestação pública em março Durante as reuniões da Intersindical foi decidida a realização, no dia 16 de março, às 14h, de manifestação pública dos servidores, no novo Centro Administrativo, pela recomposição salarial (correção das tabelas de vencimentos). A cobertura do evento você verá no site do SINDIFISCO-MG e no próximo jornal. www.sindifiscomg.com.br Av. Afonso Pena, 3,130 - Conj.402 - Belo Horizonte - MG - CEP: 30130.009 Telefax: (31) 3281 8266-3281 1203 - e-mail: sindifiscomg@sindifiscomg.com.br