OFERTA CURRICULAR 2014/1 Professor Responsável: Alcindo Antônio Ferla Professores Colaboradorores: Ardigò Martino, Izabella Barison Matos e Ricardo Burg Ceccim. 1. Atividade de Ensino: Seminário Avançado Título: Saúde Global, globalização e efeitos nos serviços de saúde: Brasil e Itália Nº Créditos: 03 Código da Respectiva UPP: COL01103 (aproveitamento: obrigatória) 2. Horário da disciplina: Horário: 08h30 às 12h30 e das 14h00 das 18h00. Periodicidade: Concentrada Calendário: 22/04 a 05/05/2014. Data de início das aulas: 22/04/2014 3. Súmula: Ementa: Os processos da globalização mudaram os contextos locais aumentando a complexidade dos fatores de risco a que a população esta exposta. As transformações no padrão das comunicações, transporte, relações comerciais dentre outros, unificaram os estilos de vida a nível local e global. A responsabilidade na promoção dos direitos humanos vem se deslocando desde o estados as instituições internacionais. Nesse contexto, as atividades de ensino propõem aos estudantes sanitaristas a problematização para o enfrentamento de uma complexidade maior que aquela ligadas somente aos fatores de riscos ou protetivos da população. O aumento das desigualdades em saúde mostra que uma abordagem simplesmente biomédica não é capaz de promover a saúde por estar focado nos determinantes de saúde mais próximos, não levando em conta os determinantes estruturais. A disciplina terá como pano de fundo os sistemas de saúde comparados, em especial, do
Brasil e Itália. Contará com docentes convidados, no escopo da cooperação entre a UFRGS e a UNIBO. Objetivos: Definir quadro teórico acerca dos conceitos básicos de saúde global; Explorar a apresentação e discussão sobre o Sistema de Saúde Brasileiro e Italiano; Introduzir conceitos e discutir experiências acerca das metodologias de pesquisa em Saúde Global; Problematizar casos em saúde Programa (conteúdos de ensino-aprendizagem): Introdução à saúde global (15 horas): saúde e as suas dimensões; saúde e serviços de saúde: as desigualdades na saúde entre os países, nos países e nos serviços de saúde; cultura, sociedade, corpo e saúde, a incorporação, a violência estrutural e sofrimento social; introdução à globalização: a primeira globalização e a revolução industrial; a segunda globalização e a crise econômica global; globalização e os efeitos na saúde; determinantes estruturais da saúde e os novos desafios para os profissionais de saúde. Globalização e Sistemas de Saúde, uma comparação entre o Brasil e Itália (15 horas): A globalização e os efeitos sobre os sistemas de saúde: a epidemia das reformas de saúde na década de 90, as parcerias público-privadas, a crise econômica e a saúde dos migrantes; o sistema sanitário italiano e a transformação do contexto, a experiência da região de Emilia Romagna; Atenção Primária em Saúde e saúde global: a mudança de paradigma e desafios da formação; Profissionais e mudança de paradigma, a experiência de saúde mental na Itália. Abordagens metodológicas de pesquisa em saúde global e a cooperação UFRGS e UNIBO (15 horas): Introdução à metodologia de pesquisa quali quantitativa em saúde: A pesquisaação e formação-intervenção em saúde; Educação permanente como estratégia para a pesquisa em saúde; Metodologia de pesquisa etnográfica em saúde; Estudo de casos múltiplos; As pesquisas integradas UFRGS e UNIBO.
Método de trabalho (principais atividades pedagógicas): A dinâmica das atividades incluirá rodas de conversa, aulas expositivas, painéis e outras modalidades de aprendizagem participativa. Serão utilizados textos didáticos; imagens e vídeos; exercícios argumentativos e sínteses. Procedimentos e/ou critérios de avaliação: O processo avaliativo da UPP será pautado na participação e comprometimento na realização das diferentes atividades propostas em cada módulo e na frequência de 75% do total da carga horária da UPP, conforme Regimento da UFRGS: - Interatividade: A avaliação do desempenho do aluno na UPP será baseada na frequência e participação nas atividades propostas, considerando relevância e qualidade de sua participação. - Atividades avaliativas: Durante o período dos encontros serão propostas atividades diversas e avaliadas de acordo com o contexto e a qualidade das respostas: exercícios argumentativos e analíticos, fóruns de discussão, elaboração de uma síntese reflexiva. Estarão aprovados os alunos que alcançarem nota final igual ou superior a 7,0 (sete), conceitos A, B ou C. Para aqueles com nota inferior a 7,0 (sete) haverá atividade de recuperação, quando a nova nota substituirá todas as demais. A atividade de recuperação prevista para a UPP envolve as especificidades de cada módulo que devem ser contempladas no trabalho final da UPP. O aluno em pendência (nota inferior a 7,0) deverá refazer o trabalho final da UPP. O conceito final resultará da conversão de notas em conceitos conforme segue: Conceito A = nota de 9,0 a 10,0 Conceito B = nota de 8,0 a 8,9 Conceito C = nota de 7,0 a 7,9 Conceito D = nota inferior a 7,0
Conceito FF = aluno com excesso de faltas O aluno com excesso de faltas (conceito FF para alunos com menos de 75% de presença) estará automaticamente reprovado, sendo desligado da UPP ao atingir esse índice independente de qualquer aviso precedente sobre o fato. O aluno poderá solicitar ao Professor Responsável pela UPP a revisão do seu conceito final até 72 horas após a divulgação do mesmo, conforme o artigo 136 do Regimento Geral da UFRGS, procedendo ao pedido por escrito e acompanhado de justificativa. Bibliografia: BAUMAN, Z. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro. Zahar. 1999 CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa et al. (Orgs.). Tratado de Saúde Coletiva. 2. ed. São Paulo: HUCITEC; Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2009. JANES CR, CORBETT KK. Anthropology and Global Health. Annual Review of anthrolopogy, 38:167-83, 2009. FARMER, P. An anthropology of structural violence. Current Antropology, vol.45, 2004. FERLA, A. A. Avaliação da atenção básica no Brasil: estudos multicêntricos integrados sobre acesso, qualidade e satisfação dos usuários. Porto Alegre/RS, 2011. Projeto de Pesquisa Coordenadoria da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. FERLA, A.A. Clínica em Movimento: Cartografias do cuidado em saúde. EDUCS. 2007. GIL, C. R. R. Atenção primária, atenção básica e saúde da família: sinergias e singularidades do contexto brasileiro. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n.6, p. 1171-1181, jun, 2006. KOPLAN JP, BOND TC, MERSON MH, REDDY KS, RODRIGUEZ MH, SEWANKAMBO NK, WASSERHEIT JN. Towards a common definition of Global Health. Lance, 373:1993-95. 2009.
MINAYO, M. C. S. Contribuições da antropologia para pensar e fazer saúde. In: CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa et al. (Orgs.). Tratado de Saúde Coletiva. 2. ed. São Paulo: HUCITEC; Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2009. p. 189-218. OMS. Redução das desigualdades no período de uma geração: igualdade na saúde através de ação sobre os seus determinantes sociais (Relatório). Disponível em: < http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789248563706_por.pdf> 2010. QUARANTA, IVO. Da comunicação da informação à produção do significado como estratégia para a promoção do direito da saúde. RECIIS Rev. Eletr. De Com. Inf. Inov. Saúde. Rio de Janeiro, v.6, n.2, sup. Ago., 2012. Disponível em: <http://www.reciis.cict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/621/1087> VIACAVA, F. et al. Avaliação de Desempenho de Sistemas de Saúde: um modelo de análise. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 4, p. 711-724, 2012.