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Transcrição:

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2015 e relatório dos auditores independentes

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras Aos Administradores e Acionistas Votorantim Siderurgia S.A. Examinamos as demonstrações financeiras da Votorantim Siderurgia S.A. (a Companhia ), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2015 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Empresa é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou por erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou por erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Empresa para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Empresa. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. 2

Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Votorantim Siderurgia S.A. em 31 de dezembro de 2015, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Outros assuntos Informação suplementar - demonstração do valor adicionado Examinamos também a demonstração do valor adicionado (DVA), referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, preparada sob a responsabilidade da administração da Empresa, e apresentada como informação suplementar. Essa demonstração foi submetida aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, está adequadamente apresentada, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Curitiba, 2 de março de 2016 PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 F RJ Leandro Sidney Camilo da Costa Contador CRC 1SP 236051/O-7 S RJB 3

Índice Demonstrações financeiras Balanço patrimonial...6 Demonstração do resultado...7 Demonstração do resultado abrangente...8 Demonstração das mutações no patrimônio líquido...9 Demonstração dos fluxos de caixa...10 Demonstração do valor adicionado...12 Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras 1 Considerações gerais... 13 1.1 Principais eventos ocorridos durante o exercício de 2015... 13 2 Apresentação das demonstrações financeiras... 13 2.1 Base de apresentação e resumo das principais práticas contábeis... 13 2.2 Conversão de moeda estrangeira... 14 2.3 Caixa e equivalentes de caixa... 14 2.4 Ativos financeiros... 14 2.4.1 Classificação, reconhecimento e mensuração... 14 2.4.2 Impairment de ativos financeiros mensurados ao custo amortizado... 15 2.5 Instrumentos financeiros derivativos... 15 2.6 Contas a receber de clientes... 16 2.7 Estoques... 16 2.8 Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido... 16 2.9 Depósitos judiciais...17 2.10 Imobilizado...17 2.11 Ativos biológicos...17 2.12 Investimento... 18 2.13 Impairment de ativos não financeiros... 18 2.14 Contas a pagar aos fornecedores... 19 2.15 Empréstimos e financiamentos... 19 2.16 Provisões de natureza tributária, cível, trabalhistas, ambientais e outras ações judiciais... 19 2.17 Benefícios a funcionários... 19 2.18 Capital social...20 2.19 Reconhecimento da receita...20 2.20 Distribuição de dividendos...20 2.21 Lucro (prejuízo) por ação...20 3 Mudanças nas práticas contábeis e divulgações...20 4 Estimativas e julgamentos contábeis críticos...22 5 Gestão de risco sócio ambiental...23 6 Gestão de risco financeiro...24 6.1 Fatores de risco financeiro...24 6.1.1 Derivativos contratados... 27 6.1.2 Estimativa do valor justo...28 6.1.3 Demonstrativo da análise de sensibilidade...29 6.1.4 Gestão de capital...30 7 Instrumentos financeiros por categoria... 31 8 Qualidade dos créditos dos ativos financeiros... 31 9 Aplicações financeiras...32 10 Contas a receber de clientes...33 4

11 Estoques...34 12 Tributos a recuperar...35 13 Partes relacionadas...36 14 Outros ativos... 37 15 Investimentos...38 16 Imobilizado... 41 17 Ativos biológicos...42 18 Empréstimos e financiamentos...44 19 Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos... 47 20 Instrumentos financeiros compromisso firme...49 21 Outros passivos...50 22 Programa de Recuperação Fiscal (REFIS)...50 23 Provisões...50 24 Patrimônio líquido...54 25 Receita líquida... 55 26 Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas...56 27 Resultado financeiro líquido...56 28 Abertura de resultado por natureza... 57 29 Despesa de benefícios aos empregados... 57 30 Plano de contribuição previdenciária definida... 57 31 Seguros... 57 32 Eventos subsequentes...58 5

Balanço patrimonial Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais Ativo Circulante Caixa e equivalentes de caixa Aplicações financeiras Passivo e patrimônio líquido Circulante Nota 2015 2014 Nota 2015 2014 7.015 14 Empréstimos e financiamentos 18 173.310 166.579 9 227.948 446.764 Fornecedores 181.557 174.512 Contas a receber de clientes 10 244.019 235.701 Salários e encargos sociais 55.253 53.798 Estoques 11 281.637 275.478 Tributos a recolher 13.862 16.486 Tributos a recuperar 12 78.305 57.216 Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 49.314 - Dividendos a receber 13 24.180 25.423 Instrumentos financeiros - compromisso firme 20 1.840 - Outros ativos 14 33.548 29.430 Outros passivos 21 35.744 28.987 896.652 1.070.026 510.880 440.362 Não circulante Não circulante Realizável a longo prazo Empréstimos e financiamentos 18 905.582 838.190 Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 147.292 - Partes relacionadas 13 1.106 11 Tributos a recuperar 12 22.970 24.453 Imposto de renda e contribuição social diferidos 19 (b) 119.851 26.034 Partes relacionadas 13 15.305 15.004 Provisões 23 (a) 16.501 39.671 Depósitos judiciais 23 (b) 37.944 67.714 Instrumentos financeiros - compromisso firme 20 44.160 - Outros ativos 14 28.110 4.223 Outros passivos 21 176 177 251.621 111.394 1.087.376 904.083 Total do passivo 1.598.256 1.344.445 Investimentos 15 651.486 569.909 Patrimônio líquido 24 Imobilizado 16 2.009.377 2.069.121 Capital social 2.543.067 2.673.068 Ativos biológicos 17 74.653 127.989 Reservas de lucros 89.474 Prejuízos acumulados (59.411) 2.987.137 2.878.413 Ajustes de avaliação patrimonial (198.123) (158.548) Total do patrimônio líquido 2.285.533 2.603.994 Total do ativo 3.883.789 3.948.439 Total do passivo e patrimônio líquido 3.883.789 3.948.439 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 6 de 58

Demonstração do resultado Exercícios findos em 31 de dezembro Nota 2015 2014 Receita líquida de produtos vendidos e dos serviços prestados 25 2.256.181 2.481.374 Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados 28 (1.881.533) (1.987.696) Lucro bruto 374.648 493.678 Receitas (despesas) operacionais Com vendas 28 (225.479) (231.227) Gerais e administrativas 28 (157.441) (173.186) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 26 (90.029) 30.064 (472.949) (374.349) Lucro (prejuízo) operacional antes das participações societárias e do resultado financeiro (98.301) 119.329 Resultado de participações societárias Equivalência patrimonial 15 153.774 107.252 Resultado financeiro líquido 27 Receitas financeiras 163.792 45.312 Despesas financeiras (109.553) (94.445) Variações cambiais, líquidas (164.780) (9.549) 153.774 107.252 (110.541) (58.682) Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social 19 (55.068) 167.899 Imposto de renda e contribuição social Diferidos 19 (93.817) (24.843) Lucro líquido (prejuízo) do exercício (148.885) 143.056 Quantidade média ponderada de ações 170.802 170.802 Lucro líquido (prejuízo) básico e diluído por ação, em reais (871,68) 837,55 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 7 de 58

Demonstração do resultado abrangente Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais Nota 2015 2014 Lucro líquido (prejuízo) do exercício (148.885) 143.056 Outros componentes do resultado abrangente do exercício a serem posteriormente reclassificados para o resultado Variação cambial de investidas localizadas no exterior 15 (c) (39.575) (36.344) Participação em outros resultados abrangentes das investidas (2.889) (39.575) (39.233) Total do resultado abrangente do exercício (188.460) 103.823 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 8 de 58

Demonstração das mutações no patrimônio líquido Exercícios findos em 31 de dezembro Reservas de lucros Ajustes de Nota Capital social Legal Retenção Prejuízos acumulados avaliação patrimonial Patrimônio líquido Em 1º de janeiro de 2014 2.673.068 14.694 189.263 (119.315) 2.757.710 Total do resultado abrangente do exercício Lucro líquido do exercício 143.056 143.056 Outros componentes do resultado abrangente do exercício (39.233) (39.233) Total do resultado abrangente do exercício 143.056 (39.233) 103.823 Total de distribuições aos acionistas Destinação do lucro Dividendos pagos de exercícios anteriores (R$ 1,11 por ação) (189.261) (189.261) Constituição de reserva legal 7.153 (7.153) Dividendos pagos referente ao exercício de 2014 (R$ 0,40 por ação) 24 (b) (68.278) (68.278) Retenção de lucros 67.625 (67.625) Total de distribuições aos acionistas 7.153 (121.636) (143.056) (257.539) Em 31 de dezembro de 2014 2.673.068 21.847 67.627 (158.548) 2.603.994 Total do resultado abrangente do exercício Prejuízo do exercício (148.885) (148.885) Outros componentes do resultado abrangente do exercício (39.575) (39.575) Total do resultado abrangente do exercício (148.885) (39.575) (188.460) Total de contribuições dos acionistas e distribuições aos acionistas Redução de capital social 1.1 (a) (130.001) (130.001) Compensação do prejuízo acumulado (21.847) (67.627) 89.474 Total de distribuições e contribuições aos acionistas (130.001) (21.847) (67.627) 89.474 (130.001) Em 31 de dezembro de 2015 2.543.067 (59.411) (198.123) 2.285.533 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 9 de 58

Demonstração dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais Nota 2015 2014 Fluxo de caixa das atividades operacionais Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social (55.068) 167.899 Ajustes de itens que não representam alteração de caixa e de equivalentes de caixa Juros e variações monetárias e cambiais 202.928 61.831 Equivalência patrimonial 15 (c) (153.774) (107.252) Depreciação e exaustão 16 e 17 122.740 141.270 Perda (ganho) na venda de imobilizado 26 (224) (33.423) Alteração no valor justo do ativo biológico 17 44.326 (31.999) Instrumentos financeiros compromisso firme 46.000 Provisão para impairment de imobilizado 16 2.903 Provisões (9.899) 17.060 199.932 215.386 Decréscimo (acréscimo) em ativos Aplicações financeiras 250.171 (234.475) Contas a receber de clientes (14.610) 35.959 Instrumentos financeiros derivativos (147.292) Estoques 40.624 (33.604) Tributos a recuperar (19.606) 6.061 Demais créditos e outros ativos 1.765 13.087 Acréscimo (decréscimo) em passivos Fornecedores 7.045 (40.621) Salários e encargos sociais 1.455 3.238 Tributos a recolher (2.015) 15.717 Instrumentos financeiros derivativos 49.314 Demais obrigações e outros passivos 3.055 (87) Caixa proveniente das (aplicado nas) operações 369.838 (19.339) Juros pagos sobre empréstimos e financiamentos 18 (c) (79.798) (60.529) Imposto de renda e contribuição social pagos (609) (925) Caixa líquido proveniente das (aplicado nas) atividades operacionais 289.431 (80.793) As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 10 de 58

Demonstração dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais Fluxo de caixa das atividades de investimento Aquisição de imobilizado 16 (96.826) (95.892) Aumento de ativo biológico 17 (12.608) (34.212) Redução de capital em investida 15 (c) 24.500 Partes relacionadas (301) (5.127) Recebimento de vendas de ativos 1.313 151.191 Recebimento de dividendos 8.122 22.310 Caixa líquido proveniente das (aplicado nas) atividades de investimento (75.800) 38.270 Fluxo de caixa das atividades de financiamento Captações de recursos 18 (c) 537.325 527.729 Liquidação de empréstimos e financiamentos 18 (c) (615.049) (137.132) Partes relacionadas 1.095 (77.123) Redução de capital social (130.001) Pagamento de dividendos (270.971) Caixa líquido proveniente das (aplicado nas) atividades de financiamento (206.630) 42.503 Acréscimo (decréscimo) em caixa e equivalentes de caixa 7.001 (20) Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 14 34 Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 7.015 14 Principais transações que não afetaram o caixa Pagamento de REFIS com tributo diferido sobre prejuízo fiscal e base negativa 5.635 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 11 de 58

Demonstração do valor adicionado Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais Nota 2015 2014 Receitas Vendas de produtos e serviços 2.798.377 3.085.207 Outras receitas operacionais, líquidas 15.834 72.072 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 10 (c) (6.292) (2.334) 2.807.919 3.154.945 Insumos adquiridos de terceiros Matérias-primas e outros insumos de produção (1.717.285) (1.723.310) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (156.762) (159.487) Valor adicionado bruto 933.872 1.272.148 Depreciação e exaustão 16 e 17 (122.740) (141.270) Valor adicionado líquido produzido 811.132 1.130.878 Valor adicionado recebido em transferência Equivalência patrimonial 15 153.774 107.252 Receitas financeiras e variações cambiais ativas 265.384 73.890 419.158 181.142 Valor adicionado total a distribuir 1.230.290 1.312.020 Distribuição do valor adicionado Pessoal e encargos 29 Remuneração direta 165.282 182.605 Encargos sociais 92.449 97.854 Benefícios 44.993 45.980 302.724 326.439 Impostos, taxas e contribuições Federais 261.918 303.793 Estaduais 285.932 324.402 Municipais 1.401 1.251 Tributos diferidos 93.817 24.843 643.068 654.289 Remuneração de capitais de terceiros Despesas financeiras e variações cambiais passivas 375.925 132.572 Aluguéis 57.458 55.664 433.383 188.236 Remuneração de capitais próprios Dividendos 68.278 Lucros (prejuízos) retidos (148.885) 74.778 Valor adicionado distribuído (148.885) 143.056 1.230.290 1.312.020 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 12 de 58

1 Considerações gerais A Votorantim Siderurgia S.A. ( Companhia ou VS ) é uma sociedade anônima de capital fechado, dedicada principalmente à produção e à comercialização de aços longos, através de usinas localizadas no Brasil, bem como de participação societária em outras companhias. A Companhia produz aços longos a partir de sucata e ferro-gusa, processo que contribui significativamente para a preservação de recursos naturais. Investindo constantemente em equipamentos de última geração, é uma das mais modernas indústrias do seu setor. A distribuição de seus produtos é feita através de uma rede própria de centros de distribuição, estrategicamente posicionados e também por uma rede formada por distribuidores independentes, o que permite um alcance nacional e um atendimento diferenciado para clientes em qualquer lugar do Brasil. A Companhia é controlada diretamente pela Votorantim Industrial S.A. ( VID ), e a empresa controladora final é a Votorantim Participações S.A. ( VPAR ). A VPAR é uma empresa de capital privado integralmente controlada pela família Ermírio de Moraes e que constitui a holding das empresas Votorantim ( Votorantim ), com sede na cidade de São Paulo, Brasil. 1.1 Principais eventos ocorridos durante o exercício de 2015 (a) Redução de capital social Em fevereiro de 2015, a Companhia deliberou em Assembleia Geral Extraordinária a redução no montante de R$ 130.001 do capital social, por considerá-lo excessivo em relação ao objeto social, sem cancelamento de ações e mediante a redução do valor das ações da Companhia, com restituição aos acionistas, na proporção da participação de que detém no capital social. (b) Layoff planta de Barra Mansa (RJ) Em novembro de 2015, devido à fraca demanda no mercado brasileiro aliada a retração dos preços de aços longos, a Companhia optou pela adoção de layoff na planta de Barra Mansa (RJ), com previsão para retorno das operações em março de 2016. No exercício findo em 31 de dezembro de 2015, o reconhecimento desta transação foi de R$ 13.068, registrados como Outras receitas (despesas) operacionais líquidas. 2 Apresentação das demonstrações financeiras A Companhia não está apresentando demonstrações financeiras consolidadas, considerando que sua controladora VID já disponibiliza ao público suas demonstrações financeiras consolidadas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 2.1 Base de apresentação e resumo das principais práticas contábeis As demonstrações financeiras foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil vigentes em 31 de dezembro de 2015, o que inclui os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e conforme as Normas Internacionais de Relatório Financeiro ( International Financial Reporting Standards - IFRS ), emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB, e evidenciam todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com as utilizadas pela administração na sua gestão. A Companhia divulga espontaneamente sua Demonstração de Valor Adicionado (DVA), de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis para as companhias abertas e são apresentadas como 13 de 58

parte integrante das demonstrações contábeis. Para as práticas internacionais, esta demonstração é apresentada como informação adicional, sem prejuízo do conjunto das demonstrações contábeis. A preparação das demonstrações financeiras considerou o custo histórico como base de valor, o qual para determinados ativos e passivos financeiros, inclusive instrumentos derivativos, é ajustado para refletir a mensuração do valor justo. As demonstrações financeiras requerem o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da Administração da Companhia no processo de aplicação de suas práticas contábeis. As áreas que requerem maior nível de julgamento e apresentam maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na Nota 4. (a) Aprovação das demonstrações financeiras A emissão destas demonstrações financeiras foi aprovada pela Administração em 18 de fevereiro de 2016. 2.2 Conversão de moeda estrangeira (a) Moeda funcional e de apresentação das demonstrações financeiras A moeda funcional da Companhia é o Real ( R$ ). (b) Transações e saldos As operações com moedas estrangeiras são convertidas em reais, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações. Quando os ganhos são remensurados, os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do fim do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto quando diferidos no patrimônio como operações qualificadas de hedge de investimento líquido. 2.3 Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez (investimentos com vencimento original menor que 90 dias), que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor. 2.4 Ativos financeiros 2.4.1 Classificação, reconhecimento e mensuração A Companhia classifica seus ativos financeiros nas seguintes categorias: mensurado ao valor justo por meio do resultado ( mantidos para negociação ), mantidos até o vencimento e empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial. (a) Mantidos para negociação Os ativos financeiros mantidos para negociação têm como característica a sua negociação ativa e frequente nos mercados financeiros. Esses ativos são mensurados por seu valor justo, e suas variações são 14 de 58

reconhecidas no resultado do exercício, na rubrica Resultado financeiro líquido. Os ativos desta categoria são classificados como ativos circulantes. As operações com instrumentos financeiros derivativos são classificadas neste grupo, a menos que eles tenham sido designados como instrumentos de hedge. (b) Mantidos até o vencimento Os investimentos em valores mobiliários não derivativos que a Companhia tem capacidade e intenção em manter até a data de vencimento, são classificados como investimentos mantidos até o vencimento e são registrados pelo custo amortizado. A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável. Quando aplicável, é reconhecida provisão para desvalorização desse ativo. (c) Empréstimos e recebíveis São ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis não cotados em mercado ativo. Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem principalmente Contas a receber de clientes e Caixa e equivalentes de caixa. 2.4.2 Impairment de ativos financeiros mensurados ao custo amortizado O montante da perda por impairment é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo-se os prejuízos de crédito futuro que não foram incorridos) descontados à taxa de juros dos ativos financeiros. O valor contábil do ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração do resultado. Se, em um período subsequente, o valor da perda por impairment sofrer redução e esta for relacionada objetivamente com um evento ocorrido após o reconhecimento do impairment (como uma melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida anteriormente será reconhecida na demonstração do resultado. 2.5 Instrumentos financeiros derivativos Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos é celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo. (a) Derivativos mensurados ao valor justo por meio do resultado Certos instrumentos derivativos não são designados para a contabilização de hedge. As variações no valor justo que tenham como finalidade a proteção do resultado operacional desses instrumentos derivativos são reconhecidas imediatamente na demonstração do resultado em "Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas". Os instrumentos não designados para a contabilização de hedge que tenham como finalidade a proteção de exposições no resultado financeiro são classificados no Resultado financeiro líquido. (b) Instrumento financeiro compromisso firme A empresa ligada Votener - Votorantim Comercializadora de Energia Ltda. centraliza as transações de compra e venda de energia para atender as demandas do Grupo Votorantim. Uma parte dessas transações assume a forma de contratos que foram celebrados e continuam a ser realizados com a finalidade de receber ou entregar a energia para uso próprio, de acordo com as demandas produtivas das companhias do Grupo Votorantim e, por isso, não atendem a definição de instrumento financeiro. 15 de 58

Outra parte dessas transações se refere às compras e vendas de excedente de energia, não empregados no processo produtivo das empresas do Grupo Votorantim, sendo transacionados em mercado ativo e atendem a definição de instrumentos financeiros, devido ao fato de que eles são liquidados em energia, e prontamente conversíveis em dinheiro. Tais contratos são contabilizados como derivativos segundo o IAS 39 / CPC38 e são reconhecidos no balanço patrimonial da Companhia pelo valor justo, na data em que o derivativo é celebrado, e são reavaliados a valor justo na data do balanço. O valor justo de desses derivativos é estimado com base, em parte, nas cotações de preços publicadas em mercados ativos, na medida em que tais dados observáveis de mercado existam, e, em parte, pelo uso de técnicas de avaliação, que considera: (i) preços estabelecidos nas operações de compra e venda, (ii) margem de risco no fornecimento e (iii) preço de mercado projetado no período de disponibilidade. Sempre que o valor justo no reconhecimento inicial para esses contratos difere do preço da transação, um ganho de valor justo ou perda de valor justo é reconhecido. 2.6 Contas a receber de clientes As contas a receber de clientes correspondem aos valores referentes à venda de mercadorias ou à prestação de serviços no curso normal das atividades da Companhia. As contas a receber são inicialmente reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da taxa de juros efetiva menos a provisão de créditos de liquidação duvidosa. As contas a receber de clientes no mercado externo são atualizadas com base nas taxas de câmbio vigentes na data do balanço. 2.7 Estoques Os estoques são apresentados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido. O custo é determinado pelo método do custo médio ponderado. O custo dos produtos acabados e dos produtos em elaboração compreende matérias primas, mão de obra direta e outros custos diretos e indiretos de produção. As matérias-primas provenientes de ativos biológicos são mensuradas ao valor justo, menos as despesas de vendas no ponto da colheita, quando são transferidas do ativo não circulante para o grupo de estoques. O valor realizável líquido dos estoques é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios, deduzidas as despesas para efetivação da venda. As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação. 2.8 Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido As despesas de imposto de renda e contribuição social do exercício compreendem o imposto e contribuição correntes e diferidos. O imposto sobre a renda e a contribuição social são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido. Nesse caso, o imposto e a contribuição social também são reconhecidos no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. Os encargos de imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos são calculados com base nas leis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadas, na data do balanço dos países em que as entidades atuam e geram lucro tributável. A Administração avalia, periodicamente, as posições assumidas nas apurações de impostos sobre a renda e contribuição com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações e estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores estimados de pagamento às autoridades fiscais. O imposto de renda e a contribuição social corrente são apresentados líquidos, por entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório. 16 de 58

O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente na proporção da probabilidade de que lucro tributável futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias possam ser utilizadas. Os impostos de renda diferidos ativos e passivos são apresentados pelo líquido no balanço quando há o direito legal e a intenção de compensá-los quando da apuração dos tributos correntes, em geral relacionado com a mesma entidade legal e mesma autoridade fiscal. Dessa forma, impostos diferidos ativos e passivos em diferentes entidades ou em diferentes países, em geral são apresentados em separado, e não pelo líquido. 2.9 Depósitos judiciais Os depósitos judiciais são atualizados monetariamente e, quando possuírem provisão correspondente, são apresentados de forma líquida em provisões tributárias, cíveis, trabalhistas e outras. Os depósitos que não possuem provisão correspondente são apresentados no ativo não circulante. 2.10 Imobilizado O imobilizado é demonstrado pelo custo histórico de aquisição ou de construção deduzido da depreciação. O custo histórico também inclui custos de financiamento relacionados com a aquisição ou a construção de ativos qualificáveis. Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando há probabilidade de benefícios econômicos futuros associados ao item e quando o custo do item pode ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídas é baixado. Reparos e manutenção são apropriados ao resultado durante o período em que são incorridos. O custo das principais reformas é acrescido ao valor contábil do ativo quando os benefícios econômicos futuros ultrapassam o padrão de desempenho inicialmente estimado para o ativo em questão. As reformas são depreciadas ao longo da vida útil econômica restante do ativo relacionado. Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao fim de cada exercício. O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável quando o valor contábil é maior do que o valor recuperável estimado, de acordo com os critérios que a Companhia adota para determinar o valor recuperável. Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação do valor da venda com o valor contábil e são reconhecidos em "Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas" na demonstração do resultado. 2.11 Ativos biológicos Os ativos biológicos da Companhia estão representados pelas florestas de eucalipto em formação, as quais se encontram localizadas na região de Minas Gerais, com uma área total de 21.618 hectares, utilizadas em seu processo produtivo, principalmente como termo-redutores da transformação da carga metálica em ferro-gusa, matéria prima para produção de aços longos. As premissas significativas na determinação do valor justo dos ativos biológicos estão demonstradas na nota explicativa 17. A remensuração do valor justo dos ativos biológicos é feita anualmente pela Companhia, alinhada com a periodicidade da apresentação de suas demonstrações financeiras. O ganho ou perda na variação do valor justo dos ativos biológicos são reconhecidos no resultado do período em 17 de 58

que ocorrem, em linha específica da demonstração do resultado, denominada Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas. O valor da exaustão dos ativos biológicos é mensurado pela quantidade de madeira cortada, avaliada por seu valor justo. 2.12 Investimento Os investimentos em sociedades controladas e coligadas são registrados e avaliados pelo método de equivalência patrimonial. As variações no valor do investimento decorrentes exclusivamente de variação cambial são registradas na conta "ajuste de avaliação patrimonial", no patrimônio líquido da Companhia. Elas são registradas no resultado do exercício somente quando o investimento é alienado ou considerado como perda. Para efeitos de cálculo de equivalência patrimonial, os resultados não realizados são eliminados na proporção da participação societária. (a) Controladas e controladas em conjunto As controladas são todas as entidades (inclusive as de propósito específico) cujas políticas financeiras e operacionais são conduzidas pela Companhia e nas quais normalmente há uma participação acionária de mais da metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto atualmente exercíveis ou conversíveis são levados em consideração para avaliar se a Companhia controla outra entidade. As controladas em conjunto são empresas nas quais a Companhia mantém o compartilhamento do controle (por acordo contratual) sobre a atividade econômica e que existem somente quando as decisões estratégicas, financeiras e operacionais relativas à atividade exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle. (b) Ágio O ágio resulta da aquisição de controladas e representa o excesso da (i) contraprestação transferida, (ii) do valor da participação de não controladores na adquirida e (iii) do valor justo na data da aquisição de qualquer participação patrimonial anterior na adquirida em relação ao valor justo dos ativos líquidos identificáveis adquiridos. Caso o total da contraprestação transferida, a participação dos não controladores reconhecida e a participação mantida anteriormente medida pelo valor justo seja menor do que o valor justo dos ativos líquidos da controlada adquirida, no caso de uma compra vantajosa, a diferença é reconhecida diretamente na demonstração do resultado. 2.13 Impairment de ativos não financeiros Os ativos que têm uma vida útil indefinida, como o ágio, não estão sujeitos à amortização e são testados anualmente para identificar a necessidade de redução ao valor recuperável (impairment). As revisões de impairment do ágio são realizadas anualmente ou com maior frequência se eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem um possível impairment. Os ativos que estão sujeitos à amortização são revisados para verificar a necessidade de impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indiquem que o valor contábil talvez não seja recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida pelo montante excedente entre o valor contábil do ativo e seu valor recuperável. Este último, é o maior valor entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o seu valor em uso. Para fins de avaliação do impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existem fluxos de caixa identificáveis separadamente, unidade geradora de caixa (UGC). Os ativos não financeiros, exceto o ágio, que tenham sido ajustados por impairment, serão revisados subsequentemente para a análise de uma possível reversão do impairment, na data do balanço. 18 de 58

2.14 Contas a pagar aos fornecedores São obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos no curso normal dos negócios e inicialmente reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa de juros efetiva. 2.15 Empréstimos e financiamentos Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo, líquido dos custos da transação incorridos e, subsequentemente, são demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor total a pagar é reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos e financiamentos estejam em aberto, utilizando-se o método da taxa de juros efetiva. Os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável, que é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos, são capitalizados como parte do custo do ativo quando for provável que eles irão resultar em benefícios econômicos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados com confiança. Demais custos de empréstimos são reconhecidos como despesa no período em que são incorridos. 2.16 Provisões de natureza tributária, cível, trabalhistas, ambientais e outras ações judiciais As provisões de natureza tributária, cível, trabalhistas, ambientais e ações judiciais são reconhecidas quando: (i) há uma obrigação presente ou não formalizada como resultado de eventos passados; (ii) é provável uma saída de recursos para liquidar a obrigação; (iii) o valor pode ser estimado com segurança. Não são reconhecidas provisões em relação às perdas operacionais futuras. Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de a Companhia liquidá-las será determinada levando-se em consideração a classe de obrigações como um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que seja pequena a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer item individual incluído na mesma classe de obrigações. As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação, as quais refletem as avaliações atuais do mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira. 2.17 Benefícios a funcionários (a) Obrigações de aposentadoria A Companhia participa de planos de pensão, administrados por entidade fechada de previdência privada, que provêm a seus empregados benefícios pós-emprego. A Companhia é patrocinadora de planos de benefício na modalidade contribuição definida. Um plano de contribuição definida é um plano de pensão segundo o qual a Companhia paga contribuições fixas para uma entidade separada. A Companhia não tem nenhuma obrigação legal ou construtiva para pagar contribuições adicionais se o fundo não detiver ativos suficientes para pagar a todos os funcionários, os benefícios relativos aos seus serviços, no período corrente ou anterior. As contribuições são reconhecidas como despesa de benefícios a funcionários, quando são devidas. Contribuições pagas antecipadamente são reconhecidas como um ativo na proporção em que um reembolso em dinheiro ou uma redução dos pagamentos futuros estiver disponível. 19 de 58

(b) Participação dos empregados nos resultados São registradas provisões para reconhecer a despesa referente à participação dos empregados nos resultados. Essas provisões são calculadas com base em metas qualitativas e quantitativas, definidas pela Administração e contabilizadas no resultado como Benefícios a empregados. 2.18 Capital social É representado exclusivamente por ações ordinárias que são classificadas no patrimônio líquido. 2.19 Reconhecimento da receita A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos. (a) Venda de produtos e serviços A Companhia reconhece a receita quando: (i) o valor da receita pode ser mensurado com segurança; (ii) seja provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade; e (iii) critérios específicos tenham sido atendidos. O valor da receita não será considerado mensurável com segurança até que todas as condições relacionadas com a venda tenham sido resolvidas. A Companhia baseia suas estimativas em resultados históricos, levando em consideração o tipo de cliente, o tipo de transação e as especificações de cada venda. A Companhia presta serviços de comercialização de produtos da empresa controlada em conjunto Sitrel Siderúrgica Três Lagoas Ltda, como agente de vendas, utilizando a marca Votoraço, que garante à Sitrel vendas mínimas definidas em contrato. (b) Receita financeira A receita financeira decorrente de ativos financeiros mensurados ao custo amortizado é reconhecida conforme o prazo decorrido das operações, usando-se o método da taxa de juros efetiva. 2.20 Distribuição de dividendos A distribuição de dividendos para os acionistas é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras ao fim do exercício, com base no estatuto social. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório, 10% do lucro do exercício, somente é provisionado na data de aprovação pelos acionistas, em Assembleia Geral (Nota 24 (b)). 2.21 Lucro (prejuízo) por ação O lucro por ação é calculado dividindo o lucro líquido atribuído aos acionistas controladores pela quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação para cada período. A média ponderada de ações é calculada com base nos períodos nos quais as ações estavam em circulação. 3 Mudanças nas práticas contábeis e divulgações (a) Alterações de normas aplicáveis a partir de 1º de janeiro de 2015 As seguintes alterações de normas foram adotadas pela primeira vez para o exercício social iniciado em 1º de janeiro de 2015 e não tiveram impacto significativo para a Companhia. 20 de 58

CPC 05 / IAS 24 Partes relacionadas Entidade que presta serviços administrativos equivalentes à administração-chave é também parte relacionada. A entidade que reporta deve divulgar as despesas pagas a essa parte relacionada. CPC 46 / IFRS 13 Mensuração do valor justo Esclarece que eliminou a mensuração de ativos financeiros de curto prazo sem juros explícitos ao valor presente quando seus efeitos são imateriais. Inclui conceito de técnicas de valor presente. Esclarece que a carteira de exceção, definição trazida pelo IFRS 13, se aplica a todos os contratos no âmbito do IAS 39 e do IFRS 9. (b) Novas normas ainda não adotadas As seguintes novas normas foram emitidas pelo IASB, mas não estão em vigor para o exercício de 2015. A adoção antecipada de normas, embora encorajada pelo IASB, não é permitida, no Brasil, pelo Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC). Não houve adoção antecipada dessas normas por parte da Companhia. IFRS 9 - "Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração" Essa nova norma aborda a classificação, a mensuração e o reconhecimento de ativos e passivos financeiros. O IFRS 9 tem o objetivo, em última instância, de substituir a IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. Essa norma entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2018. A Administração está avaliando os impactos de sua adoção. IFRS 15 Receita de contratos com clientes Essa nova norma traz os princípios que uma entidade aplicará para determinar a mensuração da receita e quando ela é reconhecida. Prevista para entrar em vigor em 2017 e substituir a IAS 11 (CPC 17) Contratos de construção, IAS 18 (CPC 30) - Receitas e correspondentes interpretações, em reunião no dia 28 de abril de 2015, o IASB decidiu diferir a data de efetividade para 1º de janeiro de 2018. A Administração está avaliando os impactos de sua adoção. IFRS 16 Leases Essa norma substitui a norma anterior de arrendamento mercantil, IAS 17 (CPC 06 (R1)) Operações de Arrendamento Mercantil, e interpretações relacionadas. Essa norma entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2019. A Administração está avaliando os impactos de sua adoção. Cabe ressaltar que essas novas normas ainda não foram objeto de emissão pelo CPC das equivalentes normas novas nas práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo o processo de homologação pelos reguladores competentes. Em geral, as adoções antecipadas de normas novas ou revisadas e interpretações, embora encorajadas pelo IASB, não estão permitidas ou não estão disponíveis nas práticas contábeis adotadas no Brasil. Portanto, essas normas novas não estão contempladas nessas demonstrações financeiras da Companhia. 21 de 58

IAS 41 Agricultura Essa norma atualmente requer que ativos biológicos relacionados com atividades agrícolas sejam mensurados ao valor justo menos o custo para venda. Ao revisar a norma, o IASB decidiu que as chamadas plantas de produção (bearer plants) devem ser contabilizadas tal como um ativo imobilizado (IAS 16/CPC 27), ou seja, ao custo menos depreciação ou impairment. Plantas de produção são definidas como aquelas usadas para produzir frutos por vários anos, mas a planta em si depois de formada, não sofre transformações relevantes. Essa revisão entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2016. Não há outras normas, alterações de normas e interpretações que não estão em vigor que a Companhia espera ter um impacto material decorrente de sua aplicação em suas informações contábeis. 4 Estimativas e julgamentos contábeis críticos Com base em premissas, a Companhia faz estimativas com relação ao futuro. Por definição, as estimativas e julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias. As estimativas contábeis raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício social, estão contempladas a seguir: (a) Valor justo de derivativos e outros instrumentos financeiros O valor justo de instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos é determinado mediante o uso de técnicas de avaliação. A Companhia usa seu julgamento para escolher diversos métodos e definir premissas que se baseiam principalmente nas condições de mercado existentes na data do balanço (Nota 6.1.1). (b) Imposto de renda e contribuição social diferidos A Companhia está sujeita ao imposto de renda e contribuição social com base nas alíquotas vigentes. A Companhia também reconhece provisões por conta de situações em que é provável que valores adicionais de impostos sejam devidos. Quando o resultado final dessa avaliação é diferente dos valores inicialmente estimados e registrados, essas diferenças afetam os ativos e passivos fiscais atuais e diferidos no período em que o valor definitivo é determinado (Nota 19). (c) Ativos não circulantes e revisão da vida útil do imobilizado A capacidade de recuperação dos ativos, que são utilizados nas atividades da Companhia, é avaliada sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil de um ativo ou grupo de ativos pode não ser recuperável com base em fluxos de caixa futuros. Se o valor contábil destes ativos for superior ao seu valor recuperável, o valor líquido é ajustado e sua vida útil readequada para novos patamares. (d) Provisões de natureza tributárias, cíveis, trabalhistas, ambientais e outras ações judiciais A Companhia é parte envolvida em processos tributários, cíveis, trabalhistas, ambientais e outras ações judiciais que se encontram em instâncias diversas. As provisões constituídas para fazer face a potenciais perdas decorrentes dos processos em curso são estabelecidas e atualizadas com base na avaliação da administração, fundamentadas na opinião de seus assessores legais e requerem elevado grau de julgamento sobre as matérias envolvidas. 22 de 58

(e) Perda (impairment) de ágios e investimentos Anualmente, a Companhia testa eventuais perdas (impairment) no ágio, de acordo com a política contábil apresentada na Nota 2.13. Os valores recuperáveis de unidades geradoras de caixa (UGCs) foram determinados com base em cálculos do valor em uso ou valor justo, efetuados com base em estimativas. Para a apuração dos valores recuperáveis dos investimentos, a Companhia utiliza critérios similares aos utilizados para teste de impairment sobre ágio. (f) Reconhecimento de provisão para créditos de liquidação duvidosa A provisão para crédito de liquidação duvidosa é constituída em montante considerado suficiente para cobrir as prováveis perdas em sua realização. A política contábil para estabelecer a provisão requer a análise individual das faturas de clientes inadimplentes em relação às medidas de cobrança adotadas por departamento responsável e, de acordo com o estágio da cobrança, é estimado um montante de provisão a ser constituída. (g) Ativos biológicos O cálculo do valor justo dos ativos biológicos leva em consideração diversas premissas com alto grau de julgamento, tais como preço estimado de venda, quantidade cúbica de madeira e incremento médio anual por região. Quaisquer mudanças nessas premissas utilizadas podem implicar na alteração do resultado do fluxo de caixa descontado e, consequentemente, na valorização ou desvalorização desses ativos (Nota 17). Segue abaixo as principais premissas utilizadas pela Administração no cálculo do valor justo dos ativos biológicos, e correlação entre as mudanças nessas premissas e no valor justo dos ativos biológicos: Premissas utilizadas Área de efetiv o plantio (hectare) Incremento médio anual (IMA) - m3 /hectare Preço líquido m édio de v enda - Reais/m 3 Remuneração dos ativ os próprios que contribuem - % Taxa de desconto - % Impacto no valor justo dos ativos biológicos Aum enta a premissa, aum enta o v alor justo Aum enta a premissa, aum enta o v alor justo Aum enta a premissa, aum enta o v alor justo Aum enta a premissa, diminui o v alor justo Aum enta a premissa, diminui o v alor justo 5 Gestão de risco sócio ambiental A Companhia atua no segmento de siderurgia e, dessa forma, suas atividades estão sujeitas a inúmeras leis ambientais nacionais e internacionais, regulamentos, tratados e convenções, incluindo aqueles que regulam a descarga de materiais para o ambiente, que obrigam a remoção e limpeza de contaminação do ambiente, ou relativas à proteção ambiental. As violações à regulamentação ambiental existente expõem os infratores a multas e sanções pecuniárias substanciais e poderão exigir medidas técnicas ou investimentos de forma a assegurar o cumprimento dos limites obrigatórios de emissão. A Companhia realiza periodicamente levantamentos com o objetivo de identificar áreas potencialmente impactadas, e registra com base na melhor estimativa do custo os valores estimados para investigação, tratamento e limpeza das localidades potencialmente impactadas. A Companhia entende estar de acordo com todas as normas ambientais aplicáveis nos países nos quais conduz operações. 23 de 58