Manual do Repetro - Índice Por: Subsecretaria de Aduana e Relações Internacionais publicado 03/12/ h22, última modificação 18/01/ h31

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Transcrição:

Manual do Repetro por Subsecretaria de Aduana e Relações Internacionais publicado 06/02/2015 08h20, última modificação 11/03/2016 12h25 Índice Apresentação Estatísticas do Repetro Tópicos Legislação Novidades por versão

Manual do Repetro - Índice Por: Subsecretaria de Aduana e Relações Internacionais publicado 03/12/2014 12h22, última modificação 18/01/2016 11h31 Apresentação Estatísticas do Repetro Tópicos Introdução Conceitos e Definições Aspectos Tributários Vedações Jurisdição Aduaneira Processo Administrativo Digital Beneficiários do Repetro Prazos Habilitação Introdução Requisitos para Habilitação Procedimentos para Habilitação

Preenchimento do Requerimento de Habilitação Sistema Próprio de Controle Informatizado (em construção) Outras disposições (em construção) Contratos Introdução Disposições sobre Contratos Preenchimento do Resumo de Contrato (em construção) Aplicação do Regime Requisitos para Concessão e Aplicação do Regime Termo de Responsabilidade Garantia Introdução Depósito em Dinheiro Fiança Idônea Seguro Aduaneiro

Concessão do Regime Despacho Aduaneiro de Importação Procedimentos para Concessão do Regime Indeferimento do Pedido de Concessão Preenchimento do RAT Prorrogação do Regime Introdução Indeferimento do Pedido de Prorrogação Pedido Intempestivo de Prorrogação Outras Disposições Nova Admissão no Repetro (em construção) Procedimentos Simplificados Extinção do Regime Sinistro de bens Reexportação de Embarcações e Plataformas (em construção) Depósito em Repetro (em construção) Recurso Administrativo Disposições Transitórias

Legislação Novidades por versão

Manual do Repetro - Apresentação por Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana) publicado03/12/2014 12h18, última modificação 18/01/2016 11h33 O Manual de Repetro tem como objetivo orientar e definir procedimentos aduaneiros relativos ao regime aduaneiro especial de exportação e de importação de bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e gás natural, tendo a seguinte estrutura: Índice: Detalha a estrutura do Manual do Repetro, contendo links para cada página. Tópicos: Aspectos teóricos relacionados ao regime aduaneiro, acompanhados de links que remetem a textos de normas legais e infralegais, além de comentários sobre o tema.

Legislação: Normas legais e infralegais relacionadas aos tópicos abrangidos, apresentadas por tipo de ato normativo. Novidades por versão: Informação da data de lançamento de cada nova versão e resumo das modificações ocorridas em relação à versão anterior. O conteúdo deste manual complementa os textos legais e normativos vigentes e é de observância obrigatória (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 41). O manual estará permanentemente sujeito à inserção de assuntos não abordados na corrente versão em virtude de inclusão de novidades e alterações legislativas ou normativas, definição de novos procedimentos, ou adequação a eventuais modificações dos sistemas aduaneiros. Portanto, este manual será atualizado

periodicamente, cabendo ao usuário observar a existência de legislação ou norma posterior à data da versão indicada no manual. A RFB acredita que este manual, corretamente utilizado, constitui importante ferramenta para aumentar significativamente a eficiência, padronização, segurança e transparência dos procedimentos relacionados ao Repetro. Retorna ao índice

Manual do Repetro - Estatísticas por Subsecretaria de Aduana e Relações Internacionais publicado 03/07/2015 14h34, última modificação 10/03/2016 17h16 Gráfico 1: Renúncia Fiscal Aduaneira Nacional Apresentação da renúncia fiscal aduaneira no Brasil para o período de 01/01/2005 a 30/04/2015, conforme levantamento realizado nos bancos de dados da RFB. Gráfico 2: Valor das Importações no Repetro

Apresentação do valor aduaneiro total das importações* realizadas com fundamentação no Repetro para o período de 01/01/1999 a 30/04/2015, conforme levantamento realizado nos bancos de dados da RFB. *Condição do Incoterms: CIF, em dólar.

Gráfico 3: Importação de bens no Repetro por Região Fiscal da RFB Apresentação do valor total das importações realizadas com fundamentação no Repetro para o período de 01/01/2010 a 30/04/2015, conforme levantamento realizado nos bancos de dados da RFB.

Gráfico 4: Quantidade de DIs desembaraçadas em importações sob o Repetro Apresentação da quantidade total de DIs desembaraçadas, referentes a importações realizadas com fundamentação no Repetro para o período de 01/01/2010 a 30/04/2015, conforme levantamento realizado nos bancos de dados da RFB. Retorna ao índice

Manual do Repetro - Tópicos por Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana) publicado06/02/2015 08h20, última modificação 18/01/2016 11h45 Introdução Conceitos e Definições Aspectos Tributários Vedações Jurisdição Aduaneira Processo Administrativo Digital Beneficiários do Repetro Prazos Habilitação no Repetro Contratos Aplicação do Regime Recurso Administrativo Disposições Transitórias Retorna ao índice

Introdução por Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana) publicado03/12/2014 12h21, última modificação 14/01/2016 19h08 1) DEFINIÇÃO O Repetro é o regime aduaneiro especial de exportação e de importação de bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e gás natural (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 1º). O regime foi instituído pelo Decreto nº 3.161, de 02 de setembro de 1999 (revogado) que teve por base a Lei nº 9.430, de 1996 (art. 79, único) e atualmente é regulamentado pelo Decreto nº 6.759, de 2009 (Regulamento Aduaneiro), por força do previsto no artigo 93 do Decreto-lei nº 37, de 18 de novembro de 1966.

2) LEIS APLICÁVEIS AO REPETRO A lei que define as atividades nas quais os bens sob o regime Repetro deverão ser utilizados é a Lei nº 9.478, de 1997, que trata da política energética nacional e das atividades relativas ao monopólio do petróleo. Além desta, também são aplicáveis ao Repetro a Lei nº 12.276, de 2010, que trata da cessão onerosa do exercício das atividades de pesquisa e lavra de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluídos, da União à Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras), e a Lei nº 12.351, de 2010, que dispõe sobre a exploração e a produção de petróleo de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluídos, sob o regime de partilha de produção, em áreas do pré-sal e em áreas estratégicas (Lei nº 12.276, de 2010, art. 6º; Lei nº 12.351, de 2010, art. 61).

O benefício previsto na Lei nº 12.276, de 2010 é extensivo apenas à Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras). E, no caso do benefício previsto na Lei nº 12.351, de 2010, a Petrobras será, sempre, a operadora de todos os blocos contratados sob o regime de partilha de produção (Lei nº 12.351, de 2010, art. 4º). 3) NATUREZA JURÍDICA DA ADMISSÃO TEMPORÁRIA EM REPETRO Os bens admitidos temporariamente no País, para utilização econômica, ficam sujeitos ao pagamento dos impostos incidentes na importação proporcionalmente ao tempo de sua permanência em território nacional, nos termos e condições estabelecidos em regulamento (Lei nº 9.430, de 1996, art. 79, caput).

Entende-se por utilização econômica o emprego dos bens na prestação de serviços a terceiros ou na produção de outros bens destinados a venda (Decreto nº 6.759, de 2009, art. 373, 1º) Outrossim, a Lei nº 9.430, de 1996 previu no parágrafo único do artigo 79 que o Poder Executivo poderia, na hipótese de utilização econômica, dispensar o recolhimento dos tributos proporcionais devidos em relação a determinados bens (Lei nº 9.430, de 1996, art. 79, único). Esses bens em utilização econômica são aqueles previstos dentro da "Seção II - Da Admissão Temporária para Utilização Econômica do "Capítulo III - Da Admissão Temporária do "Título I - Dos Regimes Aduaneiros Especiais do "Livro IV - Dos Regimes Aduaneiros Especiais e dos Aplicados

em Áreas Especiais do Regulamento Aduaneiro, quais sejam: 1) bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural constantes da relação a que se refere o 1º do art. 458 (Repetro) alínea a do inciso I do artigo 376; 2) bens destinados às atividades de transporte, movimentação, transferência, armazenamento ou regaseificação de gás natural liquefeito alínea b do inciso I do artigo 376; e 3) bens importados temporariamente e para utilização econômica por empresas que se enquadrem nas disposições do Decreto-Lei nº 288, de 1967, durante o período de sua permanência na Zona Franca de Manaus inciso II do artigo 376. Destarte, bens estrangeiros que ingressem no País para utilização econômica em Repetro

podem ser dispensados do recolhimento dos tributos proporcionais desde que atendam a determinados requisitos e condições: a-) que a pessoa jurídica que irá importar os bens seja habilitada pela Receita Federal do Brasil (Regulamento Aduaneiro, art. 461-A); b-) que os bens sejam um daqueles constantes de relação elaborada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (Regulamento Aduaneiro, art. 458, 1º); c-) que os bens sejam destinados exclusivamente às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 1º). Por conseguinte, a natureza jurídica da admissão temporária em Repetro é a de um regime de admissão temporária para utilização econômica com suspensão total do pagamento de tributos incidentes na

importação (Lei nº 9.430, de 1996, art. 79; Decreto nº 6.759, de 2009, art. 373,caput), já que o pagamento parcial de tributos estaria dispensado neste caso (Lei nº 9.430, de 1996, art. 79, único; Decreto nº 6.759, de 2009, art. 376, inciso I, alínea a), desde que atendidos determinados requisitos e condições. 4) HERMENÊUTICA A importação de produtos estrangeiros sujeitase ao pagamento dos tributos incidentes sobre o comércio exterior (Regulamento Aduaneiro, arts. 69, 237, e 249). Não obstante, a aplicação do regime aduaneiro especial de admissão temporária suspende a exigibilidade do crédito tributário oriundo da importação do bem (Regulamento Aduaneiro, arts. 307 e 308).

Eventualmente, o referido crédito tributário suspenso passa a ser exigível na ocorrência de uma das hipóteses previstas no artigo 369 do Regulamento Aduaneiro. Por outro lado, poder-se-ia questionar que o artigo 151 Lei nº 5.172, de 1966, não previu o regime aduaneiro especial de admissão temporária como hipótese suspensiva da exigibilidade do crédito tributário. Então como poderiam bens estrangeiros admitidos temporariamente, contrariamente ao Código Tributário Nacional, permanecer no País com sua exigibilidade suspensa? Para o deslindamento do momentoso ponto, importa, antes de mais nada, rememorar que: a-) a Lei nº 5.172, de 1966, então ordinária: a.1-) data de 25 de outubro de 1966;

a.2-) foi publicada no Diário Oficial da União em 27 de outubro de 1966, com a retificação levada a efeito em 31/10/1966; a.3-) foi alçada à categoria jurídica de Código Tributário Nacional pelo artigo 7º do Ato Complementar nº 36, de 13 de março de 1967; b-) o Decreto-lei nº 37, de 1966: b.1-) data de 18 de novembro de 1966; b.2-) foi publicado no Diário Oficial da União em 21 de novembro de 1966. Essa evolução normativa com as suas marcantes nuances - tem passado impercebida pela doutrina pátria, que, desafortunadamente, dispensa pouquíssimas e protocolares - linhas aos gravames aduaneiros. Voltando ao imprescindível cotejo de datas, temos que o Título III do Decreto-lei nº 37, de 1966 -nomeadamente o seu artigo 71 - criou

uma nova hipótese de suspensão tributária, enquanto a Lei nº 5.172, de 1966, ainda era lei ordinária. Isso era conforme o Direito porque, nessa época, a Lei nº 5.172, de 1966, ainda não tinha status de Código Tributário Nacional, ou seja, de Lei Complementar recepcionada pela ordem jurídica presidida pela Constituição Federal (Lex posteriori derogat priori, por interpretação). Por conseguinte, o direito positivo pátrio arrolou, pois, nova causa de suspensão ao artigo 151 da Lei nº 5.172, de 1966. E, assim, podemos concluir que a suspensão da exigibilidade do crédito tributário para o regime aduaneiro especial de admissão temporária constitui uma exceção à regra matriz de incidência tributária. Trata-se, portanto, de província de Direito Excepcional.

E é princípio geral de direito que "exceptiones sunt strictissimae interpretationis" (as exceções são de interpretação estrita). Neste jaez, o Código Tributário Nacional preceitua que na hipótese de suspensão do crédito tributário a interpretação deve ser literal, ou seja, escorreita e estrita, portanto, não comportando extensão ou analogia (Código Tributário Nacional, art. 111, inciso I). 5) NORMA ESPECÍFICA Os bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural, admitidos temporariamente para utilização econômica no País, quando atenderem às disposições da IN RFB nº 1.415, de 2013 estão exonerados do pagamento proporcional a que se refere o 2º do artigo

373 do Regulamento Aduaneiro (IN RFB nº 1.600, de 2015, art. 56, 4º, inciso II, alínea a ) e serão regulados especificamente pelas disposições previstas na IN RFB nº 1.415, de 2013. Por outro lado, aplicam-se ao Repetro, de forma subsidiária, as normas previstas para o regime de admissão temporária (Regulamento Aduaneiro, art. 461). Os bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural, admitidos temporariamente para utilização econômica no País,quando não atenderem às disposições da IN RFB nº 1.415, de 2013 ficam sujeitos ao pagamento dos tributos proporcionais a que se refere o 2º do artigo 373 do Regulamento Aduaneiro (IN RFB nº 1.600, de 2015, art. 56, caput) e serão regulados especificamente

pelas disposições previstas na IN RFB nº 1.600, de 2015. LEGISLAÇÃO Código Tributário Nacional Decreto-Lei nº 37, de 1966 Decreto-Lei nº 288, de 1967 Lei nº 12.351, de 2010 Lei nº 12.276, de 2010 Lei nº 10.865, de 2004 Lei nº 9.478, de 1997 Lei nº 9.430, de 1996 Decreto nº 6.759, de 2009 (Regulamento Aduaneiro) Decreto nº 3.161, de 1999 IN RFB nº 1.600, de 2015 IN RFB nº 1.415, de 2013 Retorna ao índice

Conceitos e Definições por Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana) publicado03/12/2014 12h43, última modificação 26/06/2015 16h28 Para os efeitos deste manual, adotam-se os conceitos e definições a seguir relacionados: Afretamento a casco nu: contrato em virtude do qual o afretador tem a posse, o uso e o controle da embarcação, por tempo determinado, incluindo o direito de designar o comandante e a tripulação (Lei nº 9.432, de 1997, art. 2º, inciso I). Afretamento por tempo: contrato em virtude do qual o afretador recebe a embarcação armada e tripulada, ou parte dela, para operála por tempo determinado (Lei nº 9.432, de 1997, art. 2º, inciso II). Afretamento por viagem: contrato em virtude do qual o fretador se obriga a colocar o todo

ou parte de uma embarcação, com tripulação, à disposição do afretador para efetuar transporte em uma ou mais viagens (Lei nº 9.432, de 1997, art. 2º, inciso III). Bem principal: é aquele relacionado no Anexo I da IN RFB nº 1.415, de 2013. Bens acessórios: são aqueles relacionados no inciso II do artigo 3º da IN RFB nº 1.415, de 2013, e que são admitidos no regime com base em declaração de importação com a finalidade de serem vinculados a um bem principal. Bens de inventário: as partes, as peças ou os sobressalentes que se encontram a bordo de veículo enquadrado no Anexo I da IN RFB nº 1.415, de 2013, e que não são discriminados na declaração de importação usada como base para a admissão do referido veículo por ocasião de seu ingresso no País.

Bloco: parte de uma bacia sedimentar, formada por um prisma vertical de profundidade indeterminada, com superfície poligonal definida pelas coordenadas geográficas de seus vértices, onde são desenvolvidas atividades de exploração ou produção de petróleo e gás natural (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso XIII). Campo de Petróleo ou de Gás Natural: área produtora de petróleo ou gás natural, a partir de um reservatório contínuo ou de mais de um reservatório, a profundidades variáveis, abrangendo instalações e equipamentos destinados à produção (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso XIV). Certificado de Autorização de Afretamento (CAA): é o documento emitido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) que formaliza a autorização de afretamento de

embarcação de bandeira estrangeira para operar nas navegações de cabotagem, apoio marítimo, apoio portuário e interior (Normam- 04/PC, de 2013). Depósito Afiançado: O regime aduaneiro especial de depósito afiançado é o que permite a estocagem, com suspensão do pagamento dos impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação, de materiais importados sem cobertura cambial, destinados à manutenção e ao reparo de embarcação ou de aeronave pertencentes a empresa autorizada a operar no transporte comercial internacional, e utilizadas nessa atividade (Regulamento Aduaneiro, art. 488; IN SRF nº 409, de 2004, art. 2º) Depósito Especial: O regime aduaneiro de depósito especial é o que permite a estocagem

de partes, peças, componentes e materiais de reposição ou manutenção, com suspensão do pagamento dos impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação, para veículos, máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, estrangeiros, nacionalizados ou não, e nacionais em que tenham sido empregados partes, peças e componentes estrangeiros, nos casos definidos pelo Ministro de Estado da Fazenda (Regulamento Aduaneiro, art. 480;IN SRF nº 386, de 2004, art. 2º). Derivados Básicos: principais derivados de petróleo, referidos no art. 177 da Constituição Federal, a serem classificados pela Agência Nacional do Petróleo (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso IV).

Derivados de Petróleo: produtos decorrentes da transformação do petróleo (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso III). Desenvolvimento: conjunto de operações e investimentos destinados a viabilizar as atividades de produção de um campo de petróleo ou gás (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso XVII). Distribuição: atividade de comercialização por atacado com a rede varejista ou com grandes consumidores de combustíveis, lubrificantes, asfaltos e gás liquefeito envasado, exercida por empresas especializadas, na forma das leis e regulamentos aplicáveis (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso XX). Distribuição de Gás Canalizado: serviços locais de comercialização de gás canalizado, junto aos usuários finais, explorados com exclusividade pelos Estados, diretamente ou

mediante concessão, nos termos do 2º do art. 25 daconstituição Federal (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso XXII). Estocagem de Gás Natural: armazenamento de gás natural em reservatórios próprios, formações naturais ou artificiais (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso XXIII). Gás Natural ou Gás: todo hidrocarboneto que permaneça em estado gasoso nas condições atmosféricas normais, extraído diretamente a partir de reservatórios petrolíferos ou gaseíferos, incluindo gases úmidos, secos, residuais e gases raros (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso II). Inscrição Temporária (IT): é um ato administrativo da Autoridade Marítima que visa o controle de embarcação de bandeira estrangeira autorizada a operar em AJB. A IT é formalizada por meio da emissão do Atestado

de Inscrição Temporária (AIT), emitido pelas Capitanias dos Portos e suas Delegacias (CP/DL), documento sem o qual a embarcação não poderá operar em AJB (Normam-04/PC, de 2013). Jazida: reservatório ou depósito já identificado e possível de ser posto em produção (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso XI). Lavra ou Produção: conjunto de operações coordenadas de extração de petróleo ou gás natural de uma jazida e de preparo para sua movimentação (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso XVI). Normam: normas da Autoridade Marítima (Departamento de Portos e Costa) que estabelece procedimentos administrativos para a operação de embarcações de bandeira estrangeira em Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), com exceção das empregadas em

esporte e/ou recreio, visando à segurança da navegação, à salvaguarda da vida humana e à prevenção da poluição no meio aquaviário. Partilha de produção: regime de exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos no qual o contratado exerce, por sua conta e risco, as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção e, em caso de descoberta comercial, adquire o direito à apropriação do custo em óleo, do volume da produção correspondente aos royalties devidos, bem como de parcela do excedente em óleo, na proporção, condições e prazos estabelecidos em contrato (Lei nº 12.351, de 2010, art. 2º, inciso I). Pesquisa ou Exploração: conjunto de operações ou atividades destinadas a avaliar áreas, objetivando a descoberta e a

identificação de jazidas de petróleo ou gás natural (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso XV). Petróleo: todo e qualquer hidrocarboneto líquido em seu estado natural, a exemplo do óleo cru e condensado (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso I). Plataforma: instalação ou estrutura, fixa ou flutuante, destinada às atividades direta ou indiretamente relacionadas com a pesquisa, exploração e explotação dos recursos oriundos do leito das águas interiores e seu subsolo ou do mar, inclusive da plataforma continental e seu subsolo (Lei nº 9.537, de 1997, art. 2º, inciso XIV). Refino ou Refinação: conjunto de processos destinados a transformar o petróleo em derivados de petróleo (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso V).

Reservatório ou Depósito: configuração geológica dotada de propriedades específicas, armazenadora de petróleo ou gás, associados ou não (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso X). Revenda: atividade de venda a varejo de combustíveis, lubrificantes e gás liquefeito envasado, exercida por postos de serviços ou revendedores, na forma das leis e regulamentos aplicáveis (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso XXI). Transferência: movimentação de petróleo, seus derivados, biocombustíveis ou gás natural em meio ou percurso considerado de interesse específico e exclusivo do proprietário ou explorador das facilidades (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso VIII). Ou seja, aquela que ocorre nos locais indicados nos contratos de concessão, autorização, cessão ou de partilha

de produção da operadora ou do consórcio de operadoras. Transporte: movimentação de petróleo, seus derivados, biocombustíveis ou gás natural em meio ou percurso considerado de interesse geral (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso VII). Ou seja, aquela que ocorre fora dos locais indicados nos contratos de concessão, autorização, cessão ou de partilha de produção da operadora ou do consórcio de operadoras. Tratamento ou Processamento de Gás Natural: conjunto de operações destinadas a permitir o seu transporte, distribuição e utilização (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso VI). Retorna ao índice

Aspectos Tributários por Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana) publicado05/12/2014 14h38, última modificação 14/01/2016 19h08 1 - INTRODUÇÃO As operações amparadas pelo regime aduaneiro especial de exportação e de importação de bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural (Repetro) encontram-se dentro do campo de incidência dos tributos sobre o comércio exterior, não obstante a exigibilidade de seu pagamento permaneça suspensa, em razão dos tratamentos aduaneiros dispensados aos bens admitidos no Repetro (Regulamento Aduaneiro, art. 458, caput e 3º). O Repetro admite a possibilidade, conforme o caso, de utilização dos seguintes tratamentos

aduaneiros (Regulamento Aduaneiro, art. 458; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 2º): 1) exportação ficta, sem que tenha ocorrido a saída do bem do território aduaneiro e posterior aplicação do regime aduaneiro especial de admissão temporária, no caso de bens de fabricação nacional, vendidos a pessoa jurídica domiciliada no exterior; 2) exportação ficta, sem que tenha ocorrido a saída do bem do território aduaneiro, no caso de partes e peças de reposição destinadas a bens já admitidos no regime de admissão temporária na forma do inciso I do artigo 2º dain RFB nº 1.415, de 2013; 3) importação, sob o regime de drawback, na modalidade de suspensão, de matérias-primas, de produtos semi-elaborados ou acabados e de partes ou peças para utilização na fabricação de bens a serem exportados na

forma dos incisos I ou II do artigo 2º da IN RFB nº 1.415, de 2013; e 4) importação, sob o regime de admissão temporária, de bens desnacionalizados procedentes do exterior ou estrangeiros, com suspensão total do pagamento de tributos. 2 - EXPORTAÇÃO FICTA A exportação ficta é um incentivo à exportação, a qual será considerada efetivada, para todos os efeitos fiscais e cambiais, na data do correspondente desembaraço aduaneiro da Declaração de Exportação (DE) (Lei nº 9.826, de 1999, art. 6º, caput, inciso I, e único; Regulamento Aduaneiro, art. 458, 3º; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 10, 1º). O tratamento tributário concedido por lei para incentivo às exportações fica assegurado

ao fabricante nacional, depois da conclusão (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 14): 1) da operação de compra dos produtos de sua fabricação, pela empresa comercial exportadora, na forma do Decreto- Lei nº 1.248, de 1972; ou 2) do despacho aduaneiro de exportação, no caso de venda direta a pessoa sediada no exterior. A responsabilidade tributária atribuída à empresa comercial exportadora ficará resolvida com a conclusão do despacho aduaneiro de exportação, nos termos e condições estabelecidos no artigo 5º do Decreto-Lei nº 1.248, de 1972 (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 14). São requisitos para exportação com dispensa de saída do território aduaneiro:

a-) Os bens deverão ser produzidos no País, ainda que com a utilização de mercadorias importadas sob o regime de drawback, e ser adquiridos por pessoa sediada no exterior, contra pagamento em moeda nacional ou estrangeira de livre conversibilidade, mediante cláusula de entrega, sob controle aduaneiro, no território nacional (Regulamento Aduaneiro, art. 459, inciso I e 1º; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 10); b-) A aquisição dos bens pela empresa sediada no exterior deverá ser realizada diretamente do respectivo fabricante ou das empresas comerciais exportadoras de que trata o Decreto-Lei nº 1.248, de 1972 (Regulamento Aduaneiro, art. 459, 1º; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 10); c-) A exportação será realizada pelo respectivo fabricante ou por empresa comercial

exportadora de que trata o Decreto- Lei nº 1.248, de 1972(Regulamento Aduaneiro, art. 459, caput, inciso I, e 1º; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 10); d-) Os bens serão entregues no território nacional, sob controle aduaneiro, ao comprador estrangeiro ou, a sua ordem, a pessoa jurídica habilitada ao Repetro (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 10, 1º); e-) O despacho aduaneiro de exportação dos bens será efetuado com base em Declaração de Exportação (DE) registrada no Siscomex e o desembaraço somente será efetuado depois da verificação do atendimento das exigências estabelecidas para a aplicação do Repetro (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 11); f-) Os despachos aduaneiros de exportação e de admissão temporária devem ser processados na mesma Unidade da RFB, de

maneira sequencial e conjugada, de forma que a exportação ficta seja completada com a admissão temporária em Repetro do bem (Regulamento Aduaneiro, art. 458, 3º; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 10, 1º). Os procedimentos operacionais para a exportação ficta estão disciplinados na IN SRF nº 369, de 2003, na Notícia Siscomex nº 007 e na Notícia Siscomex nº 008, ambas de 2002, entre os quais destacam-se: a-) Deverão ser utilizados os seguintes códigos: 10, para a via de transporte (entrada/saída ficta) e 2222222, para o recinto aduaneiro; b-) O código de enquadramento da operação de exportação é 80150 Venda a Empresa Sediada no Exterior; c-) A unidade da RFB deve incluir no recinto especial 2222222 do cadastro de lotação do

Siscomex o CNPJ dos exportadores autorizados a proceder a exportação ficta; d-) O importador deverá informar na Declaração de Importação (DI) o número do Registro de Exportação (RE) no campo "documento vinculado" da subficha 1 da ficha mercadoria da adição. 3 - DRAWBACK O regime aduaneiro especial de drawback é considerado incentivo à exportação, e pode ser aplicado nas seguintes modalidades (Regulamento Aduaneiro, art. 383; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 12): 1) suspensão do pagamento dos tributos exigíveis na importação de mercadoria a ser exportada após beneficiamento ou destinada à fabricação, complementação ou acondicionamento de outra a ser exportada;

2) isenção dos tributos exigíveis na importação de mercadoria, em quantidade e qualidade equivalentes à utilizada no beneficiamento, fabricação, complementação ou acondicionamento de produto exportado; e 3) restituição, total ou parcial, dos tributos pagos na importação de mercadoria exportada após beneficiamento, ou utilizada na fabricação, complementação ou acondicionamento de outra exportada. O Repetro admite apenas o regime de drawback na modalidade suspensão, doravante denominado drawbacksuspensão, de matérias-primas, de produtos semi-elaborados ou acabados e de partes ou peças para utilização na fabricação de bens a serem exportados como exportação ficta (na forma

do item 2 do presente tópico) (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 2º, inciso III). No caso do Repetro, o drawback suspensão aplica-se somente às matérias-primas, produtos semi-elaborados ou acabados e de partes ou peças para utilização na fabricação de bens a serem exportados, mediante exportação ficta, e posteriormente submetidos à admissão temporária em Repetro (Regulamento Aduaneiro, art. 461; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 12). A modalidade drawback suspensão consiste na suspensão do pagamento dos tributos exigíveis na importação de mercadoria a ser exportada após beneficiamento ou destinada à fabricação, complementação ou acondicionamento de produto a ser exportado (Decreto-lei nº 37, de 1966, art. 78, caput; Lei

nº 8.402, de 1992, art. 1º, inciso I; Regulamento Aduaneiro, arts. 383, caput e inciso I, e 458, inciso III; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 2º, inciso III). As matérias-primas, os produtos semielaborados ou acabados e as partes ou peças para utilização na fabricação de bens a serem exportados admitidos em drawback podem ser tanto estrangeiros (Regulamento Aduaneiro, art. 458, inciso III) quanto nacionais (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 12, único). Por conseguinte, a exportação ficta será aceita para fins de comprovação do adimplemento das obrigações decorrentes da aplicação do regime de drawback, inclusive aquelas decorrentes da suspensão do pagamento do IPI relativo a matérias-primas, produtos semielaborados ou acabados e partes ou peças

nacionais utilizados na fabricação do produto exportado (Regulamento Aduaneiro, art. 461; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 12). O tratamento tributário concedido por lei para incentivo às exportações fica assegurado ao fabricante nacional, depois da conclusão (Regulamento Aduaneiro, art. 459, 2º; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 13): 1) da operação de compra dos produtos de sua fabricação, pela empresa comercial exportadora, na forma do Decreto- Lei nº 1.248, de 1972; ou 2) do despacho aduaneiro de exportação, no caso de venda direta a pessoa sediada no exterior. A concessão do regime de drawback suspensão é de competência da Secretaria de Comércio Exterior (Regulamento Aduaneiro, art. 386).

A concessão do regime será feita com base em Ato Concessório de Drawback, registrado no módulo específicodrawback do SISCOMEX, a partir das informações prestadas pelo interessado (Regulamento Aduaneiro, art. 386, 1º e 2º; Portaria Secex nº 23, de 2011, art. 87). É da competência da RFB a aplicação do regime, a fiscalização dos tributos suspensos e a constatação do regular cumprimento pela importadora dos requisitos e condições fixadas pela legislação pertinente, compreendendo esta última, após a verificação da Secex (Portaria MEFP nº 594, de 1992). Para o desembaraço aduaneiro da mercadoria a ser admitida no regime drawback suspensão, será exigido termo de responsabilidade, que será constituído na própria declaração de importação, da forma indicada na aplicação do

regime de admissão temporária (Regulamento Aduaneiro, art. 386, 3º; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 20, 1º). As exportações submetidas a despacho aduaneiro nos termos do artigo 11 da IN RFB nº 1.415, de 2013 serão aceitas para fins de comprovação do adimplemento das obrigações decorrentes da aplicação do regime de drawback (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 12). 4 - ADMISSÃO TEMPORÁRIA Dos tratamentos aduaneiros admitidos pelo Repetro, sobressai o regime de admissão temporária para utilização econômica. No entanto, o pagamento proporcional ao tempo de permanência no País não se aplica à admissão temporária em Repetro, sendo o caso de isenção ao pagamento proporcional

de tributos incidentes na importação (Lei nº 9.430, de 1996, art. 79, único; Regulamento Aduaneiro, art. 376, inciso I, alínea a e 458, 3º; IN RFB nº 1.600, de 2015, art. 56, 4º, inciso II, alínea a ; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 2º, inciso IV). Para informações sobre aspectos tributários no Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária, vide o tópico o tópico Aspectos Tributários no Manual Admissão Temporária. O regime aduaneiro especial de admissão temporária é o que permite a importação de bens que devam permanecer no País durante prazo fixado, com suspensão total da exigibilidade de tributos incidentes na importação, ou com suspensão parcial, ou seja, com pagamento proporcional, no caso de utilização econômica (Regulamento Aduaneiro, art. 353).

O Repetro permite a aplicação do regime de admissão temporária a bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural, quando provenientes do exterior (Regulamento Aduaneiro, art. 458, caput e 3º; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 2º, inciso IV). Os bens deverão ser de propriedade de pessoa sediada no exterior e importados sem cobertura cambial diretamente pela operadora, por pessoa jurídica contratada por ela em afretamento por tempo ou para prestação de serviços referentes a pesquisa e produção de petróleo e de gás natural, por subcontratada desta ou por designada, naquele contrato de afretamento por tempo ou de prestação de serviço, para promover a importação dos bens quando a contratada não

for sediada no País (Regulamento Aduaneiro, art. 459, inciso II). Neste Manual do Repetro estão apresentados normas e procedimentos de admissão temporária de caráter específico para o Repetro. LEGISLAÇÃO Decreto-Lei nº 1.248, de 1972 Decreto-lei nº 37, de 1966 Lei nº 9.826, de 1999 Lei nº 9.430, de 1996 Lei nº 8.402, de 1992 Regulamento Aduaneiro IN RFB nº 1.600, de 2015 IN RFB nº 1.415, de 2013 IN SRF nº 369, de 2003 Portaria MEFP nº 594, de 1992 Portaria Secex nº 23, de 2011

Notícia Siscomex nº 008, de 2002 Notícia Siscomex nº 007, de 2002 Retorna ao índice

Vedações por Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana) publicado05/12/2014 14h24, última modificação 03/07/2015 14h11 1) ATIVIDADES NÃO PERMITIDAS O Repetro se aplica somente aos bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e gás natural (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 1º). A Lei nº 12.351, de 2010, também permitiu, além das atividades de pesquisa e lavra, que o Repetro fosse aplicado às atividades de avaliação e desenvolvimento (Lei nº 12.351, de 2010, art. 61). Ocorre que a atividade de avaliação nada mais é do que uma espécie do gênero pesquisa (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso XV), assim como a atividade desenvolvimento nada mais é do que uma espécie do gênero produção (Lei nº 9.478,

de 1997, art. 6º, inciso XVII), logo, há uma redundância trazida pela Lei nº 12.351, de 2010, ao incluir essas duas atividades subordinadas. A definição das atividades de pesquisa, exploração, avaliação, desenvolvimento, produção e lavra se encontra no artigo 6º da Lei nº 9.478, de 1997 (vide no tópico Conceitos e Definições neste Manual). Desta forma, como o Repetro somente se aplica às atividades de pesquisa e lavra, a contrario sensu, o regime não se aplica a outras atividades, mesmo aquelas ligadas ao setor de petróleo e gás, a exemplo das atividades a seguir (definidas no artigo 6º da Lei nº 9.478, de 1997): a-) Refino ou Refinação; b-) Tratamento ou Processamento de Gás Natural;

c-) Transporte de Petróleo (vide item 3 abaixo para maiores detalhes); d-) Distribuição; e-) Revenda; f-) Distribuição de Gás Canalizado. Conforme visto acima, a regra geral é a de que o Repetro somente se aplica aos bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos. Porém, existem algumas exceções, expressamente previstas na IN RFB nº 1.415, de 2013, a saber: a-) Embarcações destinadas ao apoio e estocagem nas atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos (IN RFB nº 1.415, de 2013, Anexo I, Item 1);

b-) Plataformas destinadas ao apoio, manutenção e segurança das atividades de perfuração e produção (IN RFB nº 1.415, de 2013, Anexo I, Item 3); c-) Linhas, dutos e umbilicais necessários às atividades de transferência de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos (IN RFB nº 1.415, de 2013, Anexo I, Item 5); d-) Bens acessórios (máquinas e equipamentos, inclusive sobressalentes, ferramentas e aos aparelhos e a outras partes e peças) destinados à proteção do meio ambiente, salvamento, prevenção de acidentes e combate a incêndios, desde que utilizados para garantir a operacionalidade dos bens principais a que se vinculem ou necessários ao cumprimento de outras exigências normativas para as atividades de

pesquisa ou produção (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 3º, inciso II). É importante destacar que mesmo as exceções acima devem estar em consonância com o disposto no artigo 1º da IN RFB nº 1.415, de 2013. Logo, não é qualquer plataforma ou embarcação de apoio que pode ser admitida no Repetro, porque ela precisa dar apoio às atividades de pesquisa ou produção. Assim, não podem ser admitidos no Repetro os seguintes bens: a-) embarcação ou plataforma, que tenha como atividade principal a hospedagem de pessoas. Exemplo: um flotel (navio hotel); b-) embarcação ou plataforma, que tenha como atividade principal o auxílio no escoamento da produção de petróleo; ou

c-) embarcação ou plataforma, que tenha como atividade principal a pesquisa ambiental ou a proteção ao meio ambiente; d-) embarcação de apoio, que tenha como atividade principal a prevenção de acidentes ou combate a incêndios; e-) embarcação de apoio, que tenha como atividade principal a manutenção de plataformas; f-) embarcação de apoio, que tenha como atividade principal a estocagem de petróleo; e g-) embarcação ou plataforma, que tenha como atividade exclusiva o transporte de pessoas. Nos casos acima mencionados, o bem deve ser admitido com base no regime previsto no artigo 373 do Regulamento Aduaneiro.

2) VEDAÇÃO PARA BENS COM VALOR ADUANEIRO UNITÁRIO INFERIOR A US$25.000,00 É vedada a aplicação do Repetro aos seguintes bens, quando o valor aduaneiro unitário for inferior a US$25.000,00 (vinte e cinco mil dólares dos Estados Unidos da América): a-) Máquinas, aparelhos, instrumentos, ferramentas e equipamentos, destinados a atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos (IN RFB nº 1.415, de 2013, Anexo I, Item 2); e b-) Bens acessórios (máquinas e equipamentos, inclusive sobressalentes, ferramentas, aparelhos e outras partes e peças), inclusive os destinados à proteção do meio ambiente, salvamento, prevenção de

acidentes e combate a incêndios, desde que utilizados para garantir a operacionalidade dos bens principais a que se vinculem ou necessários ao cumprimento de outras exigências normativas para as atividades de pesquisa ou produção (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 3º, inciso II). Para aferição do valor aduaneiro unitário deverá ser incluído, quando houver, o valor do frete e seguro. Neste caso, o interessado deverá instruir o pedido de concessão do regime com memória de cálculo de forma que: a-) o frete total seja rateado de acordo com o peso do bem; e b-) o seguro total seja rateado de acordo com o valor unitário do bem. Em regra, a verificação da linha de corte é realizada com base na NCM de cada bem.

Assim, o interessado não poderá descaracterizar a "unidade" (valor unitário de cada parte ou peça) trazendo partes e peças desmontadas e registradas na DI sob NCM distintas com a finalidade de alegar posteriormente que elas fazem parte de um único conjunto, estrutura, obra ou sistema, ou que, quando montadas, compõe um bem que supere ou igual e o valor de US$25.000,00. Por outro lado, o interessado pode trazer o bem desmontado em uma única DI, desde que as regras de classificação fiscal assim permitam. Neste caso, o bem deve estar registrado na DI sob uma única NCM com valor igual ou superior a US$25.000,00, mesmo que se apresente em diversas partes ou peças no packing list. Mas, neste caso, caso haja dúvidas no momento do desembaraço, poderá ser intimado a apresentar laudo que

comprove tratar-se de um único bem desmontado (mesma NCM) com a finalidade exclusiva de permitir seu transporte. Em relação à linha de corte para DI fracionada, o Repetro somente se aplica se o fracionamento se deveu em virtude do tamanho do bem e de sua impossibilidade de ser transportado em um único embarque. Logo, não pode o interessado trazer, em diversas viagens, diversas partes e peças de ferramentas que caibam individualmente em um único embarque. Em resumo, o regime não se aplica quando o valor aduaneiro unitário de um bem (sob a mesma NCM) estiver registrado, na adição da DI, com valor abaixo de US$25.000,00, porém, dever-se-á levar em consideração, quando houver, o valor do frete e do seguro.

Tal restrição de valor não se aplica à lista dos bens abaixo, que costumam vir desmontados, porque sua repetrabilidade está prevista no item 5 do Anexo I da IN RFB nº 1.415, de 2013: a-) LINHAS: somente linhas flexíveis destinadas à produção de petróleo ou gás natural; b-) DUTOS: somente tubos de perfuração (drill pipes); e c-) UMBILICAIS: somente umbilicais eletrohidráulico. 3) VEDAÇÃO PARA ATIVIDADES DE TRANSPORTE É vedada a aplicação do Repetro aos bens cuja função principal seja o transporte de pessoas ou o transporte de petróleo, gás ou outros hidrocarbonetos fluidos (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 3º, 1º, inciso I).

Porém, tal vedação não se aplica à transferência de hidrocarbonetos (Lei nº 9.478, de 1997, art. 6º, inciso VIII; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 3º, 2º), isto é, à movimentação de petróleo, seus derivados, biocombustíveis ou gás natural em meio ou percurso considerado de interesse específico e exclusivo do proprietário ou explorador das facilidades (área licitada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP). Isso quer dizer que, se determinado bem tiver por finalidade transportar hidrocarbonetos líquidos para áreas de armazenagem situadas em terra ou para o exterior, então o Repetro não se aplica. Assim, um navio aliviador que receba petróleo, gás ou outros hidrocarbonetos fluidos, e que tenha como finalidadeescoar a

produção para terra ou para o exterior não se enquadra no Repetro. O mesmo se aplica ao navio de apoio que não transporte petróleo, mas que tenha por finalidade dar apoio ao escoamento da produção. 4) RESTRIÇÃO QUANTO AO LOCAL DE UTILIZAÇÃO DO BEM Os bens submetidos à admissão temporária em Repetro deverão ter utilização econômica exclusivamente nos locais indicados nos contratos de concessão, autorização, cessão ou de partilha de produção (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 3º, 3º). Destarte, os bens admitidos no Repetro não podem ser utilizados fora dos blocos de exploração ou dos campos de produção, ou seja, na base terrestre operacional da empresa ou em qualquer local fora das áreas licitadas,

mesmo que o acesso seja remoto. Exemplo: computadores de processamento de dados geofísicos que realizem o processamento de dados à distância e fora dos locais permitidos; veículos terrestres onshore para apoio às atividades offshore. Em relação às embarcações de apoio, é importante destacar que o Repetro apenas admite aquelas voltadas para a navegação de apoio marítimo (aquela realizada para o apoio logístico a embarcações e instalações em águas territoriais nacionais e na Zona Econômica, que atuem nas atividades de pesquisa e lavra de minerais e hidrocarbonetos), não se aplicando àquelas voltadas para a navegação de apoio portuário (a realizada exclusivamente nos portos e terminais aquaviários, para atendimento a embarcações e instalações

portuárias) (Lei nº 9.432, de 1997, art. 2º, incisos VII e VIII). Outrossim, o Repetro não é aplicável a embarcações que irão transportar petróleo, seus derivados, biocombustíveis ou gás natural para o exterior (navegação de longo curso) ou que irão levar essas mesmas mercadorias para um terminalon shore (em navegação de cabotagem), pois não estão dando apoio às atividades de pesquisa e produção, e sim às atividades de escoamento da produção. 5) VEDAÇÃO DE LEASING FINANCEIRO O Repetro não se aplica à entrada no território aduaneiro de bens objeto de contrato de arrendamento mercantil financeiro, conforme normas do Banco Central do Brasil (Regulamento Aduaneiro, art. 379; IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 3º, 4º).

A norma do Banco Central que rege o assunto é a Resolução CMN n 2.309, de 1996, a qual dispõe que se considera arrendamento mercantil financeiro a modalidade em que (Resolução CMN n 2.309, de 1996, art. 5º): a-) as contraprestações e demais pagamentos previstos no contrato, devidos pela arrendatária, sejam normalmente suficientes para que a arrendadora recupere o custo do bem arrendado durante o prazo contratual da operação e, adicionalmente, obtenha um retorno sobre os recursos investidos; b-) as despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado sejam de responsabilidade da arrendatária; c-) o preço para o exercício da opção de compra seja livremente pactuado, podendo

ser, inclusive, o valor de mercado do bem arrendado. 6) VEDAÇÃO PARA TUBOS RÍGIDOS O item 5 do Anexo I da IN RFB nº 1.415, de 2013 permite que dutos possam ser admitidos no Repetro. Porém, entende-se por dutos apenas os drill pipes (tubos de perfuração). Assim, os tubos rígidos são vedados no Repetro. LEGISLAÇÃO Lei nº 12.351, de 2010 Lei nº 9.478, de 1997 Lei nº 9.432, de 1997 Regulamento Aduaneiro IN RFB nº 1.415, de 2013 Resolução CMN n 2.309, de 1996 - Conselho Monetário Nacional Retorna ao índice

Jurisdição Aduaneira por Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana) publicado05/12/2014 15h25, última modificação 12/08/2015 11h01 1 - INTRODUÇÃO O presente tópico trata da competência de cada unidade da RFB em relação aos procedimentos de controle aduaneiro no Repetro. Nota: Para um melhor entendimento do presente tópico, entende-se por: 1) unidade da RFB de fiscalização de zona secundária a unidade de fiscalização de tributos sobre o comércio exterior da RFB, podendo ser uma delegacia mista (unidade da RFB de tributos internos com setor de despacho) ou inspetoria/alfândega da RFB com setor ou serviço de fiscalização de zona secundária.

2) unidade da RFB de despacho a unidade da RFB com competência para promover o despacho aduaneiro de bens. 2 - CONCESSÃO E PRORROGAÇÃO DA HABILITAÇÃO --> UNIDADE DA RFB COM JURISDIÇÃO SOBRE O ESTABELECIMENTO MATRIZ DA OPERADORA Os seguintes procedimentos, relativos à habilitação no Repetro, competem à unidade da RFB de fiscalização de zona secundária com jurisdição sobre o estabelecimento matriz da operadora (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 9º; Portaria Coana nº 3, de 2014, art. 4º): 1) Concessão e prorrogação da habilitação da própria operadora requerente; 2) Concessão e prorrogação da habilitação da pessoa jurídica contratada, subcontratada e designada, indicadas pela operadora; e

3) Publicação do ADE de habilitação e prorrogação. 3 - APLICAÇÃO DE SANÇÕES ADMINISTRATIVAS RELATIVAS À HABILITAÇÃO --> UNIDADE DA RFB COM JURISDIÇÃO SOBRE O ESTABELECIMENTO MATRIZ DA EMPRESA A SER SANCIONADA Embora a habilitação ao Repetro, em todos os casos, seja competência da unidade que jurisdiciona o estabelecimento matriz da operadora, o procedimento para aplicação das sanções administrativas, relativos à habilitação no Repetro, dependerá da sanção a ser aplicada e da pessoa jurídica a ser sancionada: 1) Para a aplicação das sanções de advertência e suspensão, a competência é da unidade da RFB responsável pela apuração da infração,

independentemente da sancionada ser operadora ou não, por meio de despacho decisório do seu titular em processo administrativo específico para a tramitação da sanção, que ao final deverá ser vinculado ao dossiê digital de atendimento (DDA) de habilitação da sancionada; 2) Para a aplicação da sanção de cancelamento da habilitação ao Repetro de operadora, a competência é da unidade da RFB com jurisdição sobre o seu estabelecimento matriz, por meio de Ato Declaratório Executivo publicado em DOU; 3) Para a aplicação de cancelamento da habilitação ao Repetro às demais pessoas jurídicas, não-operadoras, a unidade da RFB com jurisdição sobre o estabelecimento matriz da sancionada lavrará o auto de infração e, após as providências de ciência e julgamento

de impugnação, encaminhará o processo administrativo respectivo à unidade da RFB que concedeu a habilitação (que jurisdiciona a matriz da operadora requerente) para publicação em DOU do Ato Declaratório Executivo. O processo administrativo em que tramita o auto de infração para aplicação da sanção administrativa deve ser distinto daquele de habilitação, a este devendo ser vinculado posteriormente, após a decisão definitiva. 4 - VALIDAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INFORMATIZADO --> DIVISÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (DITEC) E DIVISÃO DE ADMINISTRAÇÃO ADUANEIRA (DIANA) O software e a interface de comunicação do sistema próprio de controle informatizado