TÍTULO: IMPORTÂNCIA DO PROJETO SÓCIO EDUCATIVO COMO INSTRUMENTO DE ENFRENTAMENTO DA VULNERABILIDADE SOCIAL E A MELHORIA NO RELACIONAMENTO FAMILIAR.

Documentos relacionados
AUTOR(ES): THAIS CRISTINA FELICIANO PETRONILIO, LUIZ GUSTAVO DE OLIVEIRA, LIANE PEREIRA DA LUZ

TÍTULO: AGRAVAMENTO DO DESEMPREGO FRENTE O ATUAL CONTEXTO SOCIOECONÔMICO

TÍTULO: ANALISAR A REALIDADE VIVENCIADA PELAS FAMÍLIAS CHEFIADAS POR MULHERES REFERENCIADAS NO CRAS SETOR SUL

ATIVIDADE ESPORTIVA ENQUANTO ESPAÇO DE ARTICULAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL

TÍTULO: A VIABILIDADE DO ACESSO AOS DIREITOS Á PESSOA IDOSA ATRAVÉS DO CRAS.

EDUCADOR SOCIAL SITE: FACEBOOK: CARITAS ARQUIDIOCESANA DE PORTO ALEGRE SAS FACEBOOK: MENSAGEIRO DA CARIDADE

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: SERVIÇO SOCIAL INSTITUIÇÃO: FACULDADES INTEGRADAS DE BOTUCATU

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: SERVIÇO SOCIAL INSTITUIÇÃO: FACULDADES INTEGRADAS DE BOTUCATU

TÍTULO: A EXPERIÊNCIA ESCOLAR NA ADOLESCÊNCIA: CONFLITOS E DESAFIOS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

CAPTAÇÃO DE PATROCÍNIO 2019/2020 ASSOCIAÇÃO SANTA LUZIA

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NOVO HORIZONTE, CARAMBEÍ PR

Relatório Anual Estação Conhecimento de Marabá. Responsável: Vera Lucia da Cunha 31/12/2018

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DOS JOGO REGIONAIS DO IDOSO-JORI NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA E SOCIALIZAÇÃO DOS IDOSOS.

TÍTULO: AS PRÁTICAS SÓCIOEDUCATIVAS CONTRIBUINDO COM A EDUCAÇÃO FORMAL: EXPERIÊNCIA DO PROJETO MÃOS Á OBRA

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

A COMPREENSÃO DE CORPO, EDUCAÇÃO E SAÚDE FRENTE À COMPLEXIDADE DO USO DE DROGAS. Núcleo Interdisciplinar de Enfrentamento à Drogadição NIED/UFPR 2018

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: SERVIÇO SOCIAL INSTITUIÇÃO: FACULDADES INTEGRADAS DE BOTUCATU

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: SERVIÇO SOCIAL INSTITUIÇÃO: FACULDADES INTEGRADAS DE BOTUCATU

PREFEITURA MUNICIPAL DE LIMOEIRO ESTRUTURA ORGANIZACIONAL LEI Nº LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO SECRETARIA HABITAÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL

Relatório de Atividades

TÍTULO: POSSIBILIDADES DAS VIVÊNCIAS LÚDICAS NO TEMPO ÓCIO VIVIDO PELAS CRIANÇAS NO RECREIO

Estudar aqui faz diferença!

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: SERVIÇO SOCIAL INSTITUIÇÃO: FACULDADES INTEGRADAS DE BOTUCATU

SANTOS, Louise Gabrielle Cardoso dos 1 ; ARAÚJO, Nathália Thays Jatobá 2 ; COSTA, Giuliana de Lima 3 ; ROCHA-MADRUGA, Renata Cardoso 4.

Cuidado. Crack, é possível vencer Aumento da oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários

OPINIÃO SOBRE A QUALIDADE DE VIDA EM MANAUS OPINIÃO SOBRE A QUALIDADE JOB 003 DE VIDA DATA: FEV / 2010 M A N A U S

e produtivo (CEDES 1. Centro de Desenv envolvimento Social ESP) Conv nvênio 260 pessoas frequentaram os cursos de:

POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO DESTINADAS AO ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI NO BRASIL

Envelhecimento e lazer: um direito garantido.

PECP Programa Einstein na Comunidade de Paraisopolis. Lidio Moreira

INSTITUTO BOLA PRA FRENTE: POR UM PLACAR SOCIAL JUSTO

Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV)

AGENDA DA JUVENTUDE DE CUBATÃO

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGO CENTRO DE REFERÊNCIA ASSISTÊNCIA SOCIAL VILA ROSA - PALMEIRA - PR

CONSTRUÇÃO DE PROPOSTAS EDUCATIVAS INTEGRADAS PARA PROMOÇÃO DA SAUDE NO CONTEXTO ESCOLAR

S E D S. Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social

Edital aberto de 18 de fevereiro a 15 de março pessoas alcançadas nas redes sociais. Total de 77 inscritos, sendo 53 elegíveis.

Relatório Mensal de Setembro

1 A Prefeitura Municipal de Gavião, Estado Da Bahia, Visando a Transparência dos Seus Atos Vem PUBLICAR.

A GESTÃO ESOLAR EM UMA PRÁTICA DE ENSINO DEMOGRÁTICA E PATICIPATIVA

VIII Jornada de Estágio de Serviço Social

Prof. Dr. Francisco Martins da Silva Orientador Educação Física UCB. Prof. Dr. Jonato Prestes Educação Física UCB

CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL-CRAS DRA. ZILDA ARNS NEUMANN

ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE ENCONTRO COM DEUS

TÍTULO: AS MUDANÇAS NAS CONDIÇÕES SÓCIO ECONÔMICAS E CULTURAL DAS FAMÍLIAS E PAPÉIS DEMANDADOS PARA OS IDOSOS.

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Secretaria Nacional de Assistência Social

VIII Jornada de Estágio de Serviço Social INSTITUTO MUNDO MELHOR

ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO ACOMPANHAMENTO DAS CRIANÇAS BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

Plano de Trabalho e Relatório de atividades. Justificativa:

Instituto Pobres Servos da Divina Providência - Centro Educacional e Social de Marituba

Um nome que reflete LUZ. YACAMIM na linguagem tupiguarani MUITAS ESTRELAS.

O PIBID/BIOLOGIA UNIEVANGÉLICA - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA ESCOLA: ABORDANDO O TEMA EDUCAÇÃO SEXUAL

Vigilância Social: Estudando os instrumentais a serem utilizados pelo PAIF/PAEFI

Oficinas de Qualificação Profissional e Geração de Renda

pelo Departamento de Assistência Social aditamento de prazo e valor Prazo: 30/04/2017

TÍTULO: A RELAÇÃO ENTRE SATISFAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA E O SUPORTE SÓCIO ASSISTENCIAL OFERECIDO PARA MULHERES SUBMETIDAS À CIRÚRGICA BARIÁTRICA

1. Centro de Desenvolvimento Social e Produtivo (CEDESP) Convênio PMSP / SMADS. 146 pessoas concluíram os cursos de:

PROMOÇÃO À SAÚDE E BEM-ESTAR DE PUÉRPERAS

Resumo da pesquisa Levantamento socioeconômico na comunidade Cidade de Deus do Rio de Janeiro

PROJETO DE EXTENSÃO CRIANÇA ATIVA: AÇÕES INTERDISCIPLINARES

Resultados do Serviço Preparação para o Primeiro Emprego

Secretaria Nacional de Assistência Social

QUEM SOMOS A OCA ESTÁ LOCALIZADA EM CARAPICUÍBA, DENTRO DE UM IMPORTANTE PATRIMÔNIO HISTÓRICO: A ALDEIA DE CARAPICUÍBA.

PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR DE UM ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN EM UMA ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL DA CIDADE DE REMÍGIO.

PALAVRAS-CHAVE ENFERMAGEM MATERNO-INFANTIL. PERÍODO PÓS- PARTO. PESQUISA EM ENFERMAGEM.

ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA NA REDE PÚBLICA: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA

Relatório da CPA (Comissão Própria de Avaliação) da Pesquisa com os Estudantes do Curso de Administração em 2010

Dra Hedi Martha Soeder Muraro

NÚCLEO DE APOIO PSICOPEDAGÓGICO NAP

Plano de Trabalho 2018 Casa do Puríssimo Coração de Maria CEMARI Centro Social Maria Rita Perrillier

5ª Jornada Científica e Tecnológica e 2º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 06 a 09 de novembro de 2013, Inconfidentes/MG

PROJOVEM URBANO: PERFIL, PERSPECTIVAS E PERCEPÇÕES DE DIREITOS DE JOVENS DO NÚCLEO CHICO MENDES NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA- BAHIA

TÍTULO: PROPOSTA INTERVENTIVA DO SERVIÇO SOCIAL PARA A GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA: RELATO DA PRÁTICA NUMA ESCOLA DO TERCEIRO SETOR

AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM MATÕES-MA

RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 2007

OFICINA DE FUTEBOL MASCULINO E FEMININO TRABALHANDO MENTES E FORMANDO CIDADÃOS ATRAVÉS DO ESPORTE

Grupo: 1 Dimensão Prioridades para o território Prioridades para o Estado e União Dignidade Humana e Justiça

O Valor da Educação. Ana Carolina Rocha Eliézer dos Santos Josiane Feitosa

TÍTULO: GRUPO DE PROMOÇÃO À SAÚDE DA MULHER: UMA ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO À SAÚDE.

FURG A ABORDAGEM GRUPAL E FAMILIAR NA PERSPECTIVA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NA PREVENÇÃO AO USO DE ÁLCOOL O OUTRAS DROGAS

PROJETO DE FERIDAS NA FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM E MEDICINA

XI Encontro de Iniciação à Docência

OFICINAS PEDAGÓGICAS SOBRE OS DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA

Ensino. Fundamental I. Estudar aqui faz diferença!

O SUAS PARÁ NO PLANO ESTADUAL DE AÇÕES INTEGRADAS SOBRE DROGAS. Meive Ausonia Piacesi

LEI N 1175 /2015 ESTADO DE MATO GROSSO PREFEITURA MUNICIPAL DE PARANATINGA

D) Saldo atual R$ Caixa diversos R$ Fechamento R$

A PERSPECTIVA DOS ALUNOS DO CENTRO DE ENSINO CÔNEGO ADERSON GUIMARÃES JÚNIOR SOBRE O USO DA REDES SOCIAIS COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM

Mostra de Projetos 2011

Processos de segregação Estigma e estima em jovens da periferia de Porto Alegre, Brasil. Luis Stephanou

RELATÓRIO DE ATIVIDADES C A S A A B R I G O

1.Perfil do Formando Avaliação Formandos

CONHECENDO AS ADOLESCENTES DO PSF SÃO SEBASTIÃO 1

DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: formação social e política. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes/ Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos e

Programa Universidade Portas Abertas 2009 a 2011 / UFGD - Impactos sociais, econômicos, culturais e acadêmicos

MATUR IDADES. Rita de Cássia Martins Enéas Moura

Prefeitura Municipal de Cairu publica:

Programa LBV Criança: Futuro no presente! Categoria do projeto: I Projetos em andamento (projetos em execução atualmente)

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Culturas de Participação: Jovens e suas percepções e praticas de cidadania. Aluno: Roberta Silva de Abreu Orientador: Irene Rizzini

Transcrição:

16 TÍTULO: IMPORTÂNCIA DO PROJETO SÓCIO EDUCATIVO COMO INSTRUMENTO DE ENFRENTAMENTO DA VULNERABILIDADE SOCIAL E A MELHORIA NO RELACIONAMENTO FAMILIAR. CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: SERVIÇO SOCIAL INSTITUIÇÃO: FACULDADES INTEGRADAS DE BOTUCATU AUTOR(ES): FABIANA CRISTINA BIRAL ROCHA ORIENTADOR(ES): PRISCILA SALES PICOLI COLABORADOR(ES): NILZA PINHEIRO DOS SANTOS

IMPORTÂNCIA DO PROJETO SÓCIO EDUCATIVO COMO INSTRUMENTO DE ENFRENTAMENTO DA VULNERABILIDADE SOCIAL E A MELHORIA NO RELACIONAMENTO FAMILIAR. RESUMO A adolescência é uma etapa que não implica apenas em mudanças na vida do jovem, mas também dos pais, pois é necessário aceitar que o afastamento dos filhos é um processo natural de construção de uma personalidade própria. Além de ser um período marcado por mudanças biológicas e emocionais a adolescência é uma etapa intermediaria do desenvolvimento humano, entre a infância e a vida adulta, onde a vivencia familiar pode diminuir ou reforçar esses medos. Portanto é importante buscar por qualificação profissional e estar sempre atualizado para evitar o ingresso no mercado de trabalho informal, estando assim preparados para enfrentarem a competitividade. Nesse contexto, o papel fundamental do Projeto de Inclusão Social e Digital através do assistente social é conhecer a realidade social de cada adolescente à luz de suas relações sociofamiliares, ampliando o olhar em direção às suas redes sociais, ou seja, às relações interpessoais que estabelecem e percebem como significativa em sua vida: a família, a escola, entre amigos, o trabalho e a comunidade. Nas relações de socialização o adolescente tem a família definida como núcleo primário de proteção e afeto. Ser pai e mãe implica não uma filiação biológica, mas uma filiação sócio-afetiva; compreende a verdade do coração, mas que a do sangue. Diante das dificuldades apresentadas pelo sistema familiar no exercício de sua autoridade de proteção, os adolescentes passaram a encontrar dificuldades também nos seus processos de afiliação social, isto é, de vinculação em outros contextos de socialização (escola, comunidade, entre pares). Palavra Chave; Adolescente, Família, Serviço Social. INTRODUÇÃO A adolescência é considerada um período marcado por transição da fase infantil para a fase adulta, está relacionada aos aspectos físicos, manifestações e adaptação social tem sido interpretadas como vinculadas à cultura e ao tipo de sociedade. Esse trabalho tem como objetivo analisar a experiência do Serviço Social no Projeto de Inclusão Social e Digital bem como as atividades desenvolvidas com os adolescentes. A criança e adolescente deve ser amparado por seus familiares, pois, a família é a primeira instituição na qual receberá elementos básicos para a construção social, deve também existir a convivência comunitária, pois ambas tem papel fundamental na formação dos sujeitos. A organização dos projetos sócio educativos vem contribuir na vida do cidadão, seja ela criança, adolescente, jovem, adulto ou idoso, dando 1

possíveis respostas as "questões sociais", possibilitando a garantia de acesso aos direitos sociais através das políticas públicas em parceria com o poder público em favor do cidadão. Sendo assim o Projeto foi criado com o intuito de modificar o adolescente a sair da vulnerabilidade, tendo a oportunidade de estar inserido em projetos que colaborem como um complemento para o conhecimento e visão das questões sociais onde se encontram. O Projeto conta com aulas de informática possibilitando mais conhecimento com o objetivo de qualifica los para o mercado de trabalho e com atividades grupais, laborais, temáticas próprias da adolescência sobre gravidez precoce, sexualidade, métodos contraceptivos, DSTs, substancias psicoativas, ética, cidadania, etc... sendo que a dialética e o formato das aulas é em forma de dramatização, filmes, esportes, artesanato; sendo coordenadas pelo Assistente Social sobre assuntos pertinentes a fase da adolescência. OBJETIVOS -Levantar o perfil sócio econômico e cultural dos adolescentes que participam do Projeto; -Verificar quais transformações nas relações social e familiar do adolescente ocorreram pela participação no projeto; -Avaliar o grau de envolvimento do adolescente no projeto de inclusão social e digital e quais sugestões estes tem a oferecer para melhor adequação das atividades frente às expectativas dos mesmos; -Avaliar como o adolescente coloca em pratica as temáticas abordadas no projeto em sua vivencia cotidiana; METODOLOGIA Para a realização da pesquisa utilizamos uma amostra não probabilística composta por 40 adolescentes, que participaram e ou participam do Projeto de Inclusão Social e Digital nos anos 2015 e 2016 o que corresponde a 100 % do total de adolescentes participantes. 2

Para a coleta de dados foi utilizado um formulário composto de perguntas abertas e fechadas, aplicado através de entrevistas agendada no Setor Casa das Associações, a fim de obter dados objetivos e subjetivos da população pesquisada. A pesquisa foi realizada no período de Junho e Julho de 2016. Os entrevistados receberão um termo de consentimento livre e esclarecido com todas as informações e objetivos da pesquisa. DESENVOLVIMENTO Na adolescência existem muitas inseguranças e expectativas, sendo nessa fase o adolescente traz muitas dúvidas e temores quanto ao seu futuro, onde a convivência familiar pode diminuir ou reforçar esses medos. A adolescência é uma etapa intermediaria do desenvolvimento humano, entre a infância e a vida adulta e é um momento de desenvolvimento da personalidade, de descobertas, anseios e medos, além de ser um período marcado por mudanças biológicas e emocionais. O trabalho desenvolvido no Projeto de Inclusão Social e Digital se dá através de atividades laborais e temáticas próprias da adolescência sobre gravidez precoce, sexualidade, métodos contraceptivos, DSTs, substancias psicoativas, ética, cidadania sendo que a didática e o formato das aulas em forma de dramatização, filmes, esportes, atividades laborais e aulas de informática. O Projeto tem a capacidade de atendimento de 20 vagas anuais e oferece ainda aos participantes apoio social, psicológico, atendimento médico e odontológico. A inserção do adolescente no projeto se faz necessário, pois pode ser um instrumento de tirar o adolescente das ruas, da marginalidade, do mercado informal, além de trazer mais responsabilidade, conhecimento e amadurecimento. As aulas de informática e as atividades grupais coordenadas pelo Assistente social sobre assuntos pertinentes à fase da adolescência como sexualidade, puberdade, gravidez na adolescência, métodos contraceptivos, identidade, família, inserção no mercado de trabalho entre outras, colaboram para o amadurecimento, melhor compreensão dessa fase, bem como para chegada da vida adulta. 3

Oeste CRAS Solteiros 16 I-I 18 Estudantes Ensino Médio Ação Jovem R$ 80,00 Deve o adolescente ter claro que é necessário estar preparado para assumir uma atividades profissional com responsabilidade, o que exige boa formação e aprendizado já que o mercado de trabalho encontra-se cada vez mais competitivo e concorrido. Portanto é importante buscar por qualificação profissional e estar sempre atualizado para evitar o ingresso no mercado de trabalho informal, estando assim preparados para enfrentarem a competitividade. RESULTADO A seguir apresentamos uma análise dos resultados obtidos a partir da presente pesquisa, demonstrados através de gráficos que facilitam a visualização dos dados obtidos com pesquisa. GRÁFICO 1- Referente à Instituição, região, situação civil, faixa etária ocupação, escolaridade e renda do adolescente. Região 100% 100% 97,50% Instituição Situação civil 70% 75% Faixa etária Ocupação 52,50% Escolaridade 27,50% Renda Constatamos que quanto à procedência dos adolescente, 100% residem na região Oeste; 52,70% são atendidos pelo CRAS; 100% são solteiros e 70% estão na faixa etária de 16 a 18 anos; 97,50% são estudantes e 75,00 % cursam o ensino 4

Praticam Evangélica Praticam Evangélica Não Não falta nada Satisfeitos Não falta nada Satisfeitos médio; 27,50% possuem renda do Programa Ação Jovem no valor equivalente a R$80,00. Podemos constatar que os adolescente são da região Oeste e estão referenciados e atendidos pelo Centro de Referência do Assistência Social-CRAS, bem como, são solteiro e frequentam o ensino médio, portanto a escolaridade é compatível com a faixa etária, e os que estão vinculados ao Programa Ação Jovem que correspondem a minoria, recebem o referido benefício. GRÁFICO 2- Referente á religião, se a família recebe Benefício de Transferência de renda e opinião se falta alguma coisa para melhorar a qualidade de vida. Religião família Religião adolescente 70% 70% 85% 68,75% 62,50% 72,50% 67,50% Benefício de Transferência de renda Opinião para melhorar a qualidade de vida da família 42,50% 42,50% Qualidade de vida da família Opinião para melhorar a qualidade de vida do adolescente Qualidade de vida do adolescente Constatamos que 70% das famílias e dos adolescentes praticam religião, e destes, 42,50% são evangélicos, e 85% não recebem Benefício de Transferência de Renda; quanto à qualidade de vida da família informada pelo adolescente 68,75% relataram que não lhes faltam nada, e 62,50% estão satisfeitos com seu modo de vida. Em relação os adolescentes, 72,50% referem que não lhes faltam nada; 67,50% estão satisfeitos com sua qualidade de vida. 5

3 I-I 4 R$ 880,00 I-I 1.400 Genitoras Diaristas Genitor Pedreiro Alvenaria Própria Receberam Genitores Não possuem Não apresenta Campo de futebol Praça de ginástica De acordo com os resultados acima, podemos verificar tanto os adolescentes como seus familiares, na sua maioria são evangélicos e praticantes; não dependem de benefício assistencial, estando ainda tanto os adolescentes quanto seus familiares satisfeitos com seu modo e qualidade de vida e que não lhes faltam nada, significando que existe bom relacionamento e compreensão familiar, e que apesar da região onde pertence. GRÁFICO 3- Referente ao número de membros, renda, ocupação dos genitores, condição de moradia, recebeu influência familiar, através de quem recebeu influência, houve dificuldade em participar do Projeto e de prosseguir nos estudos e local para realizar atividade de lazer. de membros 97,50% 97,50% 95% Renda 87,50% Ocupação genitores 77,50% 70% Condição de moradia Influência 55% 55% 35% 22,50% 42,50% 35% Quem influenciou Dificuldade de frequentar o Projeto Dificuldade em prosseguir nos estudos Local de lazer Constatamos que quanto o número de membros, 55% é composta de 3 a 4 membros; 55,00% possui renda familiar de R$ 880,00 a R$ 1.400,00; 35,00% das genitoras trabalham como diarista e 22,50% do genitor trabalha como pedreiro; 97,50% das residências são de alvenaria, destas 77,50% são próprias; 97,50% receberam influencia quanto a participar do projeto, destes, 70,00% dos genitores; 97,50% não possuem dificuldade de frequentar o projeto e 95,00% não apresenta dificuldade de prosseguir os estudos; quanto a espaços de lazer no bairro, 42,50% diz existir campo de futebol e 35,00% praça de ginastica. 6

Direito Policial Veterinária Administração Realizam Saem juntos Finais de semana Podemos constatar, que são famílias compatíveis com a composição atual na sociedade, com uma renda considerada baixa, mais compatível com as funções desempenhadas, que não exige qualificação ou escolarização, o que minimiza a questão econômica é o fato da maioria da residência serem próprias. Os adolescentes tem a família como referência, pois a influência por participar do projeto origina dos genitores; outro aspecto importante é o fato dos adolescentes não encontrarem problemas de estudar e participar do projeto ao mesmo tempo, e reconhecem os espaços públicos como área de lazer, demonstrando participação social. GRÁFICO 4- Referente ao curso Universitário que deseja realizar, atividade de lazer do adolescente, pratica atividade de lazer com a família, frequência que praticam atividade de lazer e com quem. Curso 62,50% Atividade de Lazer com a família 50% 50% Tipo de atividade Com qual frequência praticam 22% 15% 10% 10% Em relação ao desejo de realizar Curso Universitário 22,50% pretendem fazer Direito; 10% desejam fazer administração ou veterinária, respectivamente, e 15% querem ser policial. 62,50% praticam atividades de lazer com a família; destes 50% consideram sair junto a pratica de lazer; 50% as atividades nos finais de semana. 7

Tráfico Não existe Tráfico Não existe Mais uma vez verificamos o comprometimento dos adolescentes com seu futuro e a interação familiar, pois consideram um simples sair de final de semana como atividades de lazer, ou seja, sentem satisfação numa atividade tão simples. GRÁFICO 5- Referente a risco social no Bairro, atividade ilegal. 52% 52,50% 47,50% Risco social Atividade ilegal 37,50% Verificamos que quanto ao risco social existente no Bairro, 52,00% dos adolescentes acreditam ser o tráfico o maior risco e 37,50% relatam não existir risco; 52,50% consideram o tráfico como atividade ilegal e 47,50% não têm atividade ilegal no Bairro. Apesar da maturidade demonstrada pelos adolescentes, ainda há dificuldade por parte de alguns adolescentes de reconhecerem os riscos da droga e de seu trafico, o que os coloca em situação de vulnerabilidade. 8

Afetividade com a família Bom relacionamento Genitoras Todos os membros Família Escolar Amigos GRÁFICO 6- Referente ao vínculo e relacionamento familiar, qual membro tem melhor relacionamento, após inclusão no Projeto houve melhora no relacionamento. 92,50% 90% 87,50% 82,50% 90% Vínculo e relacionamento Relaciona - se melhor com qual membro 35% Houve mudança no relacionamento após inclusão no Projeto 20% Verificamos que 92,50% dos adolescentes referem ter vínculo com os familiares, destes, 90% afirmam ser bom relacionamento; em relação com quem melhor se relaciona,35% diz ser com genitores e 20% com todos os membros; quanto à participação do projeto ter melhorado seus relacionamentos, 87,50% afirmam que melhorou o relacionamento com a família, 82,50% no ambiente escolar e 90% com os amigos. A participação dos adolescentes em projeto socioeducativo em função das atividades que participam, da experiências vivenciadas no grupo, resultam em melhorias do relacionamento dos adolescentes, tanto no contexto familiar, quanto escolar como com os amigos. 9

CONSIDERAÇÕES FINAIS O Projeto proporciona aos adolescentes aprendizado socioeducativo e profissional, além de possibilitar o amadurecimento e a melhora do relacionamento sócio familiar e educacional, preparando-o ainda para o enfrentamento das situações de vulnerabilidade social. Como na maiorias das cidades de médio e grande porte, o maior risco existente é quanto a drogadição e o tráfico de drogas, e o não atendimento de nossos jovens em ações e projeto socioeducativo, cultural ou profissionalizante, possibilidades a estes a ociosidade, fator importantíssimo quanto se trata de cooptação para o tráfico ou mesmo se envolverem com atos infracionais. FONTES CONSULTADAS PEREIRA, S.E.F.N. "Crianças e adolescentes em contexto de vulnerabilidade social: Articulação de redes em situação de abandono ou afastamento do convívio familiar." São Paulo, 2013.Disponível em: http://www.aconchegodf.org.br:7080/novosvinculos/ biblioteca/ artigos/artigo01.pdf PEREIRA, S.E.F.N. Redes sociais de adolescentes em contexto de vulnerabilidade social e sua relação com os riscos de envolvimento com o trafico de drogas. Brasília, 2009. SILVA, A.P. Trabalho Socioeducativo com Família em Vulnerabilidade: Uma Perspectiva Interdisciplinar. São Paulo, n. 38, 2004,Disponível em: http://www.usjt.br/ proex/ arquivos/produtos_academicos/285_38.pdf 10