Ano IV Nov/2016. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Matheus Anthony de Melo e Jaqueline Rossali

Documentos relacionados
Ano IV Out/2016. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Matheus Anthony de Melo e Jaqueline Rossali

arrecadações, que foram de 15,9% para a CSLL, 10,9% para o IRPJ e 10,3% para o IRRF. Os municípios da região de Ribeirão Preto registraram, em conjunt

Arrecadação de junho de 2016 continua sinalizando fraco desempenho econômico. Contudo, economia já emite alguns sinais de recuperação.

Ano IV Jun/2016. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Matheus Anthony de Melo e Jaqueline Rossali

Ano V Fev/2017. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Matheus Anthony de Melo e Jaqueline Rossali

Ano IV Mai/2016. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Matheus Anthony de Melo e Jaqueline Rossali

Ano V Mar/2017. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Henrique Hott e Jaqueline Rossali

Ano V Jul/2017. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Henrique Hott e Jaqueline Rossali

Ano V Abr/2017. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Henrique Hott e Jaqueline Rossali

Ano IV Fev/2016. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Jaqueline Rossali

Ano V Mai/2017. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Henrique Hott e Jaqueline Rossali

Ano V Jun/2017. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Henrique Hott e Jaqueline Rossali

Ano IV Jan/2016. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Jaqueline Rossali

Ano III Dez/2015. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai André Ribeiro Cardoso, Jaqueline Rossali e Guilherme Perez

Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Francielly Almeida e Lorena Araujo

Ano VI Set./2018. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Francielly Almeida e Lorena Araujo

Ano VI Nov/2018. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Francielly Almeida e Lorena Araujo

Ano VII Mar./2019. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Eduardo Teixeira e Lorena Araujo

Ano VII Mai./2019. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Eduardo Teixeira e Lorena Araujo

Ano VII Abr./2019. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Eduardo Carvalho Silva e Lorena Araujo

Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Francielly Almeida e Lorena Araujo

Ano VI Mai/2018. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Giulia Coelho e Lorena Araujo

A Construção Civil destrói postos de trabalho em Setembro de 2016

NOTA TÉCNICA ARRECADAÇÃO FEDERAL DE FEVEREIRO/15: ANTECIPANDO OS NÚMEROS OFICIAIS

Serviços tem o melhor desempenho entre os setores em agosto de 2017

RARP e municípios analisados destroem vagas em Junho de 2017

Incertezas prejudicam o mercado de trabalho

Ano V Nov./2017. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai, Henrique Hott e Ingrid Nossack. Setor da Indústria tem o melhor desempenho na RARP e no Brasil

Construção Civil registra grande volume de demissões

Indústria e Comércio comprometem o desempenho da RARP em setembro de 2015

Brasil e SP fecharam postos de trabalho em todos os setores da economia

Setor de Serviços tem o melhor desempenho na RARP

Ano IV Out./2016. Construção Civil tem o pior desempenho entre os setores em Agosto de 2016

Ano VI Abr./2018. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai, Giulia Coelho e Ingrid Nossack

Ano IV Fev/ é marcado por forte retração do mercado de trabalho

43,85 43,67 43,50 43,26 43,03 42,76 42,45 42,35 42,11 41,96 41,93 41,91

O Comércio é o único setor que apresenta saldo positivo em novembro de Indústria apresenta grande volume de demissões

BOLETIM ECONOMIA & TECNOLOGIA Informativo do Mês de Outubro de 2010

Regiões apresentam redução no volume de demissões em Outubro de 2016

TABELA I ARRECADAÇÃO DAS RECEITAS FEDERAIS PERÍODO: NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2015 E DEZEMBRO DE 2014 (A PREÇOS CORRENTES)

Agropecuária é o setor que mais contratou em maio de 2016, favorecida pela sazonalidade. RARP cria postos de trabalho em maio de 2016

Índice de Confiança do Comércio recua, refletindo ritmo lento da atividade econômica. Brasil volta a registrar destruição de postos de trabalho

BOLETIM ECONOMIA & TECNOLOGIA Informativo do Mês de Julho de 2010

Setor de Serviços cria postos de trabalho em Fevereiro de 2016

Agropecuária cria vagas na RARP

CIDE Combustíveis e a Federação

RARP cria vagas em Abril de 2017

Boletim de Serviços. Maio de Economia de Serviços

Boletim de Conjuntura Econômica Boletim n.51, Outubro, POLÍTICA FISCAL. Análise do segundo trimestre de 2012 e primeiro semestre de 2012

1 POLÍTICA FISCAL. Boletim de Conjuntura Econômica Boletim n.52,dezembro, Análise do terceiro trimestre de Antônio Gomes de Assumpção

BOLETIM ECONOMIA & TECNOLOGIA Informativo do Mês de Junho de 2010

Criação de empregos - Brasil. Acumulado

BOLETIM ECONOMIA & TECNOLOGIA Informativo do Mês de Janeiro de 2009

1 POLITICA FISCAL. Boletim de Conjuntura. Econômica. Boletim n.55,novembro,2013 RESUMO

Monitor do PIB sinaliza crescimento de 0,1% no terceiro trimestre

Boletim Informativo: Antecipando os números oficiais da Arrecadação Federal: resultados para outubro de 2016

BOLETIM ECONOMIA & TECNOLOGIA Informativo do Mês Abril de 2010

CARACTERÍSTICAS DA ECONOMIA MINEIRA

Boletim de Serviços. Fevereiro de Economia de Serviços

Boletim de. Recessão avança com diminuição lenta da inflação em 2015 Inflação e desemprego

Comércio é o único setor a registrar novas contratações

Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de abril de Número junho.2019

Comércio é o único setor que apresentou saldo positivo em âmbito nacional

Índice de Confiança da Indústria estabiliza e reforça incertezas. Indústria e Comércio voltam a apresentar demissões em nível nacional

Gráfico 1: Taxa de variação trimestral do PIB (comparado aos trimestres imediatamente anteriores, %) Fonte e elaboração: FGV IBRE

Análise da Arrecadação das Receitas Federais Dezembro de 2015

BOLETIM ECONOMIA & TECNOLOGIA Informativo do Mês de Janeiro de 2011

Carga tributária brasileira por setores

Antonio Gomes Assumpção. Bárbara Sant ana Kuenka Danilo Martins

Mercado de trabalho regional continua enfrentando desafios

Tributação sobre o Consumo é Recorde no 1º quadrimestre

Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e o seu comportamento neste primeiro quadrimestre de 2018

FATURAMENTO E VOLUME DE VENDAS DO VAREJO NO ESTADO DE SÃO PAULO DEZEMBRO DE 2015

Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Alice Web / MDIC.

Carga tributária brasileira por setores

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO. Período de 6 meses findo em 30 de junho de 2015

POLÍTICA FISCAL. Análise do terceiro trimestre/2014 RESUMO

Indústria registra o pior desempenho na criação de emprego dos últimos 11 meses

BOLETIM ECONOMIA & TECNOLOGIA Informativo do Mês de Julho de 2011

Substituição Tributária, Tributação Monofásica

Carga Tributária Bruta de 2017 e a Receita Disponível dos Entes Federados

Junho Divulgado em 17 de julho de 2017

Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de fevereiro de Número abril.2019

Economia Brasileira cresce 0,8% no terceiro trimestre de 2018 com crescimento em todos setores e componentes da demanda

Serviços puxam criação de vagas formais e Comércio registra o pior resultado

Comércio cria postos de trabalho no estado de SP, RARP e município de RP

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Outubro 2010

SAQUES NAS CONTAS DO FGTS JÁ INJETARAM R$ 7,2 BI NO VAREJO

fev/13 set/12 jan/13 mar/13 out/12 dez/12 nov/12 Exportações Importações Saldo da Balança Comercial

Boletim de Serviços. Setembro de 2017

DESEMPENHO da ECONOMIA de CAXIAS DO SUL

Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de fevereiro de Número abril.2018

Mercado de trabalho enfrentou cenário difícil durante todo o ano de 2015

PIB do terceiro trimestre de 2015 apresentou queda de 1,7% contra o trimestre anterior

Fonte: Elaboração Própria com base nos dados do Alice Web / MDIC.

Produção Industrial e Balança Comercial

Coordenação-Geral de Política Tributária

PEsQUIsA sobre FINANCIAMENTo DA EDUCAÇÃo No BRAsIL

Análise da Arrecadação das Receitas Federais

Transcrição:

Esta é a décima primeira edição do ano de 2016 do boletim Termômetro Tributário do CEPER- FUNDACE. Na última edição, lançada em outubro, foram analisados os principais impostos federais no mês de agosto de 2016. Dando sequência à análise, esta edição discute os dados de arrecadação dos principais impostos federais referente ao mês de setembro de 2016, comparando-os com os dados referentes ao mesmo mês de 2015, conforme pode ser visto na Tabela 1, apresentada em sequência. Tabela 1: Arrecadação de impostos federais - grupos selecionados e total geral Brasil, estado de São Paulo, municípios da região de Ribeirão Preto e município-sede - setembro - em R$ mil Brasil Estado de São Paulo Região de Ribeirão Preto Município de Ribeirão Preto 2015 2016 Var % 2015 2016 Var % 2015 2016 Var % 2015 2016 Var % IPI 4.419.917 3.529.907-20,1% 1.857.267 1.519.939-18,2% 14.229 16.105 13,2% 4.548 4.114-9,6% PIS/PASEP 4.699.669 4.309.868-8,3% 1.760.808 1.651.321-6,2% 19.137 18.436-3,7% 9.940 9.914-0,3% IRRF 13.404.074 13.099.840-2,3% 5.951.059 5.875.747-1,3% 33.049 35.549 7,6% 14.471 15.656 8,2% CSLL 3.466.485 3.747.304 8,1% 1.538.118 1.773.537 15,3% 16.216 16.715 3,1% 7.456 7.947 6,6% IRPJ 6.669.571 6.757.892 1,3% 3.240.312 3.042.187-6,1% 34.804 37.293 7,2% 16.457 17.534 6,5% COFINS 18.025.186 16.036.574-11,0% 7.311.011 6.806.708-6,9% 71.212 68.240-4,2% 36.818 35.835-2,7% TOTAL 66.520.931 59.980.274-9,8% 27.072.290 24.981.626-7,7% 307.676 303.070-1,5% 149.957 149.255-0,5% Notas: Total geral se refere à arrecadação de todos os impostos, não somente os selecionados. Dados em R$ de dezembro de 2015. Em nível nacional, a arrecadação total em setembro de 2016 foi da ordem de R$ 59,980 bilhões, montante 9,8% inferior ao observado no mesmo mês de 2015. Analisando-se as principais rubricas, os valores apontam para quedas nas arrecadações do IPI, da COFINS, do PIS/PASEP e do IRRF, iguais a 20,1%, 11,0%, 8,3% e 2,3%, respectivamente. Por outro lado, a CSLL e o IRPJ apresentaram, respectivamente, crescimentos de 8,1% e 1,3%. No estado de São Paulo, o total de impostos federais arrecadados em setembro atingiu a cifra de R$ 24,981 bilhões, valor este 7,7% inferior ao observado no mesmo mês de 2015. Quase todas as rubricas apresentaram quedas, nas seguintes proporções: IPI (queda de 18,2%), COFINS (queda de 6,9%), PIS/PASEP (queda de 6,2%), IRPJ (queda de 6,1%) e IRRF (queda de 1,3%). A CSLL, em direção oposta, apontou crescimento de 15,3%. Os municípios da região de Ribeirão Preto registraram, em conjunto, arrecadação total de R$ 303,070 milhões, montante 1,5% inferior quando comparado a setembro de 2015. Algumas rubricas evidenciadas, no entanto, sofreram variações positivas, sendo possível notar, particularmente, aumento relativamente significativo na arrecadação do IPI, em 13,2%. Por fim, podemos observar que o município de Ribeirão Preto apresentou comportamento semelhante ao observado na região.

A arrecadação atingiu a marca de R$ 149,255 milhões, valor 0,5% inferior ao arrecadado em setembro de 2015. Com exceção do IPI, da COFINS e do PIS/PASEP, que apresentaram decrescimentos de 9,6%, 2,7% e 0,3%, respectivamente, as demais rubricas analisadas apresentaram crescimentos em suas arrecadações, que foram de 8,2% para o IRRF, 6,6% para a CSLL e 6,5% para o IRPJ. Tabela 2: Arrecadação de impostos federais - grupos selecionados e total geral Brasil, estado de São Paulo, municípios da região de Ribeirão Preto e município-sede acumulado entre janeiro e setembro - em R$ mil Brasil Estado de São Paulo Região de Ribeirão Preto Município de Ribeirão Preto 2015 2016 Var % 2015 2016 Var % 2015 2016 Var % 2015 2016 Var % IPI 38.980.144 31.492.075-19,2% 16.500.236 13.417.059-18,7% 126.806 133.189 5,0% 37.537 36.155-3,7% PIS/PASEP 42.489.565 39.279.273-7,6% 15.557.669 14.890.547-4,3% 171.584 167.027-2,7% 91.179 86.432-5,2% IRRF 134.718.126 130.701.909-3,0% 61.268.908 60.653.221-1,0% 341.446 357.458 4,7% 160.082 170.878 6,7% CSLL 50.276.730 51.098.415 1,6% 21.555.746 22.369.675 3,8% 261.191 258.730-0,9% 140.706 140.150-0,4% IRPJ 94.006.499 88.780.057-5,6% 40.870.456 39.393.397-3,6% 519.046 524.981 1,1% 278.368 283.694 1,9% COFINS 158.669.031 146.856.514-7,4% 63.512.568 61.722.610-2,8% 606.715 586.957-3,3% 325.256 298.758-8,1% TOTAL 651.661.953 599.497.599-8,0% 268.282.992 253.253.608-5,6% 2.966.849 2.921.977-1,5% 1.555.918 1.512.834-2,8% Notas: Total geral se refere à arrecadação de todos os impostos, não somente os selecionados. Dados em R$ de dezembro de 2015. Visando aprofundar a análise, a Tabela 2 apresenta a arrecadação acumulada entre janeiro e setembro de 2016 e a compara com a arrecadação acumulada entre janeiro e setembro de 2015. Ao longo desses nove meses do ano de 2016, a arrecadação no Brasil atingiu a cifra de R$ 599,497 bilhões, montante este que representa uma queda de 8,0% frente às cifras registradas no mesmo período do ano anterior. Quase todas as rubricas sofreram quedas, nas seguintes proporções: o IPI, com queda de 19,2%, o PIS/PASEP, com queda de 7,6%, a COFINS, com queda de 7,4%, o IRPJ, com queda de 5,6% e o IRRF, com queda de 3,0%. Por outro lado, a CSLL apontou crescimento de 1,6%. No estado de São Paulo, a exemplo do cenário nacional, registrou-se queda na arrecadação: o total observado arrecadado entre janeiro e setembro de 2016 foi da ordem de R$ 253,253 bilhões, valor 5,6% inferior ao observado no mesmo período do ano anterior. Quase todas as rubricas apresentaram quedas, sendo possível observar, em especial, a queda de 18,7% na arrecadação do IPI. Na totalidade dos municípios da região de Ribeirão Preto, a arrecadação total acumulada ao longo do período analisado atingiu R$ 2,921 bilhões, valor 1,5% inferior ao acumulado entre janeiro e setembro de 2015. A COFINS apresentou queda de 3,3% em sua arrecadação, seguida do PIS/PASEP e CSLL, com reduções de 2,7% e 0,9%, respectivamente.

O IPI, em direção oposta, apresentou crescimento de 5,0%. No município de Ribeirão Preto, o total de R$ 1,512 bilhões representa redução de 2,8% na arrecadação acumulada entre janeiro e setembro de 2016 frente à arrecadação de R$ 1,555 bilhões acumulada ao longo do mesmo período do ano anterior. Assim como na região, a COFINS também registrou queda, de 8,1%, seguida pelo PIS/PASEP, IPI e CSLL, que apresentaram quedas de 5,2%, 3,7% e 0,4%, nesta ordem. Já o IRRF e o IRPJ apresentaram aumentos de 6,7% e 1,9%, respectivamente. Os valores apresentados em sequência permitem analisar o comportamento da arrecadação em setembro de 2016 comparada a anos anteriores, assim como o total arrecadado entre janeiro e setembro de 2016, também comparado a anos anteriores. Conforme apresentado na Figura 1, a arrecadação registrada em setembro de 2016 foi a mais baixa dos últimos cinco anos, menor inclusive do que a arrecadação registrada em 2015 (arrecadação de R$ 66,520 bilhões). Conforme a Figura 2, a arrecadação acumulada entre janeiro e setembro de 2016 também foi a menor dos últimos cinco anos. As informações apresentadas nesta edição do Termômetro Tributário continuam sinalizando um quadro de queda na arrecadação dos impostos federais. Conforme relatório divulgado pela Receita Federal (disponível em http://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/receitad ata/arrecadacao/relatorios-do-resultado- daarrecadacao/arrecadacao- 2016/setembro2016/analise-mensal-set16.pdf), a queda na arrecadação observada no mês de setembro continuou sendo motivada fundamentalmente pelo desempenho da economia, evidenciado pelo comportamento dos principais indicadores macroeconômicos que afetam diretamente a arrecadação dos diversos tributos, ou seja, a ausência de uma recuperação expressiva da economia brasileira continua sendo o principal motivo de queda na arrecadação de impostos. De modo mais detalhado, ainda segundo a Receita Federal, alguns fatores explicam a queda acumulada entre janeiro e setembro de 2016 relativamente ao mesmo período em 2015: no caso do COFINS e do PIS/PASEP houve uma queda real de 7,55%. Esse resultado foi decorrente, fundamentalmente, do decréscimo real de 9,49% no volume de vendas de bens, combinados com a elevação das alíquotas do PIS/Cofins, incidentes sobre gasolina e diesel, com reflexo na arrecadação a partir de março de 2015. Já para o Imposto de Importação/IPIVinculado à Importação, ocorreu um decréscimo real de 27,95%, em razão, principalmente, da redução de 25,01% no valor, em dólar, das

importações. Para o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) exceto IPI-Vinculado, houve um decréscimo real de 14,30% com destaque para o IPI- Automóveis (queda de 38,53%) em razão de redução de 8,61% na produção industrial. Outras informações permitem contextualizar a arrecadação tributária frente ao comportamento da economia brasileira como um todo. Segundo o IBGE, a produção do setor de serviços foi, em setembro de 2016, 4,9% inferior à registrada no mesmo mês de 2015 e a receita nominal do setor foi 0,2% inferior, em virtude de uma queda na produção do setor. Em doze meses, o setor de serviços acumula queda da produção de 5,0%. Também nos últimos doze meses, as atividades referentes a transportes terrestres e a serviços técnico profissionais são, dentro do setor de serviços, algumas das que apresentam as maiores retrações, de 10,8% e 10,3%, respectivamente. Ainda segundo o IBGE, a produção industrial apresentou uma variação de 0,5% entre agosto e setembro de 2016, o que mostra uma tímida recuperação do setor. Comparado a setembro de 2015, o setor apresentou retração de 4,8% em setembro de 2016 e em doze meses, a queda acumulada é de 8,8%. Conforme mencionado pelo IBGE, as indústrias de bens de capital e de bens de consumo durável têm apresentado indicadores negativos: em setembro de 2016, houve queda de 7,2% e de 6,5%, respectivamente, em relação a setembro de 2015, e no acumulado em doze meses, estes setores apresentaram quedas de 19,8% e de 21,2%, respectivamente. Já as indústrias de bens intermediários apresentaram uma queda de 4,1% em setembro de 2016, se comparado com setembro de 2015 e no acumulado 12 meses registram uma queda de 8,1%.

Bilhões Bilhões Ano IV Nov/2016 Figura 1: Arrecadação de impostos federais Brasil - setembro anos selecionados total arrecadado e variação % em relação ao ano anterior 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,1% 0,6% -0,9% -9,8% 0,0 set/12 set/13 set/14 set/15 set/16 Nota: Dados em R$ de dezembro de 2015. Figura 2: Arrecadação de impostos federais - Brasil acumulado entre janeiro e setembro anos selecionados total arrecadado e variação % em relação ao ano anterior 700,0 680,0 660,0 640,0 620,0 600,0 580,0 560,0 540,0 520,0 500,0 480,0 0,5% -0,1% Nota: Dados em R$ de dezembro de 2015. -1,6% -8,0% 2012 2013 2014 2015 2016