Em defesa do Brasil e da CLT

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Transcrição:

Em defesa do Brasil e da CLT Audiência Pública, Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal Brasília, 22 de novembro de 2012

Foto trabalhadores saudando Getúlio

CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT) Alguns direitos estabelecidos inicialmente no Decreto-Lei N.º 5.452, de 1º de maio de 1943, acrescido de outros conquistados ao longo dos anos: Obrigatoriedade da Carteira de Trabalho e Previdência Social; Salário mínimo; Jornada de trabalho máxima de oito horas diárias; Descanso semanal remunerado; Férias anuais remuneradas; Adicional noturno; Empresas são obrigadas a fornecer EPI e manter serviços especializados em segurança em medicina do trabalho; A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem distinção de sexo; Licença-maternidade de 120 dias; Aviso prévio de 30 dias; Direito à organização sindical; unicidade sindical.

Foto Seminário defesa da CLT

Foto Seminário defesa da CLT

Todos os direitos mínimos que temos têm origem em decisões e negociações coletivas conquistadas pelos trabalhadores. Alguns direitos que estão na legislação lateral, estão consolidados na CLT, que dela fazem parte, como 13º salário. É evidente que a negociação coletiva deve ser privilegiada, mas limitada por tudo àquilo que vá invadir o mínimo do que é estabelecido pela lei. Dr. João Pedro Ferraz dos Passos, ex-procurador-geral do Trabalho do Ministério Público do Trabalho

A CLT nunca foi obstáculo para negociação coletiva. Ela é um patamar mínimo dos direitos adquiridos durante décadas de lutas e sacrifícios. Ela é uma defesa dos mais fracos perante o poder econômico. A CLT estabelece as convenções coletivas anuais, nas quais os trabalhadores podem avançar em seus direitos. Livre negociação sem lei é estabelecer a selvageria nas relações do trabalho. Algumas conquistas ao logo dos anos, que demonstram que a CLT não é obstáculo para as negociações ou melhoria da legislação: 13º salário; Redução da jornada para 44 horas semanais; Redução da jornada para 40 horas semanais em várias empresas; Licença-maternidade de quatro meses;

charge 40 horas semanais

ACORDO COLETIVO ESPECIAL (ACE) Por pressão das multinacionais, mais uma vez surge uma nova proposta de flexibilização da CLT, apresentado agora como Acordo Coletivo Especial, que tem como o objetivo que a negociação por empresas deve prevalecer sobre a legislação. Por seguinte, as negociações podem implicar em: Institucionalização da pulverização sindical; Redução de salários e do 13º; Aumento de jornada; Redução do tempo de férias; Institucionalizar o banco de horas; Reduzir licença-maternidade; Fim das obrigações das empresas em questões relativas à saúde e segurança do trabalho etc.

SINDICATOS À MERCÊ DOS PATRÕES O Anteprojeto do ACE apresentado ao governo pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC estabelece que para um sindicato possa celebrar o acordo tem que ser consensual com o patrão, deve constituir o Comitê Sindical de empresa, ter autorização própria a ser emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Isso significa constituir um comitê sindical de empresa para abrir mão de direitos mediante a pressão patronal.

DESENVOLVIMENTO NACIONAL A unidade entre trabalhadores, empresários nacionais e o Estado brasileiro é fundamental para o país retomar o caminho desenvolvimento. Isso nós temos defendido ao logos dos anos e não está em contradição com a ampliação dos direitos dos trabalhadores. Nesse sentido, propomos: Fortalecimento do mercado interno (mais emprego e mais salários); Continuidade na redução dos juros; Financiamento do BNDES às empresas genuinamente nacionais; Preferência a essas empresas nas encomendas governamentais; Investimentos públicos nos setores de tecnologia de ponta.

Foto seminário Em defesa do salário, do emprego e da indústria nacional

Foto Grito de Alerta em SP

Obrigado! Ubiraci Dantas de Oliveira Presidente da CGTB bira@cgtb.org.br