APOIO À PRÁTICA PEDAGÓGICA. EDUC.INFANTIL/CICLOS DE APRENDIZAGEM I e II / EJA



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Transcrição:

APOIO À PRÁTICA PEDAGÓGICA ADIVINHAS,, CHARADAS,, PARLENDAS,, PROVÉRBIOS E TRAVA LÍNGUAS EDUC.INFANTIL/CICLOS DE APRENDIZAGEM I e II / EJA

Prefeito JOÃO HENRIQUE DE BARRADAS CARNEIRO Secretário Municipal da Educação e Cultura NEY JORGE CAMPELLO Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico ANA SUELI PINHO Equipe Técnica da Edição Original (1996) Coordenação da Elaboração dos Cadernos KADJA CRISTINA GRIMALDI GUEDES Consultoria MARIA ESTHER PACHECO SOUB Sistematização ANTÔNIA MARIA DE SOUZA RIBEIRO MARIA DE LOURDES NOVA BARBOZA ELISABETE REGINA DA SILVA MONTEIRO Reedição Atualizada (2007) MARIA DAS GRAÇAS CERQUEIRA LEONE Coordenação da reedição dos Cadernos MARIA DE LOURDES NOVA BARBOZA A reedição deste caderno atende aos objetivos da SMEC em dar suporte didático pedagógico às atividades de sala de aula. Esta publicação destina-se exclusivamente para o uso pedagógico nas escolas Municipais de Salvador, sendo vetada a sua comercialização. A reprodução total ou parcial deverá ser autorizada pela Secretaria da Educação e Cultura de Salvador.

APRESENTAÇÃO É com muita satisfação que a Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico - CENAP apresenta aos professores do Sistema Municipal de Ensino, a reedição atualizada dos Cadernos de Apoio à Prática Pedagógica. Nascidos em 1996, de um trabalho de vanguarda que conectava a teoria à prática da sala de aula das escolas municipais, tais cadernos procuravam ser e certamente ainda são um instrumento estratégico da nossa luta diária para aumentar os índices de desempenho acadêmico dos alunos da Rede Municipal de Ensino de Salvador. Os Cadernos de Apoio à Prática Pedagógica apresentam vários blocos de sugestões com diferentes tipologias textuais e algumas atividades voltadas para aquisição da base alfabética e ortográfica dos alunos, subsidiando os professores no seu saber-fazer pedagógico. Acreditamos que quanto mais investirmos na formação continuada,na prática reflexiva, na pesquisa de soluções originais, mais será possível uma progressiva redefinição do nosso ofício de professor, no sentido de uma maior profissionalização. Atualizamos e publicamos esses cadernos, apostando no potencial criativo dos professores,tendo em vista o bem comum de todas as crianças,jovens e adultos que freqüentam as escolas municipais de Salvador. Sucesso professor, é o que lhe desejamos! Ana Sueli Pinho Coordenadora da CENAP

ADIVINHAS E CHARADAS As Adivinhas e Charadas são textos curtos da literatura popular encontrados geralmente em forma de perguntas, versos e alguns em prosa. São enigmas verbais que foram passados pelos nossos antepassados de forma oral, geralmente aprendidos, inconscientemente, na infância. É também uma forma lúdica de adivinhações populares, na qual a enunciação da idéia ou fato é constituída de analogias e de personificações, ou seja, estão envolvidas em alegorias, a fim de dificultar a solução do problema. As Adivinhas e Charadas são tão velhas quanto à própria história, pois nas civilizações antigas os enigmas eram expressões do culto e da magia religiosa. Os deuses falavam de uma forma um tanto obscura e os homens tinham de interpretar suas palavras. Os decifradores granjeavam prêmios preciosos e reputação divina. Édipo, Salomão, Merlino e outros eram considerados possuidores da ciência divinatória das respostas e das questões difíceis. Antigamente, a decifração de enigmas era prova de inteligência, com o passar do tempo, a prática perdeu o sentido filosófico. Atualmente tais enigmas são encontrados na voz anônima do povo e, principalmente, na boca das crianças. Quando perguntamos quem sabe adivinhas e charadas e as tem guardadas na memória, encontramos sempre alguém que tem algumas lá no "fundo do baú" adormecidas. O folclore brasileiro é rico em adivinhas, charadas, e nas cidades do interior elas são usadas como um interessante passatempo por homens, mulheres e crianças. Ao longo do tempo os próprios homens foram formando suas adivinhas e charadas. As ADIVINHAS podem ser classificadas em:

COMUNS Exemplos: Por que o galo quando canta fecha os olhos? R- Porque sabe a música de cor. Qual a cabeça que não tem medo de pancada? R - cabeça do prego. RELIGIOSAS Exemplo: O que é que o rei vê uma vez, o homem toda vez e Deus nenhuma vez? R - O seu semelhante. MALICIOSAS ou de GOGA - muitas vezes parecem ser fortes, devido à sua enunciação, mas são completamente inocentes. Exemplo: O que é que o homem tem atrás e a mulher tem na frente? R - A letra M. As CHARADAS são expressas em trovas ou não e os adultos e crianças gostam de se divertir matando charadas. As CHARADAS mais conhecidas são as Adicionadas, antigamente conhecidas como Novíssimas. Para cada tipo de charada existe um método especial para desvendar a palavra secreta. As charadas também podem ser dos tipos: sintéticas, intercaladas, aforéticas, apocopadas etc. Neste caderno apresentamos apenas as charadas adicionadas. A solução das charadas adicionadas é formada por dois ou mais sinônimos que somados em seqüência resultam na solução da charada. Os algarismos indicam quantas sílabas tem as palavras sinônimas que deverão ser utilizadas para formar a palavra/ solução da charada. As palavras em negrito indicam as que deverão ser substituídas por sinônimos. Exemplo: Ama de leite ali, é projétil. 1 + 1 Resp: ba + lá = bala

OBJETIVOS DO TRABALHO COM ADIVINHAS E CHARADAS Reconhecer as características desses tipos de textos. Desenvolver o raciocínio lógico. Favorecer a aquisição da base alfabética. Aumentar o volume de escrita Valorizar e apreciar a cultura popular. Criar adivinhas e charadas. Desenvolver o espírito criativo e crítico. Divertir e integrar o grupo de alunos CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS As adivinhas e charadas divertem e provocam curiosidade, valorizam a leitura como fonte de prazer e entretenimento criando um clima de suspense que os alunos gostam de decifrar e possibilita o desenvolvimento da expressão oral. Segundo Augusto César Pires de Lima Os enigmas têm para nós interesse etnográfico, exercendo papel educativo, constituindo-se num bom entretenimento, da literatura popular atual. As atividades de adivinhações possibilitam a aprendizagem da língua escrita de forma lúdica e prazerosa por serem textos curtos e de fácil memorização, ajudando os alunos a pensarem e a se concentrar na forma convencional da escrita das palavras. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Ao trabalhar com Adivinhas e Charadas o professor deverá fazer a : Seleção de algumas adivinhas / charadas para a aula ; Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre elas; Confecção de tirinhas de papel com trechos das adivinhas / charadas; Realização de rodas de adivinhas / charadas ( para as crianças adivinharem);

Construção de gráficos, a partir do trabalho realizado com adivinhas/charadas, proporcionando contagem e construções de situações-problema); Exploração de leitura das adivinhas / charadas de várias formas ( oral,individual, em grupo; Realização de bingo com as respostas das adivinhas / charadas; Solicitação de cópias significativas das adivinhas / charadas; Aplicação de ditados variados; Realização de lacunados; Criação de adivinhas / charadas; Realização de torneios e competições de charadas / adivinhas. Investigação junto à comunidade, sobre adivinhas / charadas Organização do Livro de Adivinhas / Charadas Realização de Torneio de Adivinhas / Charadas com a participação da comunidade

ADIVINHAS O que é, o que é... Por que é que o boi sobe o morro?r - Porque não pode passar por baixo. Tem casa mas não mora em cima? R Botão. Tem cabeça, tem dente, tem barba, não é bicho e não é gente? R- Alho. Tem boca, tem língua mas não fala? R - Boca do sapato. Cai em pé e corre deitado? R Chuva. Tem chapéu, mas não tem cabeça. Tem boca, mas não fala. Tem asa mas não voa.tem bico, mas não belisca? R-Bule. O que é, o que é que está o meio do ovo? R - A letra V. O que é que falta numa casa para formar um casal? R - A letra L. Quem é que foge sempre quando se fala em dinheiro? R - O devedor. Quem é que nasce no rio, vive no rio e morre no rio mas não está sempre molhado? R- O carioca. O que o que corre em volta do pasto inteiro sem se mexer? R - A cerca. O que é que e enche a casa mas não enche a mão? R Botão Qual a formíguínha que sem a primeira sílaba vira fruta? R - Saúva. Qual a diferença entre a mulher e o leão? R - A mulher usa batom e o leão ruge. O que é que é que nunca volta, embora nunca tenha ido? R O passado. O que é que é que sempre se conta e raramente se desconta? R - Idade. O que é que é que não é de carne, nem de osso, mas enche de carne viva para aguentar espetadelas? R - Dedal. Quais as capitais brasileiras mais faladas no mês de dezembro?r - Natal, Belém, Salvador. O que é,o que é que quando é escrita com O costuma matar, escrita com A só serve para amarrar? R - Tir o / T i r a. O que é o que é que o ferreiro faz, o cavalo usa, no jardim é flor, na comida é tempero, mas no rosto é marca? R - Cravo. O que é que pode passar diante do sol sem fazer sombra? R- O vento Onde se encontra o centro de gravidade? R - Na letra l. Soletre ratoeira com quatro letras? R Gato. O que é que quando se perde jamais se conseguirá encontrar de novo?r - O Tempo. Tenho músculos de aço, passo o ano falando com metade da população do mundo? R - Linha Telefônica.

O que que as mulheres não têm e não querem ter? Os homens querem ter, mas quando têm tratam geralmente de desfazer-se dela?r Barba. O que é o que é cinco operários só tem um chapéu?r - Dedos dedal. O que é preciso para pagar uma vela? R - Que ela esteja acesa. Quem é tão forte que pode parar um automóvel com uma mão só? R - Guarda de Trânsito. Qual é o homem que tem de fazer mais de três barbas por dia? R - O barbeiro. O que é que não tem pernas mas sempre anda? R Sapato. O que é o que é que dá sem nada ter? R - Relógio. O que é que quanto mais quente, mais fresco? R-Pão. O que é que não está dentro da casa, nem fora da casa mas a casa não estaria completa sem ela? R Janela. Qual o bebê que nasce com bigode? R -Gatinho O que é que tem uma porção de dentes, mas não tem boca?r - O serrote. Como é que se retira uma pessoa que cai num poço? R- Completamente molhada. O que acaba tudo com três letras? R- F i m. Onde será que você, mesmo sem ser um banqueiro, mesmo sem ser milionário, pode sempre achar dinheiro? R- Dicionário. O que é que tem centro, mas não tem começo nem fim? R Círculo. Qual o policial que mais gosta do seu trabalho? R - O policial de transito. Ele fica assobiando enquanto trabalha. Doença que ataca motoristas de táxis? R - Taxicardia Um estado quesonha ser carro? R Ser gipe Doença que ataca policiais? R Prisão de ventre O vento não leva, o sol não queima e a chuva não molha? R A sombra Qual a doença do fabricante de malas? R - Malária O jardineiro tem no rosto? R - Cravos Escreve como lápis, tem ponta de lápis e não é lápis? R A lapiseira O burro faz todos os dias ao meio dia? R - Sombra Você tem um, todos tem dois e eu não tenho nenhum? R A letra O Pelado por fora e peludo por dentro? R O nariz Pontinho azul ao sul do mapa do Brasil? R - Blumenau Se diz uma vez num minuto e duas vezes num momento? R- A letra M Capital de Estado brasileira mais segura de se viver? R Fortaleza

ADIVINHAS EM VERSOS O que é, o que é mesmo? Quero ver se vai saber, Que está bem na sua frente, Mas você não pode ver?. R - O FUTURO O que será, o que será? Que me preocupa tanto... Viaja por todo o mundo Mas fica sempre em seu canto? R - SELO. Todo mundo precisa, Todo mundo pede, Todo mundo dá, Mas ninguém segue? R - CONSELHO. O que está fora você joga fora. Cozinha o que está dentro E come o que está fora Depois o que está dentro você joga fora R - ESPIGA DE MILHO. Responda se for capaz, Sem ficar atrapalhado: Nosso Rei Pedro Segundo, Onde é que foi coroado? R - NA CABEÇA.

CHARADAS ADICIONADAS Caminho, no lugar da briga de galos, e vejo um pássaro. 2 + 2 Resp : ando + rinha = andorinha Goste, da sigla do estado da Bahia, porque provoca desinteria. 2 + 2 Resp : ame + ba = ameba Naquele lugar, procure a ferramenta. 2 + 2 Resp : ali + cate = alicate A primeira vogal com o ser vivo embrionário, é amizade. 1 +2 Resp : a + feto = afeto A primeira vogal com sabor, é o 8 mês do ano. 1 + 2 Resp: a + gosto = agosto O altar de sacrifícios com a fruta de pigarro, é a capital de Sergipe. 2 + 2 Resp : ara + caju = Aracaju A carta de jogar é ruim. 1 + 1 Resp : as + ma = asma Aqui, filha do filho serve para escrever. 1 + 2 Resp :ca + neta = caneta Aqui, rebanho é bicho lerdo. 1 + 2 Resp : ca + gado = cágado Aqui, confiança é bebida de infusão. 1 + 1 Resp: ca + fé = café O rosto e a mulher formam nome de arma de fogo. 2 + 2 Resp: cara + Bina = carabina

Na atmosfera, o alimento diário é instrumento de pesca. 1 + 1 Resp: ar + pão = arpão Com a 1ª vogal,oceano é querer bem. 1 + 1 Resp : a + mar = amar Na atmosfera, sofrimento é entusiasmo. 1 + 1 Resp : ar + dor = ardor A governanta com ferramenta de cabo é estado brasileiro do norte. 2 + 1 Resp : ama + pá = Amapá Ama de leite com planta doce é excelente. 1 + 2 Resp: ba + cana = bacana Com a sigla do estado da Bahia, a bacia é vestuário de padre. 1 + 2 Resp : ba + tina = batina Duas vezes, o pronome graceja do instrumento cirúrgico. 1 + 1 + 1 Resp : bis + tu ri = bisturi Aqui, muito próximo um necessitado. 1 + 2 Resp : ca + rente = carente A planta doce oferece o nome de um país desenvolvido. 2 + 1 Resp: cana + dá = Canadá 21. Rosto feito de cera, é embarcação a vela. 2 + 2 Resp : cara + vela = caravela Na cabeça do galo o homem é transparente. 2 + 2 Resp : crista + Lino = cristalino Aqui, pó é jogo e luta na Bahia. 1 + 3 Resp : ca + poeira = capoeira

Aqui, pincel grosso e largo é mulato das boas. 1 + 2 Resp : ca + brocha = cabrocha Um resto de vela avistava o pássaro. 2 + 2 Resp : coto + via = cotovia Dentro do ovo, a refeição, serve para dar luz ao edifício. 2 + 2 Resp: clara + bóia = clarabóia Aqui, mentira, é diabo 1 + 2 Resp: ca + peta = capeta A primeira vogal dirige a ave. 1 + 2 Resp : a + guia = águia Aqui, abalo moral, é bebida forte. 1 + 2 Resp : ca + chaça = cachaça O animal de mama oferece a doméstica. 2 + 1 Resp: cria + dá = criada

PARLENDAS As Parlendas são formas literárias tradicionais, de origem popular, em forma de versos de cinco ou seis sílabas, com caráter infantil, de ritmo fácil, declamado em forma de texto verbal estabelecendo-se como base na acentuação para entender. Embora exista a expressão cantar parlendas, ela é expressa em forma recitada. A brincadeira de Parlendas consiste em juntar as palavras com ritmo e rimando, podendo ser falada em grupo, solo ou diálogo. Distingue-se dos demais versos pela atividade que a acompanha, na brincadeira ou movimento corporal. A finalidade é entreter crianças, jovens e adultos, passar o tempo ensinando-lhes algo. Qualquer um pode criar uma Parlenda. Nas cidades do interior, é comum pais brincarem com seus filhos, ensinando-lhes parlendas, brincadeiras etc. Como variam bastante, algumas pessoas podem conhecê-las de modos diferentes. É um enunciado lúdico-pedagógico, que diverte, ensina, a sua forma ritmo-sonoro-motora, desenvolve as condições psicosociais do homem. São ditos, rimas sem música, destinados a ensinar alguma coisa, divertir e criticar outra pessoa, isto é, palavreados folclóricos antigos, passados de geração a geração oralmente. Segundo Luis da Câmera Cascudo as Parlendas estão classificadas em: Brincos - são os primeiros e ingênuos mimos infantis, agrados carinhosos que os pais, babás usam (ditas ou recitadas) para entreter ou aquietar as crianças.

Exemplo: Marra-marra, Carneirinho, Marra-marra, Carneirinho. Mão-mole, Mão-mole, Quem sorri há de apanhar Pega a mão da criança, balança até sorrir, aí bate de leve numa parte do corpo da criança. As Parlendas variam de povo a povo, de região a região, porém são idênticas na sua essência e idéia formadora não perde a fonte comum e longínqua conforme afirma João Ribeiro. Como a fórmula do Dedo Mindinho que é comentada nos livros há aproximadamente três séculos e que continuam alegrando crianças brasileiras, espanholas, portuguesas, francesas, viajando de forma ruidosa e anônima no tempo... Mnemônicas - são todas ditas ou recitadas pelas crianças para enganar e principalmente com a finalidade de memorizar nomes, números e outros conteúdos. Não se altera, é usada em áreas diversas com simplicidade para ensinar a contar, a brincar, a marchar, é muito útil na educação. Exemplo : Um, dois, feijão com arroz, Três, quatro, feijão no prato, Cinco, seis, feijão pra três, Sete, oito, feijão com biscoito, Nove, dez, feijão com pastéis.

Parlendas propriamente ditas - são brincadeiras iniciadas, desenvolvidas e organizadas pelas próprias crianças sem a interferência dos adultos (pais, babás como os brincos). As crianças se organizam com base no princípio disciplinar da própria brincadeira que incentiva o sentido democrático de aceitar o que for determinado pela Parlenda e assim o grupo que deseja participar da brincadeira, vai seguindo e obedecendo as regras, aguardando a sua vez e fazendo o que se pede, como por exemplo : Quem começa? Repetem palavra por palavra, como terminar a brincadeira etc. Tudo que eu disser, o Sr. diga a última palavra e acrescente de sete facadas e começam: - Eu ia por um caminho... - Caminho de sete facadas... - Encontrei uma vaca... - Vaca de sete facadas... - Encontrei um morro... - Morro de sete facadas! Brincar com os botões do casaco, túnica ou vestido. A palavra que coincidir com o último botão acontecerá ao seu dono. Ex: Casa. Não casa, Casa, Não casa, Casa. É importante utilizar Parlendas em atividades variadas de leitura, expressão oral e escrita por ser um texto de fácil domínio oral, suas palavras são agrupadas com ritmo e sonoridade possibilitando a integração da língua com brincadeiras, facilitando assim a aquisição de habilidades de leitura e proporcionar a ampliação do volume de escrita.

OBJETIVOS Conhecer o texto parlenda; Adquirir progressivamente a base alfabética; Valorizar a cultura popular. Apreciar os recursos poéticos das parlendas. Expressar-se oralmente com clareza e desinibição. Divertir-se brincando com as parlendas CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS Segundo Ana Teberosky, a simples exposição do aluno ao ambiente ou contexto alfabetizador não garante a aquisição de habilidades de leitura e escrita. Eles aprendem a linguagem escrita através do contato social direto, interagindo com o objeto de estudo e da observação a outros leitores e escritores. O professor é referência, modelo de atividades de ler e escrever para os alunos. Portanto, cabe ao professor : oportunizar aos alunos o convívio diverso e intenso em situações de leitura e escrita, a fim de aumentar o letramento e facilitar assim o processo da alfabetização dos alunos; ser parceiro dos alunos encorajando-os a falar e escrever as suas idéias (desejos, tristezas, alegrias) para conhecer o nível conceitual, leitura de mundo e suas dificuldades, intervindo adequadamente, quando necessário, fazendo eles avançarem; revisar as atividades coletivamente, com a participação ativa dos alunos, porque o conhecimento e o domínio da linguagem oral e escrita se dão junto com a representação e reflexão sobre a realidade (leitura e escrita de textos, exercícios...) e desta forma possibilitar-se-á a conscientização dos seus erros (hipóteses). realizar atividades de rotina onde o aluno possa estar produzindo e utilizando o alfabeto móvel refletindo sobre suas hipóteses de escrita e leitura;

trabalhar uma Parlenda aproximadamente uma semana expondo-a num cartaz em sala de aula; realizar rotina de leituras diárias e variadas da Parlenda: leitura pelo professor, leitura compartilhada (professor e aluno), leitura coletiva (vinculada ao prazer, a descontração), leitura virtual pelos alunos (pseudo-leitura), leitura dirigida (o aluno utiliza seus conhecimentos de escrita para localizar e ler palavras desconhecidas), leitura individual...; trabalhar a consciência fonológica retirando da Parlenda sons de letras, sílabas, rimas de algumas palavras; organizar situações didáticas de escrita como escrita coletiva das Parlendas conhecidas, títulos das parlendas, favorecer a reflexão dos alunos sobre a escrita deles fazendo comparações entre início e fim de palavras; propor atividades como: lacunado (abrir lacunados no texto para escrever palavras que faltam na Parlenda),caça-letra e caça-palavra (circular letras e palavras na Parlenda), ordenação de tirinhas (recortar cada verso da Parlenda e reordená-los colando numa folha de papel) e cruzadinhas com palavras e figuras da Parlenda; pesquisar Parlendas em fontes variadas e produzir cartaz sanfonado de Parlendas, expor e apresentá-las associadas a gestos e brincadeiras ao público.

PARLENDAS Um, dois, feijão com arroz, Três, quatro, feijão no prato, Cinco, seis, feijão inglês, Sete, oito, comer biscoitos, Nove, dez, comer pastéis. Rei, capitão Soldado, ladrão Moça bonita Do meu coração. Uni duni tê Salame minguê Um sorvete colorê O escolhido foi você Luar, luar Pega esse menino E me ajuda a criar Hoje é domingo Pé de cachimbo Cachimbo é de barro Dá no jarro O jarro é fino dá no sino O sino é de ouro dá no touro O touro é valente dá na gente A gente é fraco Cai no buraco O buraco é fundo acabou-se o mundo. Boca de forno Forno Tira um bolo Bolo Se o mestre mandar? Faremos todos!. Santa Clara, clareou São Domingo alumiou Vai chuva, vem sol Vai chuva, vem sol Pra enxugar o meu lençol.. São Lunguim, São Lunguim Me ache este... Que eu dou três pulim.. Pinta lainha De cana vitinha Entrou na barra de vinte e cinco Mingorra, mingorra E cate forra tire essa mão que já está forra.. Mourão, mourão Tome teu dente podre Dá cá meu são.. Quem cochicha O rabo espicha Come pão Com lagartixa... Sol e chuva Casamento da viúva. Chuva e sol Casa raposa com rouxinol

Cadê o toucinho que estava aqui? O gato comeu. Cadê o gato? Foi pro mato. Cadê o mato? O fogo queimou. Cadê o fogo? A água apagou. Cadê a água? O boi bebeu. Cadê o boi? Foi carregar trigo. Cadê o trigo? A galinha espalhou. Cadê a galinha? Foi botar ovo. Cadê o ovo? O frade bebeu. Cadê o frade? Ta no convento. Trabalha, trabalha João Gomes Se não trabalhas Não comes. Rabo cortou, emendou, saiu se não sair vou dar foguinho. A galinha do vizinho Bota ovo amarelinho Bota um, bota dois, Bota três, bota quatro, Bota cinco, bota seis, Bota sete, bota oito Bota nove, bota dez. Lá atrás da minha casa Tem uma vaca chocadeira Quem rir ou falar primeiro Come o bicho e a bicheira. Chicotinho queimado Vale dois cruzados Quem olhar pra trás Leva chicotada. Cabra cega de onde veio? Vim do Pando Que trouxes pra mim? Pão -de ló Me dá um pedacinho? Não dá pra mim Quanto mais pra tua avó. Batatinha frita Um,dois,três Estátua! Uma, duna, Tena, catena, Saco de pena Vila,vilão, Conta direito que doze são Galinha gorda! Gorda! Cadê o sal? Está na panela! Vamos a ela? Vamos! Pra cima ou pra baixo?

Lê com lê Tré com tré Um sapato em cada pé! Papai do céu Mandou dizer Quem vai ser o primeiro É este daqui. Ordem, Em seu lugar Sem rir,sem falar Com um pé Com o outro Com uma mão Com a outra Bate palmas Pirueta Traz pra frente Pancada. Lá vai a bola Girar na roda Passar adiante, sem demora, pois se ao fim desta canção você estiver com a bola na mão depressa, pule fora. Cruz de pau Cruz de ferro Quem olhar Vai pro inferno. Um, dois, três Quatro, cinco, seis, Sete, oito, nove Para doze faltam três. O macaco foi à feira Não teve o que comprar Comprou uma cadeira Pra a comadre se sentar. A comadre se sentou a cadeira esborrachou Coitada da comadre Foi parar no corredor. Uni pandi Cirandi Deu picoti Deu pandi Picote Picotá É de pi San vá. Dedo mindinho Seô vizinho Maior de todos Fura bolo Mata piolho Bão ba la lão Senhor capitão Espada na cinta Ginete na mão. Jãozinho é um bom guiador quando falta gasolina faz xixi no motor.

A baratinha Voou, voou, Chegou na boca de Maria Parou. Na minha não Na de.... Ô dô tê cá Lê pepino lê tomá Lê café com chocolá Ô dô tê cá.. Beterraba, raba raba Quem errar é uma diaba. Borboleta leta leta Quem errar é um capeta. A bênção dindinha lua me dê pão com farinha pra dar a minha galinha que ta presa na cozinha xô,xô galinha vai pra tua camarinha. Bata palminha,bate Palminha de São Tomé Bate palminha,bate Pra quando papai vier. Papai dará papinha Mamãe dará maminha, Vové dará cipó Na bundinha da menina. R are ri ro rua Perua Saia do meio da rua. Na bundinha da menina. Lá em cima do piano Tem um copo de veneno Quem bebeu morreu Quem saiu fui eu.

PROVÉRBIOS Provérbios são textos curtos, mesclados de bom senso e advertências oportunas, ou seja, frases curtas, concisas, geralmente ricas de imagens, que transmitem uma verdade. Os provérbios são elementos notáveis em todas as línguas nas idéias que veiculam, como na originalidade da construção sintática e na articulação entre a forma e o conteúdo. A sua origem é atribuída à sabedoria popular, faz parte do folclore dos povos, assim como as lendas, os mitos, as superstições e as canções, traduzem conhecimentos e crenças. Nascido no seio do povo, reflete usos e costumes de uma nação, incorporando-se no folclore nacional. Os provérbios são enunciados anônimos, com exceção dos provérbios bíblicos encontrados no Livro dos Provérbios (Antigo Testamento) que são atribuídos ao Rei Salomão. Ele escreveu centenas de exemplos práticos de como viver de acordo com a sabedoria divina. No Livro de Provérbios são abordados vários assuntos como: juventude e disciplina, vida familiar, riqueza e pobreza, palavra e a língua, a importância de conhecer Deus, etc. Manifestação do passado enraizado no presente, os Provérbios fazem parte da cultura eminentemente oral, transmitida de geração a geração, de boca em boca, fruto da experiência cotidiana individual ou grupal, de quem vivenciou determinadas verdades. Os Provérbios são utilizados em textos como: conversações diárias, editoriais de jornais; sermões, slogans, inscrições, edificações, como estratégias para tentar persuadir as pessoas. A qualidade de encaixe, dá ao provérbio um sentido de força, de poder, de autoridade, quase que irrefutável, pelo fato de embuti-lo num cenário dramático preexistente. CARACTERÍSTICAS DOS PROVÉRBIOS Conteúdo - são portadores de uma carga moral crítica ou vinculativa - ditos, lembranças, advertências e sábios conselhos para ajudar a governar as nossas vidas (lições de vida); Forma - distinguem-se pela elaboração trabalhada, artificiosa (repetição, paralelismo, dialogismo);

Autoria - são anônimos com exceção dos provérbios bíblicos; Estrutura literária - são descritivos, prosódicos, poéticos (que podem rimar ou não); Validade - é universal, sem distinção de lugar e tempo. OBJETIVOS PARA O TRABALHO COM PROVÉRBIOS Ler antes de ler convencional; Apropriar-se da base alfabética, Aumentar o volume de escrita; Ler para inferir e compreender o que está não está explícito; Estabelecer vínculo prazeroso entre leitura e escrita; Descobrir a sabedoria prática desses textos, para o viver cotidiano; Desenvolver a análise e compreensão desse tipo de texto; Valorizar a cultura popular; CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS Para os alunos que não lêem e escrevem convencionalmente, as atividades de leitura e escrita com esses textos de tradição oral ( os alunos sabem de memória), favorecem avanços nas hipóteses deles a respeito da língua escrita. Provenientes da experiência popular, do senso comum, esses textos lidam com os interesses primários do homem, como: o amor e a luta; a saúde e a doença; a juventude e a velhice; a fome e o alimento; o trabalho e a brincadeira. Seu efeito é elevar uma afirmação de um nível ordinário, simplório, para um nível enfático, para ensinar, elogiar, persuadir, convencer, para prevenir, advertir, restringir ou desencorajar atitudes. O Provérbio é geralmente metafórico, possui duplo significado, uma leitura literal e outra figurada. O professor deve trabalhar esse tipo de texto em sala de aula, porque são veículos para comunicação pessoal e muito importante para levar o aluno à reflexão, ou seja, pessoas de maior maturidade, podem utilizá-lo para aconselhar e estabelecer um vínculo de respeito com uma pessoa que está, naquele momento, aprendendo conteúdos atitudinais(de pais para filhos, de professor para aluno).

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Leitura diária para seus alunos, afim de que tenham contato freqüente com esses textos e possam conhecê-los melhor; Realização de leitura compartilhada (professor e alunos) em momentos de rotina para que os alunos conheçam e possam inferir e antecipar significados durante a leitura; Realização de leitura coletiva (ler, recitar e brincar com os textos), vinculada à descontração e ao prazer, o texto deve ser fixado em forma de cartaz num local visível ou escrito no quadro de giz; Realização de leitura dirigida para que os alunos possam utilizar seus conhecimentos de escrita a fim de localizar e ler palavras desconhecidas em textos conhecidos por eles; Realização de leitura pelos alunos de textos conhecidos para destacar, recitar a parte que mais gostou; Investigação / pesquisa de outros provérbios nos livros, com a família ou comunidade; Realização de rodas de conversas para que os alunos compartilhem brincadeiras e idéias entre si e o professor conheça as preferências e dificuldades deles; Realização de atividade escrita individual -criar rotina de escrita de textos que os alunos têm na memória para que registrem suas hipóteses; Reflexão sobre a escrita - propor comparações entre palavras que começam ou terminam da mesma forma (partes de palavras, letras ou silabas).

PROVÉRBIOS Casa dos pais, escola dos filhos. Quem dá aos pobres, empresta a Deus. Mais vale um cachorro amigo do que um amigo cachorro. Cada cabeça, uma sentença. Longe dos olhos, perto do coração. O que os olhos não vêem, o coração não padece. Quem foi rei nunca perde a majestade. As roupas não fazem o homem. Depois da tempestade vem a bonança. Nunca deixes para amanhã o que podes fazer hoje. Um cão danado todos a ele. Nunca é tarde para aprender. Cachorro velho não aprende novos truques Boi velho não toma andadura. Quem cedo madruga acha o que comer. Deus ajuda a quem madruga. Não é por muito madrugar que amanhece mais cedo. Ruim com ele, pior sem ele. Antes só, do que mal acompanhado. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. A água silenciosa é a mais perigosa. A águia não se entretém caçando moscas. Cão que ladra, não morde. Com um só golpe, não se derruba uma árvore. Em boca fechada não entra mosca. Em cavalo dado não se olham os dentes. Em terra de cegos, quem tem um olho é rei. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Não se faz omeletes, sem quebrar ovos. Nem tudo que reluz é ouro.