ASSOCIAÇÃO DE CULTURA E EDUCAÇÃO SANTA TERESA / ACEST PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA NO TRABALHO



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ASSOCIAÇÃO DE CULTURA E EDUCAÇÃO SANTA TERESA / ACEST PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA NO TRABALHO Rio de Janeiro, 2011

2 SUMÁRIO RIO DE JANEIRO, 2011... 1 SUMÁRIO... 2 1- INTRODUÇÃO... 7 2- IDENTIFICAÇÃO DO CURSO... 12 3- HISTÓRICO... 13 3.1- Histórico da Instituição e Dados Socioeconômicos da Região... 13 Dados Socioeconômicos da Região... 16 3.2- Histórico do Curso... 20 4- CONCEPÇÃO DO CURSO... 21 4.1- CARACTERIZAÇÃO DO CURSO... 22 4.1.1- Missão Institucional... 25 4.1.2- Missão do Curso... 25 4.1.3- Visão Institucional... 26 4.1.4- Visão do Curso... 26 4.1.5- Objetivos do Curso... 28 4.2- CARACTERIZAÇÃO DO CURSO... 29 4.2.1- Fundamentação Teórico-Metodológica do Curso... 29 4.2.2- Integralização do PPC com o PPI... 30

3 4.2.3- Integralização do PPC com o PDI... 32 4.3- PERFIL DO EGRESSO... 33 4.3.1- Competências e Habilidades... 35 4.3.2- Campo de Atuação... 36 4.3.3- Atitude Profissional... 38 5- CURRÍCULO DO CURSO... 39 5.1.- FILOSOFIA CURRICULAR... 39 5.2- CONCEPÇÕES E PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS... 40 5.3- ESTRUTURAÇÃO CURRICULAR... 43 II...ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. III...ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. IV...ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. V...ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. VI...ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.3.1- Desenho Curricular (representação gráfica do perfil de formação)... 47 5.4- PRÁTICA PROFISSIONAL... 48 5.5- ATIVIDADES ACADÊMICAS COMPLEMENTARES... 51 5.6- ESTRATÉGIAS DE FLEXIBILIZAÇÃO DO CURSO... 52 5.7- EMENTA, PROGRAMA E BIBLIOGRAFIA DAS DISCIPLINAS... 57 6- ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA DO CURSO... 86

4 6.1- COORDENAÇÃO DO CURSO... 86 6.1.1- Nome do Coordenador: Celso Carreiro Ildefonso... 87 6.1.2- Titulação... 87 6.1.3- Atribuições do Coordenador... 88 6.1.4- Carga Horária Disponível para a Função: 40 horas semanais... 90 6.1.5- Regime de Trabalho: Integral... 90 6.1.6- Experiência Profissional, Acadêmica e Administrativa Anterior ao Cargo... 90 6.2- NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE / NDE... 96 6.3- CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO... 99 6.4- CORPO DOCENTE DO CURSO EM 2011.2... 100 6.4.1- Composição e Funcionamento do Colegiado de Curso... 104 6.4.2- Ações e Programas Institucionais de Capacitação, Atualização e Qualificação Docente... 108 6.5- INFRA-ESTRUTURA DO CURSO... 109 6.5.1- Infra-Estrutura Oferecida a Professores e Alunos... 109 6.5.2- Sala de Professores e Sala de Reuniões... 120 6.6- LABORATÓRIOS... 120 6.6.1- Laboratórios Especializados... 120 6.6.2- Infra-Estrutura e Serviços de Laboratórios Especializados... 123 ESPECIFICAÇÃO... 125 ESPECIFICAÇÃO... 126 6.7- BIBLIOTECA... 130 6.7.1- Acesso dos Alunos a Equipamentos de Informática... 132 6.7.2- Livros da Bibliografia Básica... 134

5 6.7.3- Livros da Bibliografia Complementar... 139 6.7.4- Periódicos... 144 7- ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO... 148 7.1- AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM... 148 7.2- AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO E INTEGRALIZAÇÃO DA AUTO- AVALIAÇÃO DO CURSO COM A AUTO-AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL... 151 8- TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TCC... 159 9- PROGRAMAS /SERVIÇOS PEDAGÓGICO-CIENTÍFICOS VOLTADOS AO ALUNO... 160 9.1- PROJETOS INTEGRADORES... 160 9.2- NORMAS DOS PROJETOS INTEGRADORES... 163 9.3- ATIVIDADES ACADÊMICAS ARTICULADAS À FORMAÇÃO... 164 9.3.1- Práticas Profissionais... 165 9.3.2- Integração Empresa / IES... 165 9.4- PROGRAMAS DE PESQUISA, EXTENSÃO E EVENTOS DIVERSOS... 172 9.5- MECANISMO DE APOIO À PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADES DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, DE EXTENSÃO E EM EVENTOS DIVERSOS... 173 9.6- MONITORIA... 174 9.7- NÚCLEO DE ORIENTAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA / NOPED... 175 10- ADERÊNCIA COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL... 177

6 10.1- COERÊNCIA DA JUSTIFICATIVA/OBJETIVOS DO CURSO COM A REALIDADE SOCIOECONÔMICA LOCAL E REGIONAL... 178 10.2- JUSTIFICATIVA EM ÂMBITO REGIONAL PELA OFERTA DO CURSO... 181 10.3- RELAÇÃO DE DISCIPLINAS DO CURRÍCULO VINCULADAS À INICIAÇÃO CIENTÍFICA, PESQUISA, TCC... 199 AE... 199 SEM... 199 10.4- ARTICULAÇÃO DAS DISCIPLINAS/UNIDADES CURRICULARES/MÓDULOS COM AS BASES TECNOLÓGICAS OU EMENTAS... 200 11- EXTENSÃO... 202 11.1- MECANISMOS DE NIVELAMENTO VOLTADOS AO CORPO DISCENTE 202 11.2- MECANISMOS DE APOIO A EVENTOS ACADÊMICO-CIENTÍFICOS VOLTADOS AO CORPO DISCENTE... 205

7 1- INTRODUÇÃO A FACULDADE GAMA E SOUZA está situada numa área urbana cuja concentração de ocupação apresenta alto índice de indústrias e comércio de pequeno, médio e grande porte. Como exemplo destacamos a White Martins, a Nestlé, o Hospital Balbino (particular), e o Hospital Geral de Bonsucesso (Federal). Ao lado destas instituições, há um significativo número de empresas que vão do setor de logística, transporte terrestre, postos de gasolina a supermercados. Todos possuindo em seus quadros funcionais algum profissional na área de Segurança no Trabalho ou, pelo menos, contando com a consultoria e acompanhamento profissionais através de escritórios especializados. Tal horizonte é suficiente para nos indicar que temos diante de nós uma sociedade pronta para investir na qualidade de seus serviços a partir da segurança que ela mesma pode oferecer e controlar em suas dependências. Assim, a FACULDADE GAMA E SOUZA concebe como sua missão a responsabilidade de retornar a sociedade indivíduos conscientes de sua função profissional, social e histórica de modo a se compreender um elemento transformador da sociedade, em sua natureza macro e micro, formando profissionais que identifiquem em sua formação a possibilidade de contribuir para a qualidade de vida de todos os cidadãos. A preocupação com a Segurança no Trabalho remonta às sociedades mais antigas, mas foi nos ambientes insalubres das minas de carvão, na Europa oitocentista, com a morte prematura de homens jovens e,

8 principalmente, crianças, que surgiram os primeiros movimentos de trabalhadores que terminaram por levar os empresários da época a buscar soluções que pudessem oferecer um pouco mais de conforto e saúde a seus trabalhadores e seus familiares. Para os empresários, a intenção era meramente financeira, pois assim mantinham a mão de obra e não precisavam investir em novos empregados que levariam mais tempo para aprender o serviço e, por conseqüência, produziriam menos. Para os trabalhadores, uma conquista de direito a alguma dignidade. Ao longo do século XX as indústrias foram sofrendo transformações, foram sendo automatizadas e inclusive os comércios mais simples foram sendo aferidos, além de os sindicatos serem formados e conquistarem força política capaz de impor profundas transformações socioeconômicas e, consequentemente, históricas. Tudo isso acabou por gerar, também, a exigência de um profissional capaz de prevenir os típicos acidentes que não somente atrasam a linha de produção como, sobretudo, incapacitam indivíduos por longos períodos e, muitas vezes, por toda a vida, quando não ocorre o óbito. Neste ponto, o século XX proporcionou pesquisas e investimentos industriais, dos mais variados segmentos, e o que antes constituía uma formação restrita ao âmbito interno da empresa, a partir da década de 70, principalmente, com o lançamento dos Escritórios de Projetos de serviços de Engenharia, toma conta dos diversos setores industriais e empresariais passando a compor cursos específicos para quem desejasse se profissionalizar na área de Segurança no Trabalho. As duas últimas décadas do século XX e

9 este início do primeiro decênio do século XXI mostram claramente que, hoje, o empresariado mundial tem uma preocupação a mais que a manutenção da linha de produção evitando acidentes de trabalho. Agora, empresários de diversos segmentos tendem a se ver como elementos importantes que auxiliam no equilíbrio da harmonia social quando investem no bem-estar de seus funcionários. Daí a importância de oferecer à comunidade industrial e comercial do entorno da IES um curso que possa colaborar para a melhoria dos serviços, da produção e da vida útil dos trabalhadores. O curso, portanto, pretende tanto formar pessoal qualificado que já se encontra alocado em alguma empresa, quanto oferecer a esse setor recurso humano qualificado. Por fim, outro ponto fundamental para a FACULDADE GAMA E SOUZA é a possibilidade de o Curso Superior Tecnológico em Segurança no Trabalho, através de projetos integradores, proporcionar orientações às comunidades locais em que operam pequenos comerciantes, fabricantes de produtos e prestadores de serviços, de modo que o número de acidentes de trabalho e, inclusive, acidentes domésticos possam ser eliminados a médio prazo. A FACULDADE GAMA E SOUZA, ao pleitear o reconhecimento do Curso Superior Tecnológico em Segurança no Trabalho, visa, portanto, contribuir na formação de profissionais conscientes de sua responsabilidade ética e social, qualificados, empreendedores, competentes e com forte conhecimento da área do curso, proporcionando aos alunos o contato com novas metodologias existentes no campo da segurança no trabalho e com as tendências econômicas, jurídicas e tecnológicas.

10 Dados preliminares divulgados pela Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho, do Ministério da Previdência Social, em 2006, levantados pelo Departamento de Políticas de Saúde e Seguridade Nacional, indicam que no Estado do Rio de Janeiro, a quantidade de óbitos e incapacidade permanente decorrentes de acidentes de trabalho, segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas, foi de 195 óbitos e 389 de incapacidade permanente. Sendo o maior índice de óbitos nas atividades G (comércio, reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos) 48 e F (Construção) 32 ; e o maior índice de incapacidade permanente, registrado nas atividades D (indústria de transformação) 66 e I (transporte, armazenagem e comunicação) 54. Uma leitura comparativa com os índices nacionais nos demonstra que esses quantitativos representam, respectivamente, 9,9% / 10% e 2,8% / 9,2% do total de óbitos e incapacidade permanente nas atividades elencadas. Ainda em comparação com o quadro nacional, essas atividades são as que mais apresentam acidentes de trabalho. Considerando os setores produtivos pertinentes à vocação produtora do Estado do Rio de Janeiro, podemos depreender que é preciso, a exemplo do que vem acontecendo nas atividades relacionadas à construção, investimento no setor de prevenção de acidentes e cuidados com a saúde do trabalhador. Medidas que intensifiquem não somente políticas de cultura de segurança no trabalho nas empresas dos diversos ramos compreendidos nessas atividades, como, sobretudo, de educação para o trabalho, conscientizando o trabalhador da importância de seguir as normas e, assim, garantir longevidade e saúde.

11 Essa breve introdução objetiva mostrar que tomamos como base, para a composição do Curso Superior de Tecnologia em Segurança no Trabalho, as diretrizes governamentais que buscam o diálogo com os diversos setores da sociedade representantes dos segmentos empresariais e de classes de trabalhadores, além da efetivação de ações proativas que possibilitem melhoria nas diversas atividades econômicas e, sobretudo, nas relacionadas aos setores industriais, comerciais e da construção, de modo a garantir uma produção eficiente na medida em que o profissional de Segurança no Trabalho pode atuar desde o planejamento, até o controle de aspectos vários relacionados à Segurança no Trabalho.

12 2- IDENTIFICAÇÃO DO CURSO MANTENEDORA: Associação de Cultura e Educação Santa Teresa / ACEST (com foro no município do Rio de Janeiro MANTIDA: Faculdade Gama e Souza / FGS (com limite territorial no município do Rio de Janeiro) TIPO DE PROCESSO: reconhecimento do Curso Superior de Tecnologia em Segurança no Trabalho DENOMINAÇÃO DO CURSO: Curso Superior de Tecnologia em Segurança no Trabalho NÍVEL/MODALIDADE DO CURSO: superior/presencial ÁREA DO CONHECIMENTO (CNCST): Ambiente, Saúde e Segurança TITULAÇÃO: Tecnólogo em Segurança no Trabalho REGIME ESCOLAR: semestral Nº DE TURMAS: 2 TURNOS DE FUNCIONAMENTO Período Diurno e Noturno VAGAS ANUAIS, POR TURNO MAT 50 VES --- NOT 50 DIMENSÃO DAS TURMAS 50 alunos nas atividades teóricoexpositivas REGIME DE MATRÍCULA Matrícula por disciplina. INÍCIO DO CURSO: 2º semestre de 2007 SITUAÇÃO DO CURSO: curso autorizado pela Portaria MEC Nº 128 de 12/01/2007 AVALIAÇÕES DO MEC Org.Didático-Pedagógica Corpo Docente Instalações 4 4 4 PROCESSO DE SELEÇÃO: vestibular; Enem ENDEREÇO DE OFERTA DO CURSO: Rua Leopoldina Rego, nº 502, Olaria, Rio de Janeiro, RJ, CEP.: 21021-521. Telefone: (0XX) 21-25606884; Fax: (0XX) 21-25606884. E-MAIL: gamaesouza@openlink.com.br DURAÇÃO DO CURSO E TEMPO DE INTEGRALIZAÇÃO O curso vigente tem a duração de 2520 h/a, sendo: 1240 de conteúdo teóricoexpositivo; 1200 de conteúdo prático-profissional e 80 de Atividades Complementares, desenvolvidas no decorrer do curso.

13 3- HISTÓRICO 3.1- Histórico da Instituição e Dados Socioeconômicos da Região O histórico da IES remonta a meados do século XX, quando, no ano de 1963, a professora Inah Gama de Souza idealizou e deu corpo a um de seus sonhos: fundou o Jardim Escola Menino Jesus, oferecendo os cursos de maternal, jardim de infância, pré-primário e primário. Inicialmente localizado no número 58 da Rua Vieira Ferreira, em Bonsucesso, com o passar dos anos, tornou-se sede do Curso Gama e Souza, cujo objetivo era preparar jovens para o ingresso nas academias militares e institutos de educação antigo Curso Normal. Fundado pelo professor Aluisio Gama de Souza, o Curso foi, à custa de muito trabalho, crescendo e arregimentando novos alunos. Depois de três anos de atividades, na Rua Vieira Ferreira, o colégio se transferiu para um imóvel maior, na Avenida Teixeira de Castro, também em Bonsucesso, onde funciona, até hoje, uma de suas sedes. E foi na nova sede que o Grupo Gama e Souza implantou o Ginásio Gama e Souza que, num primeiro momento, tinha apenas curso ginasial noturno. Algum tempo depois, houve a fusão do Jardim Escola Menino Jesus, do Curso Gama e Souza e do Ginásio Gama e Souza, em uma só mantenedora (Ginásio Gama e Souza), dando, assim, origem ao Colégio Gama e Souza que, posteriormente, passou à denominação de Unidade Educacional Gama e Souza. A partir da segunda metade da década de 70, o Grupo Gama e Souza começou sua expansão e, hoje, é composto pela Unidade Educacional Gama e

14 Souza, com sede em Bonsucesso e filiais em Olaria, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes todos no município do Rio de Janeiro/RJ, e pelo EME - Instituto de Educação com sede no município de Mesquita/RJ. Continuando a perseguir o ideal de atingir todos os níveis de formação, o Grupo Gama e Souza obteve em 1998 credenciamento pelo MEC para implantação da FACULDADE GAMA E SOUZA, com sede na Rua Leopoldina Rego, nº 502, em Olaria, Rio de Janeiro/RJ. A FACULDADE GAMA E SOUZA tem como mantenedora a Associação de Cultura e Educação Santa Teresa e possui o Campus I (com obras de expansão), na rua Leopoldina Rego, nº 502, no bairro de Olaria, na cidade do Rio de Janeiro e, com 3 Km de distância, o Campus II, destinado a ampliações e à implantação de novos cursos na avenida Brasil, nº 5843, no bairro de Bonsucesso, na cidade do Rio de Janeiro. Num trabalho conjunto, os colégios mantidos pelo Grupo Gama e Souza, funcionam como Colégios de Aplicação da FACULDADE GAMA E SOUZA, para a realização dos estágios supervisionados pertinentes aos cursos de licenciatura. A FACULDADE GAMA E SOUZA, hoje, oferece os cursos de Ciências Contábeis (Bacharelado); Ciências Econômicas (Bacharelado); Ciências com habilitação em Matemática (Licenciatura Plena); Letras com habilitação em Português e Literaturas (Licenciatura Plena); Pedagogia, com habilitação em Gestão Escolar, Pedagogia Empresarial (Bacharelado) e Educação Infantil, Anos Iniciais do Ensino Fundamental e Magistério para o curso de Formação de Professores em nível médio e Formação de Pessoal de Apoio (Licenciatura); Administração Geral (Bacharelado); Turismo (Bacharelado);

15 Sistemas de Informação (Bacharelado) e Direito (Bacharelado). Sendo preocupação da IES o cumprimento de todas as etapas legais, todos os cursos passaram pelo processo de vistoria do MEC, atendendo às exigências instrumentais e documentais. Com isso, pode-se dizer que tanto o projeto acadêmico quanto o projeto de infraestrutura atendem às demandas próprias do meio acadêmico e do mundo do trabalho. Objetivando a oferta de cursos mais apropriados à atual dinâmica do mundo do trabalho, a FACULDADE GAMA E SOUZA, em 2006 e 2007, conquistou a autorização para a implantação de sete Cursos Superiores Tecnológicos em: Gestão de Negócios Imobiliários, Gestão Comercial, Gestão Hospitalar, Processos Gerenciais, Marketing, Segurança no Trabalho e Redes de Computadores. É, ainda, preocupada em sedimentar um núcleo acadêmico que também produza conhecimentos que, mais uma vez partindo do ideal, a FACULDADE GAMA E SOUZA deu corpo à Coordenação de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão / COPPE Gama e Souza. Funcionando no Campus II / Bonsucesso (Av. Brasil, nº 5843) a COPPE Gama e Souza é o espaço em que são articuladas as linhas de pesquisa, as propostas de projetos e o lançamento de cursos de Especialização Lato Sensu, que atendem aos novos postulados teóricos acerca da estrutura curricular incentivados pelo MEC. Assim, com decisão, dedicação e legitimidade, a FACULADE GAMA E SOUZA tem procurado dar forma à inconsútil matéria de nossos sonhos: investir em educação, não porque dela alcançará o lucro capital e, sim, porque somente

16 através dela o homem pode conquistar a si mesmo e aos outros essa é sua vocação e, portanto, sua Responsabilidade Social. Dados Socioeconômicos da Região A Região da Leopoldina, localizada no subúrbio da cidade do Rio de Janeiro, segundo a Coleção de Estudos da Cidade do Rio de Janeiro (2003) 1, compreende uma área de 4.435 hectares, com a estimativa de 654.571 habitantes (residentes), que se dividem entre os 17 bairros 2, que a compõem: Bonsucesso, Brás de Pina, Cordovil, Del Castilho, Engenho da Rainha, Higienópolis, Inhaúma, Jardim América, Manguinhos, Maria da Graça, Olaria, Parada de Lucas, Ramos, Tomás Coelho e Vigário Geral, além dos Complexos do Alemão e da Maré 3. A Região da Leopoldina é organizada por regiões administrativas, que são formadas por um único composto comunitário ou um grupo de bairros. As regiões administrativas são: a) RA X Ramos, atendendo aos bairros Bonsucesso, Manguinhos, Olaria, Ramos e às favelas: Morro Paula Ramos, Chip 2 Manguinhos e Parque João Goulart. b) RA XI Penha, atendendo aos bairros Brás de Pina, Penha, Penha Circular e as favelas: Parque Proletário de Cordovil, Pedacinho do Céu de Cordovil, Batuta de Cordovil, Bom Jardim de Cordovil, Caixa D Água, Caracol, Grotão, Merendiba (Morro do cariri ), Parque Proletário da Penha e Vila Cruzeiro. 1 Coleção Estudos da Cidade. Rio Estudos, 98; nota técnica nº 9, abril de 2003. Armazém de Dados, Instituto Pereira Passos, Secretaria Municipal de Urbanismo, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. 2 Os documentos do Censo do IBGE 2000 o Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro assim definem os bairros que constituem a Região da Leopoldina. 3 - Curiosamente o estudo não aponta o bairro de Pilares, ainda que ele exista fisicamente e compreenda uma população significativa, composta por comerciantes e profissionais liberais.

17 c) RA XII Inhaúma, atendendo aos bairros: Del Castilho, Engenho da Rainha, Higienópolis, Inhaúma, Maria da Graça, Tomás Coelho e as favelas: Chácara de Del Castilho, Parque União de Del Castilho, Seu Pedro, Morro do Engenho, Parque Proletário Engenho da Rainha, Rua Sérgio Silva, Parque Félix Ferreira, Vila Maria, Parque Proletário Águia de Ouro, Relicário, Favela das Carroças, Rua Pereira Pinto, Vila Caramuru, Parque Silva Vale, Vila Itaocara, Margem da Linha, Parque São José, Jardim Bárbara e Morro União. d) RA XXIX Complexo do Alemão, considerado um bairro composto pelas favelas: Vila Matinha, Morro das Palmeiras, Parque Alvorada, Morro do Alemão, Rua Armando Sodré, Morro da Baiana, Joaquim de Queirós, Itararé, Morro do Adeus, Morro do Pianco, Mourão Filho e Nova Brasília. e) RA XXX Maré (Complexo da Maré), composta pelas favelas: Praia de Ramos, Parque Roquete Pinto, Parque União, Rubens Vaz, Nova Holanda, Parque da Maré, Baixa do Sapateiro, Morro do Timbau, Joana Nascimento e Paraibuna. f) RA XXXI Vigário Geral, atendendo aos bairros Cordovil, Jardim América, Parada de Lucas e Vigário Geral. De acordo com o levantamento censitário, temos a seguinte distribuição da população, totalizando-a em 778.376 habitantes 4 : Região Área Territorial Administrativa Km 2 População Total Homens Mulheres X 11,30 150.403 70.011 80.392 XI 13,96 183.194 85.262 97.932 XII 10,88 130.635 60.716 69.919 XXIX 2,96 65.026 31.767 33.259 XXX 4,27 113.807 56.264 57.543 XXXI 11,41 135.311 63.884 71.427 Fonte: Armazém de dados, 2003. 4 - Identificamos no somatório dos quantitativos elencados inconsistências, daí optarmos pelo resultado obtido do somatório do item População Total.

18 Ainda segundo os dados do censo do IBGE de 2000, a população da Região da Leopoldina apresenta o seguinte quadro de composição de domicílios, estabelecendo-se a relação com o quantitativo de favelas e de moradores destes espaços urbanos, considerados como aglomerados subnormais, numa leitura antropológica: Região Total de moradores de Total de domicílios Número de favelas Administrativa favelas X 47128 11761 40744 XI 56.228 21.312 75.794 XII 40164 3683 13565 XXIX 18245 15520 56271 XXX 33.211 20.776 69.911 XXXI 40451 21312 75794* Fonte: Armazém de dados, 2003. Considerando a população total da Região 654.571 habitantes, segundo a CECRJ e que a composição do espaço geográfico é determinado por bairros e favelas, a partir dos dados numéricos acima elencados, 50,73% desta população total, residem em favela. Partindo do quadro do Censo de 2000, do IBGE, temos 778.376 habitantes; isso significa que, deste total, 42,67% residem em favelas. Ambos os percentuais são significativos, quando apenas cerca de 50% ou 60% da população total da Região reside em área que não é considerada favela, consoante os padrões de mensuração dos organismos de pesquisa e estudos. Analisando comparativamente as regiões administrativas, temos as seguintes identidades (ID):

19 Região Administrativa X XI XII XXIX XXX XXXI ID de Bairros X ID de Bairros e favelas X X X ID de Favelas X X Deste modo, duas RA atendem a bairros que são compostos por um conjunto de favelas. Alcançamos, assim, os seguintes percentuais em termos de população: Região ID de Bairros e ID de Bairros Administrativa favelas ID de Favelas X 19,32% XI 23,53% XII 16,80% XXIX 8,35% XXX 14,62% XXXI 17,40% Tais percentuais, referentes à população das áreas de risco, também são indicativos de que o ambiente educacional lhe foge em algum momento, seja pela não complementação dos estudos, pela ausência da escola ou pela falta de entendimento de que o estudo pode proporcionar uma transformação social e, por conseguinte, histórica. E é justamente no seio desta seara que a Faculdade Gama e Souza se instalou e, desde a década de 60 (séc. XX), tem investido em educação de qualidade do Jardim Escola Menino Jesus às Unidades Educacionais Gama e Souza, a marca Gama e Souza tornou-se referência na área da Educação Básica e, agora, investindo no Ensino Superior, ofertando um corpo docente composto em quase sua totalidade por Mestre e Doutores, a esta população assinalada pela injustiça social, pela

20 violência urbana e pelo descaso dos ideários educacionais, procura cumprir sua missão e, deste modo, atender à sua vocação e o seu ideal: só se revoluciona o mundo e as idéias que o habitam se as escolas e os livros forem tornados instrumentos de revolução pela palavra, pelo domínio da palavra e pela elaboração da palavra. 3.2- Histórico do Curso O Curso Superior de Tecnologia em Segurança no Trabalho foi concebido para atender às necessidades da formação profissional na área de segurança no trabalho em níveis nacional e regional. Destacamos que este projeto está alicerçado nos princípios básicos da educação profissional brasileira que atualmente passa por um momento de singularidade em sua trajetória, em especial no tocante à possibilidade de propiciar o fim da dicotomia entre o saber e o fazer e, por conseguinte, do fim dos estigmas que acompanham essa modalidade de ensino desde sua criação. Assim sendo, a organização do curso foi elaborada a fim de favorecer e incentivar o campo da segurança no trabalho, de forma globalizada e globalizadora em relação ao contexto atual das demandas comuns ao mercado de trabalho nos diversos setores da economia brasileira. Tal postura busca acentuar o perfil analítico e crítico do profissional de segurança no trabalho, considerando as interfaces com áreas afins. Podemos, então, afirmar que o papel do Curso Tecnológico em Segurança no Trabalho é o de fornecer uma visão mais acentuada e diferenciada acerca dos avanços no setor de modo que seu alunado possa identificar, com mais imediatismo, as urgências dessa

21 função profissional, cada vez mais crescente, de modo a atender e dar cumprimento aos aspectos comuns ao setor: da análise administrativa ao controle de segurança em equipamentos e instalações. A estrutura curricular do curso tem uma carga horária total de 2.480 horas, distribuídas em 3 anos, com o intuito de sedimentar a formação do profissional conforme o Projeto Pedagógico do Curso PPC. Do total de disciplinas, 94% contam com a relação direta entre a teoria e a prática, bem como a prática de atividades complementares e projetos integradores que se harmonizam com os objetivos gerais do curso. As disciplinas que compreendem os 4% restantes são de suporte ao aprendizado das demais, pois seus conteúdos concentram os interesses sobre a natureza humana e a formas de manifestação de suas atitudes conceituais e físicas diante de situações diversas. 4- CONCEPÇÃO DO CURSO Em relação à concepção do curso, a FACULDADE GAMA E SOUZA, ao implantar o Curso Superior de Tecnologia em Segurança no Trabalho, considerou a necessidade de fortalecer características fundamentais para a formação do profissional em Segurança no Trabalho. Tais características são pertinentes ao campo da ética, da inovação, da visão analítica e crítica acerca da área específica, bem como, as suas interfaces com áreas afins e os potenciais de oportunidades no mercado.

22 4.1- CARACTERIZAÇÃO DO CURSO O curso visa contribuir na formação de profissionais conscientes de sua responsabilidade ética e social, qualificados empreendedores, competentes e com forte conhecimento da área do curso, proporcionando aos alunos o contato com novas metodologias e técnicas existentes no campo da Segurança no Trabalho. O projeto do curso possui como foco a formação do futuro profissional inserido consoante as novas exigências do mercado; ou seja, centrado na necessidade de ter um conhecimento mais aprofundado sobre o processo no qual atuará, para que tenha uma postura mais analítica e crítica resultando em intervenções rápidas e apropriadas no dia a dia de suas atividades. O CST em Segurança no Trabalho da FACULDADE GAMA E SOUZA tem por objetivo, ao formar recursos humanos qualificados para essa atividade, preencher lacunas no cenário mercadológico da região; atendendo, assim, às urgências do setor de segurança no trabalho, no que diz respeito ao profissional com formação prática; daí, o investimento de capital intelectual que priorize como características marcantes na formação do tecnólogo em Segurança no Trabalho a aliança entre as ferramentas administrativas e as ferramentas quantitativas de modo a colocar em movimento um currículo em que a passagem da concentração dos conhecimentos para o ambiente de formação quantitativa seja gradativa, de modo que projetos integradores possam ser implantados e desenvolvidos considerando a leitura cumulativa dos resultados de cada um, desde o primeiro módulo.

23 Considerando, ainda, as novas exigências desse segmento, o curso investe na concepção de um profissional que transita entre dois espaços distintos, que se interrelacionam, como o industrial e o prestador de serviços. Em ambas as situações, o emprego da tecnologia; dos princípios das ferramentas administrativas pertinentes ao campo da gestão; dos pressupostos teóricos acerca do comportamento humano e da ética; da prática laboratorial de projeções de acidentes e mecanismos de prevenção, além dos conhecimentos práticos em informática, comunicação e estatística, são essenciais para se manter no mercado e no mundo do trabalho, pois compreende a sensibilização do profissional para os aparatos e as circunstâncias típicas da modernidade; afinal, em um mercado competitivo, num mundo globalizado, ao lado do uso da tecnologia, determinados conhecimentos e saberes devem ser delineados na formação do profissional em Segurança no Trabalho, a fim de que ele seja capaz de desenvolver e empreender ações eficientes dirigidas para seu campo de atuação profissional. A FACULDADE GAMA E SOUZA, ao implantar o curso, levou em consideração o perfil das atividades econômicas da região, objetivando oferecer uma formação profissional que possa tanto ser absorvida pelo mercado local, como auxiliar no desenvolvimento econômico e social do entorno através de projetos integradores que sirvam de base para análise conceitual e prática de segurança no trabalho em ambientes diversos. A FACULDADE GAMA E SOUZA considera que a oferta do Curso Superior de Tecnologia em Segurança no Trabalho, para o município do Rio de Janeiro, significa a resolução para a falta de profissionais com esta formação;

24 afinal, há poucos cursos com este perfil e uma crescente oferta por novas ocupações no setor. Daí o curso possuir um traço operacional de caráter específico, onde a formação profissionalizante (técnicas específicas) está ancorada numa base tecnológica geral. É relevante informar, ainda, que a Instituição tendo plena consciência de sua responsabilidade para com a sociedade do município carioca e da região, ao implementar o Curso Superior de Tecnologia em Segurança no Trabalho, para além de suprir a atual carência por profissionais com este perfil no mercado de trabalho e contribuir para o desenvolvimento da região, visa oferecer um curso de qualidade, com novas tecnologias e metodologias, atendendo às exigências profissionais e industriais em conformidade com os parâmetros que inauguram o século XXI. A oferta de um curso de qualidade, com novas tecnologias e metodologias, pressupõe o incentivo ao desenvolvimento da pesquisa aplicada, indissociável do ensino e da extensão, a fim de propiciar uma formação de profissionais altamente capacitados para atuar no mercado de trabalho. A IES, sensibilizada diante desse quadro de formação profissional, levou em consideração a natureza tecnológica do curso e, por conseguinte, suas peculiaridades de conteúdos e práticas formativas, além do perfil do alunado, entendendo, então, que a extensão é o princípio motor da produção de pesquisa que se almeja num curso tecnológico. Isso significa que o tripé ensino, pesquisa e extensão é projetado a partir de dois eixos primordiais: o ensino e a extensão. O terceiro eixo (a pesquisa) é, portanto, uma conseqüência do movimento harmonioso dos dois primeiros. O objetivo central