IDENTIFICAÇÃO DO PONTO DE DEFLEXÃO DA FREQUENCIA CARDÍACA UTILIZANDO MT est. IDENTIFICATION OF THE HEART RATE DEFLECTION POINT USING MT est

Documentos relacionados
Limiar Anaeróbio. Prof. Sergio Gregorio da Silva, PhD. Wasserman & McIlroy Am. M. Cardiol, 14: , 1964

CARACTERÍSTICAS ANTROPOMÉTRICAS E DE APTIDÃO FÍSICA DE ATLETAS DE FUTSAL FEMININO DA CIDADE DE MANAUS

Objetivo da aula. Trabalho celular 01/09/2016 GASTO ENERGÉTICO. Energia e Trabalho Biológico

COMPARAÇÃO ENTRE O PONTO DE DEFLEXÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E OS LIMIARES VENTILATÓRIOS EM CORREDORES DE LONGA DISTÂNCIA

11º Congreso Argentino y 6º Latinoamericano de Educación Física y Ciencias CAPACIDADE DE SPRINTS DE FUTEBOLISTAS NA PRÉ-TEMPORADA

STEP TRAINING: EFEITO DA PAUSA PASSIVA E ATIVA NO COMPORTAMENTO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E NA PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO RESUMO:

Modelo sigmoide de Boltzmann com erros auto regressivos na descrição da frequência cardíaca em testes progressivos

Avaliação do VO²máx. Teste de Esforço Cardiorrespiratório. Avaliação da Função Cardíaca; Avaliação do Consumo Máximo de O²;

COMPARAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE PAUSAS ATIVAS E PASSIVAS NA REMOÇÃO DE LACTATO EM UM TREINAMENTO. RESUMO

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AERÓBICA EM JUDOCAS ENTRE 7 E 14 ANOS DA CIDADE DE SANTA MARIA -RS

DESEMPENHO MOTOR DE ATLETAS EM TREINAMENTO DE FUTSAL NA REDE PÚBLICA Teresa Cristina Coiado*

Avaliação do VO²máx. Teste de Esforço Cardiorrespiratório. Avaliação da Função Cardíaca; Avaliação do Consumo Máximo de O²;

PALAVRAS-CHAVE: Futebol; Pequenos Jogos; Comportamento Técnico

Testes Metabólicos. Avaliação do componente Cardiorrespiratório

ARTIGO. Comparação do VO 2 max de homens fisicamente ativos mensurado de forma indireta e direta.

Portal da Educação Física Referência em Educação Física na Internet

V Encontro de Pesquisa em Educação Física EFEITOS DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO SOBRE OS COMPONENTES DE APTIDÃO FÍSICA EM ATLETAS DE FUTEBOL DE CAMPO

25/05/2017. Avaliação da aptidão aeróbia. Avaliação da potência aeróbia. Medida direta do consumo máximo de oxigênio Ergoespirometria (Padrão-ouro)

Pró-Reitoria Nome de do Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso

ESTIMATIVA DO CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO A PARTIR DO TESTE DE CARMINATTI (T-CAR) EM ATLETAS DE FUTEBOL E FUTSAL

Revista Brasileira de Futsal e Futebol ISSN versão eletrônica

DESEMPENHO DE JOGADORES DE ELITE DE FUTSAL E HANDEBOL NO INTERMITTENT FITNESS TEST

Prof. Ms Artur Monteiro

PREDIÇÃO DO CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO E LIMIAR ANAERÓBIO EM JOGADORES DE FUTEBOL RESUMO

INFLUÊNCIA DA ORDEM DO TIPO DE PAUSA NOS PARÂMETROS BIOQUÍMICO DE UM TREINAMENTO INTERVALADO EM HOMENS. RESUMO

Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN versão eletrônica

ESTRUTURA E PREPARAÇÃO DO TREINAMENTO RICARDO LUIZ PACE JR.

DETERMINAÇÃO INDIRETA DA POTÊNCIA AERÓBIA DE MULHERES PRATICANTES DE CICLISMO INDOOR

RESUMO INTRODUÇÃO: Pessoas com sintomas de ansiedade apresentam maiores níveis de pressão arterial. A presença de ansiedade está associada com as

Revista Brasileira de Futsal e Futebol ISSN versão eletrônica

COMPARAÇÃO DE PARÂMETROS CARDIORRESPIRATÓRIOS EM TESTE NA ESTEIRA COM AUXILIO E SEM AUXILIO DA BARRA DE APOIO

METABOLISMO ENERGÉTICO DO BASQUETE E HANDEBOL

Análise da Freqüência Cardíaca e do VO 2 máximo em Atletas Universitários de Handebol Através do Teste do Vai-e-Vem 20 metros

Aspectos Físicos do Futebol Aprofundamento em Futebol

Revista Brasileira de Futsal e Futebol ISSN versão eletrônica

25/4/2011 MUSCULAÇÃO E DIABETES. -Estudos epidemiológicos sugerem redução de 30% a 58% o risco de desenvolver diabetes

TIPOS DE PESQUISA. Pesquisa Direta. Tipos de Pesquisas. Métodos de Pesquisa Direta 22/03/2014. Pesquisa de Campo (aplicada)

EFEITOS DE DOIS PROGRAMAS DE TREINAMENTO SOBRE O VO 2 máx DE ATLETAS JUVENIS DE FUTSAL.

RESISTÊNCIA MÉTODOS DE TREINO

Luana Nery Fernandes. PALAVRAS-CHAVE: Dança; Preparação Física; Pilates

RESUMO. Palavras-chave: Acadêmicos de fisioterapia. Frequência cardíaca. Bicicleta ergométrica. Atividade física. INTRODUÇÃO

PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS E FISIOLÓGICOS DE ATLETAS PROFISSIONAIS DE FUTEBOL 1

Validade do Teste de Corrida de 1600m em estimar o VO2max em praticantes de CrossFit - Um estudo piloto

Ergonomia Fisiologia do Trabalho. Fisiologia do Trabalho. Coração. Módulo: Fisiologia do trabalho. Sistema circulatório > 03 componentes

COMPARAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM ACADÊMICOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA ANTES E APÓS ATIVIDADE FÍSICA

CARACTERIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO TÁTICO DE JOGADORES DE FUTEBOL, FUTSAL E FUTEBOL DE 7.

STEP AQUÁTICO: sobrecarga metabólica em diferentes tipos de pausas

POTÊNCIA AERÓBIA MÁXIMA E DESEMPENHO EM EXERCÍCIOS INTERMITENTES EM FUTEBOLISTAS ADOLESCENTES

RESUMO. Palavras-chave: Futsal. Limiar Anaeróbio. Treinamento. VO 2 max. ABSTRACT

ESTUDO COMPARATIVO DO LIMIAR ANAERÓBIO POR MÉTODO VENTILATÓRIO E ATRAVÉS DA DETERMINAÇÃO DE LACTATO RESUMO

Faculdade de Motricidade Humana Unidade Orgânica de Ciências do Desporto TREINO DA RESISTÊNCIA

Fisiologia do Esforço

Revista Brasileira de Futsal e Futebol ISSN versão eletrônica

1-Centro Universitário Vila Velha - UVV. Rua Comissário José Dantas de Melo, 21,

Cidade: Ponta Grossa (para todos os Alunos com pretensões para desempenhar a função de árbitro, independente da cidade em que realizou o curso).

Bianca R. TOBIAS 1 ; Guilherme A. SILVA 1 ; Renato A. SOUZA 2 ; Wonder P. HIGINO 2 ; Fabiano F. SILVA 2

Avaliação do VO²máx. Avaliação do VO²máx

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA Curso de Educação Física Disciplina: Fisiologia do Exercício. Ms. Sandro de Souza

LIMITAÇÕES DO MODELO DE POTÊNCIA CRÍTICA APLICADO A EXERCÍCIO INTERMITENTE

ANÁLISE DA FORÇA EXPLOSIVA AVALIADA PELO RAST TEST, EM UMA EQUIPE DE FUTSAL DE ALTO RENDIMENTO.

AVALIAÇÃO DA APTIDÃO AERÓBIA/ANAERÓBIA DE JOVENS ATLETAS SUBMETIDOS AO FUTSAL INTERMITTENT ENDURANCE TEST (FIET)

LERIANE BRAGANHOLO DA SILVA

Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN versão eletrônica

PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO E % DA V máx ESTIMADA PELO CUSTO DE FREQUÊNCIA CARDÍACA PREDIZEM LIMIAR GLICÊMICO EM CORREDORES RECREACIONAIS

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO: CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTROLE DO TREINAMENTO AERÓBIO

PERCENTUAL DE GORDURA E CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO: UMA ASSOCIAÇÃO DE VARIÁVEIS DE APTIDÃO FÍSICA DE ATLETAS DE FUTEBOL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - UFU FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA - FAEFI

A intensidade e duração do exercício determinam o dispêndio calórico total durante uma sessão de treinamento, e estão inversamente relacionadas.

TESTE AERÓBIO DE DUPLOS ESFORÇOS ESPECÍFICO PARA O KARATÊ: UTILIZAÇÃO DA SEQUÊNCIA DE BRAÇO KIZAMI E GUYAKU-ZUKI

INCLUSÃO DE TERMO DE INÉRCIA AERÓBIA NO MODELO DE VELOCIDADE CRÍTICA APLICADO À CANOAGEM

*Oswaldo Navarro Dantas * **Renata A. Elias Dantas ***Emerson Pardono ***Francisco Martins da Silva ****Marcio R. Mota

Palavras chave: variabilidade da frequência cardíaca, limiar aeróbio, teste funcional, sistema nervoso autonômo, frequência cardíaca

Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N Diciembre de 2006

Palavras-chave: Controle Autonômico; Recuperação; Treinamento Esportivo; Esportes Coletivos.

Consumo Máximo de Oxigênio

Intensidade de esforço da arbitragem de futebol. Re s u m o. Ab s t r a c t. HU Revista, Juiz de Fora, v. 34, n. 3, p , jul./set.

ANEXO I ESCALA DE PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO

FACULDADE DE MOTRICIDADE HUMANA. Mestrado em Treino Desportivo

ANÁLISE DE RESISTÊNCIA CARDIOVASCULAR A PARTIR DE TESTE DE LEGÊR EM ACADÊMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ULBRA-SM

Comparação do Ponto de deflexão da frequência cardíaca com a Máxima fase estável de lactato em corredores de fundo

2 MÉTODO DE ESFORÇOS (OU RITMOS) VARIADOS

A APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRA DE PRATICANTES DE AULAS DE JUMP E RITMOS DE UM MUNICÍPIO DO LITORAL DO RS

LACTATO EM TESES DE ENDURANCE E DE VELOCIDADE

Revista Brasileira de Futsal e Futebol ISSN versão eletrônica

ESTUDO COMPARATIVO DA VELOCIDADE DO LIMIAR ANAERÓBIO EM ATLETAS DE FUTEBOL E BASQUETEBOL DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA RESUMO

Ergoespirometria. Avaliação em Atividades Aquáticas

A PREPARAÇÃO FÍSICA DO ÁRBITRO DE BASQUETEBOL SÉRGIO SILVA

Equação de Corrida. I inclinação da corrida em percentual (%)

Revista Brasileira de Futsal e Futebol. ISSN versão eletrônica

AVALIAÇÃO DO CAVALO ATLETA EM TESTES A CAMPO

Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN versão eletrônica

ÉRICA CASTANHO JOGOS EM CAMPO REDUZIDO NO FUTEBOL: UMA REVISÃO

Estudo comparativo de métodos para a predição do consumo máximo de oxigênio e limiar anaeróbio em atletas *

BE066 - Fisiologia do Exercício. Consumo Máximo de Oxigênio

CARACTERÍSTICAS NEUROMOTORAS E ALTERAÇÕES NOS PARÂMETROS FUNCIONAIS DE ATLETAS DE FUTSAL DURANTE TEMPORADA

TÍTULO: INFLUÊNCIA DE UM SUPLEMENTO COM BASE EM CAFEÍNA NO DESEMPENHO DE NADADORES AMADORES.

Caracterização da curva da frequência cardíaca durante teste incremental máximo em esteira

Variáveis Fisiológicas Identificadas em Teste Progressivo Específico para Taekwondo

FREQÜÊNCIA CARDÍACA E A IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DE TRANSIÇÃO METABÓLICA EM ESTEIRA ROLANTE

Transcrição:

IDENTIFICAÇÃO DO PONTO DE DEFLEXÃO DA FREQUENCIA CARDÍACA UTILIZANDO MT est IDENTIFICATION OF THE HEART RATE DEFLECTION POINT USING MT est Ricardo Fontes Macêdo; Robelius De Bortoli 2 1 Universidade Federal de Sergipe UFS São Cristóvão/SE Brasil ricardomacedo13@hotmail.com 2 Universidade Federal de Sergipe UFS São Cristóvão/SE Brasil robelius@yahoo.com.br Resumo Os testes de campo são mais especificos, de custo baixo e necessitam de menor tempo para sua realização em relação ao testes de laboratório. O futsal carece de um teste físico que se aproxime da realidade do jogo. Com isso o objetivo deste estudo é validar um teste físico intermitente não invasivo para atletas de futsal (MT est ) correlacionando o ponto de deflexão da frequência cardíaca com o limiar anaeróbico mensurado no teste ergoespirométrico. Participaram deste estudo 12 atletas de futsal de 23,5±6,61 anos, estatura de 170±4,79cm e peso de 65,5±8,35kg. Os sujeitos realizaram tanto o MT est quanto o teste ergoespirométrico. No MT est o ponto de deflexão da frequência cardíaca (PDFC)foi identificado através de uma função polinomial de 3⁰ ordem e uma derivação linear. No teste ergoespirométrico foi identificado o limiar ventilatório pela razão de troca respiratória (VCO 2 /VO 2 ). A análise estatística foi a correlação de Pearson e o teste T-student (p<0,05). O PDFC (159±14,54), encontrado no MT est apresentou correlação e nenhuma diferença significativa com a freqüência cardíaca do limiar anaeróbico avaliado no teste ergoespirométrico, 170±11,41 (r=0,72). O MT est demonstrou sua aplicabilidade para estimar o limiar anaeróbico, com isso os preparadores físicos poderão realizar uma prescrição do treinamento com mais qualidade e especificidade. Palavras Chave: Capacidade Aeróbica; Futsal; Esportes Intermitentes Abstract Field tests are more specific, low-cost and require less time for their achievement in relation to laboratory tests. Futsal lacks a physical test that approximates the reality of the game. Thus the objective of this study is to validate a physical test for intermittent noninvasive futsal athletes (MTest) correlating the heart rate deflection point measured with the anaerobic threshold in cardiopulmonary exercise test. The study included 12 indoor soccer athletes of 23.5 ± 6.61 years, height 170 ± 4.79 cm and weight 65.5 ± 8.35 kg. The subjects performed both MTest as cardiopulmonary exercise test. In MTest the heart rate deflection point (HRDP) was identified by a polynomial function of third order and a linear derivation. Cardiopulmonary exercise test in the Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2012. Vol.2/n. 1/ p. 64-73 64

ventilatory threshold was identified by the respiratory exchange ratio (VCO2/VO2). Statistical analysis used Pearson's correlation and Student's t test (p <0.05). The HRDP (159 ± 14.54), found in MTest correlated and no significant differences in heart rate anaerobic threshold in cardiopulmonary exercise test evaluated, 170 ± 11.41 (r = 0.72). The MTest demonstrated its applicability to estimate the anaerobic threshold and the coaches may perform a physical training prescription with more quality and specificity. Key-words: Aerobic Capacity, Futsal, Intermittent Sports 1. Introdução A avaliação da potência aeróbica de atletas é muito importante para o treinamento esportivo porque viabiliza prescrição do treinamento físico, predição do rendimento, controle da evolução das capacidades físicas e possibilita melhores condições de trabalho para os atletas cumprirem seus objetivos. Os testes estão normalmente associados a laboratórios especializados e a técnicas invasivas de análise de sangue e gases, que resultam em situações estressantes aos atletas e riscos desnecessários. O esporte intermitente é logrado de ações variadas em diferentes intensidades por um longo tempo. Essas ações são saltos, arranques, giros, mudanças de direção, componentes técnicos, caminhada, entre outros. Na maioria dos esportes se utilizam testes de intensidade contínua ou apenas com sprints, ou seja, nenhum engloba as vias aeróbicas e anaeróbicas. As pesquisas que avaliam a condição física de atletas de futsal geralmente utilizam testes ergométricos de rampa em laboratórios, como o feito em 22 atletas da seleção brasiliense de futsal. Os autores fizeram uma verificaram os valores de VO 2máx nas diferentes posições (goleiros, fixos, alas e pivôs), nas quais os alas apresentaram resultados melhores que as demais posições (9). Estudo como o de Da Rosa et al. (6) com 10 praticantes ocasionais de futsal utilizou o futsal intermitent endurance test (FIET), de Barbero-Alvarez e Andrín (1), centrado no aumento da velocidade mediante aumento da freqüência do sinais sonoros, no qual os autores buscaram encontrar o ponto de deflexão da frequência cardíaca (PDFC) obtida no teste comparando dois métodos de análise, visual e Dmáx. Os resultados apresentaram correlação positiva nos valores de FC do PDFC. Entretanto, apesar do teste já possuir paradas bruscas e intervalos de descanso ativo, ainda seria interessante buscar outras alternativas mais específicas. Outro estudo é o de Leal Júnior et al (13), em que eles compararam o VO 2máx de 12 atletas de futsal e 19 atletas de futebol num teste ergométrico progressivo, no qual ele identificou que os Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2012. Vol.2/n. 1/ p. 64-73 65

atletas de Futebol e Futsal possuíam valores similares de VO 2máx, porém os limiares anaeróbicos não apresentaram a mesma similaridade. Desta forma, os resultados foram os esperados no qual o futsal apresentou uma exigência do metabolismo anaeróbico maior no futebol. Entretanto, na metodologia não foi determinado o período de tempo que cada atleta passou em cada via energética predominante. Na mesma linha Castagna e Barbero-Alvarez (3) utilizaram um teste específico para futsal, o FIET, o qual consiste num teste adaptado do YO-YO recovery test (12), entretanto o FIET possui tiros de 45 metros com descanso ativo de 10 segundos, e após 8 x 45 tem descanso passivo de 30 segundos. O FIET é controlado por sinais sonoros que aumentam progressivamente sua freqüência, aumentando a velocidade de execução até a exaustão do atleta. O teste mostrou correlação nas variáveis de VO 2máx, e na concentração de lactato sanguíneo com o teste de laboratório. Desta forma, os testes de campo específicos para cada modalidade têm obtido valores semelhantes aos de laboratório, por isso, este estudo teve como objetivo correlacionar um protocolo de teste físico intermitente não invasivo para atletas de futsal (MT est ) através de correlações com o teste ergoespirométrico para identificar a frequência cardíaca (FC) do limiar anaeróbico. 2. Metodologia Este é um estudo transversal, quantitativo e empírico, pois foi realizado a partir de uma coleta de dados localizada em um período de 7 dias entre os dois testes. Os dados foram analisados de forma quantitativa e não houve intervenção do pesquisador nos sujeitos da amostra. Sua estrutura é baseada no estudo feito por Carminatti (2) que propôs um teste específico para os esportes intermitentes de quadra e foi submetido ao CONEP para análise e seus procedimentos aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (n⁰00310107000-10). A população considerada nesse estudo foi composta por atletas masculinos de futsal, idade adulta, participantes de competições oficiais desse esporte em nível nacional. A amostra foi intencional escolhida entre atletas de futsal do Estado de Sergipe, composta por 12 atletas de futsal adultos masculinos com médias de idade de 23,5±6,61 anos, estatura de 170±4,79 cm e peso de 65,5±8,35 kg. Os critérios de inclusão no estudo foram a faixa etária entre 18 e 30 anos; carga de treinamento de no mínimo 10 horas semanais e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelos avaliados. Os critérios de exclusão foram informar ter ingerido qualquer tipo de Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2012. Vol.2/n. 1/ p. 64-73 66

substância que contenha álcool e cafeína até 36 horas anteriores ao teste; ter realizado exercícios vigorosos no dia anterior ao teste ou não realizar um dos testes nos prazos determinados. INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS Para aferição da FC foi utilizado monitor de FC tipo Polar RS800CX PRO TEAM com registro de FC e envio por telemetria para estação de trabalho onde foi registrada e analisada a FC. Para a realização do Macedo Test foi utilizada bola de futsal oficial das competições da CBFS com 9 libras de pressão; Relógio Cronômetro HS-30W, do modelo N1V Casio; 4 Cones de sinalização de 60 cm; Corda elástica; Step; Microcomputador portátil DELL com software Microsoft Office Excel. Os resultados do teste foram comparados com o teste ergoespirométrico para verificação de VO 2máx, frequência cardíaca do limiar anaeróbico e limiar ventilatório. O teste foi realizado em uma esteira ergométrica de marca Inbramed, modelo Master ATL e eletrocardiógrafo digital Micromed, modelo Metalyzer 3B para registro e análise do ECG durante o esforço. Um analisador de gases da Micromed, modelo Metalyzer 3B acoplado a um microcomputador equipado com software Elite produzido pela Micromed. Os clubes de futsal do Estado de Sergipe foram contatados a fim de solicitar autorização para participação no estudo. Os atletas foram convidados a participar do estudo após receberem todas as informações necessárias. As fichas de dados demográficos foram preenchidas com informações para classificar a posição dos atletas e informações sobre suas experiências desportivas. A seguir, foi realizado o MT est e sete dias após, os atletas realizaram um teste ergoespirométrico no Laboratório para verificação do VO 2máx, Frequência Cardíaca do Limiar Anaeróbico e Limiar Ventilatório. O teste ergoespirométrico foi realizado em esteira no protocolo de rampa, para identificação da frequência cardíaca do limiar anaeróbico pela perda de linearidade entre produção de VCO 2 e o consumo VO 2 denominada razão de troca respiratória (VCO 2 / VO 2 ), além de apresentar o VO 2máx médio dos atletas avaliados. Em seguida, foi utilizado o protocolo do teste sugerido para este estudo, que foi baseado em Soares e Tourinho Filho (17), Krustrup et al. (12) e Carminatti et al. (2), consistindo em uma seqüência de exercícios com incremento de carga e variações características. O protocolo do Macedo Test (MT est ) consiste em uma sequência de exercícios com incremento de carga e variação Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2012. Vol.2/n. 1/ p. 64-73 67

de suas características. São nove estágios com duração de 60 segundos cada, totalizando nove minutos. São 3 grupos de ações, o primeiro com ações de jogo utilizando a bola adulto de futsal, com peso e dimensões oficiais; a segunda com deslocamentos semelhantes aos realizados em jogo e o terceiro com saltos divididos em três subgrupos, que estão ilustrados no quadro 1. Ação 1º Fase: ações técnicas com bola 2ª Fase: ações de deslocamento simulando ações de jogo 3ª Fase: ações físicas de saltos Repouso ativo Quadro 1- Ilustração das fases do Macedo Test (MT est ) Exercício Passe com pés direito e esquerdo a uma distância de 3m Chute na parede a uma distância de 3m Chute na parede a uma distância de 5m Deslocamentos de frente e de costas a uma distância de 6m Deslocamentos laterais a uma distância de 6m Deslocamentos em X a uma distância de 20m Saltos no step de 25cm alternando pés direito e esquerdo Saltos laterais sobre uma corda elástica com 30cm Saltos sobre uma corda elástica de 70cm e passagem por baixo da mesma Caminhada Fonte: Autoria Própria (2011) A identificação do PDFC entendida como FC do limiar anaeróbico foi feita a partir da construção de um gráfico no qual foi colocada a resposta da FC dos intervalos do teste aos 20seg, 1min20seg, 2min20seg, 3min20seg, 4min20seg, 5min20seg, 6min20seg, 7min20seg, 8min20seg no eixo Y e o tempo das respectivas freqüências cardíacas no eixo X, a partir do primeiro registro da FC acima de 140 batimentos por minuto. Após isso, utilizando recursos do software Microsoft Office Excel foi aplicado nos pontos a função polinomial de terceiro grau com ajuste linear nos quais eram utilizados os dois extremos da curva que derivam-se com uma reta. Foi considerada a distância máxima entre a reta e a curva polinomial como PDFC (11,2). ANÁLISES DOS DADOS Para verificar se existe relação entre os resultados dos testes foi realizada análise de correlação de Pearson entre os resultados do MT est e as variáveis estudadas a fim de identificar se existia relação entre os resultados obtidos. Posteriormente foi realizado o teste t-student para amostras independentes a fim de testar a hipótese de similaridade das amostras. Todos os dados foram analisados numa planilha de Excel for Windows Microsoft. Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2012. Vol.2/n. 1/ p. 64-73 68

3. Resultados e Discussão A amostra é caracterizada com médias de idade de 23,5±6,61 anos, estatura de 170±4,79 cm, peso de 65,5±8,35 kg e VO 2máx de 57,86±3,62 ml/kg.min. Na figura 1 são apresentados os resultados da média e desvio padrão da frequência cardíaca do limiar anaeróbico (FC Lan ) nos diferentes métodos de análise. A FC obtida no do D máx (MT est ) foi 159±14,54 e no teste ergoespirométrico foi de 170±11,41. Não foram encontradas diferenças significativas na FC obtidos através dos dois métodos (p<0,05). Figura 1 Média e Desvio Padrão da Frequência cardíaca do limiar anaeróbico (FC Lan ), segundo o calculado no teste de laboratório e o método Macedo Test (MT est ). Fonte: Autoria Própria (2011) Os dois testes apresentaram alta correlação (r=0,71). Na Figura 2 estão apresentadas a frequência cardíaca do limiar anaeróbico no MT est e no teste ergoespirométrico.. Figura 2 Frequência Cardíaca do limiar anaeróbico (FCLan) obtida no MT est e no teste de laboratório Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2012. Vol.2/n. 1/ p. 64-73 69

Fonte: Autoria Própria (2011) O presente estudo demonstra que a FC Lan no MT est apresentou correlação com o limiar anaeróbico mensurado no teste ergoespirométrico. Além disso, não existe diferença significativa entre os dois métodos. Da mesma forma, Conconi et al (5) determinou o limiar anaeróbico em cicloergômetro, com o método não invasivo de análise visual do PDFC e encontraram boa correlação com o obtido na ergoespirometria. Contudo, a análise visual necessita de três investigadores experientes e treinados para identificar a deflexão da curva. Devido a essa subjetividade do método, na pesquisa de Lucia et al. (15) não foi encontrado o PDFC em todos os sujeitos avaliados utilizando o método de análise do Conconi Test. Em Mikulic et al. (16) avaliando remadores em um ergômetro específico para essa modalidade com um protocolo progressivo de carga, detectaram correlação do PDFC com o limiar ventilatório, entretanto, como foi aplicado método visual, os investigadores não encontraram a deflexão da curva em todos os atletas. Isso pode ter ocorrido pela utilização de protocolos diferentes do proposto por Conconi et al. (5), o qual utiliza o incremento de carga a cada 5 batimentos por minuto (bpm). Assim, este estudo buscou outro método que não fosse subjetivo e que permitisse a identificação do PDFC em qualquer protocolo. Para isso, o método MT est é baseado numa fórmula matemática também utilizada por Cheng et al. (4) e Kara et al. (11) para identificação da deflexão da curva e correlacionar com o limiar anaeróbico. O primeiro utilizou o procedimento citado acima como análise da curva de lactato em um teste no cicloergômetro e comparou com a ergoespirometria, nos quais encontrou boa correlação Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2012. Vol.2/n. 1/ p. 64-73 70

entre a deflexão da curva de lactato e o limiar anaeróbico. Enquanto na pesquisa de Kara et al. (11), os autores compararam o método de análise visual e o D máx na curva de freqüência cardíaca num teste no cicloergômetro, nos quais não identificaram a deflexão da curva em 9 sujeitos de 32 avaliados pelo método visual, o mesmo não ocorreu no D máx. Outra diferença na avaliação do PDFC é a utilização de monitores de freqüência cardíaca portáteis, em detrimento do eletrocardiograma. Isso permite a análise da FC em testes específicos de campo, além de ser mais viável e de baixo custo. O MTest demonstrou nesta pesquisa sua aplicabilidade para estimar o limiar anaeróbico de atletas de futsal, mesmo sendo um teste de campo. Quanto à especificidade, ele se aproxima da realidade do jogo, fato esse, que não ocorre no teste de laboratório. Dessa forma, Krustrup et al. (12) para validar um teste intermitente em atletas de futebol com o objetivo de estimar o VO 2máx, comparou essa variável fisiológica com o Shuttle Run-20m (LEGER e LAMBERT, 1982), além de identificar se o YO-YO intermitent recovery test era um teste verdadeiramente máximo, para isso mensurou a concentração de lactato sanguíneo dos atletas. Mas também, Castagna e Barbero-Alvarez (3) comparam as demandas fisiológicas VO 2máx, concentração de lactato sanguíneo e FC máxima do FIET (Futsal Intermitent Endurance Test) e do teste na esteira. O primeiro é controlado por sinais sonoros que aumentam progressivamente sua freqüência, aumentando a velocidade de execução até a exaustão do atleta. O teste mostrou correlação nas variáveis de VO 2máx, e na concentração de lactato sanguíneo com o teste em esteira no laboratório. Na mesma linha Fabre et al. (8) comparou a identificação do ponto PDFC num teste de campo para esqui cross-country com a análise de ergoespirometria no laboratório, logo ele encontrou relação entre os testes de campo e de laboratório para análise da FC do segundo limiar anaeróbico. Quanto a isso, há controvérsias se o PDFC é referente ao limiar anaeróbico ou ao segundo limiar ventilatório, como Galloti e Carminatti (10) que utilizaram o Dmáx e o visual para estimar o segundo limiar ventilatório em um teste intermitente com incremento de carga baseado no aumento da freqüência de sinais sonoros. Por outro lado, Çelik et al. (18) identificaram o limiar anaeróbico numa pesquisa para adaptar o protocolo do Conconi Test para remadores, no qual identificou a deflexão da curva de FC e da concentração de lactato sanguíneo. Em adendo, Debray e Dey (7) encontraram correlação do PDFC com o limiar anaeróbico num teste progressivo em ergômetro para crianças de 10 a 14 anos. Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2012. Vol.2/n. 1/ p. 64-73 71

Visto isso, essas diferenças ocorrem devido à aplicação de diferentes protocolos e grupos avaliados, além da nomenclatura não ser unânime na comunidade científica. 4. Conclusões O presente estudo confirma a utilidade do MT est, pois apresentou correlação e nenhuma diferença significativa entre o PDFC encontrado no MT est com o limiar anaeróbico medido no teste ergoespirométrico. Dessa forma, estes dados sugerem que os preparadores físicos do Futsal podem prescrever a intensidade do treinamento o mais próximo da realidade do jogo utilizando o MT est. 5. Referências Bibliográficas BARBERO ALVAREZ J.C, ANDRIN, G. Desarrollo y aplicación de um nuevo test de campo para valorar la resistência especifica en jugadores de futbol sala: TREIF (test de resistência especifica intermitente para futsal). Lecturas em Educación Física y Deportes Revista Digital. Disponível em http://www.efdeportes.com, acesso em 20/04/2011, n. 89, oct, 2005. CARMINATTI, L.J.C. et al. Aptidão Aeróbia em Esportes Intermitentes - Evidências de validade de constructo e resultados em teste progressivo com pausas. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício. Rio de Janeiro. Sprint. v. 3, n. 1, p. 120-120, mar, 2004. CASTAGNA C; BARBERO ALVAREZ JC. Physiological demands of na intermittent futsaloriented high-intensity test. Journal of Strength and Conditioning Research. 24: 1-8, 2010. CHENG, B. et al. A nem approach for determination of ventilatory and lactate threshold. International Journal of Sports Medicine 7: 518-22, 1992. CONCONI, F. et al. Determination of the anaerobic threshold by a noninvasive field test in runners. Journal of Applied Physiology. v. 4, n. 52, p. 869-73, apr, 1982. DA-ROSA R.F., CARMINATTI L.J.C., GIUSTINA R.D., et al. Ponto de deflexão da frequência cardíaca obtida no teste de resistência específica intermitente de futsal (TREIF). Lecturas em Educación Física y Deportes Revista Digital. Disponível em www.efdeportes.com, acesso em 19/03/2010. v. 13, n. 122, jul., 2008. DEBRAY, P.; DEY, S.K. A comparison of the point of deflection from linearity of heart rate and the ventilatory threshold in the determination of the anaerobic threshold in indian boys. Journal of Physiological Anthropology, v. 26, n. 1, 31-6, 2007. Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2012. Vol.2/n. 1/ p. 64-73 72

FABRE, N. et al. Comparison of heart rate deflection and ventilatory threshold during a field crosscountry roller-skiing test. Journal of Strength and Conditioning Research, v. 22, n. 6, p. 1977-84, nov. 2008. FERREIRA, A.P. Composição corporal, limiar anaeróbico e consumo de oxigênio de atletas de futsal: Análise descritiva entre as posições. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v. 16, p. 41-9, 2008. GALLOTTI, F.M.; CARMINATTI, L.J. Variáveis identificadas em testes progressivos intermitentes. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.2, n.7, p.01-17. jan-fev. 2008. KARA, M. et al. Determination of the heart rate deflexion point by the Dmáx point. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness. v. 36, n. 1, p. 31-4, mar, 1996. KRUSTRUP, P. et al. The Yo-Yo IR2 Test: Physiological Response, Reliability, and Application to Elite Soccer. Medicine and Science in sports and Exercise, v. 38, n. 9, p. 1666-73, set., 2006. LEAL JUNIOR, E.C.P. et al. Estudo comparativo do consumo de oxigênio e limiar anaeróbio em um teste de esforço progressivo entre atletas profissionais de futebol e futsal. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 12, n. 6, nov-dez, 2006. LÉGER, L.A.; LAMBERT, J. A maximal multistage 20-m shuttle run test to predict VO 2máx. European Journal of Applied Physiology. v. 49, n. 1, p. 1-12, 1982. LUCÍA, A. et al. Heart dimensions may influence the occurrence of the heart rate deflection point in highly trained cyclists. British Journal of Sports Médicine, v.33, p. 387-92, 1999. MIKULIC P. et al. Strong relationship between heart rate deflection point and ventilatory threshold in trained rowers. Journal of Strength and Conditioning Research. 2: 360-6, 2009. SOARES, BH.; TOURINHO FILHO, H. Análise da distância e intensidade dos deslocamentos, numa partida de futsal, nas diferentes posições de jogo. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 20, n. 2, p. 93-101, abr-jun, 2006. ÇELIK, O. et al. Reliability and validity of the modified Conconi test on concept II rowing ergometers. Journal of Strength and Conditioning Research, v. 19, n. 4, p. 871-77, 2005. Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2012. Vol.2/n. 1/ p. 64-73 73