Unidos, médicos lutam por seus direitos



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Transcrição:

Edição 03 DEZEMBRO 2012 Unidos, médicos lutam por seus direitos

Índice Índice Remuneração justa e condições de trabalho dignas para solucionar a falta de médicos 6 Fim da terceirização nos CMUM s de Curitiba 7 FEAES reconhece erro e paga repouso remunerado em folha complementar 8 Usuários reclamam da falta de médicos no CMUM s 9 SIMEPAR pede direito de resposta à emissora de TV 10 SIMEPAR alerta para crescente violência em unidades de saúde 11 Hospital Evangélico de Curitiba passa por situação preocupante 12 Médicos de planos de saúde param de atender conveniados 16 CPI vai investigar planos de saúde 20 Médicos cobram da ANS transparência nos dados dos planos de saúde 22 Entidades repudiam redução de salários dos médicos públicos 24 Um balizador para a dignidade médica 30 SIMEPAR apresentou pauta dos médicos a candidatos a prefeitos de Curitiba 33 Residentes de oftalmologia do HC também sofrem com falta de estrutura e sucateamento dos hospitais federais 34 SIMEPAR estreia na TV 36 SIMEPAR entra com ações contra operadoras 37 SIMEPAR integra Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS 38 Encontro debateu problemas da medicina no país 40 Iniciativa já coletou 60 mil assinaturas no Paraná 44 Embaixador da Palestina diz que médicos brasileiros são exemplos para o mundo 46 Novo presidente ressalta luta dos médicos em defesa da saúde 50 FENAM integra Comitê pelo Estado da Palestina 53 Campanha da Fraternidade em Defesa da Saúde Pública 54 Comissão de Educação aprova projeto do Ato Médico 56 Fórum Ibero-Americano de Entidades Médicas aborda temas polêmicos 58 Maioria dos recém-formados em Medicina reprova em exame 62 Plano de Previdência do SIMEPAR 65 Entra em vigor lei que torna crime exigir cheque-caução 66 Mural 67 12 16 24 46 2 3

Expediente Editorial Editorial Conselho Editorial Mario Antonio Ferrari José Ferreira Lopes Claudia Paola Carrasco Aguiar Jornalista responsável Ana Maria Ferrarini anamariaferrarini@gmail.com MTB-PR 1172 Fotografia Simepar Divulgação Banco de imagens Redação Ana Maria Ferrarini Assessoria de Imprensa Contato Rua Coronel Joaquim Sarmento, 177 Bom Retiro - 80.520-230 Curitiba-PR Fone/Fax - 055 41 3338-8713 Projeto Gráfico/ Editoração Marcelo Menezes Vianna marcelo@mmvestudio.com.br Distribuição digital via email As opiniões expressas em matérias ou artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Diretoria Executiva: Presidente: Mario Antonio Ferrari Vice-Presidente: Murilo Rubens Schaefer Secretario Geral: Darley Rugeri Wollmann Junior Primeiro Secretário: Sidon Mendes de Oliveira Segundo Secretário: José Valêncio Maciel de Almeida Primeiro Tesoureiro: Marlus Volney de Morais Segundo Tesoureiro: Claudia Paola Carrasco Aguilar Diretoria Adjunta: Ademir Antonio Rau Brasil Vianna Neto Chil Korper Zunsztern Julio César Lobo Paulo Francisco Coelho Soares Artur Rubens Cunha Schaefer Carlos Luiz Nascimento Denise Rossi Fausto Rohnelt Durante Fernando Geraldo Demario José Antonio Caldeira Liesse Chicre Melim Abou-Rejaile Marcos da Silva Gomes Lafayete Barbosa Ramos Mauricio Norberto Friedrich Jordan Zanetti Silva Sérgio Kazuo Akiyoshi Adriano Massuda Lorena Hauer Reichert Irvando Luiz Carula Conselho fiscal: Efetivos: Ademar de Almeida Santos Filho Emilio Rintaro Suzuki Pedro Lewiski. Suplentes: Diógenes Ribeiro de Lima Patrícia Silva Gisele Percegona. Diretores Regionais: Apucarana Carlos Alberto Gebrim Preto Cambará Fabio Chaves Leite Campo Mourão Iolanda Taira Kashiwagi Campo Mourão Roosevelt Diretoria do SIMEPAR Gonçalves Virginio Campo Mourão Marcelo Taira Kashiwagi Cascavel Eurípedes Paracchini Cascavel Osmar Copi Cascavel Ana Maria Kerr Saraiva Szymanski Castro Matilvani Moreira Cianorte Juscélio de Andrade Colombo Luiz Ascanio Luvisotto Foz do Iguaçu Nilson Jorge de Mattos Pelegrini Francisco Beltrão Eduardo Katsusi Toshimitsu Francisco Beltrão Leonardo Sombra Aranha Guarapuava Abrão José Melhem Junior Irati José Maria Davaus Pulido Jacarezinho Nilton José de Souza Londrina José Carlos Cortellassi Matinhos Lucia Maria Fagundes Sibut Paranaguá Maurílio dos Santos Paranavaí Bartolomeu Peres Silva Paranavaí Rubens Costa Monteiro Filho Pinhais Jorge Hamilton Pruss Pinhais Agostinho Bueno Caixeta Ponta Grossa Manoel Claro Alves Filho Ponta Grossa Swami Salgado Wanderley Junior Santo Antônio da Platina Jorge Cendon Garrido Santo Antônio da Platina Helio Renato Lechinewski Siqueira Campos Celso Aparecido Gomes de Oliveira São José dos Pinhais Jiris Rezende Abou Rejaile Delegados Federativos: Efetivos: Mario Antonio Ferrari Darley Rugeri Wolmann Junior. Suplentes: José Carlos Cortellassi Wilson Wilhelm Batista Obs: os diretores: Wanderley Silva, José Ferreira Lopes estão licenciados. Editorial2 012 foi um ano cheio de desafios. Para o SIMEPAR, para a saúde de Curitiba e profissionais da área no Paraná foi um ano muito importante. Conseguimos por fim à terceirização dos médicos nos Centros Municipais de Urgências Médicas de Curitiba. Também aconteceu a primeira greve dos médicos do Hospital de Clínicas da UFPR em toda sua história. E ainda foi mais um ano de lutas e mobilizações contra as operadoras de planos de saúde. Muitos desafios. Observamos que os médicos, desafiando o senso comum, se unem e se mobilizam quando é necessário defender a dignidade e a boa prática da medicina. Mesmo com todas as dificuldades, com o excesso de trabalho, com a agenda sempre cheia, os médicos e médicas do Paraná, cientes do seu papel, não vacilam quando a qualidade da saúde está ameaçada. Para 2013, planejamos uma intervenção consistente junto às prefeituras no sentido de implantar os Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos, que fixem os médicos no serviço público proporcionando qualidade no atendimento básico à saúde. Continuaremos lutando por uma carreira de estado para os médicos do SUS, que é a única maneira de resolver de vez a falta de médicos nos locais mais distantes e de difícil acesso nas cidades maiores. Em 2013, continuaremos denunciando e combatendo a precarização do trabalho médico, o exercício ilegal de medicina, os contratos injustos, as condições de trabalho inadequadas, o excesso de trabalho, a falta de medicamentos; enfim, tudo que põe em risco a boa prática da medicina e a saúde da população. Em 2013, tudo será diferente, mas será igual. As dificuldades antigas ou novas são sempre desafios, obstáculos nessa caminhada cheia de recomeços. As ações nas duas frentes do Sistema de Saúde continuarão. No serviço público a implantação da carreira de estado para os médicos. Na linha de frente da saúde suplementar a contratação coletiva com clausulas de reajuste, indexador de correção anual de honorários e procedimentos médicos, entre outras. Os desafios serão sempre cada vez maiores, mas a medida na nossa união será o tamanho da nossa força para superarmos todos os obstáculos rumo a uma sociedade mais justa e igual. Muita saúde, e um bom 2013 para todos! Boa leitura! 4 5

Remuneração justa e condições de trabalho dignas para solucionar a falta de médicos Crise nos CMUM S Durante 2012, o SIMEPAR acompanhou com preocupação os problemas de atendimento à população nos Centros Municipais de Urgências Médicas de Curitiba. Há cerca de oito anos, o SIMEPAR vem alertando às autoridades do Judiciário e os gestores municipais de saúde de que a contratação de profissionais médicos de maneira precária e com baixos salários resulta tragédia do desatendimento e abandono da população mais carente à própria sorte. Infelizmente, o alerta vem se concretizando. Basta prestar atenção nas matérias dos grandes órgãos da imprensa estadual. Quase que diariamente há notícias de demora no atendimento, pois há poucos médicos nas unidades. O fim da terceirização com a contratação de médicos por uma fundação estatal foi um passo rumo à resolução dos problemas, mas o SIMEPAR alertou à Prefeitura Municipal de Curitiba de que se o salário oferecido não fosse maior, haveria pouco interesse dos profissionais em participar do processo seletivo e trabalhar nos CMUM s. Há vários relatos de médicos que estão trabalhando em condições muito melhores em Curitiba e Região Metropolitana, com salários maiores, e condições de trabalho mais propícias ao bom exercício da medicina. Pois foi o que aconteceu. Neste ano, a FEAES (Fundação Estatal de Atenção Especial em Saúde de Curitiba) já realizou um processo seletivo normal e dois emergenciais, mesmo assim não conseguiu contratar médicos suficientes para suprir a demanda. O resultado disso são unidades 24 horas que muitas vezes deixam de prestar atendimento que não seja de urgência, e até chegam a fechar por horas por absoluta falta de médicos. A falta de médicos acaba por sobrecarregar aqueles que se propuseram a ocupar esses postos de trabalho. Como resultado, os médicos estão estressados e expostos à indignação da população que muitas vezes resulta em violência. Casos de agressões verbais e físicas aos profissionais de saúde são comuns nessas unidades. Por tudo isso, o SIMEPAR está novamente solicitando a intervenção do Ministério Público do Trabalho e da Justiça do Trabalho para que sejam retomadas as negociações, sob pena da tragédia do desatendimento se agravar, gerando sequelas ou mortes em cidadãos que pagam seus impostos e merecem atendimento de saúde digno. Vitória dos Médicos Fim da terceirização nos CMUM s de Curitiba Reajuste de 40% e o fim dos contratos de terceirização dos serviços médicos nos Centros Municipais de Urgências Médicas de Curitiba. As conquistas se concretizaram após um ano de mobilização de profissionais. O SIMEPAR acompanhou todas as ações e iniciativas, dando suporte jurídico a toda a causa. Cabe lembrar que após acordo parcial em agosto em 2011, que majorou o piso salarial dos médicos, novo acordo foi firmado em dezembro do mesmo ano, compreendendo um aumento de 28,9% em relação ao mínimo praticado até julho. Com o aumento, válido para janeiro, o valor mínimo da hora médica base nos CMUM s passa para R$ 38,00. Além disso, também a partir de janeiro os médicos passam a receber o valor de R$ 170,00 a título de auxílio alimentação, concomitantemente ao fornecimento de refeição do ambiente de trabalho. A terceirização dos médicos se encerrou em 30 de abril de 2012, quando o município passa a se responsabilizar pela contratação dos médicos dos CMUMs, por meio de uma Fundação Municipal, contratando os profissionais por meio de exame seletivo público realizado em fevereiro de 2012. Neste novo contexto, o SIMEPAR passou a lutar por novas condições de trabalho para a categoria, válidas para a nova gestão a ser assumida pela prefeitura. Firmou, então, com a Fundação Municipal acordo coletivo de trabalho garantido aos médicos novos direitos inexistentes até então. Dentre eles, destaca-se: piso de R$ 45,00 para a hora base (o que representa um aumento de 40% em relação ao mínimo praticado até julho/2011); adicional de hora-extra de 100%; adicional de insalubridade independentemente de perícia; 180 dias de licença gestante; licença gala e licença luto de 3 dias; licença de 5 dias por ano para curso; restrição à demissão, que agora deve ser sempre motivada; R$ 170,00 a título de auxílio alimentação concomitantemente ao fornecimento de refeição no ambiente de trabalho, dentre outros. Estes direitos são válidos desde 1º de maio de 2012, quando a Fundação Municipal passou a gerir os CMUMs. Além disso, o SIMEPAR obteve do município o compromisso de que a categoria estará presente na elaboração do plano de carreira dos médicos dos CMUMs. Com isso, após o encerramento do movimento grevista, o Sindicato fez um balanço positivo das negociações, não apenas com benefícios à categoria, mas uma melhora ao atendimento que deixa de ser terceirizado, representando uma grande vitória dos médicos e da população. A luta do SIMEPAR continua no próximo ano. 6 7

FEAES reconhece erro e Mais Uma Vitória Usuários reclamam Problema paga repouso remunerado em folha complementar Em maio de 2012, mais uma vitória foi comemorada pelo SIMEPAR. Os médicos dos Centros Municipais de Urgências Médicas - CMUM s receberam o pagamento de descanso semanal remunerado em folha completar. O pagamento que, após análise dos holerites referentes ao primeiro pagamento efetuado pela FEAES (Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba) aos médicos por ela contratados, constatou-se o não pagamento do descanso semanal remunerado (DSR). Após conversações entre o Sindicato e a FEAES, a Fundação concordou que houve equívoco e que seria corrigido mediante o pagamento da referida verba de direito, mediante expedição de holerite complementar. Assim, o pagamento do descanso semanal remunerado será efetuado pela Fundação até o final da próxima semana (até 18.05.12). O Sindicato dos Médicos comunica aos profissionais que laboram na Fundação Municipal de Saúde que continuará sua constante atuação em defesa dos diretos dos médicos, intervindo sempre que necessário à concretização de melhores condições de trabalho. O SIMEPAR permanece à disposição para sanar quaisquer dúvidas, bem como para receber reclamações e reivindicações de qualquer natureza, o que pode ser feito, inclusive, por correspondência eletrônica (e-mail). da falta de médicos no CMUM s Outro problema constatado pelo SIMEPAR com relação aos Centros Municipais de Urgências Médicas (CMUMs) diz respeito às reclamações de usuários em relação à falta de médico nas unidades. O problema teve início quando a responsabilidade passou para a Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde (Feaes). Chegou ao conhecimento do Sindicato que o autônomo Alan Nascimento, que buscou atendimento no Boqueirão, disse que os funcionários da recepção admitem a falta de médicos e mandam as pessoas embora. O garçom Claudemir Marques, que acompanhava um colega, procurou atendimento nos CMUMs Sítio Cercado e Pinheirinho, mas como estavam sem médicos, foram aconselhados a procurar a unidade da Fazendinha. De acordo com eles, esperaram 8 horas na fila. Na ocasião, uma das justificativas apresentadas por Matheos Chomatas, assessor especial de gestão da Prefeitura de Curitiba sobre o assunto foi que ocorreu um problema na folha de pagamento dos médicos, mas foi corrigido pela interferência do SIMEPAR. Não foi processado o descanso semanal remunerado, o que interferiu nos cálculos, explicou. 8 9

SIMEPAR pede Desrespeito SIMEPAR alerta para Segurança direito de resposta à emissora de TV A falta de médicos nos CMUM s pautou a imprensa local por vários meses. Diversas matérias mostrando a longa espera dos pacientes e familiares figuraram nos jornais, na internet, nas rádios e TVs locais. Houve até um caso de agressão a um atendente registrado pelas câmeras da RPC (rede Globo). No meio disso tudo, houve muito espaço para desinformação e houve quem tentasse por a culpa nos próprios médicos. A Rede Massa veiculou uma matéria em que o apresentador chamou os médicos de gazeteiros, afirmando que estes recebem e não trabalham; enfim, culpa os médicos, pela longa espera dos pacientes por atendimento naquela unidade de saúde. A resposta foi dada em forma de entrevista, na qual um médico daquela unidade de saúde expôs a realidade do trabalho médico e também desmentiu as absurdas acusações feitas pelo apresentador do programa. Essa matéria foi veiculada no mesmo programa, no dia 20 de março. O SIMEPAR pediu direito de resposta e foi prontamente atendido. Os gestores municipais é que tentaram se explicar, mas não conseguiram. No fim, o apresentador se retratou, e ficou claro que os médicos dos CMUM s estavam, apesar de todas as dificuldades, tentando cumprir sua função. crescente violência em unidades de saúde 2012 foi marcado por muitas situações violentas contra médicos e profissionais que trabalham no sistema público de saúde, registrada em diversas regiões do estado. O SIMEPAR recebeu inúmeras denúncias e manifesta forte preocupação às repetidas notícias que relatam os casos. Segundo levantamento do SIMEPAR, os casos geralmente envolvem pacientes ou familiares que, em função da demora no atendimento, acabam agredindo os profissionais, que trabalham muitas vezes em condições precárias e com excesso de demanda por atendimento. O SIMEPAR lembra da notícia sobre a Dra. Luzinete Leite de Almeida, de 71 anos, que foi agredida por duas pacientes na Santa Casa de Cianorte. A situação causou espanto e repercutiu amplamente na imprensa, inclusive com reportagem na televisão. Mas este fato não isolado. Outro situação também chegou ao conhecimento do SIMEPAR. Os médicos e médicas que atendem nos Centros Municipais de Urgências Médicas de Curitiba vêm relatando casos de ameaças e agressões há vários anos. Em novembro de 2011, um caso de agressão contra uma atendente de um desses centros chegou a ser registrado em flagrante por uma emissora de TV. Mas a violência nas unidades de atendimento de saúde não é somente contra os profissionais que lá trabalham. O Sindicato também recebeu a informação de que na Santa Casa, em Cambé, um homem foi executado enquanto esperava o atendimento de um amigo que havia sido baleado em Londrina. Os bandidos tentaram invadir o pronto-socorro, assustando pacientes. Peritos da Criminalística contaram 22 projéteis em frente ao hospital. Em Curitiba, um guarda municipal de Curitiba foi baleado dentro da Unidade de Saúde 24 horas (CMUM) do Pinheirinho. Devido a esta triste realidade e para salvaguardar e proteger médicos e outros profissionais, o Sindicato solicitou às autoridades que seja disponibilizado policiamento constante nas unidades de saúde, em particular naquelas que fazem atendimento de emergência e funcionam 24 horas por dia. Os profissionais de saúde precisam de segurança e tranquilidade para que seu ofício seja executado. 10 11

Hospital Evangélico de Curitiba passa por situação preocupante Somente no mês de agosto foram realizadas no Sindicato 34 homologações de rescisões de médicos e médicas que trabalhavam naquele hospital. No total do mês, deveriam ter sido realizadas 41 homologações, mas, sete médicos não compareceram. Todas as rescisões foram na modalidade de dispensa sem justa causa. Praticamente, em todas as homologações, foram registradas ressalvas apontando que o salário pago durante o contrato de trabalho sempre foi inferior ao salário convencionado entre o SIMEPAR e o Sindicato patronal, apontando também, que a insalubridade nunca foi paga de acordo com os dispositivos legais, bem como, a falta do pagamento de auxílio alimentação, dentre outras. Diante dos fatos, o SIMEPAR alertou a Superintendência Regional do Trabalho, o Conselho Regional de Medicina, a Secretaria de Estado da Saúde, o Ministério Público do Trabalho, a Federação Nacional dos Médicos, entre outras entidades e órgão públicos; no sentido de que os profissionais e a sociedade sejam protegidos das consequências que a crise em uma instituição desse porte pode trazer. INTERFERÊNCIA JUDICIAL A Crise no Evangélico Durante a crise no Hospital Evangélico, foram realizadas audiências de três ações coletivas propostas pelo Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (SIMEPAR) contra a Sociedade Evangélica Beneficente e o Município de Curitiba. As ações pleiteiam o pagamento do auxílio alimentação, o pagamento de horas extras em plantões e multa por atraso no salário dos médicos. Na audiência, formalizou-se acordo para o pagamento do auxílio alimentação que será pago a partir de 15 de junho em duas parcelas. Nos próximos dias o Simepar entrará em contato com os médicos do Evangélico que laboravam nos CMUM s, a fim de orientar quanto ao recebimento do referido auxílio. NEGOCIAÇÃO O presidente do SIEMPAR, Mario Antonio Ferrari, recebeu Rogério Kampa, conselheiro e superintendente de Saúde da Sociedade Evangélica Beneficente, mantenedora do Hospital Evangélico de Curitiba. Também participou da reunião Jorge Bernardi, advogado e ex-vereador de Curitiba. Presidente do SIMEPAR, Mario Ferrari, recebeu Rogério Kampa, conselheiro e superintendente de Saúde da Sociedade Evangélica Beneficente, mantenedora do Hospital Evangélico de Curitiba, e Jorge Bernardi, advogado e ex-vereador de Curitiba. O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná viu com preocupação a situação do Hospital Evangélico, que dispensou médicos em grande. Esse fato vem sendo registrado desde o mês de maio e, para agravar a situação, o hospital não estaria cumprindo todas as obrigações sociais decorrentes das rescisões. A audiência foi solicitada pelo dirigente da SEB com o objetivo de apresentar as ações da nova direção da entidade no sentido de sanear as contas do Hospital Evangélico que vem passando por sérias dificuldades financeiras, causando inclusive atrasos nos salários dos médicos e demais trabalhadores. Kampa falou dos passivos existentes, mas informou que não estão havendo mais atrasos nos salários. Segundo ele, esta nova gestão assumiu a direção da SEB há cerca de quatro meses. Ferrari expôs a situação dos médicos e a intenção manifestada pelo corpo clínico de paralisar os atendimentos médicos, clínicos e cirúrgicos, considerados eletivos, tanto ambulatoriais quanto hospitalares, para forçar o pagamento dos salários atrasados. Kampa afirmou que os valores devidos aos médicos em 2012 representam cerca de R$ 12 13

2,5 milhões, e que o hospital se propõe a quitar esses valores nos próximos três meses: setembro, outubro e novembro. Os valores em atraso dos anos anteriores representariam cerca de novecentos mil reais e seriam quitados em seguida, dependendo da evolução do equilíbrio financeiro do hospital. Ele afirmou ainda que uma paralisação nos serviços médicos agravaria o problema financeiro e dificultaria ainda mais os pagamentos para os médicos. ACORDO Um acordo firmado sob a mediação do Ministério Público Estadual afastou a possibilidade de paralisação dos médicos do Hospital Evangélico, mas o cumprimento dos compromissos firmados será determinante para a possibilidade de paralisação não seja retomada. Esse é o resultado ainda inicial de uma série de reuniões e diligências mediadas pelo Procurador de Justiça Marco Antonio Teixeira, da Promotoria de Justiça de Proteção à Saúde Pública de Curitiba. Os médicos tinham decidido pela paralisação motivados pelo atraso no pagamento dos honorários e por condições de trabalho precárias com falta de medicamentos, insumos e mão de obra de apoio. O acordo firmado prevê o pagamento dos valores em atraso em parcelas, ao mesmo tempo que os débitos deverão ser detalhados para que os médicos tenham condições de saber exatamente quanto têm a receber. Além disso, a Sociedade Evangélico Beneficente se comprometeu a regularizar a obtenção de insumos para que seja garantida a boa prática da medicina. utilizados para o pagamento das verbas rescisórias dos médicos. DÉFICIT A Crise no Evangélico A Câmara Municipal recebeu representantes do Hospital Evangélico de Curitiba, que vieram à Casa falar sobre os trabalhos desenvolvidos pela entidade e sensibilizar os vereadores sobre a importância dos recursos destinados à organização via emendas parlamentares ao orçamento do município. De acordo com o diretor geral do hospital, Odair Braun, quase 60% de todas as urgências e emergências da capital e da região metropolitana são atendidas no Evangélico. Ele acrescentou que os salários dos médicos e enfermeiros estão em dia, mas revelou que o hospital padece da falta crônica de recursos. Nos últimos seis meses, acumulamos um déficit de R$ 260 milhões e a situação está cada dia mais difícil, disse. Braun ressaltou a tradição do hospital no tratamento de pessoas vítimas de queimaduras e também na área de transplantes. Somos referência no tratamento de queimados, com 33 leitos entre adultos e infantis. Além disso, somos o maior transplantador renal do estado. Nos últimos dez anos, fizemos mais de 1,3 mil transplantes, relatou. O diretor esclareceu ainda que, para manter a instituição funcionando, são necessários a ajuda e o apoio de entidades civis e governamentais. Segundo ele, nos próximos dias serão enviadas cartas aos gabinetes dos vereadores com informações mais detalhadas. Porém, para surpresa do SIMEPAR e dos médicos da comissão de negociação, a direção da SEB não enviou representantes para as duas audiências convocadas para o Ministério Público do Trabalho. Segundo o Procurador Regional do Trabalho, Alvacir Correa dos Santos, mesmo que o acordo firmado no MPE afaste a possibilidade de paralisação, existem questões relativas a situação funcional dos médicos que devem ser esclarecidas, pois está claro que existe uma relação de trabalho entre o Hospital e os Médicos. Entre as questões que devem ser esclarecidas estão o repasse das verbas do SUS referentes aos procedimentos médicos, repasse de DPVAT, e honorários de convênios. LUTA SINDICAL Em relação ao caso dos médicos do Hospital Evangélico de Curitiba, o Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (SIMEPAR) obteve em junho liminar determinando o bloqueio do saldo do convênio firmado entre o município de Curitiba e a Sociedade Beneficente Evangélica de Curitiba. A decisão, proferida pelo juiz do Trabalho Rafael Gustavo Palumbo, ressalta que as verbas rescisórias dos médicos deveriam ter sido pagas abril e que há o temor de que, em havendo o repasse, o Evangélico não utilize os valores para quitação da rescisão dos médicos. O Hospital Evangélico já havia descumprido decisão anterior que ordenava a apresentação dos TRCTs (Termos de Rescisão dos Contratos de Trabalho) e em audiência junto ao Ministério Público do Trabalho recusou-se a firmar acordo voltado a exibir tais documentos ou apresentar uma data para o pagamento.o dinheiro foi depositado em juízo pela prefeitura, até que o mérito seja julgado definitivamente. Na avaliação do magistrado, a ação se faz necessária diante possibilidade de os repasses não serem Diretor geral do Hospital Evangélico de Curitiba, Odair Braun 14 15

Médicos de planos de saúde param de atender conveniados Cartão Amarelo Foram paralisados os atendimentos a consultas e procedimentos eletivos de todas as operadoras que atuam no Estado, exceto Fundação Copel e Fundação Sanepar (que já negociaram termos e valores aceitos pela categoria) e as Unimeds (cuja negociação se dará no âmbito da assembleia dos cooperados). O atendimento de urgência e emergência não sofrerá nenhum tipo de alteração. O movimento de paralisação se fez necessário diante do insucesso das negociações individuais e coletivas com as operadoras de saúde e as entidades que a representam tendo e vista o reajuste dos valores pagos por consultas e procedimentos e a regularização dos contratos nos termos do que exigem o Código Civil e a Agência Nacional de Saúde (ANS), no que diz respeito a prazos, jornada de trabalho, cláusula de reajuste anual, entre outras questões. O movimento médico é nacional e 21 estados fizeram algum tipo de paralisação em outubro. No Paraná, conduzimos de forma diferente e, com apoio da Comissão de Defesa do Consumidor, tentamos evitar a paralisação até quando foi possível. Mas a comissão teve das operadoras as mesmas respostas que estamos recebendo a anos, de intransigência e má vontade para negociar. Enquanto as operadoras acumulam lucros volumosos, o médico, o principal agente deste serviço, só vê sua condição de trabalho piorando, e isso prejudica a qualidade do atendimento ao usuário, disse o presidente da Associação Médica do Paraná, João Carlos Baracho. O ano de 2012 foi marcado por várias intervenções dos médicos contra o desrespeito das operadoras de saúde. Um das mais importantes foi a suspensão por 15 dias que os médicos fizeram em relação a 43 operadoras de planos de saúde. A paralisação foi feita entre os dias 12 e 26 de novembro. Após acatarem apelo da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Paraná e suspenderem a paralisação por um mês, até que se finalizassem as negociações intermediadas pela comissão, a classe médica, diante das respostas insatisfatórias das operadoras, deliberou, na última quarta-feira, pela paralisação. O honorário médico está sendo utilizado como ferramenta de gestão das operadoras para aumentarem seus lucros. Com reajustes limitados pela ANS, as operadoras estão diminuindo gastos com o usuário e com o médico, limitando ou dificultando o acesso a exames e procedimentos, e achatando a remuneração dos profissionais, disse o presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná, Alexandre Gustavo Bley. A briga, que antes era de médicos com operadoras, ganhou, neste ano o apoio dos deputados, que são representantes do povo. Mas as operadoras trataram nossos parlamentares, ou seja, nosso povo, com o mesmo desrespeito que vêm tratando o médico em todos esses anos, reforçou. Para Darley Wollmann, secretário do SIMEPAR - Sindicato dos Médicos do Paraná, antes da tentativa de mediação pela Assembleia Legislativa do Paraná, as operadoras estavam desrespeitando os médicos e os usuários, agora ficou claro que elas não respeitam nem a Assembléia Legislativa, que aliás, instaurou uma CPI para investigar os planos. Vamos acompanhar a CPI e pressionar para que as operadoras de saúde sejam obrigadas a mudar sua postura para garantir atendimento médico de qualidade aos usuários. Durante os 15 dias de paralisação, os pacientes de médicos que aderirem o movimento serão procurados e informados da suspensão do atendimento e terão suas consultas e procedimentos reagendados para depois do dia 27 de novembro. AÇÕES JUDICIAIS DO SIMEPAR CONTRA AS OPERADORAS O SIMEPAR ajuizou no início de 2011 ações judiciais contra as operadoras de planos de saúde, uma para cada tipo de operadora: as de medicina de grupo, autogestão e seguradoras de saúde. As ações visam obter o reajuste dos honorários médicos tanto a ser pagos no futuro como os honorários dos últimos anos em que não houve rea- 16 17

juste. Estas ações estão em fases distintas, atualmente. A ação em face das operadoras de medicina de grupo está em trâmite no TRT-PR, aguardando o julgamento do recurso interposto pelas operadoras contra a sentença que julgou procedente a ação e condenou-as a aplicarem aos honorários dos médicos a inflação dos últimos cinco anos; bem como a pagar a diferença entre o valor efetivamente devido e aquele que vem sendo pago.tal sentença representa um marco na luta dos direitos dos médicos e a categoria nutre forte expectativa de que seja mantida TRT-PR. Nesta ação, são réus Amil, a antiga Clinihauer, Clinipam, Consaúde, Santa Casa, Saúde Plus, Uniclinicas e Evangélica Saúde de Londrina. Nas outras duas ações discute-se, ainda, a competência da Justiça do Trabalho para julgamento das ações. Ambas estão em fase recursal, tramitando junto ao TRT-PR, sendo que em uma delas o TRT determinou a remessa dos autos à Justiça Estadual. Não se trata de uma decisão desfavorável, já que não foi analisado o mérito da demanda (quem possui razão), mas apenas determinado que tal julgamento ocorra pela Justiça Estadual. Ainda assim, a discussão quanto a competência chegará, sem dúvida, ao TST. É bom lembrar, que ainda têm ações judiciais tramitando no Judiciário. Cartão Amarelo HONORÁRIOS MÉDICOS Foi publicada no dia 30 de setembro de 2011, a sentença da primeira Ação Civil Pública movida pelo Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná em face das operadoras de saúde de medicina de grupo (AMIL, Clinihauer, Clinipam, Consaúde, Paraná Clinicas, Proclin, Santa Casa de Curitiba, Saúde Plus, Uniclínicas e Evangélica de Londrina), em que se postulam reajustes dos honorários pagos aos médicos pelas consultas e demais procedimentos. A sentença do Juiz da 21ª Vara do Trabalho de Curitiba, Dr. Cassio Colombo Filho, prevê o reajuste retroativo dos honorários pagos nos últimos três anos, além da obrigatoriedade da inclusão de cláusula de reajuste anual de honorários em todos os contratos. Em sua fundamentação, o magistrado invoca o art. 421 do Código Civil (função social do contrato) e sustenta que a desvalorização da categoria médica, paulatinamente, causa o decréscimo da qualidade do serviço, pois o profissional desvalorizado não atua com a mesma disposição e, hoje, cada vez mais bons profissionais se desvinculam dos planos, afetando contundentemente setor da sociedade que depende dos planos para conseguir consultas e tratamentos. A questão envolve, assim, um interesse de toda a coletividade. Mario Antonio Ferrari, presidente do SIMEPAR, destacou que a decisão reflete o reconhecimento, pelo Poder Judiciário, da injustiça contratual cometida pelos planos de saúde com seus médicos credenciados. Para os advogados do SIMEPAR, Luiz Gustavo de Andrade, Luiz Fernando Zornig Filho e Ana Paula Pavelski, a sentença representa uma grande vitória para a categoria que vem há anos tentando obter reajuste nos seus honorários. São beneficiados pela decisão também os médicos que atendem por meio de pessoa jurídica. Os advogados ressaltam que contra esta primeira sentença ainda cabe recurso e que é provável que a discussão, agora, persista perante o TRT-PR. Recorda-se, por fim, que existem, em trâmite, outras duas ações contra as demais operadoras de planos de saúde (autogestão e seguradoras). CARTÃO AMARELO Os médicos em todo o Brasil promoveram no dia 25 de abril, quarta-feira, o Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde. Por todo o país os médicos realizaram atividades em protesto contra os baixos honorários e a interferência das operadoras na relação ética dos profissionais com seus pacientes. O SIMEPAR aproveitou a oportunidade para coletar assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular que determina o repasse de 10% da receita bruta da União para o Sistema Único de Saúde (SUS). Essa coleta de assinaturas é iniciativa do Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública. O Movimento está em busca de 1,5 milhão de assinaturas em apoio ao documento para que o projeto possa se configurar como de iniciativa popular no Congresso (veja matéria nesta edição). 18 19

CPI vai investigar No Legislativo planos de saúde A Assembleia Legislativa do Paraná acaba de instalar uma CPI para investigar e fiscalizar as empresas operadoras de planos de saúde. A comissão foi instituída em virtude de inúmeras denúncias publicadas nos meios de comunicação e que mostram o descumprimento de regulamentação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A CPI vai apurar irregularidades e propor mudanças. Os parlamentares também vão analisar a baixa remuneração dos médicos e trabalhar para melhorar o atendimento à população, reduzir filas e verificar os preços cobrados dos beneficiários. Integram a CPI dos Planos de Saúde os deputados Anibelli Neto e Luiz Eduardo Cheida (PMDB); Mauro Moraes (PSDB); Douglas Fabrício (PPS/PMN); Péricles de Mello (PT); Leonaldo Paranhos (PSB/PSC/PRB); Adelino Ribeiro (PP/PV/ PTB/PSL). Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, deputado Paranhos (PSC) CLASSE MÉDICA No dia 9 de outubro, o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, deputado Paranhos (PSC), parabenizou, durante pronunciamento os médicos do Paraná pela decisão de adiar a suspensão do atendimento aos pacientes dos planos de saúde e reforçou o compromisso de continuar buscando uma solução para o impasse entre a categoria e as empresas privadas. A decisão dos médicos paranaenses não é um gesto de fraqueza, pelo contrário, demonstra respeito ao ser humano, respeito ao paciente, que não merece ficar sem atendimento, reforçou Paranhos. Deputado Paranhos explica atuação da CPI Com dirigentes da Associação Médica e do Sindicato dos Médicos do Paraná presentes à sessão, o deputado Paranhos lembrou que desde o dia 13 de junho a Comissão de Defesa do Consumidor tem convocado as partes para discutir o tema e buscar uma solução para o impasse que envolve a baixa remuneração para os procedimentos médicos, falta de reajuste e descredenciamento de profissionais. Segundo o presidente da comissão, hoje está claro que as empresas não cumprem os contratos de trabalho, desrespeitam as normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e se recusam sistematicamente em negociar com a categoria, frisou o parlamentar. Paranhos enfatizou que a comissão voltará a notificar as operadoras para que respeitem os contratos e concluam de forma satisfatória as negociações. Se isso não acontecer vamos à Justiça para proteger o direito de consumo dos pacientes. Presidente do SIMEPAR, Mário Ferrari O presidente da Assembvleia LEgislativa do Paraná, deputado Valdir Rossoni, assina a instalação da CPI dos Planos de Saúde 20 21

Médicos cobram da ANS transparência nos dados dos planos de saúde As entidades médicas nacionais exigem da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) transparência nas informações sobre a cobertura assistencial oferecida pelos planos de saúde. Em documento a categoria pediu a urgente divulgação de dados como a quantidade e a distribuição geográfica dos leitos hospitalares e de UTI, laboratórios e médicos disponíveis. Para comprovar o desequilibro entre o crescimento da demanda no setor e a oferta dos serviços, os médicos também entregaram à agência reguladora uma série de reportagens, pesquisas e estudos que sugerem uma iminente crise na saúde suplementar. De acordo com Geraldo Ferreira, presidente da FENAM, a saúde suplementar teve seus objetivos desvirtuados em função do modo como os empresários do setor têm operado, ou seja, com foco no lucro e ignorando necessidades apontadas pelos pacientes e profissionais. Os problemas existentes se acumulam e comprometem, sobremaneira, a assistência oferecida aos cerca de 50 milhões de brasileiros que fazem uso dos serviços contratados, avalia. Acreditamos que a Agência, órgão responsável pelo acompanhamento e regulação do setor, deve repassar os dados que possui para a sociedade e se não os detiver deve tomar providências junto às empresas. Estes gestos seriam entendidos como compromisso da ANS com o interesse coletivo, sendo uma postura contrária injustificável diante do país, afirma Florentino Cardoso, presidente da AMB. Levando em conta que planos e seguros separam sua clientela e rede assistencial por produto (tipo de plano ou seguro) comercializado, as entidades médicas nacionais reivindicam o acesso às planilhas que consolidem a cobertura contratada. A ideia é resgatar, na perspectiva de uma série histórica, dados registrados desde a criação da ANS. Florentino Cardoso, presidente da AMB Entidades Na avaliação das entidades, com a estabilidade econômica e o aumento do poder aquisitivo da população, o volume de clientes dos planos e seguros de saúde cresce significativamente a cada ano. Por outro lado, inúmeros relatos levaram os médicos a questionar se as redes assistenciais (lista de médicos conveniados, leitos e laboratórios disponíveis) acompanharam essa evolução. Acesse http://portal.cfm.org.br/ images/stories/pdf/oficio3entidadesans26out.pdf para conhecer a íntegra do documento. Geraldo Ferreira, presidente da FENAM Além de permitir o controle social, a transparência sobre os dados da cobertura assistencial pode ajudar o paciente a decidir se ele contrata ou não um plano. Para os médicos, o acesso aos dados permitirá que ele avalie se o plano oferece infraestrutura e condições de trabalho suficientes para atendimento em uma determinada região, argumenta Roberto d Ávila, presidente do CFM. INSATISFAÇÃO GENERALIZADA Os médicos também entregaram à ANS um dossiê com reportagens, pesquisas e um estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) que sugerem o estrangulamento da rede assistencial oferecida pelos planos de saúde. Além dos relatos da imprensa, as recentes pesquisas realizadas pelo Instituto Datafolha, a pedido da Associação Paulista de Medicina (APM), confirmam a insatisfação entre os médicos que atendem os convênios e a população que faz uso destes planos. Roberto d Ávila, presidente do CFM 22 23

Entidades repudiam redução de salários dos médicos públicos Luta Contra a MP 568 O SIMEPAR - Sindicato dos Médicos do Estado do Paraná, ao lado da AMP - Associação Médica do Paraná e CRM - Conselho Regional de Medicina do Paraná repudiram a Medida Provisória nº 568/2012, do governo federal que pretendia, dentre outras disposições, diminuir os salários dos médicos servidores públicos. São mais de 48 mil profissionais. A medida, além não de atender a sua aplicabilidade na forma prevista pelo artigo 62 Constituição Federal, visava a alterar conquistas auferidas pelos médicos já consolidadas pelo tempo, o que lhes garante o direito adquirido e, o que é mais grave, quer diminuir salários e carga horária afeitos à legislação especifica. Na ocasião, os médicos federais do Paraná, na sua maioria servidores do Hospital de Clínicas da UFPR se mobilizaram como parte de um movimento nacional para barrar os efeitos maléficos da a MP 568 teria em suas carreiras. Como resultado da mobilização dos médicos em todo o país, a Medida Provisória foi alterada e a parte que prejudicava os médicos foi suprimida. Mas a luta dos médicos não terminou. 24 25

Luta Contra a MP 568 26 27

Luta Contra a MP 568 HOSPITAL DE CLÍNICAS No mês de maio, os médicos do Hospital de Clinicas de Curitiba fizeram uma paralisação de quatro dias em protesto à Medida Provisória número 568/2012 do governo federal. Essa medida interfere na remuneração dos médicos servidores públicos federais e desfigura também, a jornada de trabalho daqueles que integram o executivo. Médicos que têm hoje uma jornada de 20h/semanais no serviço público, ao ingressarem na carreira teriam que cumprir 40h/semanais pelo mesmo valor, ou seja, uma redução de 50% na remuneração. Os médicos do HC elegeram uma comissão para dar os encaminhamentos ao movimento. Essa comissão é presidida pelo Dr. Niazy Ramos Filho. Na manhã de segunda-feira, no início da paralisação, os médicos realizaram uma assembleia para discutir os detalhes da MP e os rumos do movimento, que entrou para a história por ter sido a primeira greve de médicos do HC. EBSERH A criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) -, um órgão público criado no ano passado pelo Ministério da Educação (MEC) para assumir a gestão de 46 hospitais universitários do país -, também é polêmica. A FENAM começou movimento contra a empresa. A entidade busca providência judicial diante da implementação da EBSERH. Juntamente com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) e o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN, a entidade médica quer defender a sociedade do que confronta os princípios constitucionais que norteiam a saúde pública. Resultante do processo de terceirização, a empresa é criticada por várias razões, principalmente devido à precarização e baixa qualidade nos serviços prestados à população. UFPR O Conselho Universitário da Universidade Federal do Paraná (UFPR) passou a estudar a entrada do Hospital de Clínicas (HC) na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EB- SERH). A iniciativa faz parte do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF). A UFPR se manifestou contrária à proposta, posição que também é defendida pelos sindicatos que representam os funcionários do hospital. A adesão à EBSERH vem dividindo opiniões em universidades do Brasil desde abril, quando o governo apresentou a ideia. Com a vinculação à empresa, as universidades abrem mão da administração dos hospitais universitários e a gestão desses espaços fica por conta da empresa. A contratação dos funcionários passa a ser feita por meio de processos seletivos simplificados (nos dois primeiros anos) e concurso público, a partir desse prazo, segundo o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Por enquanto, dez universidades em oito estados já manifestaram a adesão à EBSERH, somando 17 hospitais universitários, mas as experiências, segundo Akel Sobrinho, não servem de parâmetro para a situação do HC. NA TV O Programa Medicina & Saúde discutiu a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. O programa foi apresentado pelo Darley Rugeri Wollmann Jr., secretário geral do SIMEPAR e teve a participação do Dr. Glauco Reggiani Mello e do Dr. Eduardo Ferreira Lourenço, ambos médicos servidores públicos federais do Hospital de Clínicas da UFPR. Reveja o programa acessando o link http://simepar.blogspot.com.br/2012/08/programa- -medicina-saude-do-simepar.html. 28 29

Um balizador para a dignidade médica É preciso respeitar o piso nacional dos médicos. O valor foi deliberado em 2007, durante o XI Encontro Nacional das Entidades Médicas ENEM, e surgiu da revisão da Lei nº 3.999, de 15 de dezembro de 1961, que já estipulava salário mínimo que deveria ser pago à classe. Um questionamento sobre o chegou ao SIMEPAR. A pergunta era sobre o que estava sendo feito em relação aos valores de remuneração para profissionais especialistas - 20 horas semanais para o provimento de vagas no Hospital Zilda Arns em Curitiba, tendo em vista que no referido processo seletivo o valor bruto da remuneração (CLT) é de R$ 3.600, 00, enquanto o valor do piso nacional é de R$ 9.813,00. De acordo com o SIMEPAR, o processo seletivo em questão é o da Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba, e as vagas são, em sua maioria, para substituir os médicos terceirizados que trabalham nos Centros Municipais de Urgências Médicas de Curitiba. Os contratos de terceirização encerram no fim de abril e a citada Fundação passará a se responsabilizar por esses contratos. O SIMEPAR esclarece que, em primeiro lugar, é preciso que fique claro o que é o chamado piso da FENAM. A fixação de um valor nacional de referência como piso salarial médico foi uma das deliberações do XI Encontro Nacional das Entidades Médicas ENEM, realizado em junho de 2007. O valor calculado em 2007 foi de R$ 7.000,00 para uma jornada de 20 horas semanais. Também ficou definido que a FENAM faria anualmente a atualização monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor INPC do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos DIEESE. Desde então, a FENAM divulga no começo de cada ano essa atualização. O valor para 2012 é de R$ 9.813,00. Esse valor serve como referência para orientar as negociações coletivas de trabalho nas bases dos sindicatos médicos de todo o país. É, portanto, uma bandeira de luta, um objetivo a ser alcançado, visto que a grande maioria dos médicos de todo o país recebe valores muito abaixo do piso defendido pelas entidades médicas. O Sindicato informa que na pauta de negociação para a próxima data-base salarial da classe, entre as 61 cláusulas há aquela que estabelece o piso para a negociação com as entidades patronais (hospitais, estabelecimentos de saúde e clínicas). O valor preconizado na pauta foi de R$ 9.813,00, justamente o piso da FENAM. Essa pauta é a base da Piso da Fenam negociação com os empregadores e, sua implantação depende do movimento médico. A médica Claudia Paola Carrasco Aguillar, diretora do SIMEPAR, participou do processo de construção da pauta as vitórias e as melhorias salariais são fruto da mobilização. De acordo com ela, se os médicos não se reunirem, se organizarem dentro e por meio do sindicato, não se alcança avanço nenhum. No movimento dos médicos dos CMUMs, por exemplo, que acabou com a terceirização vários colegas foram ameaçados, sofreram diversos tipos de pressão, dois colegas chegaram a ser demitidos como forma de perseguição, portanto não foi uma luta fácil. Sabemos bem que novas vitórias dependem do fortalecimento do SIMEPAR e da unidade dos médicos. Completou a Dra. Claudia. Atualmente, o projeto de Lei nº 3734/2008, de autoria do deputado Mauro Nazif, tramita na Câmara na tentativa de alterar o salário mínimo dos médicos e cirurgiões dentistas. EVOLUÇÃO DO PISO ANO VALOR HORAS SEMANAIS 2001 R$ 2.132,89 10 2002 R$ 2.132,89 10 2003 R$ 2.711,11 10 2004 R$ 2.947,24 10 2005 R$ 3.313,24 10 2006 R$ 3.353,33 10 2007 R$ 3.481,76 10* 2008 R$ 7.503,18 20 2009 R$ 8.239,24 20 2010 R$ 8.594,35 20 2011 R$ 9.188,22 20 2012 R$ 9.813,00 20 *até 2007 o valor do piso era calculado para uma jornada de 10 horas/semanais. Durante o X Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM), realizado em Brasília, ficou decidido que cálculo deveria ser feito baseado em uma jornada de 20 horas/semanais. A proposta foi feita pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco e aprovada pelos presentes no evento. 30 31

CONHEÇA A HISTÓRIA DO PISO NACIONAL DA FENAM O piso nacional FENAM, surgiu da revisão da Lei 3.999 - DE 15 DE DEZEMBRO DE 1961, que estipulava que o salário dos médicos deveria corresponder ao valor de três salários mínimos. Na época, o salário satisfazia as necessidades da população, diferente do que ocorre atualmente. De acordo com a Constituição Federal, o salário mínimo nacionalmente unificado deve ser capaz de atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e às de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social e deve ser reajustado periodicamente, de modo a preservar o poder aquisitivo. Em 1991, durante a gestão de Eurípedes Carvalho Balsanufo como presidente da FENAM, percebeu-se em conjunto com sindicatos médicos do Brasil a defasagem do salário mínimo para atender as demandas da sociedade e do profissional médico. Nascia ali, uma diretoria engajada na luta pela atualização desses valores. No ano de 1992, no governo de Itamar Franco, a FENAM passou a procurar deputados e senadores que pudessem abraçar a causa e revisar a lei existente. O projeto que tratava a matéria foi aprovado em todas as instâncias do Congresso Nacional, entretanto foi vetado pelo então presidente. Em seguida, foi reapresentado, novamente aprovado pela Câmara e Senado e vetado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Atualmente, o projeto de lei 3734/2008,de autoria do deputado Mauro Nazif, tramita na Câmara na tentativa de alterar o salário mínimo dos médicos e cirurgiões dentistas. O projeto também estabelece o valor de R$ 7 mil por quatro horas de trabalho diário ou 20 horas semanais, e reajuste da remuneração dos médicos anualmente. Já aprovado nas Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), a proposição aguarda parecer na Comissão de Finanças e Tributação (CFT). Mesmo com a lei ainda não aprovada, baseada no salário mínimo necessário para atender as necessidades de uma família, a FENAM calcula anualmente o piso nacional dos médicos que se tornou um referencial nas discussões e reivindicações da categoria médica. O valor atual de R$ 9.813,00 já é pago em situações pontuais de diferentes regiões do país, principalmente para especialidades onde se têm maior dificuldade de se conseguir médicos. O piso é uma bandeira de luta que o médico tem em suas mãos, e é resultante da atualização monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acumulado em 2011, em 6,08%, e foi apoiado nas deliberações do XI ENEM (Encontro Nacional das Entidades Médicas). Eleições Municipais SIMEPAR apresentou pauta dos médicos a candidatos a prefeitos de Curitiba O SIMEPAR apresentou uma pauta de reivindicações dos médicos para os candidatos a prefeito de Curitiba, estendendo a mesma para os prefeitos eleitos de todo o estado. Conheça os detalhes do documento, composto pela pauta de reivindicação dos médicos e por bandeiras gerais de melhoria da saúde pública. CONFIRA A SEGUIR OS 16 PONTOS DO DOCUMENTO: 1. Aplicação de mais que os 15% constitucionais em ações efetivas de saúde pública, sem a consideração de gastos em outras áreas, como programas sociais, saneamento básico e outros como sendo investimentos em saúde; 2. Participação do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná nas discussões sobre políticas públicas de saúde e ações de combate a endemias ou epidemias; 3. Vacinação Universal contra a gripe e outras doenças que disponham de vacina eficaz; 4. Ampliação e organização do acesso, monitoramento e melhoria da qualidade da assistência de média e alta complexidade nos âmbitos ambulatorial e hospitalar. Ampliação do número de leitos hospitalares de modo a atender a demanda de usuários do Sistema Único de Saúde; 5. Desenvolver a Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente. Promover as ações de incentivo ao aleitamento materno. Ampliar as ações do Comitê Municipal de Mortalidade Infantil. Ampliar as ações do Programa de Crescimento e Desenvolvimento; 6. Fortalecer e desenvolver políticas de mais Atenção à Saúde da Mulher. Implementar os Centros de Atendimento à Mulher Adolescente; 7. Garantia de que a chefia de equipes de saúde seja exercida de acordo com o que estabelece a lei; 8. Instalação da mesa municipal permanente de negociação para os profissionais do trabalho no SUS em Curitiba; 9. Implantação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos para Médicos PCCV da FENAM, no âmbito da administração pública desse município; 10. Política de Educação em Saúde onde será definida a função de cada agente/profissional de saúde e, em especial, esclarecimentos amplos à população de como utilizar os recursos disponíveis; 11. Piso salarial da Federação Nacional dos Médicos (FENAM) para jornada de trabalho de 20 (vinte) horas semanais de R$ 9.813,00 (nove mil oitocentos e treze reais). 12. Fim da precarização do trabalho no SUS; 13. Remuneração dos médicos prestadores com base na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) atualizada; 14. Aposentadoria especial para os médicos e demais profissionais de saúde; 15. Criação de mecanismo de remuneração direta dos profissionais médicos pelos procedimentos realizados em convênio com o SUS; 16. Recolhimento da contribuição sindical dos médicos servidores públicos municipais em favor do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná. Agora, em 2013, o SIMEPAR irá retomar essa pauta apresentando-a a todos os prefeitos do estado. 32 33

Atendimento Os residentes e especializandos de oftalmologia do Hospital de Clínicas suspenderam a paralisação das atividades que iniciaria no dia 5 de dezembro. De acordo com o SIME- PAR, a diretora geral do Hospital de Clínicas, Heda Amarante, sinalizou com a possibilidade de um acordo. Os médicos aguardam uma posição do hospital a respeito de suas reivindicações. Caso isto não aconteça, os residentes deixarão de fazer os atendimentos ambulatoriais eletivos por tempo indeterminado. Em assembleia no SIMEPAR, os médicos residentes e especializandos reivindicam a realização de um número maior de cirurgias por estudante para garantir a qualidade na própria formação como especialistas. O número de cirurgias oftalmológicas preconizadas para os cursos de especialização credenciados pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) e MEC é de 50 cirurgias por ano para cada residente; mas, atualmente, esse número está abaixo de 20. Segundo os residentes, a manutenção do atendimento ambulatorial só faz aumentar a fila das cirurgias. Apenas estamos criando falsas expectativas em nossa população e onerando o sistema público com renovações de exames de pré-operatórios. Há pacientes com perda visual progressiva e irreversível visto a impossibilidade de tratamento cirúrgico, como por exemplo, glaucomatosos não controlados com o tratamento clínico. A cada dia sem cirurgia estes pacientes perdem um pouco mais da sua visão. Residentes de oftalmologia do HC também sofrem com falta de estrutura e sucateamento dos hospitais federais A assembleia realizada na sede do SIMEPAR foi presidida pela diretora Claudia Paola Aguilar e contou com a participação do presidente da FENAM, Geraldo Ferreira Filho que, na ocasião, estava em Curitiba participando do encontro nacional de comunicação das entidades médicas. Ferreira Filho parabenizou os residentes e especializandos pela mobilização por uma causa tão nobre, que é a garantia da qualidade do aprendizado e colocou a FENAM à disposição dos residentes. O SIMEPAR comunicou a paralisação ao Ministério Público, direção do Hospital de Clínicas e reitoria da UFPR, conselhos Federal e Regional de Medicina, Associação Brasileira e Paranaense de Oftalmologia, Comissão Estadual e Nacional de Residência Médica entre outras entidades e autoridades, e também buscou a negociação para que o problema seja resolvido o mais rápido possível. 34 35

SIMEPAR Medicina & Saúde SIMEPAR entra com Luta Sindical estreia na TV ações contra operadoras Está com ótima receptividade o Programa de TV Medicina & Saúde, que debate a saúde, a situação dos médicos e outros assuntos relacionados com a medicina. O programa vai ao ar todas as quintas-feiras, às 21h30, pelo canal CWB TV, que é uma emissora comunitária transmitida pela NET no canal 05 e pela TVA no canal 72. Acompanhe os programas no site http://simepar.blogspot.com.br. Pelo Youtube o Canal do SIMEPAR pode ser acessado em: http://www.youtube.com/user/simeparcom Um dos destaques da iniciativa foi o programa que abordou a adoção de crianças com AIDS. Entrevista com a advogada Aristéia Moares Rau, fundadora do MONACI- Movimento Nacional das Crianças Inadotáveis foi apresenta na segunda edição do programa. Acesse o link http://simepar.blogspot.com. br/2012/06/programa-medicina-saude-aborda-adocao.html e reveja a entrevista. O programa foi coordenado pelo médico Kleber Melo. Em novembro, o Moraes Rau (Alberto e Aristéia), fundadores do MONACI, reuniram a imprensa numa confraternização em sua residência para comemorar a filiação definitiva de seus dois novos filhos, Mateus (15) e Daniele (11), que se juntam aos seus dois filhos biológicos, Lucas (19) e André (14). A família comemorou o recebimento das certidões de nascimento dos dois novos filhos, após um período de muita luta pela celeridade nos processos de adoção, no Brasil. Na ocasião da confraternização, Aristéia declarou: Nossa luta vem ajudando a acelerar alguns processos de adoção. Hoje já colhemos alguns frutos, ao sabermos que algumas adoções foram concretizadas e também algumas mudanças no sistema começam a acontecer. É claro que outros movimentos também são permanentes, importantes e precisamos nos somar e nos fortalecer, principalmente, para solucionarmos os problemas de adoção, que são mais acentuados ainda, para os portadores de HIV. O SIMEPAR propôs, judicialmente, três ações coletivas contra as operadoras de planos de saúde, divididas em Medicinas de Grupo, Autogestão e Seguradoras de Saúde, com o fim de obter o reconhecimento do direito ao reajuste dos honorários médicos que atendem as operadoras. Estas ações se encontram em fases distintas, atualmente. A primeira delas, autos 37005-2010-041, encontra-se em trâmite junto ao TRT-PR, aguardando-se o julgamento do recurso interposto pelas operadoras de planos de saúde contra a sentença que julgou procedente a ação e condenou as operadoras a aplicarem aos honorários dos médicos a inflação dos últimos cinco anos, bem como a pagar a diferença entre o valor efetivamente devido e aquele que vem sendo pago pelas operadoras. Tal sentença representa um marco na luta dos direitos dos médicos e a categoria nutre forte expectativa de que seja mantida TRT-PR. Nesta ação, são réus Amil, a antiga Clinihauer, Clinipam, Consaúde, Santa Casa, Saúde Plus, Uniclinicas e Evangélica Saúde de Londrina. Nas outras duas (autos 123-2011-016 e 35282-2010-012), discute-se, ainda, a competência da Justiça do Trabalho para julgamento das ações. Ambas se encontram em fase recursal, tramitando junto ao TRT-PR, sendo que em uma delas o TRT determinou a remessa dos autos à Justiça Estadual. Não se trata de uma decisão desfavorável, já que não foi analisado o mérito da demanda (quem possui razão), mas apenas determinado que tal julgamento ocorra pela Justiça Estadual. A discussão quanto à competência chegará, sem dúvida, ao TST. Nestas duas ações são réus os seguintes planos de saúde, respectivamente: Sinamed, Sul Amércia, Paraná Assistência Médica, Nossa Saúde, Medtral, Caixa Econômica Federal, Marítima Saúde, Bradesco Saúde, Fundação Itaiguapy e Judicemed; e Saúde Itaú, Capesesp, Caapsml, Cassi, Conab, Correios, Embratel Assistência Saúde, Evangélico Saúde, Assef, Klabin, Sanepar, Petrobrás, Sesef, Fundação Itaipu e Copel, ressaltando que, em relação a esta última, realizou-se acordo, pelo qual a Copel reconheceu parte das pretensões, concedendo o reajuste aos médicos que prestam serviço ao plano de saúde vinculado aquela empresa estatal paranaense. 36 37

SIMEPAR integra Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS Integrantes da Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS. O SIMEPAR é representado pelo presidente, Mario Antonio Ferrari Demorou, mas agora é realidade. Depois de 12 anos foi instalada no dia 22 de agosto a Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS - um fórum de discussão vinculado ao Conselho Estadual de Saúde do Paraná (CES-PR) que mediará conflitos entre empregadores e empregados do Sistema Único de Saúde, ou seja, um espaço de diálogo sobre condições de trabalho e relações funcionais. REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES SindSaúde-PR Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Estaduais dos Serviços de Saúde e Previdência do Paraná Coren - Conselho Regional de Enfermagem do Paraná Simepar - Sindicato dos Médicos do Paraná Sindiprevs -Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Paraná CRM - Conselho Regional de Medicina do Paraná CRF- Conselho Regional de Farmácia Fesmuc - Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais Cutistas do Paraná CRMV- Conselho Regional de Medicina Veterinária CREFITO- Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional CRESS Conselho Regional de Serviço Social Secretaria de Estado da Saúde Secretaria de Estado da Administração e da Previdência Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral Núcleo Estadual do Ministério da Saúde Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná Negociação SUS De acordo com o presidente do SIMEPAR, Mario Antonio Ferrari, a Mesa Nacional de Negociação Permanente atende uma reivindicação histórica dos trabalhadores. Isso porque o entendimento é que a participação do trabalhador é entendida como fundamental direito de cidadania visando à construção coletiva de um plano de trabalho e agenda de prioridades. Prioridades que serão negociadas e pactuadas entre os participantes da mesa, na busca da melhoria da qualidade dos serviços de saúde e do fortalecimento do SUS, observa. O SIMEPAR é uma das entidades que integra a Mesa. A mesa estadual de negociação atende a uma diretriz nacional e foi instituída pela resolução 005/2012, do Conselho Estadual de Saúde. Segundo a presidente do CES- -PR, Joelma Carvalho, desde 2008 o conselho mantém uma comissão temática que tratava dos assuntos de recursos humanos, mas a partir de agora as discussões serão mais amplas, pois terão a participação de mais órgãos de interesse à saúde. O grupo se reúne mensalmente e segue o regimento interno aprovado pelo CES-PR. A mesa conta com 24 membros representantes de 17 instituições, entre órgãos estaduais e federal, conselhos e sindicatos de classe e representantes de empregadores. Além das questões trabalhistas, o grupo também se dedicará ao estímulo para criação de mesas municipais de negociação, o que ampliará ainda mais o alcance das discussões. O sistema decisório da mesa se baseia no consenso entre todos os integrantes. Se houver discordância de opiniões, as proposições serão encaminhadas ao Conselho Estadual de Saúde para deliberação. 38 39