Armando Meyer NESC/UFRJ
O que são? São substâncias químicas ou uma mistura líquida de substâncias químicas capazes de dissolver outro material de utilização industrial. Geralmente refere-se a compostos de natureza orgânica. Hidrocarbonetos
Propriedades fisico-quimicas Composição química diversa Propriedades comuns: líquidos (temperatura ambiente) Lipossolúveis grande volatilidade muitos inflamáveis, alguns são explosivos e produzem importantes efeitos tóxicos. Quanto maior peso molecular, maior a lipossolubilidade e menor volatilidade.
Principais grupos químicos Hidrocarbonetos alifáticos: Pentano. Hexano. Heptano. Decano. Hidrocarbonetos aromáticos: Benzeno. Tolueno. Orto-xileno. Meta-xileno. Para-xileno. Etilbenzeno. Estireno. Hidrocarbonetos alicíclicos: Ciclohexano. Meticiclohexano. Alfa-pireno. Hidrocarbonetos halogenados: Cloreto de metileno. Clorofórmio. Tetracloreto de carbono. 1,2-Dicloroetano. Tricloroetileno. 1,1,1- Tricloroetano. Tetracloroetileno. Freons.
Principais grupos químicos Éteres: 2 - Metóxietanol. Etóxietanol. Butóxietanol. p - Diocano. Álcoois: Metanol. Etanol. i - Propanol. n - Butanol. i - Butanol. Ésteres: Acetato de metila. Acetato de etila. Acetato de i - propila. Acetato de n - Butila. Acetato de i - Butila. Acetato de 2 - Etóxietila. Metacrilato de metila. Cetonas: Acetona. 2 - Butanina. 4 - Metil - 2 - Pentanona. 2 - Hexanona. Ciclohexanona.
Quem trabalha com solventes? Uso industrial Desengraxante Tricloroetileno, Cloreto de metileno Dissolver, diluir, dispersar compostos NÃO hidrossolúveis Tintas, vernizes, adesivos, pigmentos, toners, combustíveis, síntese química, produção medicamentos
Quem trabalha com solventes? Indústria Alimentícia: extração de azeites e graxas como o ciclohexano e o sulfeto de carbono. Indústria Siderúrgica: limpeza e desengraxamento de peças com tricloroetileno e cloreto de metileno. Refrigeração em processos de corte, com hidrocarbonetos alifáticos. Indústria de Calçados: como solventes de colas e pegas em misturo de hexanos. Indústria de Plásticos e Borracha: como solventes de matérias-primas e de transformação, p. ex. clorofôrmio, acetona, etc...
Quem trabalha com solventes? Indústria de Madeira: como solventes de lacas e vernizes, ex. terebentina, tolueno, etc... Indústria Cosmética: como dispersantes de álcool etílico, álcool isopropílico, clorofôrmio. Indústria Farmacêutica: em síntese de fórmulas. Indústria de Tintas: como diluentes para tolueno, acetatos, cetonas, etc...
Em que situação os trabalhadores são expostos a solventes? Ao vertê-los de um recipiente para outro Ao armazená-los Derrames e respingos Manipulação direta Manipulação de materiais que entraram em cotato com solventes Contaminação de roupas Fumar e beber no local de trabalho
Quais as principais vias de exposição do trabalhador? Pela via respiratória Principal via de exposição de trabalhadores a solventes orgânicos. Pela via dérmica - Devido à sua lipossolubilidade, os solventes são bem absorvidos pela pele. Contato direto com o solvente líquido ou com seus vapores. Pela via gastrintestinal - Ao comer ou fumar, o trabalhador pode ingerir pequenas quantidades de solventes que se encontram em suas mãos.
Fatores que influenciam a absorção pulmonar Atividade física aumento da ventilação pulmonar e do débito cardíaco Coeficiente partição Sangue:Ar
Fatores que influenciam a absorção pulmonar Coeficiente partição Sangue:Ar
Fatores que influenciam a absorção pulmonar Coeficiente partição Sangue:Ar
Intoxicação por solventes: Efeitos agudos A inalação de vapores de solventes resulta em sinais e sintomas decorrentes, principalmente, dos efeitos narcóticos dessas substâncias: Sonolência Enjôo Ausência de reflexos Cansaço Dificuldade de concentração Instabilidade emocional dor de cabeça Incoordenação Confusão mental Debilidade muscular.
Intoxicação por solventes: Efeitos crônicos Em uma intoxicação crônica podem aparecer alterações respiratórias, hepáticas, renais, hematológicas e neurológicas. Alguns solventes são genotóxicos e carcinogênicos. Ex.: Benzeno Produz alterações hematológicas (leucopenia) e aumenta o risco de desenvolver leucemias e linfomas
Classificação quanto a carcinogenecidade humana - IARC Grupo 1 O agente é carcinogênico ao homem. Neste grupo encontram-se os agentes para os quais existam evidências suficientes de carcinogenicidade em seres humanos ou agentes para os quais existam evidencias suficientes de carcinogenicidade em animais experimentais e fortes evidencias em seres humanos. Grupo 2A O agente é provavelmente carcinogênico ao homem. Evidencias limitadas sobre carcinogenicidade em seres humanos, mas evidencias suficientes de carcinogenicidade em animais experimentais. Grupo 2B O agente é possivelmente carcinogênico ao homem. Evidências sobre carcinogenicidade em seres humanos e animais experimentais são limitadas. Podem ainda constar agentes para os quais as evidências sobre carcinogenicidade em seres humanos são inadequadas, mas as evidências de carcinogenicidade em animais experimentais são suficientes. Grupo 3 O agente não pode ser classificado a carcinogenicidade ao homem. Neste grupo são classificados agentes para os quais as evidências sobre carcinogenicidade seres humanos e animais experimentais são inadequadas. Grupo 4 O agente provavelmente não carcinogênico ao homem. Neste grupo encontram-se agentes para os quais as evidências científicas sugerem ausências de carcinogenicidade em seres humanos e animais experimentais.
Classificação quanto a carcinogenecidade humana - IARC
Classificação quanto a carcinogenecidade humana - IARC
Classificação quanto a carcinogenecidade humana - IARC
Como monitorar a exposição de trabalhadores a solventes?
Como monitorar a exposição de trabalhadores a solventes?