CARMÓPOLIS DE MINAS-MG



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Transcrição:

CARMÓPOLIS DE MINAS-MG PLANO DECENAL DE EDUCAÇÃO 2006/2015 MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS DE MINAS ADMINISTRAÇÃO 2005 A 2008

Prefeito Municipal: Dr. Silas Faleiro Vice Prefeito: Eliseo Domingos de Souza Diretora Municipal de Educação e Cultura: Maria das Graças de Assis Câmara Municipal Presidente: Gilberto Rabelo Silveira Vice Presidente: João Evangelista Diniz Secretário: Ricardo Lúcio Camilo Vereadores: Antônio Pinto de Vasconcelos Carlos Roberto Ananias Dirceu da Silva Francisco de Assis Costa Renato Faleiro de Oliveira Sebastião Arcanjo de Góes

Plano Decenal de Educação Carmópolis de Minas ANO: 2005 ÓRGÃO PROPONENTE: Diretoria Municipal de Educação ENDEREÇO: Rua Coração de Jesus, 170 Telefax: (37) 3333-1377 / 3333-1378 e-mail: educacao@bol.com.br Coordenadora: Maria das Graças Assis Diretora Municipal de Educação e Cultura MEMBROS DA COMISSÃO: Ceci de Carvalho Vasconcelos Gilberto Rabelo Silveira Leila Rabelo Silva Luci Lebron de Oliveira Assis Maria Aparecida Santos Maria de Lourdes Costa Santos Maria do Carmo Silva Márcia de Lourdes Assis Venâncio Mônica Regina Barros

CARMÓPOLIS DE MINAS E SUA HISTÓRIA Reza a tradição ter o local, onde se ergue a sede do município de Carmópolis de Minas, recebido os primeiros brancos, portugueses e paulistas, em demanda ao sertão goiano, por volta do de 1.700. Prosseguindo em sua aventura, teriam estes brancos deixado alguns remanescentes, cuidando da lavoura, para garantirem o suprimento durante o regresso. Realmente, anos depois, ao voltarem, encontraram o lugar já desenvolvido, tendo-lhes sido servido até pão manufaturado com trigo do plantio local. Foi tamanha a surpresa e espanto dos viajantes, que teriam exclamado: Já há pão, o que dito rapidamente, resultou numa forma que se transformou em topônimo JAPÃO. Assim se explica o primitivo nome local. Em 1982, sendo Vice Presidente da Província de Minas, o Cel. Joaquim Camilo Teixeira da Mata, foi criada a freguesia do Japão, pela Lei Provincial nº 1.144, de Setembro de 1862. A freguesia recém criada abrangia as fazendas do Catucá e Água Preá, que se localizavam aquém da Serra do Quilombo, e se estendia por 24 km. no sentido leste/oeste, por 30 km. no sentido norte/sul e por 96 km. de circunferência. Este núcleo inicial do município que se chamava Japão de Oliveira,viria mais tarde a chamar-se Carmópolis de Minas. A Igreja Matriz teve sua Construção iniciada no ano de 1707, pelo Padre Domingos da Costa Guimarães e terminada pelo Pároco José da Costa Ribeiro. HISTÓRICO A Constituição da República de 1988 estabeleceu um planejamento específico para cada município, com o objetivo de implantar a universalização do ensino e uma educação de qualidade para todos. Em 1994 este município implantou seu primeiro plano decenal de educação para todos. Em janeiro de 2001 foi sancionada a lei nº 10.172 que estabelece o Plano Nacional de Educação e determina em seu artigo 2º que estados e municípios elaborem, em consonância com o nacional, planos estaduais e municipais para os próximos dez anos. Em atendimento a referida Legislação, Carmópolis deu início aos trabalhos de elaboração do plano, sob a coordenação da Secretária Municipal de Educação. Num primeiro passo, formamos uma comissão que foi designada pelo prefeito com a incumbência de coordenar a elaboração do plano municipal de educação que contou com a participação efetiva das seguintes entidades.. Diretoria Municipal de Educação;. Conselho Municipal de Educação;. Câmara Municipal de Vereadores;. Escola Estadual de Ensino Fundamental;. Escola Estadual de Ensino Médio;. APAE e Escola Especial Padre Vicente Assunção;. Conselho Municipal da Criança e Adolescente;

. Poder Executivo da Prefeitura. A primeira medida da comissão foi convocar o Conselho Municipal de Educação representantes do Ensino Superior, Câmara de Vereadores e as instituições de ensino público do município para mobilização da cidade no sentido de envolver maior número possível de segmentos da sociedade na discussão dos rumos da educação de Carmópolis para os últimos dez anos. Num segundo momento em uma reunião da comissão foram determinadas seis câmaras responsáveis pela elaboração dos objetivos, diagnósticos, metas e ações dos seguintes níveis de ensino:. Educação Especial;. Educação Infantil;. Ensino Fundamental;. Educação de jovens e adultos;. Ensino Médio;. Ensino Superior, Educação tecnológica e valorização dos profissionais da educação. Cada câmara reuniu com membros de seu segmento para discutirem metas, ações e até apresentação de prepostas para elaboração do plano. Foi marcada uma audiência pública no plenário da Câmara Municipal para o dia 07 de junho, quando seriam apresentadas propostas, fundamentais às necessidades e discutida soluções e consenso pela comissão responsável e representantes de diversos segmentos da sociedade envolvidas com a educação do município. Superfície Quadro Geral de Dados Fisiográficos O Território do município possui uma área de 396 Km2, equivalente a 3,63% da superfície total da micro região. Localização A sede do município de Carmópolis de Minas situa-se na interseção das coordenadas geográficas 20º32 30 de latitude sul e 44 58 06 de longitude oeste. O município limita-se ao norte com Itaguara; ao sul, com Oliveira; a leste, com Piracema e Passa Tempo; a Oeste, com Cláudio e Carmo da Mata. Divisão Políticoadministrativo e Regional Carmópolis de Minas está inserida nas seguintes regiões políticoadministrativas: Categoria Código Denominação Microrregião 191 Formiga Macrorregião 1 Metalúrgica e Campo das Vertentes Mesorregião 46 Centro-oeste Zona Geográfica 7 Campo das Vertentes Carmópolis pertence à Associação Mineira de Municípios - AMM

RELEVO, CLIMA,VEGETAÇÃO E HIDROGRAFIA Geologicamente,o município de Carmópolis de Minas apresenta-se em sua quase totalidade composto pelo Complexo Gnáissico-Mgmatíco, na qual predomina a biotitagnaisse, localmente migmático. No leste do município, ao longo do Rio Pará e dos ribeirões do Engenho, Mata, Paciência e do Curral, encontram-se depósitos de aluviões quaternários recentes e inconsolidados. Tem-se como recurso mineral conhecido no município, a argila. Geomorfologicamente, o município situa-se na área de transição do Planalto Dissecado do Alto Rio Grande para a Depressão São Franciscana. O relevo municipal, montanhoso, de altitude média entre 900 e 1.000 metros, apresenta as maiores elevações nos setores oeste-noroeste nas serras da Montoeira ou Laje (1.259 metros), Peão (1.119 metros), Barro Branco (1.092), do Palmital (1.091) e Canoa ou Cedro (1.014 metros), e sul-sudeste, nas serras do Pé-do-Morro (1.183 metros), do Ambrósio (1.062 metros), e do Ribeirão ( 1019 metros). A menor altitude (762 metros) situa-se no norte do município, no terraço do Rio Pará, próximo a localidade denominada Tocas. O clima que segundo a classificação de Koppen, e o Aw-tropical semi-úmido caracteriza-se por significativa regularidade térmica, registrando uma amplitude anual em torno 5ºC. A região de Carmópolis apresenta as seguintes características térmicas: Médias de Temperaturas (ºC) Mês mais quente (fevereiro) 23,5 Mês mais frio (julho) 18,5 Média das máximas 26,2 Média das mínimas 15,3 Máxima do mês mais quente 28,2 Mínima do mês mais frio 11,1 Anual 21,3 Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia/5º DISME. O índice pluviométrico anual é da ordem de 1.609 mm, sendo novembro, dezembro e janeiro, os meses mais chuvosos (precipitações médias de 283mm). Os meses mais secos, junho, julho e agosto, registram precipitações médias de 24mm. A primitiva cobertura vegetal de Carmópolis de Minas, a Floresta Tropical Subcaducifolia, que caracterizava a região, praticamente já não mais existe, por ter sido substituída principalmente por pastagem. Mantém-se preservada apenas em poucas áreas, nas encostas fluviais. Mesmo assim, em 1982, o aproveitamento florestal resultou na produção de 34870m³ de lenha, 434,5 toneladas de carvão e 4180m³ de madeira (EMATER). Atualmente predominam os cerrados e principalmente,os campos, que cobrem área mais extensas. A rede de drenagem municipal pertence a Bacia do Rio São Francisco, através do Rio Pará, seu tributário, que banha o município ao norte e nordeste, constituindo a divisa natural com Itaguara. Entre os municípios afluentes do rio Pará no município destacam-se o Ribeirão do Engenho, que constitui o limite com Oliveira, e os ribeirões Paciência (até o Ribeirão da Mata) e Curral Recreio, na divisa com o município de Passa-Tempo. Também são importantes os ribeirões do Japão Grande e Paiol ou Lava-pés e o córrego do bananal.

ASPECTOS ECONÔMICOS DE CARMÓPOLIS DE MINAS A economia do município baseia-se principalmente no setor de hortifrutigranjeiros e na agropecuária. Carmópolis destaca-se entre os principais produtores de tomates do Estado de Minas Gerais, com aproximadamente oito mil toneladas; além da cultura do tomate, destacamos também como produtores expressivos de abobrinha, pepinos, pimentão, jiló, e milho verde, além do café, milho, arroz, feijão e do leite. Na década de 90, passou-se a firmar-se no processo de Industrialização do município. A Prefeitura Municipal destinou a estas atividades uma área de 51 mil metros quadrados, às margens da Fernão Dias, onde instalado o Parque Industrial Jovelino Rabelo, dotado hoje de todas as obras de infraestrutura, com indústrias em pleno funcionamento. Entre elas destacar: a Metalúrgica Fercar, a Copobrás Descartáveis, a Gelocar Refrigeradores, além de indústrias de móveis, etc. Destacam-se ainda, em nosso município, vários estabelecimentos comerciais, incluindo supermercados, boutiques, padarias, lanchonetes, bares, açougues, farmácias, drogarias, floricultura, casa funerária, restaurante, barzinhos e outros. SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA Dentre os serviços de utilidade pública destacamos: - CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais) - TELEMAR; - SAAE (órgão vinculado à fundação SESP Serviço Estadual de Saúde Pública) - Serviço de Correios e Telégrafos; - Agência do Banco do Brasil S/A; - Agência do BANCOB; - Cadeia Pública e Delegacia de Polícia; - Cemitério Municipal; - Conselho Municipal; - Programa de Saúde da Família; - Santa Casa da Misericórdia; - Associação dos Vicentinos; - Sindicato dos Trabalhadores Rurais; - Creche D. Dinica e Dr. Odilon da Costa Paolinelli; - Vila Vicentina; - Emater; - IMA; - Ascincar; - em breve instalação da Comarca já criada.

DIAGNÓSTICO EDUCACIONAL DE CARMÓPOLIS DE MINAS MG DADOS GERAIS Quadro I. Carmópolis de Minas/MG População Estudantil 2005 1. Educação Infantil 2. Ensino Fundamental Rede Estadual 41 Rede Municipal 1.129 Rede Municipal 216 Rede Particular 56 Rede Particular 38 Rede Estadual 1.488 Total 295 Total 2.673 3. Educação Especial 4. Educação de Jovens e Adultos Rede Municipal 9 Rede Municipal 0 Rede Estadual 0 Rede Particular 0 Rede Particular (APAE) 63 Rede Estadual 38 Total 132 Total 38 Ensino Médio 6. Ensino Superior Rede Estadual 590 Rede Particular 11 Rede Particular 82 Total 601 Total 82 TOTAL GERAL DA POPULAÇÃO ESTUDANTIL POR REDE Rede Estadual 2.157 Rede Municipal 1.452 Rede Particular 187 Total Geral 3.796 FONTE: Censo 2005 Diretoria Municipal de Educação APAE

Região Distribuição das Escolas Públicas por Regiões Geográficas União de Endereço Ensino Rua/Número Bairro Oeste E. E. Lígia Beatriz Amaral Sudeste E. E. Pres. Tancredo Neves Central E. M. Américo Leite Norte E. M. Prof.ª Lygia Vaz de Oliveira Sul E. M. Prof.ª Conceição R. de Avelar Sul E. M. Prof.ª Conceição R. de Avelar Zona Rural E. M. Prof.ª Márcia Regina Santos Zona Rural E. M. José Flávio Batista Rua Maria de Lourdes Costa, 107 Rua Avelino Faleiro, 130 Bairro Amaral Bairro João Gonçalves Nível de Ensino Educação infantil Educação Especial Creche Pré Escolar Ensino Fundamental X Ensino Médio X X X Praça dos Passos, 33 Centro X X Praça Santo Antônio, 25 Bairro Sto. Antônio X X Rua Joviano dos Santos, 25 Bairro N. S. de Fátima X X Rua Joviano dos Santos, 25 Bairro N. S. de Fátima X Rua Newton Ferreira Pov. Bom Jardim das Pedras Rua Desidério Cordeiro, 701 Pov. Japão Grande X X Zona Rural E. M. Geni X X X

Costa Azevedo Zona Rural E. M. Newton Ferreira Leite Sudeste Creche Municipal Dona Dinica Zona Rural Creche Municipal Dr. Odilon Costa Paolinelli Região Sudeste Rua Prof. Paulo Bicalho Amorim, 45 Rua Newton Ferreira Leite Pov. São José Pov. Pé do Morro Bairro Cacimba Pov. Bom Jardim das Pedras Rede Privada e Filantrópica de Ensino Nível de Ensino Unidade de Rua/Número Bairro Educação Educação Ensino Ensino Ensino Ensino Especial Infantil Superior Fundamental Médio Núcleo Rua José Silveira Júnior, 45 Bairro Glória X X X Pedagógico Aprendiz Sudoeste APAE Rua Avelino Faleiro, 380 Bairro Cacimba X Norte UNIPAC Praça Sto. Antônio, 25 Bairro Santo Antônio X X X X X

Regionalização Funcional Regiões de Planejamento Unidade de Estruturação Territorial Urbana Região de Localização Bairros (ruas) Planejamento 1 Central Praça Nossa Senhora do Carmo; Praça dos Passos; Praça do Rosário; Praça 27 de Dezembro; Rua Coração de Jesus; Rua Luis Alves; Rua Américo Paolinelli; Rua Padre Francisco; Avenida Américo Leite; Rua Antenor de Castro; Rua Dr. Francisco Paolinelli; Rua Coração de Jesus; Rua Maria Cirilo; Rua Orides Pinheiro. 2 Sudeste Bairro Cacimba; Bairro São Gonçalves. 3 Leste Bairro Aparecida; Bairro Lava-Pés; Bairro Jardim América. 4 Nordeste Bairro Granja Santa Marta; Bairro São Francisco. 5 Norte Bairro Santo Antônio 6 Noroeste Bairro Cachoeirinha 7 Oeste Bairro Amaral; Bairro Bela Vista. 8 Sudoeste Bairro Glória; Bairro São José. 9 Sul Bairro Nossa Senhora de Fátima; Parque Industrial Jovelino Rabelo. Nível de Escolaridade da População, Segundo a Faixa Etária (2000) Faixas % DE Analfabetos % com menos de 4 anos de estudo % com menos de 8 anos de estudo % com menos de11 anos de estudo 7 a 10 6,97 - - - 11 a 2,14 21,25 - - 14 15 a 1,3 10,92 57,66-17 18 a 20 6,45 21,12 54,6 74,23

21 a 1,97 13,14 54,1 71,61 24 25 ou 13,86 39,48 80,53 87,54 mais FONTE: IBGE, Censo Demográfico de 2.000. OBJETIVOS E METAS Seguindo as orientações do Plano Nacional da Educação, a construção do Plano Decenal de Educação de Carmópolis de Minas terá como objetivo: 1- A elevação global do nível de escolaridade da população; 2- A melhoria da qualidade em todos os níveis de ensino; 3- A redução das desigualdades sociais no tocante ao acesso e a permanência com sucesso, na educação pública. 4- Democratização da gestão de ensino público nos estabelecimentos oficiais, com a participação da comunidade escolar e profissionais da educação em conselhos escolares e na elaboração de projetos políticos pedagógicos. Considerando que os recursos destinados a educação são limitados e que a extensão e qualidade da educação devem ser construídas constante e progressivamente, foram estabelecidas prioridades neste plano, cujas as ações devem ser realizadas independentemente da sequência abaixo apresentada: 1. Garantia do Ensino Fundamental obrigatório a todas as crianças de 6 a 14 anos. 2. Garantia de Ensino Fundamental a todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria ou não o concluíram. A erradicação do analfabetismo faz parte dessa prioridade. 3. Ampliação do atendimento da Educação Infantil. 4. Ampliação do atendimento no Ensino Médio e Superior em articulação com as esferas estadual e federal. 5. Valorização dos profissionais da educação com implantação de planos de carreira específicos dos profissionais da Educação. 6. Desenvolvimento de sistemas de informação e processo de avaliação sistêmica em todos os níveis e modalidades de ensino para subsidiar a gestão educacional e a melhoria da educação. DAIGNÓSTICO: EDUCAÇÃO INFANTIL A partir da vigência da Lei de Diretrizes e base da Educação LBV número 9394/96, a Educação Infantil ganha importância passando a desempenhar papel fundamental no conjunto da educação sendo reconhecida como necessária para o ensino aprendizagem do educando nas fases iniciais de alfabetização. Da década de 80 a infância passa a ser considerada como um compromisso político social e com a Constituição de 1988, inciso IV do artigo 208 afirma o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de (...) atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade. Com a inclusão da creche no capítulo da educação a Constituição explicita a função eminentemente educativa da mesma a qual se agregam as ações de cuidado. Com a promulgação da LDB na qual a Educação Infantil ganha destaque e passa a ser regulamentada em âmbito nacional, estadual e municipal, houve um grande avanço já que a nova lei estabilidade no atendimento nas creches e pré-escola.

De acordo com o 4º do capítulo III da Constituição Federal (Do Direito à Educação e do Dever de Educar) e a Seção II do Capítulo da Educação Básica tratam especificamente da Educação Infantil, nos seguintes termos: Art. 29 A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Art.30 - A Educação infantil será oferecida em: 1 Creches, ou entidades equivalente, para crianças de até três anos de idade: Préescolas para crianças de quatro a seis anos de idade. Art.31 Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção mesmo para o acesso ao ensino fundamental. A quase uma década da vigência da Lei de Diretrizes e Bases, podemos avaliar o quanto já se constituiu e se implementou, mas também o quanto ainda falta para alcançar plenamente os seus objetivos. Questões como financiamento, rede física, formação dos professores e gestão. A Educação infantil do nosso município teve início em 1964, ano em que se formou a primeira turma de Jardim da Infância de 6 anos. Em 1966 teve início a Educação Infantil de cinco anos. Ambas as turmas pertenciam à rede estadual. Atualmente as escolas municipais atendem 216 alunos e as escolas estaduais atendem 41 alunos da Educação infantil. O município conta ainda com duas creches, sendo a Creche Municipal Dona Dinica, na zona urbana, que atende em média 20 crianças de dois e três anos em horário integral e dez crianças de quatro a seis anos que permanecem na creche somente em um turno. Creche Municipal Dr. Odilon da Costa Paolinelli, na zona rural,que atende em média oito crianças de dois e três anos em horário integral e cinco crianças de dois e três anos em horário integral e cinco crianças de quatro a seis anos que permanecem na creche somente em um turno. As escolas públicas do nosso município não oferecem a educação infantil para crianças de 4 anos, somente uma escola particular oferece a educação infantil para esta faixa etária. A educação infantil pública no município precisa de mais investimentos em material pedagógico, na capacitação dos professores, na adaptação da rede física às necessidades dos alunos. Atualmente a rede municipal de ensino oferece educação infantil para crianças de cinco anos em três escolas da zona urbana que são: E. M. Américo Leite, E. M. Profª. Lygia Vaz de Oliveira e E. M. Profª. Conceição Rabelo de Avelar. Em duas escolas na zona rural: E. M. Profª. Márcia Regina Santos e E. M. José Flávio Batista.

DIAGNÓSTICO - As escolas que oferecem Educação Infantil da rede pública municipal precisam de reformas do espaço interno com iluminação, segurança, água potável, esgoto, instalações sanitárias para higiene pessoal das crianças, bem como ambiente externo para desenvolvimento das atividades conforme a metodologia da Educação Infantil, mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos. - A clientela atendida nas escolas públicas de Carmópolis estão na faixa etária de 4 (quatro ) anos, apesar de existir uma demanda considerável de crianças que procuram vagas na préescola. - Os Professores que lecionam na Educação Infantil são todos Habilitados no Curso de magistério. Muitos precisam de aperfeiçoamento e especialização própria para educação infantil. - As escolas de Educação Infantil e as creches recebem crianças portadoras de necessidades especiais e muitas apresentam problemas de audição, visão, etc. - As escolas com turmas de Educação Infantil necessitam do apoio de outras instituições não governamentais. - Os recursos financeiros para os gastos com a Educação Infantil são insuficientes para atender as necessidades básicas que exigem o desenvolvimento do ensino aprendizagem, especialmente para aquisição de material pedagógico. - A Creche Dona Dinica precisa de ampliações como: construção de banheiros, lavanderia, área coberta para recreação e aquisição de mobiliário. -A demanda de crianças que necessitam de assistência às creches cresce muito em Carmópolis devido a abertura de novas indústrias. - Apenas 2,5% da demanda das crianças de 0 a 3 anos foram atendidas nas creches do município no ano de 2003. OBJETIVOS E METAS - Elaborar, no prazo de 2 (dois) anos, os padrões mínimos de infra estrutura para o funcionamento instituições de Educação Infantil. - Assegurar ao longo de 5 (cinco) anos, o fornecimento de materiais pedagógicos adequados a faixa etária e as necessidades do trabalho educacional. - Ampliar a Educação Infantil de forma a atender, em cinco anos, a 50% da população de 4 (quatro) anos e 90% da população até o final da década. - A partir da vigência deste Plano somente admitir profissionais que possuam a titulação mínima de Ensino Médio, modalidade Normal, dando preferência à admissão de profissionais em curso específico de Nível Superior. - Identificar e qualificar a necessidade de pessoal especializado e capacitado a possibilitar a consecução dos objetivos e metas fixadas neste plano. - Implementar, anualmente, matriz de capacitação para os profissionais da Educação de acordo com as necessidades. - No prazo de um ano, articular as redes de ensino para estabelecer diretrizes. - Estabelecer parcerias para criações de serviços para diagnosticar as dificuldades (auditivas, visuais, lingüísticas e outras) de desenvolvimento da criança para realizar um trabalho preventivo, curativo e oferecer apoio adequado as crianças com necessidades educacionais especiais. - Estabelecer programas de orientação e apoio aos pais com filhos entre zero e cinco anos, ao longo de dez anos com a colaboração dos setores responsáveis pela saúde. Poder Judiciário. Assistência Social e de organizações não governamentais. - Promover debates com a sociedade civil sobre os direitos dos trabalhadores à assistência gratuita a seus filhos e dependentes em creches e pré-escolas, estabelecido no Art. 7º inciso XXV da Constituição Federal. - Articular um sistema de comunicação entre superintendência, secretaria municipal de educação da câmara para discussão e encaminhamento de ações voltadas para a Educação Infantil. - Promover programas, projetos e companhias em parcerias com órgãos públicos responsáveis pelas áreas de saúde,assistência social, esporte e cultura. - Ampliar os recursos financeiros disponíveis através de convênios r parcerias com órgãos governamentais e não governamentais. -As turmas de Educação Infantil de quatro e cinco anos deverão ser formadas com o máximo de 20 (vinte) alunos e mínimo de 15 (quinze) alunos. - No prazo de um ano, ampliar, reformar e adquirir novos mobiliários para a creche Dona Dinica. - Ampliar o número de vagas nas creches de modo que sejam atendidas num período de dois anos 30% da demanda e na década atender 80% da demanda. - Construir uma creche no bairro Santo Antônio para atender crescente demanda da comunidade, no prazo previsto de dois anos.

ATENDIMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL EM CARMÓPOLIS 2002 Modalidade Demanda Crianças Atendidas % Creche de 0 a 3 1.032 36 3,4 anos Pré-escola 4 a 5 512 364 71 anos Total 1.544 400 25,9 2003 Modalidade Demanda Crianças Atendidas % Creche de 0 a 3 1.054 30 2,8 anos Pré-escola de 4 a 5 494 347 70,2 anos Total 1.548 377 35,9 2004 Modalidade Demanda Crianças Atendidas % Creche de 0 a 3 1.082 28 2,5 anos Pré-escola de 4 a 5 489 208 42,5 anos Total 1.561 236 15,1 ATENDIMENTO À EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS NOS ÚLTIMOS 3 ANOS

ENSINO FUNDAMENTAL DIAGNÓSTICO De acordo com a Constituição Federal o Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito a todas as crianças em idade escolar e aquelas que não tiveram acesso na idade própria. Esta lei está sendo cumprida no Brasil e principalmente em Minas Gerais após a criação do FUNDEB, que fixa os recursos para o ensino fundamental. As vagas estão garantidas e os alunos freqüentando, más isto não basta, é preciso assegurar a permanência e o sucesso escolar. Portanto a qualidade tem que ser tratada coma quantidade. A evasão escolar tem sofrido uma redução em nosso município, especialmente nas séries iniciais, mas nas séries finais do Ensino Fundamental e ainda ocorre com índices consideráveis. O desafio do Ensino Fundamental está praticamente resolvido no Brasil, mas outros desafios permanecem. Segundo os dados estatísticos do Atlas da Educação a universalização do ensino fundamental de Carmópolis atingiu 99% graças, dentre outros fatores, ao planejamento conjunto entre estado e município. O grande desafio do Ensino Fundamental de Carmópolis é o de garantir a permanência e a conclusão do Ensino Fundamental no tempo certo e com qualidade. Dados do diagnóstico educacional de Carmópolis de1977 demonstram expressiva taxa de abandono, tanto nas séries iniciais quanto nas séries finais do Ensino Fundamental, especialmente na 8ª série gerando, num futuro bem próximo, uma demanda para EJA (Educação de Jovens e Adultos). Em 1998 as escolas do ensino de 1ª a 4ª Série viveram momentos de transição com a municipalização do ensino, houve nucleação de escolas, fusão e extinção de escolas rurais e adjunção de professores da rede estadual na municipal. Estes fatos deram origem a muitos conflitos e insatisfação tanto dos professores quanto dos pais e alunos, repercutindo no rendimento escolar do aluno e na qualidade do ensino. Outro problema oriundo da municipalização foi o aumento do transporte escolar que a cada dia consome grande parte dos recursos da educação destinada aos alunos do Ensino Fundamental, já que os recursos do PNATE são insuficientes para pagar o transporte dos alunos. Em 1999, as escolas municipais substituíram o ensino organizado por séries, por uma educação através dos ciclos de formação. As turmas passaram a ser organizadas considerando a idade do aluno, superando a divisão entre aprovados e reprovados. A idéia de reprovação é retirada dos currículos. No momento em que o aluno apresenta dificuldade, a solução é buscada pelos grupos de educadores, com atenção redobrada e as dificuldades são removidas em favor do educando. Nesse momento de transição, com objetivo de corrigir o fluxo escolar no Ensino Fundamental, houve condições de avanços dos alunos defasados adequando-se a idade ao ciclo de formação. Apesar das diferenças na forma de organização do ciclo, estado e município comungam a mesma diretriz, adotando nas escolas de Ensino Fundamental, objetivando: - respeitar o tempo e desenvolvimento do educando;

- aumentar o tempo para o processo de alfabetização; - construir o conhecimento tendo o educando como sujeito do processo; - evoluir no processo de avaliação contínua e quantitativa; - organizar as turmas por idade, possibilitando inclusive, o melhor aproveitamento do potencial cognitivo do educando; - reduzir a repetência; - diminuir a evasão. Outra alternativa pedagógica que contribui para redução para redução do número de educandos fora da faixa etária, no Ensino Fundamental, e os projetos de aceleração de aprendizagem do ensino de suplência e o projeto acertando o passo na rede estadual, ambos fundamentados no art.24, incisov, alíea B, da lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O problema da evasão e repetência no Ensino Fundamental foi gradativamente reduzido com a implantação dos ciclos de um novo modelo pedagógico, mas dados estatísticos do Censo e Escolar demonstram que tanto a evasão quanto à repetência são mais elevadas nas séries finais do Ensino Fundamental. Há que se repensar uma política pedagógica capaz de garantir o acesso, a permanência e o sucesso dos educandos, tanto do ensino regular que da EJA. Evasão no Ensino Fundamental Rede Municipal de Ensino Nível do 2000 2001 2002 Ensino Matrícula % de Matrícula % de Matrícula % de Fundamental Inicial Evasão Inicial Evasão Inicial Evasão 1º Ciclo 282 10,83 295 2,87 247 1,72 2º Ciclo 276 11,83 240 4,78 227 0,42 3º Ciclo 291 6,88 257 2,45 232 1,62 4º Ciclo 305 10,6 242 2,30 245 0,00 5ª a 8ª - - - - - - Resultado Final do Ensino Fundamental Rede Municipal de Ensino Nível do 2000 2001 2002 Ensino Matrícula % de Matrícula % de Matrícula % de Fundamental Inicial aprovação Inicial aprovação Inicial aprovação 1º Ciclo 282 89,17 295 97,13 247 98,28 2º Ciclo 276 88,93 240 95,22 227 99,58 3º Ciclo 291 93,13 257 97,55 232 98,38 4º Ciclo 305 89,40 242 97,70 245 100,00 5ª a 8ª - - - - - -

Ano de Referência MATRÍCULAS Indicadores Selecionados Anos 1998 2003 Matrículas- Creche Municipal Matrículas- Pré - escola Municipal Matrículas- Pré - escola Estadual Matrículas Fundamental Total Matrículas- Fundamental Estadual 1998 0 246 0 2.621 1.203 1999 35 238 0 2.567 1.197 2000 32 230 0 2.480 1.225 2001 35 290 0 2.430 1.243 2002 36 364 75 2.340 1.297 2003 30 347 104 2.380 1.382 2004 28 208 41 2.624 1.487 Anos de Referência Indicadores Selecionados Anos 1998 2003 Matrículas- Fundamental Matrículas 1ª a 4ª Série Matrículas 1ª a 4ª Série Matrículas 5ª a 8ª Série Matrículas Médio Estadual Municipal Estadual Municipal Estadual 1998 1.402 0 1.402 1.203 426 1999 1.351 0 1.351 1.197 528 2000 1.234 0 1.234 1.225 650 2001 1.154 0 1.154 1.243 595 2002 994 146 994 1.151 504 2003 951 171 951 1.211 491 2004 1.137 208 1.137 1.279 542 Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais Indicadores de qualidade do ensino por disciplina e segundo a série (2003)¹ Série 4ª série fundamental 8ª série fundamental 3ª série médio Proficiência média² % de alunos acima do nível Índices de Qualidade 5 Básico³ Recomendado 4 Mat. Port. Mat. Port. Mat. Port. Mat. Port. Geral 238.3 217.8 93.5 85.3 87.0 67.6 1.05 0.87 0.97 246.9 256.0 50.0 84.9 10.4 28.9 0.60 0.76 0.67 277.0 290.6 16.3 90.8 4.3 42.1 0.54 0.71 0.62 Fonte: SIMAVE

Classificação do município pelo Índice de Qualidade Geral do Ensino, segundo a série: Elaboração: SOARES, José Francisco (prof. Do depto. De Estatística da UFMG e coord. Do Grupo de Avaliação em Medidas Educacionais) Notas: 1) Os indicadores de qualidade do ensino foram baseados nos resultados dos exames de Matemática e de Língua Portuguesa do SIMAVE, aplicados, respectivamente, em 2003 e 2002, nas escolas da rede pública estadual. 2) Corresponde à pontuação média obtida pelos alunos nos exames do SISMAVE; 3) Corresponde ao percentual de alunos da 4ª e da 8ª séries do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio que obtiveram, respectivamente,um número de pontos superior a 175, 250 e 325, no caso do exame de língua portuguesa; Série No Estado 6 Na SRE 7 4ª série fundamental 2 (544) 1 (30) 8ª série fundamental 204 (774) 25 (44) 3ª série médio 161 (808) 19 (45) 4) Corresponde ao percentual de alunos da 4ª e da 8ª séries do fundamental e da 3ª série do ensino médio que obtiveram, respectivamente, um número de pontos superior a 200, 300 e 375, no caso do exame de matemática do SIMAVE e a 200, 275 e 300, no caso do exame de língua portuguesa; 5) Estes índices consideram a distância da distribuição das notas obtidas pelos alunos do município nos exames do SIMAVE e uma distribuição padrão ou ideal, dos alunos das escolas de maior média de proficiência no SEAB. O índice geral é a média, ponderada pelo número de alunos, dos índices de matemática e de língua portuguesa.os índices variam de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1, melhor a qualidade de ensino do município. 6) Este índice não pode ser computado para alguns municípios. O número entre parênteses é o número de municípios no Estado para os quais o índice foi computado; 7) Este índice não pode ser computado para alguns municípios. O número entre parênteses é o número de municípios na Superintendência Regional de Ensino para os quais o índice foi computado. 2.6 ATENDIMENTO EDUCAÇÃO INFANTIL REDE MUNICIPAL/2005 Itens Creche 1º Período 2º Período 3º Período TOTAL Alunos 37-216 - 247 Professor/monitor 3-10 - 13 Aluno/ professores 12-21 - 43

2.7 ATENDIMENTO ENSINO FUNDAMENTAL REDE MUNICIPAL/2005 Itens 1ª a 4ª 5ª a 8ª TOTAL Alunos 1.198-1.198 Professores 79-79 Aluno/Professores 1.516-1.516 Alunos/ASG 40-40 2.8 ATENDIMENTO DE ALUNOS PORTADORES DE NECESSIDADE ESPECIAIS/2004 Atendimento Atendidos em turmas Regulares Atendidos em turmas especiais de Escolas Regulares Atendidos em Escolas Especiais Deficiente Auditivo Deficiente Físico Deficiente Mental Deficiente Visual Outros TOTAL M E M E M E M E M E 3-1 - - - - - - - 4 1-1 - 1-1 - 64-68 - - - - - - - - - - - Distorção idade-série, por dependência administrativa e segundo a série (2003) Série Total Dependência Administrativa Estadual Municipal Particular Fundamental 1ª série 7.56 8.11 7.69 0,00 2ª série 11.79 2.13 14.10 0,00 3ª série 13.67 7.50 15.09 0,00 4ª série 18.79 14.89 20.00 0,00 5ª série 14.07 13.95-20.00 6ª série 21.39 22.09-0,00 7ª série 32.99 32.99-0,00 8ª série 30.91 31.17-16.67 Médio 1ª série 37.37 37.37 - - 2ª série 33.73 33.73 - - 3ª série 27.56 27.56 - - FONTE: Secretaria de Estado da Educação Censo Escolar