UFPB PRG X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

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Transcrição:

UFPB PRG X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA 6CCSDEMCAMT02. P DISCENTES DE SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM II: ANÁLISE DA SATISFAÇÃO QUANTO À DISCIPLINA E À ESCOLHA DA PROFISSÃO Giovanna Fernandes de Oliveira (2) ; Cleide Rejane Dâmaso de Araújo (3 ) Centro de Ciências da Saúde/ Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica e Administração/ MONITORIA RESUMO A análise da satisfação do universitário quanto ao curso escolhido é fundamental, pois esta informação é capaz de influenciar no seu desempenho e futuro profissional, podendo atuar sobre inúmeras facetas comportamentais, interferindo em sua saúde mental. O objetivo deste trabalho foi investigar o nível de satisfação dos discentes de graduação do quarto período de Enfermagem da UFPB, identificando fatores de satisfação e/ou insatisfação relacionados à disciplina Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II e ao curso. O estudo foi do tipo exploratório e descritivo. A amostra foi composta por 16 estudantes. Os dados foram coletados através de um questionário semi estruturado. Este estudo obedeceu aos princípios éticos estabelecidos pela resolução nº. 196/96 do CNS. Verificou se que 62,5% dos entrevistados eram mulheres; 93,7% tinham de 19 a 40 anos; 93,7 % eram solteiros; 93,7% não trabalhavam e 62,5% eram católicos. Os fatores de insatisfação mais mencionados foram: conteúdo prático disciplinar insuficiente para a formação acadêmica; estrutura física e recursos materiais precários. Os fatores de satisfação mais referidos foram: boa qualidade dos professores e das teorias ministradas por eles. 56,3% dos alunos estavam satisfeitos com o curso. Portanto, é essencial a correção das falhas da disciplina, contribuindo para seu aprimoramento e formação de enfermeiros competentes e satisfeitos. Palavras chave: discentes, satisfação, Enfermagem. INTRODUÇÃO A Enfermagem é uma profissão que desempenha o ato de observação, cuidado e aconselhamento do paciente, para recuperação ou manutenção de sua saúde ou prevenção da doença. O objetivo da enfermagem é assistir o paciente na sua dimensão biopsicossocial em todos os níveis de cuidados, tornando se um trabalho bastante complexo e singular (SANTOS, 2002). A partir da disciplina Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II, os discentes desenvolvem habilidade na execução de procedimentos teórico práticos necessários à assistência de enfermagem. A ementa desta disciplina proporcionada uma assistência de enfermagem de menor complexidade ao indivíduo, família e comunidade no atendimento de suas necessidades humanas básicas. Os conhecimentos adquiridos nesta disciplina são fundamentais para a profissão de Enfermagem, visto que quase todas as técnicas são vistas em Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II. Por isso, ao cursá la, é fundamental a identificação dos estudantes por suas teorias e práticas. Entretanto, nem sempre isso acontece, podendo resultar na insatisfação dos alunos. Não é difícil compreender que, em virtude das exigências próprias do tipo de atividades desenvolvidas pelos discentes, atuando na função de assistir ao paciente, o aluno, possivelmente, terá maiores condições para melhorar a qualidade dessa assistência se estiver satisfeito com a disciplina e com o curso escolhido. De acordo com Aurélio (1999), satisfação significa o ato ou efeito de satisfazer se, contentarse, saciar se, alegrar se, corresponder ao que se deseja. Satisfação é um conceito multifatorial, subjetivo e individual, produto das interações entre as características pessoais, valores, expectativas da profissão. A motivação para o estudo da Satisfação do Estudante de Enfermagem faz parte do pressuposto básico de que esta variável influencia o desempenho do estudante e futuro enfermeiro, podendo atuar sobre inúmeras facetas do comportamento, desde o profissional até o social, interferindo em sua saúde mental (LAWER, 1973). (2) Monitor(a) Voluntário(a); (3) Professor(a) Orientador(a)/Coordenador(a)

Quanto maior o grau de satisfação dos indivíduos, maior a motivação e maior o potencial de contribuição para a profissão. A satisfação e a motivação estão relacionadas ao suprimento das necessidades, desde aquelas consideradas básicas, como proteção e alimento, até as de estima e realização, passando pelas de segurança e por aquelas ligadas à vida social (MASLOW, 1970). Pessoas satisfeitas profissionalmente possuem personalidade pró ativa. São sujeitos mais propensos do que outros a ações que influenciam o ambiente em que estudam e trabalham. Eles identificam e solucionam problemas e tomam para si a responsabilidade de influenciar o mundo a sua volta. Pessoas passivas e reativas, ao contrário, tendem a adaptar se às circunstâncias em vez de alterá las (DOMINIUM, 2004). Indivíduos que enxergam um significado no que fazem tendem a ser mais motivadas e a motivação, como se sabe, não vem do ambiente externo é um sentimento que brota e é alimentado dentro de cada um. Portanto, motivação é fundamental em qualquer coisa que se faça na vida, sobretudo naquilo que exige maior esforço, como é o caso do trabalho. Baseando se na importância dos discentes para a formação de futuros enfermeiros que irão trabalhar em empresas de serviços e na questão da satisfação como pressuposto para alcançar a qualidade do trabalho, desenvolve se o presente estudo a partir da seguinte questão ampla de pesquisa: quais os fatores que provocam satisfação e/ou insatisfação na disciplina Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II aos estudantes do quarto período do curso de Enfermagem Geral da Universidade Federal da Paraíba e como esses fatores podem influenciar na escolha da profissão? OBJETIVOS Identificar os fatores de satisfação e/ou insatisfação dos estudantes de graduação do quarto período cursando a disciplina Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II na Universidade Federal da Paraíba. Destacar o nível de satisfação dos estudantes em relação à escolha da profissão. Obter maior conhecimento das sugestões oferecidas pelos alunos para melhora da disciplina. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA O estudo foi o tipo exploratório. Exploratório porque tem o objetivo de familiarizar se com o fenômeno ou obter nova percepção do mesmo e descobrir novas idéias (BERVIAN, 1983). E tem por finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, com vistas na formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores (GIL, 1995). A pesquisa teve como campo de estudo o Laboratório de Técnicas de Enfermagem (LTE) do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba. A população e a amostra foram compostas pelos estudantes de Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II. Para a seleção dos participantes do estudo, foram os estudantes tiveram que concordar em participar da pesquisa e tinham que encontrar se no Laboratório de Técnicas de Enfermagem. O instrumento utilizado foi um questionário contendo perguntas abertas e fechadas pertinentes ao estudo sobre a satisfação dos discentes de Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II quanto à disciplina e à escolha da profissão. A coleta de dados ocorreu no período de julho à primeira quinzena de agosto de 2006 com a utilização de um questionário semi estruturado, apresentando questões objetivas e subjetivas, aplicados em dias úteis, nos turnos da manhã e tarde. Os dados coletados foram tabulados manualmente e apresentados em números percentuais em gráficos e tabelas. Vale ressaltar que a pesquisadora levou em consideração o consentimento livre e esclarecido de acordo com as observâncias éticas preconizadas na Resolução 196 de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que dispõe sobre pesquisa em seres humanos no país. Como estabelece a referida Resolução, o projeto foi previamente enviado ao

Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica e Administração (DEMCA) para posteriormente ser encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da UFPB. Em obediência a esta Resolução, foram assegurados aos participantes da pesquisa informações no que diz respeito ao objetivo, a liberdade de cada indivíduo em participar, assim como também o direito de desistir da participação em qualquer fase da pesquisa, bem como o direito ao anonimato, a confidenciabilidade e a privacidade. Todos os custos decorrentes desta pesquisa foram financiados diretamente e exclusivamente pela pesquisadora. RESULTADOS De acordo com os dados coletados, observou se que 10 entrevistados (62,5%) eram mulheres e 6 (37,5%) homens. 15 (93,7%) alunos tinham de 19 a 40 anos e 1 (6,3%) tinha idade igual ou superior a 41 anos; 15 (93,7%) eram solteiros e 1 (6,3%) casado; 15 (93,7%) não trabalhavam, ao contrário de 1 discente (6,3%); 10 estudantes (62,5%) eram católicos, 4 (25%) tinha outras religiões, como evangélica, judia, espírita, e 2 alunos (12,5%) não tinham religião. Tabela 1. Caracterização da amostra da pesquisa segundo sexo, faixa etária, estado civil, situação empregatícia e religião. João Pessoa, PB, 2006. Sexo Faixa etária Estado civil Situação empregatícia Religião Variáveis Número de alunos Porcentagem Feminino 10 62,5% Masculino 6 37,5% Até 20 anos 3 18,8% 20 a 40 anos 12 76% Igual ou superior a 41 anos 1 6,2% Solteiro 15 93,7% Casado 1 6,3% Não trabalha 15 93,7% Trabalha 1 6,3% Católica 10 62,5% Outras 4 25% Nenhuma 2 12,5% A predominância feminina no curso de enfermagem não é novidade, pois a história revela que o "cuidar do ser humano" sempre esteve sob domínio feminino, desde as civilizações prépatriarcais até os dias atuais, pois a mulher era identificada à natureza (PEREIRA e BELLATO, 1995). Quando questionados se gostavam da disciplina Semiologia e Semiotécnica da Enfermagem II, 15 alunos (93,7%) responderam a questão afirmativamente, enquanto que 1 aluno (6,3%) negou gostar dessa disciplina. 13 entrevistados (81,2%) referiram que esta disciplina correspondeu positivamente a suas expectativas, enquanto que 3 alunos (18,8%) não tiveram estas expectativas correspondidas. 14 entrevistados (87,5%) afirmaram que as práticas realizadas durante esta disciplina eram insuficientes para seu conhecimento, frente a 2 alunos (12,5%). Muito do conhecimento requerido pela enfermagem é adquirido na realidade empírica, assim, um caminho para construir uma teoria seria observar o que as enfermeiras fazem, convidá las a refletir sobre sua prática e então definir a natureza da enfermagem, partindo da base empírica de informações (WHO,1997). Todos os alunos (100%) afirmaram estar satisfeitos com as professoras da disciplina, bem como com o embasamento teórico abordado em Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II. É um dado muito positivo, pois os educadores não apenas instruem, mas estimulam o aluno a tomar decisões, fazer observações, perceber relações e trabalhar com hipóteses. Dessa forma, o professor facilita ao estudante que incremente o seu poder (empowerment), ou seja,

desenvolva habilidades e atitudes, conducentes à aquisição de poder técnico (saber) e político para atuar em prol da sociedade (FREIRE, 2001). Constatou se que 11 discentes (68,8%) mencionaram contentamento com o trabalho das monitoras da disciplina no Laboratório de Técnicas de Enfermagem, apesar de 5 (31,2%) não estarem satisfeitos. 10 alunos (62,5%) referiram estar satisfeitos com o desempenho das monitoras da prática da clínica médica do HULW, frente a 6 que não estão(37,5%). Observou se que 13 alunos (81,2%) consideram a estrutura física e os recursos materiais destinados às aulas de Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II insuficientes, ao contrário de 3 entrevistados (18,8%). 14 entrevistados (87,5%) negaram que o horário das aulas prejudicava seu rendimento acadêmico, frente a 12,5% da amostra, correspondente a 2 alunos. 13 alunos (81,2%) afirmaram que Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II é uma disciplina muito importante, enquanto que 3 (18,8%) consideraram na importante. 93,7% dos entrevistados se sentiam valorizados e reconhecidos pelos conhecimentos e práticas adquiridos na disciplina, bem como se sentiam estimulados a continuar o curso de Enfermagem após cursar Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II, ao contrário de 6,3% da amostra, correspondente a um aluno. 15 participantes da pesquisa (93,8%) se sentiam de muito satisfeitos a satisfeitos com o curso escolhido. Apenas 6,2% da amostra estava pouco satisfeita, equivalendo a um aluno. 15 discentes (93,7%) fizeram alguma (s) sugestão (ões) para a melhoria da disciplina Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II. As principais estão listadas na tabela abaixo. Tabela 2. Principais sugestões propostas pelos discentes para o aperfeiçoamento da disciplina Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II. João Pessoa, PB, 2006. Porcentagem dos Sugestões alunos que as referiram Aumentar o número de aulas práticas no LTE e no HULW 56,2% Melhorar a estrutura e recursos materiais do laboratório de técnicas 25% Melhorar a comunicação entre os professores da disciplina 25% Aumentar a participação das monitoras 18,7% Mudar a forma de avaliação do aluno 6,3% As principais sugestões propostas pelos entrevistados para o aprimoramento da disciplina foram o aumento do número de aulas práticas no LTE e no HULW, a melhora da estrutura física e recursos materiais do LTE. CONCLUSÃO A Enfermagem é uma das profissões da área da saúde cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou na comunidade, desenvolvendo atividades de promoção, prevenção de doenças, recuperação e reabilitação da saúde, atuando em equipes. A Enfermagem se responsabiliza, através do cuidado, pelo conforto, acolhimento e bem estar dos pacientes, seja prestando o cuidado, seja coordenando outros setores para a prestação da assistência e promovendo a autonomia dos pacientes através da educação em saúde. Através da disciplina Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II, os graduandos de enfermagem adquirem os conhecimentos necessários para investigar e estudar os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, utilizados para proporcionar uma assistência de enfermagem de menor complexidade ao indivíduo, família e comunidade no atendimento de suas necessidades humanas básicas. É essencial que os estudantes se identifiquem com as informações adquiridas nesta disciplina, pois são fundamentais para a profissão de enfermagem. Diante disso, a análise da satisfação do acadêmico de enfermagem quanto à disciplina Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II e ao curso escolhido é elementar, pois esta variável é capaz de influenciar seu desempenho

e futuro profissional, podendo atuar sobre inúmeras facetas comportamentais, interferindo em sua saúde mental. Através dos dados coletados neste estudo, pode se perceber que a amostra pesquisada foi predominantemente feminina, tem entre 20 e 40 anos, é solteira, não trabalha e é católica. Os fatores de satisfação mais referidos foram boa qualidade das professoras e das teorias ministradas por elas. 93,8% dos alunos estavam muito satisfeitos a satisfeitos com o curso. Os fatores de insatisfação mais mencionados foram: conteúdo prático disciplinar insuficiente para a formação acadêmica, estrutura física e recursos materiais precários. As principais sugestões propostas pelos entrevistados para o aprimoramento da disciplina foram o aumento do número de aulas práticas no LTE e no HULW, a melhora da estrutura física e recursos materiais do LTE. A análise dos fatores de satisfação e insatisfação do estudante de Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem II e o conhecimento de suas sugestões para a disciplina são de extrema valia, pois contribuem para a identificação das principais virtudes e falhas desta disciplina e se elas são capazes de influenciar o estudante a continuar ou não do curso de enfermagem. É essencial a correção destas falhas e das que possam advir, contribuindo para a formação de enfermeiros competentes e satisfeitos. REFERÊNCIAS 1. ARCHER, E.R. O mito da motivação. Psicodinâmica da vida organizacional: motivação e liderança. São Paulo: Pioneira, 1990. 2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 6023: informação e documentação: referencias; elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 3. BERVIAN, P. A. Metodologia científica: para uso dos estudantes universitários. São Paulo: McGraw Hill, 1996. 4. DANTAS R.A.S; AGUILAR, O.M. O ensino médio e o exercício profissional no contexto da enfermagem brasileira. Rev. Latino americana de Enfermagem, 1999 março abril; 7(2):25 32. 5. ESTEFANO, E. V. V. Satisfação dos recursos humanos no trabalho: um estudo de caso na biblioteca central da Universidade Federal de Santa Catarina. Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia, Curso de Pós Graduação em Engenharia de Produção, Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, 1996. Obtido via internet, pelo site: http://www.eps.ufsc.br/disserta97/estefano/index.html, em 10/06/06. 6. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário Aurélio século XXI. 7. FREIRE, P. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 2001.7. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991. 8. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991. 9. LAWER, E. E. Motivation in work organization. Califórnia: Brooks Cole Publishing, 1973. 10. MASLOW, A. Introdução à psicologia do ser. Rio de Janeiro: Eldorado, 1970. 11. PEREIRA, W.R.; BELLATO, R. O Trabalho da enfermeira uma abordagem sob a perspectiva da teoria feminista. R. Texto e Contexto Enferm., v.4, n.1, p.66 82, 1995. 12. POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Grande Tratado de Enfermagem Prática Clínica e Prática Hospitalar. 3 ed. São Paulo: Tempo, 1998. 13. SANTOS, S. R. Administração aplicada à enfermagem. 2ª ed. João Pessoa: Idéia, 2002. 14. Semiologia e Semiotécnica. Obtido via internet, pelo site: http://www.unifenas.br/~enfcina/semiotecnica.html, em 03/10/06.