EXPORTHOME AEP / GABINETE DE INFORMAÇÃO ECONÓMICA

Documentos relacionados
EXPORTHOME AEP / GABINETE DE ESTUDOS

EXPORTHOME AEP / GABINETE DE ESTUDOS

EXPOCOSMÉTICA 2012 AEP / GABINETE DE INFORMAÇÃO ECONÓMICA

INDÚSTRIA DO MOBILIÁRIO

METALOMECÂNICA AEP / GABINETE DE ESTUDOS

EXPOCOSMÉTICA AEP / GABINETE DE ESTUDOS

SERVIÇOS E EQUIPAMENTO DE ESCRITÓRIO RELATÓRIO DE CONJUNTURA

PORTOJÓIA AEP / GABINETE DE ESTUDOS

PORTOJÓIA AEP / GABINETE DE ESTUDOS

FIMAP AEP / GABINETE DE ESTUDOS

PORTOJÓIA 2012 AEP GABINETE DE INFORMAÇÃO ECONÓMICA

FABRICAÇÃO DE MOBILIÁRIO

CERANOR 2010 AEP / GABINETE DE ESTUDOS MAIO DE 2009

QUÍMICA RELATÓRIO DE CONJUNTURA

INTERDECORAÇÃO AEP / Gabinete de Estudos Janeiro de 2008

CERANOR. AEP / Gabinete de Estudos

MÁQUINAS PARA TRABALHAR CERÂMICA, ROCHAS E PEDRA

EXPORTHOME INHOUSE. AEP / Gabinete de Estudos

COSMÉTICA AEP / DEPARTAMENTO DE ESTUDOS E DESENVOLVIMENTO

SECTOR AGRO-ALIMENTAR

AGRICULTURA, PECUÁRIA E INDÚSTRIA TRANSFORMADORA RELATÓRIO DE CONJUNTURA

PORTUGAL: COMÉRCIO INTERNACIONAL DO SECTOR DE MOBILIÁRIO

OURIVESARIA RELOJOARIA

PORTOJÓIA AEP / Gabinete de Estudos

OURIVESARIA RELOJOARIA

EXPOCOSMÉTICA AEP / GABINETE DE ESTUDOS

AGENDA CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA VINHO E AZEITE AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS ADERENTES DEBATE DE IDEIAS CONCLUSÕES

EXPOCOSMÉTICA AEP / GABINETE DE ESTUDOS

CERÂMICA E VIDRO AEP / GABINETE DE ESTUDOS

PORTUGAL - COMÉRCIO INTERNACIONAL DE BENS

INTERDECORAÇÃO AEP / GABINETE DE ESTUDOS

Mercados. informação estatística. Mercado Alemanha. Empresas Portuguesas Exportadoras de Bens Análise de Exposição a Mercados Externos

FABRICO DE VINHO AEP / GABINETE DE ESTUDOS

Em 2016 as exportações aumentaram 0,8% e as importações cresceram 1,5%, em termos nominais

DECORAÇÃO E AFINS (INDÚSTRIA)

Fundação Bienal de Cerveira, 15 de outubro de 2018

AGRICULTURA, PECUÁRIA E INDÚSTRIA TRANSFORMADORA RELATÓRIO DE CONJUNTURA

AGRICULTURA, PECUÁRIA E INDÚSTRIA TRANSFORMADORA RELATÓRIO DE CONJUNTURA

Mercados. informação estatística. Mercado Índia. Empresas Portuguesas Exportadoras de Bens Análise de Exposição a Mercados Externos

Vidro utilitário e decorativo. Lisboa, Abril de 2011

Mercados. informação estatística. Mercado Espanha. Empresas Portuguesas Exportadoras de Bens Análise de Exposição a Mercados Externos

G PE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação_ e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

Portugal - Balança de Bens e Serviços


Comércio Internacional Português de Vinhos (2009 a 2013 e jan-nov )

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

Situação Actual da Indústria Portuguesa de Moldes

Em 2015, o Algarve foi a região com maior crescimento, impulsionado pelo setor do turismo

O que são sociedades de elevado crescimento?

E M A F 2012 AEP / GABINETE DE INFORMAÇÃO ECONÓMICA JULHO DE 2012 ÍNDICE

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

A EVOLUÇÃO DAS EXPORTADORAS PORTUGUESAS EM NÚMEROS. TERESA CARDOSO DE MENEZES Diretora Geral INFORMA D&B Lisboa, 9 de maio de 2017

Estatísticas da Globalização

G PE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação_ e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.

CONSTRUÇÃO RELATÓRIO DE CONJUNTURA

A Indústria Portuguesa de Moldes

G PE AR I. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.º 03 março 2011

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Conjuntura da Construção n.º 52. Perspectivas muito negativas para o Sector da Construção

TOMATE PARA INDÚSTRIA

DADOS ESTATÍSTICOS. EXPORTAÇÃO e EXPEDIÇÃO de VINHOS e PRODUTOS VÍNICOS JUNHO

Informação Comunicação Social 13 de Agosto de 2002

EXPORTAÇÕES PARA PAÍSES TERCEIROS MANTÊM FORTE DINAMISMO

O ano tem sido caraterizado pela ampliação gradual do défice da balança comercial de bens

Volume de Negócios: 94,5 M Resultado Operacional Bruto (EBITDA): 7,5 M Margem EBITDA: 7,9% Resultado Líquido: 1,1 M Autonomia Financeira: 53,8%

&INST=

O transporte marítimo e a internacionalização da economia portuguesa Uma década perdida?

OBSERVATÓRIO. Exportações e Investimento Externo. Novembro 2016

Cenários Conselho Temático de Economia e Finanç

'DWD 7HPD $FRQWHFLPHQWR

A Indústria Portuguesa de Moldes

Fundamentação Económica da Proposta Sindical

Competitividade e Comércio Internacional da Região Norte Eduardo Pereira

COMÉRCIO INTERNACIONAL DE BENS RESULTADOS PROVISÓRIOS 1 ANO 2014

Em Junho, o indicador de sentimento económico aumentou +1.8 pontos na União Europeia e na Área Euro.

movimentos aéreos movimentos marítimos dormidas hóspedes estada média taxas ocupação proveitos médios balança turística

SÍNTESE DE CONJUNTURA

BCE divulgou Boletim Mensal Setembro2006

Cork Information Bureau Pág. 1 CORTIÇA EM NÚMEROS. Cork Information Bureau 2015 CORTIÇA EM NÚMEROS. apcor.pt

EXPORTAÇÃO DE VINHO EM 2012

Base: INE (2008) Peso das Exportações do Vinho no total das Exportações da Economia Portuguesa (em Valor)

Como pagam as empresas em Portugal. Maio de 2018

GPEARI Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa.

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Figura 1. Exportações [1] de veículos automóveis, tractores, ciclos, suas partes e acessórios e evolução do seu peso nas exportações totais

Fundamentação Económica da Proposta Sindical

PORTUGAL - INDICADORES ECONÓMICOS. Evolução Actualizado em Março Unid. Fonte Notas

Portugal - BALANÇA CORRENTE

As exportações e importações aumentaram 19,6% e 22,3%, respetivamente, em termos nominais

PORTUGAL: COMÉRCIO INTERNACIONAL DO SECTOR DE ILUMINAÇÃO

Estagnação na evolução do comércio internacional

Redução Menos Intensa da Actividade Não evita Quebra no Nível de Confiança da Construção

PORTUGAL: COMÉRCIO INTERNACIONAL DE CONSERVAS DE FRUTOS E DE PRODUTOS HORTÍCOLAS

DÉFICE DA BALANÇA COMERCIAL CONTINUA A DIMINUIR

EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS NOS SECTORES DA CARNE DE AVES E OVOS

Portugal e o Comércio Internacional com Marrocos

SÍNTESE DE CONJUNTURA

EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS DO SECTOR FLORESTAL ENTRE 2000 E 2008

Transcrição:

EXPORTHOME AEP / GABINETE DE INFORMAÇÃO ECONÓMICA JANEIRO DE 2012 1

Índice 1. Variáveis das empresas... 3 2. Comércio internacional de outros móveis e suas partes (NC 9403)... 11 2.1 Evolução das saídas e entradas... 11 2.2 Parceiros comerciais... 13 Figura 1: Distribuição das empresas por subsectores (CAE 310), em 2009... 4 Figura 2: Distribuição do pessoal ao serviço por subsectores (CAE 310), em 2009... 5 Figura 3: Distribuição do VAB por subsectores (CAE 310), em 2009... 5 Figura 4: Distribuição das empresas de fabricação de mobiliário e de colchões, por escalão de pessoal ao serviço, em 2009... 6 Figura 5: Distribuição regional (NUT II) das empresas de fabricação de mobiliário e de colchões, em 2009... 6 Figura 6: Distribuição das empresas da CAE 310 localizadas na região Norte (por NUT III), em 2009... 7 Figura 7: Peso do sector de fabricação de mobiliário e de colchões na I.T.... 7 Figura 8:Principais variáveis das empresas: taxa de crescimento 2008/2009... 9 Figura 9: Índice de Produção Industrial: Taxa de variação média anual... 10 Figura 10: Taxa de crescimento das exportações: NC 9403 versus total nacional... 12 Figura 11: Comércio externo de Outros Móveis e suas partes (NC 9403)... 15 Figura 12: Exportações de Outros Móveis e suas partes (NC 9403): evolução da estrutura por mercado de destino... 15 Tabela 1:Variáveis das empresas... 4 Tabela 2:Principais variáveis das empresas: taxa de crescimento 2008/2009... 8 Tabela 3: Comércio internacional de Outros Móveis e suas partes (NC 9403)... 13 Tabela 4: Principais parceiros comerciais... 14 Tabela 5: Exportações de Outros Móveis e suas partes (NC 9403): evolução da estrutura por mercados de destino... 16 2

Introdução A informação relativa ao tecido empresarial teve por base os dados recentemente divulgados pelo INE para os anos de 2007, 2008 e 2009 de acordo com a CAE Rev.3 1, o que permite uma análise temporal limitada a três anos. 1. Variáveis das empresas No contexto dos sectores tradicionais da indústria portuguesa, a indústria de mobiliário apresenta-se como uma das que tem registado uma evolução positiva no desenvolvimento de produtos, estratégias de marketing e evolução na cadeia de valor. No caso da indústria de mobiliário de madeira destaca-se como vantagem a utilização e valorização de um recurso natural endógeno, contribuindo assim de forma particularmente positiva para a balança comercial. Por outro lado, acresce a vertente da sustentabilidade, dado que esta indústria utiliza um recurso continuamente renovável. A fabricação de mobiliário integra-se na CAE 310 - mobiliário e colchões (CAE-Rev.3) que, de acordo com dados de 2009, agregava 5719 empresas (6390 em 2008) e 36605 pessoas ao serviço (40449 em 2008). Naquele ano, o volume de negócios estabeleceu-se em cerca de 1444 milhões de euros (1657 em 2008) e o valor acrescentado bruto (VAB) em cerca de 495 milhões de euros (538,4 em 2008). 1 A CAE Rev.3 foi criada pelo Decreto-Lei nº 381/2007, de 14 de Novembro. 3

Actividade Económica (CAE Ver. 3) Tabela 1:Variáveis das empresas Empresas (N.º) Pessoal ao Serviço (N.º) Volume de Negócios (milhões de ) Valor acrescentado bruto (milhões de ) 2007 2008 2009 2007 2008 2009 2007 2008 2009 2007 2008 2009 Indústrias transformadoras 82294 79589 74234 789344 773090 718507 81561 83071 70630 19298 18923 16715 Fabrico de mobiliário e de colchões 6740 6390 5719 42081 40449 36605 1718 1657 1444 571 538 495 mobiliário para escritório e comércio 192 171 173 3203 3252 3252 225 234 194 78 81 73 mobiliário de cozinha 761 731 663 4430 4259 3896 208 203 173 63 62 57 colchoaria 81 76 74 1440 1298 1232 100 94 87 27 24 22 mobiliário de madeira para outros fins 5111 4792 4213 29974 28460 25172 1050 984 854 359 325 298 mobiliário metálico para outros fins 134 141 133 1335 1400 1373 75 83 78 26 27 27 mobiliário de outros materiais para outros fins 187 192 184 785 852 833 38 38 36 10 11 11 Actividades de acabamento de mobiliário 274 287 279 914 928 847 21 22 22 7 8 7 Fonte: INE, Sistema de Contas Integradas das Empresas Os três gráficos seguintes evidenciam a distribuição das empresas, do pessoal ao serviço e do VAB pelos diferentes segmentos, destacando-se o de fabricação de mobiliário de madeira para outros fins, que assume um peso significativo ao nível das três variáveis (74%, 69% e 60%, respectivamente) e ainda o de fabricação de mobiliário de cozinha ao nível do número de empresas (12%) e do pessoal ao serviço (11%) e o de fabricação de mobiliário para escritório e comércio ao nível do VAB (15%). Figura 1: Distribuição das empresas por subsectores (CAE 310), em 2009 mobiliário de outros materiais para outros fins; 3% Actividades de acabamento de mobiliário; 5% mobiliário para escritório e comércio; 3% mobiliário de cozinha; 12% mobiliário metálico para outros fins; 2% colchoaria; 1% mobiliário de madeira para outros fins; 74% 4

Figura 2: Distribuição do pessoal ao serviço por subsectores (CAE 310), em 2009 mobiliário de outros materiais para outros fins; 2% mobiliário metálico para outros fins; 4% Actividades de acabamento de mobiliário; 2% mobiliário para escritório e comércio; 9% mobiliário de cozinha; 11% colchoaria; 3% mobiliário de madeira para outros fins; 69% Figura 3: Distribuição do VAB por subsectores (CAE 310), em 2009 mobiliário de outros materiais para outros fins; 2% Actividades de acabamento de mobiliário; 1% mobiliário para escritório e comércio; 15% mobiliário metálico para outros fins; 5% mobiliário de cozinha; 11% mobiliário de madeira para outros fins; 60% colchoaria; 5% O sector é constituído na esmagadora maioria por pequenas e médias empresas (99,9%), destacando-se o facto de 85,2% serem microempresas (menos de dez trabalhadores). 5

Figura 4: Distribuição das empresas de fabricação de mobiliário e de colchões, por escalão de pessoal ao serviço, em 2009 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0,3% 0,1% 3,0% 1,6% 14,9% 13,1% 81,8% 85,2% Indústria Transformadora Fabrico de mobiliário e de colchões 250 e mais pessoas 50-249 pessoas 10-49 pessoas Menos de 10 pessoas O tecido empresarial do sector está fortemente concentrado na região Norte do país (59%), em particular nas NUT III do Tâmega (57% das empresas do sector localizadas na região Norte) e do Grande Porto (onde se localizavam 21% das empresas do sector na região Norte). Figura 5: Distribuição regional (NUT II) das empresas de fabricação de mobiliário e de colchões, em 2009 Alentejo 3% Algarve 1% Região A. Açores 1% Região A. Madeira 1% Lisboa 14% Centro 21% Norte 59% 6

Figura 6: Distribuição das empresas da CAE 310 localizadas na região Norte (por NUT III), em 2009 Alto Trás-os- Montes 2% Entre Douro e Vouga 4% Douro 1% Minho-Lima 2% Cávado 7% Ave 6% Grande Porto 21% Tâmega 57% A CAE 310 reveste-se de uma importância significativa no cômputo da indústria transformadora (I.T.), representando 7,7% do número de empresas, 5,1% do pessoal ao serviço, 2% do volume de negócios e 3,0% do VAB (dados de 2009). Entre 2008 e 2009 o peso desceu ligeiramente em termos de número de empresas e do pessoal ao serviço, mantendo-se ao nível do volume de negócios e aumentando ligeiramente em termos de VAB. Figura 7: Peso do sector de fabricação de mobiliário e de colchões na I.T. 9,0% 8,0% 8,2% 8,0% 7,7% 7,0% 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 5,3% 5,2% 5,1% 2,1% 2,0% 2,0% 3,0% 2,8% 3,0% 2007 2008 2009 1,0% 0,0% Empresas Pessoal ao serviço Volume de negócios VAB 7

Observando a evolução registada entre 2008 e 2009 ao nível das principais variáveis das empresas, constata-se uma quebra no número de empresas (-10,5%), acima da redução ocorrida na indústria transformadora como um todo (-6,7%). Por segmentos, destaca-se a redução do número de empresas na fabricação de mobiliário de madeira para outros fins (-12,1%). A par da trajectória desta variável, verificou-se um decréscimo no pessoal ao serviço e no valor acrescentado bruto, sendo no caso do pessoal ao serviço mais acentuado que o observado para a totalidade da indústria transformadora (variação de -9,5% contra -7,1%) e no caso do VAB menos acentuado que na totalidade da indústria transformadora (variação de -8,0% no sector e -11,7% na indústria transformadora). Também o volume de negócios registou uma evolução negativa, com uma redução do valor deste agregado (- 12,8%) inferior à ocorrida na indústria transformadora (-15,0%). Tabela 2:Principais variáveis das empresas: taxa de crescimento 2008/2009 Actividade Económica Empresas Pessoal ao serviço Volume de Negócios VAB Indústrias transformadoras -6,7% -7,1% -15,0% -11,7% Fabrico de mobiliário e de colchões -10,5% -9,5% -12,8% -8,0% mobiliário para escritório e comércio 1,2% 0,0% -17,2% -9,8% mobiliário de cozinha -9,3% -8,5% -15,1% -8,7% colchoaria -2,6% -5,1% -7,4% -7,8% mobiliário para outros fins -11,1% -10,8% -12,0% -7,5% mobiliário de madeira para outros fins -12,1% -11,6% -13,1% -8,1% mobiliário metálico para outros fins -5,7% -1,9% -5,6% -2,8% mobiliário de outros materiais para outros fins -4,2% -2,2% -4,3% 5,3% Actividades de acabamento de mobiliário -2,8% -8,7% 1,2% -13,6% 8

Figura 8:Principais variáveis das empresas: taxa de crescimento 2008/2009-11,7% -8,0% VAB -15,0% -12,8% Volume de Negócios -9,5% -7,1% Pessoal ao serviço -10,5% -6,7% Empresas -16,0% -14,0% -12,0% -10,0% -8,0% -6,0% -4,0% -2,0% 0,0% Indústrias transformadoras Fabrico de mobiliário e de colchões Em suma, é possível verificar que entre 2007 e 2008 o sector em análise registou uma evolução negativa ao nível das principais variáveis, que se agravou entre 2008 e 2009. Esta evolução desfavorável não estará, naturalmente, dissociada do contexto económico e financeiro, marcado pela grave crise económica internacional, iniciada em 2007 e que se prolongou por 2008 e 2009, com reflexos na actividade económica, em particular na industrial, como é o caso do sector do mobiliário. De notar, porém, que apesar da evolução negativa nas variáveis das empresas, é de realçar o acréscimo, ainda que ligeiro, do peso do VAB do sector do mobiliário no VAB total da indústria transformadora, o que revela o contributo positivo do sector em termos de grau de incorporação nacional. Um outro indicador que mostra a relevância do sector de fabricação de mobiliário em termos de riqueza gerada é o valor do grau de transformação (avaliado pelo quociente entre o VAB e o valor da produção do sector). O sector apresenta um grau de transformação (parcela da produção do sector que corresponde à efectiva criação de 9

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro riqueza) acima do valor médio da indústria transformadora (36,6% contra 25,4%, em 2009). Face inexistência de dados de natureza mais estrutural posteriores ao ano de 2009, analisou-se, em termos conjunturais, a evolução da variação média anual do índice de produção industrial. Deste modo, é possível constatar que o sector de fabricação de mobiliário e colchões registou em 2010 um desempenho muito positivo (+13%), muito acima do valor observado pela indústria transformadora como um todo (+2,2%). Em 2011 o sector mantém o comportamento positivo, embora com alguma desaceleração deste indicador. Ainda assim, a taxa de variação média anual foi em Novembro de 2011 de +3,1%, contrastando com a evolução negativa ocorrida na indústria transformadora (- 0,3%). Estes dados constituem, pois, um sinal de que o sector terá já encetado uma retoma da sua actividade. Figura 9: Índice de Produção Industrial: Taxa de variação média anual 15 10 5 0-5 -10-15 -20 2010 2011 Total Indústrias transformadoras Fabrico de mobiliário e de colchões Fonte: INE, Índice de Produção Industrial; Cálculos próprios 10

2. Comércio internacional de outros móveis e suas partes (NC 9403) 2.1 Evolução das saídas e entradas O sector do mobiliário é uma referência não só a nível nacional como internacional, com um nível de design e de inovação incorporado, possuindo vantagens competitivas em termos do binómio preço/qualidade. Os dados do comércio internacional da nomenclatura combinada (NC) 9403 relativos aos últimos anos mostram um esforço claro de redução da dependência externa, traduzido numa elevação da taxa de cobertura das importações pelas exportações. Contrariamente ao que se verificou entre 2000 e 2003 e, também, entre 2005 e 2006, desde o ano de 2007 o comércio internacional da NC 9403 tem-se caracterizado por um excedente comercial, tendo atingido em 2010 um saldo positivo de 158,2 milhões de euros, a que correspondeu uma taxa de cobertura de 159,8%. É de salientar o crescimento registado, desde o ano de 2006, nas exportações, com particular destaque para os anos de 2007 (+22,3%) e 2009 (+24,9%). Os dados referentes a 2010 reflectem uma desaceleração das exportações (taxa de crescimento de +4,9%). Todavia, face aos efeitos da crise económica internacional, com a queda da procura externa, em particular por parte dos principais parceiros comerciais de Portugal, este comportamento positivo mostra bem a capacidade de resistência e de resiliência dos empresários do sector do mobiliário, bem como a boa aceitação dos produtos portugueses nos mercados internacionais. 11

Figura 10: Taxa de crescimento das exportações: NC 9403 versus total nacional 30,0% 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% -5,0% -10,0% -15,0% -20,0% -25,0% 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 NC 9403 Total Nacional Fonte: Base de dados do Eurostat; Cálculos próprios Paralelamente, em 2010 o sector registou uma forte queda das importações (-11,2%), o que permitiu elevar a taxa de cobertura das importações pelas exportações em 24,6 pontos percentuais (passou de 135,2% para 159,8%), uma tendência que se intensificou em 2011. Com efeito, os dados relativos aos primeiros onze meses de 2011 evidenciam uma redução mais intensa das importações (taxa de variação homóloga de -17,5%), o que, a par do acréscimo ocorrido nas exportações (taxa de variação homóloga de +2,7%), conduziu a uma melhoria da taxa de cobertura (197,0% entre Janeiro e Novembro de 2011 contra 158,2% no período homólogo de 2010). No total do comércio internacional português, estes produtos representavam, em 2010, 1,1% das exportações e 0,5% das importações. Nos últimos anos tem-se assistido à manutenção do peso das importações do sector nas importações totais nacionais (em torno de 0,5%) e a um acréscimo do peso das exportações do sector nas exportações nacionais (passou de 0,8% em 2007 para 1,1% em 2010). A evolução positiva das vendas ao exterior nos últimos anos não estará dissociada do desenvolvimento tecnológico e da flexibilidade na produção, que têm permitido desenvolver uma capacidade de apresentar novos produtos e estilos, a par de uma grande diversidade de produtos. 12

Tabela 3: Comércio internacional de Outros Móveis e suas partes (NC 9403) Exportações Importações Saldo euros T.V.H. % no total nacional euros T.V.H. no total nacio euros Tx. cobertura 2000 166278678 0,6% 225339953 0,5% -59061275 73,8% 2001 183581508 10,4% 0,7% 226970737 0,7% 0,5% -43389229 80,9% 2002 184419330 0,5% 0,7% 206814536-8,9% 0,5% -22395206 89,2% 2003 181938365-1,3% 0,6% 198834763-3,9% 0,5% -16896398 91,5% 2004 228243744 25,5% 0,8% 214101085 7,7% 0,5% 14142659 106,6% 2005 211062880-7,5% 0,7% 227597386 6,3% 0,5% -16534506 92,7% 2006 242973255 15,1% 0,7% 249602288 9,7% 0,5% -6629033 97,3% 2007 297124935 22,3% 0,8% 287666044 15,2% 0,5% 9458891 103,3% 2008 322709271 8,6% 0,8% 293575434 2,1% 0,5% 29133837 109,9% 2009 403062658 24,9% 1,3% 298016852 1,5% 0,6% 105045806 135,2% 2010 422744973 4,9% 1,1% 264521536-11,2% 0,5% 158223437 159,8% Jan-Nov 2010 385591931 1,1% 243697589 0,5% 141894342 158,2% Jan-Nov 2011 395911649 2,7% 1,1% 200946533-17,5% 0,4% 194965116 197,0% *T.V.H. Taxa de variação homóloga Fonte: Base de dados do Eurostat; Cálculos próprios 2.2 Parceiros comerciais A maior parte dos fluxos comerciais está concentrada na Europa, destacando-se o caso de Espanha, o principal fornecedor e o segundo maior cliente (responsável por 42,8% das importações e 25,5% das exportações) e o de França, o principal país cliente e o terceiro mais importante fornecedor (destino de 28,6% das exportações e origem de um pouco mais de um décimo do total importado), dados de 2010. Ao nível dos principais mercados fornecedores destaca-se a China, que ocupa a sexta posição, sendo o principal país fornecedor fora do contexto europeu. De notar que o peso das importações provenientes deste mercado tem vindo a aumentar, tendo quase duplicado entre 2006 e 2010 (passou de 2,6% 4,9%). No grupo dos principais países clientes é, ainda, de referir a relevância assumida por Angola, ocupando a terceira posição no ranking (destino de cerca de 17,6% das exportações destes produtos em 2010). 13

Tabela 4: Principais parceiros comerciais Peso no total exportado, em 2009 Peso no total exportado, em 2010 Principais países clientes França 29,0% 28,6% Espanha 28,1% 25,5% Angola 17,9% 17,6% Bélgica-Luxemburgo 2,7% 2,1% Reino Unido 2,2% 2,6% EUA 2,1% 2,0% Cabo Verde 1,6% 0,9% Austrália 1,5% 2,3% Itália 1,5% 1,6% Alemanha 1,3% 2,2% Suíça 1,3% 1,4% Holanda 0,9% 0,7% China 0,5% 1,6% Japão 0,7% 1,2% Peso no total importado, em 2009 Peso no total importado, em 2010 Principais países fornecedores Espanha 35,3% 42,8% França 20,9% 11,0% Itália 13,9% 11,5% Alemanha 8,8% 9,9% Holanda 5,5% 6,8% China 3,5% 4,9% Dinamarca 3,0% 3,2% Polónia 2,7% 3,8% Bélgica-Luxemburgo 1,5% 1,1% Israel 0,7% 0,4% Reino Unido 0,7% 0,6% Vietname 0,5% 0,4% Fonte: Base de dados do Eurostat; Cálculos próprios Apesar das características normalmente inerentes a um bem de consumo duradouro, como é o mobiliário, que tende a registar uma especial quebra da procura em momentos que se caracterizam, entre outros aspectos, por uma contracção da actividade económica e por uma falta de confiança dos consumidores, a evolução das exportações por mercados de destino mostra de forma clara a capacidade de resposta dos empresários do sector face à contracção da actividade económica que atingiu o mercado nacional e, também, os principais mercados externos, traduzida num esforço de orientação para o mercado extracomunitário, cujo peso nas exportações totais deste tipo de produtos tem vindo a elevar-se ininterruptamente entre 2006 e 2010 (passou de 23,1% para 34,4%). Por mercados de destino, é de salientar o acréscimo registado no peso das exportações para a China (dezasseis vezes mais entre 2007 e 2010, pese embora o facto do valor continuar a ser relativamente baixo, 1,6% em 2010) e para os Emirados Árabes Unidos (passou de 0,2% para 0,7%). 14

Milhões de euros A diversificação dos mercados de destino é um sinal claro de que as empresas portuguesas do sector encontraram no mercado internacional uma forma de responder aos novos desafios, numa conjuntura económica interna particularmente difícil, contribuindo desse modo de forma positiva para o equilíbrio das contas externas. Figura 11: Comércio externo de Outros Móveis e suas partes (NC 9403) 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Jan.- Nov. 2011 Anos 250,0% 200,0% 150,0% 100,0% 50,0% 0,0% Exportações Importações Tx. cobertura Fonte: Base de dados do Eurostat; Cálculos próprios Figura 12: Exportações de Outros Móveis e suas partes (NC 9403): evolução da estrutura por mercado de destino 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% 23,1% 25,9% 28,9% 31,9% 34,4% 76,9% 74,1% 71,1% 68,1% 65,6% 2006 2007 2008 2009 2010 UE27-Extra UE27-Intra Fonte: Base de dados do Eurostat; Cálculos próprios 15

Tabela 5: Exportações de Outros Móveis e suas partes (NC 9403): evolução da estrutura por mercados de destino País 2006 2007 2008 2009 2010 França 30,8% 28,0% 27,6% 29,0% 28,6% Espanha 33,7% 34,7% 31,7% 28,1% 25,5% Angola 13,6% 15,8% 18,2% 17,9% 17,6% Bélgica-Luxemburgo 2,6% 2,5% 2,6% 2,7% 2,1% Reino Unido 2,6% 2,3% 3,0% 2,2% 2,6% EUA 1,4% 1,5% 2,0% 2,1% 2,0% Cabo Verde 1,2% 1,2% 1,8% 1,6% 0,9% Austrália 0,0% 0,0% 0,1% 1,5% 2,3% Itália 1,3% 1,5% 2,1% 1,5% 1,6% Alemanha 1,4% 1,0% 1,0% 1,3% 2,2% Suíça 1,9% 1,8% 1,4% 1,3% 1,4% Holanda 1,5% 1,3% 0,7% 0,9% 0,7% Emirados Árabes Unidos 0,2% 0,2% 0,4% 0,8% 0,7% Moçambique 0,4% 0,6% 0,7% 0,8% 0,9% Japão 0,4% 0,1% 0,1% 0,7% 1,2% Suécia 1,2% 0,9% 0,6% 0,5% 0,9% China 0,0% 0,1% 0,1% 0,5% 1,6% Rússia 0,9% 0,9% 0,8% 0,5% 0,3% Polónia 0,0% 0,2% 0,1% 0,4% 0,2% Brasil 0,1% 0,2% 0,2% 0,4% 0,2% Outros países 4,7% 5,2% 5,1% 5,3% 6,5% Fonte: Base de dados do Eurostat; Cálculos próprios 16