Aspectos Controvertidos. Bruno Sá Freire Martins

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Transcrição:

PENSÃO POR MORTE Aspectos Controvertidos Bruno Sá Freire Martins

Lei n.º 13.135/15

NOTA TÉCNICA Nº 11/2015 CGNAL/DRPSP/SPPS/MPS a) As novas regras para concessão e manutenção do benefício de pensão por morte inseridas na Lei nº 8.213/1991 pela Lei nº 13.135/2015 podem e devem ser adotadas, mediante reprodução em lei local, para os servidores amparados pelos RPPS dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a exemplo do que se deu na Lei nº 8.112/1990, para o RPPS da União, pois, além de evitar distorções, impedindo a concessão de benefícios em situações que não guardam conformidade com os objetivos da previdência social, também serão favoráveis à busca do equilíbrio financeiro atuarial dos RPPS, princípio estatuído no art. 1º da Lei nº 9.717/1998, no art. 69 da Lei de Responsabilidade Fiscal e no caput do art. 40 da Constituição Federal.

ROL DE BENEFICIÁRIOS O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecidajudicialmente

CÔNJUGE E COMPANHEIRO CARÊNCIA:18contribuiçõesmensais. Obs.:computa-setempodeRGPSoudeRPPS. TEMPO MÍNIMO DE CASAMENTO OU UNIÃO ESTÁVEL:2anos. Memorando-Circular Conjunto n 2/DIRBEN/DIRSAT/PFE/DIRAT/INSS, de 13/1/2015

PROVA DA UNIÃO ESTÁVEL RMS n.º 33.008

CUMULAÇÃO

-TIPOS DE CUMULAÇÃO: a) Voluntária. b) Obrigatória. c) Involuntária.

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. REMUNERAÇÃO. PROFESSORA EM ATIVIDADE. CUMULATIVIDADE COM PENSÃO POR MORTE. POSSIBILIDADE. ABATE-TETO. 1. A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que "para aplicação do limite remuneratório constitucional do art. 37, XI da Carta Política, os respectivos benefícios devem ser considerados isoladamente, pois se trata de proventos distintos e cumuláveis legalmente". 2. Apelação provida. (TRF4. APELAÇÃO CÍVEL Nº 5044871-33.2014.4.04.7100/RS)

9.3. determinar ao Comando do Exército que, em casos análogos ao da pensionista Inês Meira Barros de Oliveira, respeite o entendimento firmado pelo TCU nos autos do TC 009.585/2004-9, que versou sobre a aludida consulta formulada pelo Tribunal Superior do Trabalho, no sentido de que, nos termos do item 9.2 do Acórdão 2.079/2005- Plenário, não deve incidir o teto constitucional sobre o montante resultante da acumulação do benefício de pensão com a remuneração de cargo efetivo e em comissão ou sobre o montante resultante da acumulação do benefício de pensão com os proventos de inatividade, por decorrerem de fatos geradores distintos, em face do art. 37, XI (redação dada pela Emenda Constitucional nº 41/2003), e do art. 40, 11, da Constituição Federal (redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/1998). (TCU. ACÓRDÃO Nº 6225/2016)

MENOR SOB GUARDA

STJ Embora a lei complementar estadual previdenciária do Estado de Mato Grosso seja lei específica da previdência social, não menos certo é que a criança e adolescente tem norma específica, o Estatuto da Criança e do Adolescente que confere ao menor sob guarda a condição de dependente para todos os efeitos, inclusive previdenciários (art. 33, 3º, Lei n.º 8.069/90), norma que representa a política de proteção ao menor, embasada na Constituição Federal que estabelece o dever do poder público e da sociedade na proteção da criança e do adolescente (art.227,caput,e 3º,incisoII). RMS36034/MT

STF MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. MENOR SOB GUARDA DE SERVIDOR PÚBLICO. FALECIMENTO: PENSÃO TEMPORÁRIA. ART. 217, INC. II, AL. B, DA LEI N. 8.112/1990. NEGATIVA DE REGISTRO. LEI N. 9.717/1998, ART. 5º. PRETENSO EFEITO DERROGATÓRIO NOS REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL: INOCORRÊNCIA. MANDADO DE SEGURANÇA CONCEDIDO. (MS. 31.770/DF)

EX-CONJUGE

A mulher que renunciou aos alimentos na A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente. (Súmula 336, STJ)

...O valor do benefício previdenciário a ser pago à ex-mulher que figura como dependente de servidor aposentado e já falecido, deve corresponder, proporcionalmente, ao quantum da pensão alimentícia fixada quando da separação ou divórcio, devendo o respectivo percentual corresponder à totalidade dos proventos a que teria direito o instituidor, sob pena de majoração da pensão alimentícia, sem qualquer base legal que a justifique. Distribuir igualmente a pensão por morte entre à excônjuge e a companheira do servidor falecido, com quem conviveu durante 17 anos, sem que, nesse interregno, tenha a ex-consorte buscado revisar a pensão alimentícia, refoge ao princípio da razoabilidade, bem assim ofende o princípio da proporcionalidade, na medida em que deve ser assegurada a percepção da pensão, nos valores e condições estipulados no título que fixou o direito aos alimentos, sob pena de enriquecimento sem causa. (TJ-SC - AC: 100943 SC 2009.010094-3, Relator: Carlos Adilson Silva, Data de Julgamento: 31/01/2012, Terceira Câmara de Direito Público, Data de Publicação: Apelação Cível n., da Capital)

DEPENDÊNCIA ECONÔMICA E RECEBIMENTO DE VALORES

...O art. 6º, inc. VIII, da Lei Complementar Estadual n. 412/2008, considera dependentes os pais que vivam sob a dependência econômica do segurado. Logo, os genitores do segurado que vem a falecer devem comprovar que dependiam economicamente do de cujus para fazerem jus à pensão por morte. In casu, o acervo documental evidencia que a postulante carecia do auxílio monetário de sua filha para adquirir medicamentos e alimentos, de sorte que a procedência do pedido inaugural era mesmo de rigor, mormente porque, em que pese a renda familiar superar um salário mínimo, os valores despendidos com saúde e alimentação excedem aos rendimentos da requerente. Afora isso, é cediço que o recebimento de benefício do INSS não afasta o direito à percepção da pensão por morte da autarquia previdenciária estadual. [...]. (TJ-SC - AC: 20130186764 São José 2013.018676-4, Relator: Carlos Adilson Silva, Data de Julgamento: 29/03/2016, Primeira Câmara de Direito Público, )

REAJUSTE E DIREITO ADQUIRIDO

EC n.º 41/03 Art. 3º É assegurada a concessão, a qualquer tempo, de aposentadoria aos servidores públicos, bem como pensão aos seus dependentes, que, até a data de publicação desta Emenda, tenham cumprido todos os requisitos para obtenção desses benefícios, com base nos critérios da legislação então vigente.

Ementa: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. INSTITUIDOR APOSENTADO ANTES DA EMENDA CONSTITUCIONAL 41/2003, PORÉM FALECIDO APÓS SEU ADVENTO. DIREITO DO PENSIONISTA À PARIDADE. IMPOSSIBILIDADE. EXCEÇÃO: ART. 3º DA EC 47/2005. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO. I O benefício previdenciário da pensão por morte deve ser regido pela lei vigente à época do óbito de seu instituidor. II Às pensões derivadas de óbito de servidores aposentados nos termos do art. 3º da EC 47/2005 é garantido o direito à paridade. III Recurso extraordinário a que se dá parcial provimento. (STF. RE 603580, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 20/05/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-152 DIVULG 03-08-2015 PUBLIC 04-08-2015)

Obrigado!! brunosafreiremartins@hotmail.com bmprofprev@gmail.com