AÇÃO CIVIL PÚBLICA E AÇÃO CIVIL COLETIVA Aline Riegel Nilson André Canuto de Figueirêdo Lima PRT da 14ª Região
1. NOÇÕES GERAIS DE PROCESSO COLETIVO Itália anos 70 Mauro Cappelletti, Vittorio Denti e Andrea Proto Pisani Estudos doutrinários que serviram de base para a adoção de um sistema judicial capaz de dar respostas adequadas aos conflitos coletivos sociedade de massa Brasil anos 80 primeiros reflexos legislativos Lei 6.938/81 e LC 40/81. Ação civil para responsabilizar o poluidor por danos ao meio ambiente e ACP como função institucional do MP. Sistema processual específico de tutela coletiva inaugurado pela LACP, consagrado pela CR/88 (rompimento definitivo com a tradição normativa individualista) e aprimorado com o CDC microssistema de reenvio recíproco. MP como legitimado para ajuizar ACP em direito coletivos lato sensu
2. ATUAÇÃO EXTRAJUDICIAL DO MPT Prescindibilidade de procedimento administrativo anterior para propositura de ACP Inquérito Civil: - Conceito: Procedimento administrativo e inquisitorial, informal, a cargo do MPT, destinado a investigar sobre a ilegalidade do ato denunciado, a colher elementos de convicção para ajuizamento de ACP ou de qualquer outra medida judicial ou, ainda, para assinatura de TAC. Convencimento do membro oficiante. - Contraditório e ampla defesa? - Valor das provas colhidas em seu bojo? Repetição em juízo?
3. TEMAS RELEVANTES EM ACP Distinção entre direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos NCPC e processo coletivo Depoimento pessoal do membro do Ministério Público Tutela antecipada antecedente
4. TUTELA INIBITÓRIA EM ACP Marinoni insuficiência do processo civil clássico para a tutela adequada de direitos. Concepções liberais. Papel reduzido do juiz, classificação trinária das sentenças, decisões sem força executiva no processo de conhecimento. A tutela preventiva é relegada a segundo plano, pois a ideia reinante era de que a única tutela contra o ilícito constituía-se na reparação do dano. Novas modalidades de tutela à vista das exigências do direito material obrigações de fazer e não fazer Ação de conhecimento de natureza preventiva, que visa a impedir a prática, a repetição ou a continuação de um ILÍCITO Inafastabilidade da jurisdição lesão ou ameaça de lesão a direito Não se cogita do DANO nem de sua reparação tutela ressarcitória Correção dos ilícitos no curso da ACP extinção sem julgamento do mérito? Término de obra/frente de trabalho perda de objeto?
5. TUTELA RESSARCITÓRIA EM ACP: DANO MORAL COLETIVO - Breve histórico: irreparabilidade ao princípio da reparação integral dos danos - Conceito: lesão a interesses ou direitos de natureza transindividual, titularizados pela coletividade, considerada em seu todo ou em qualquer de suas expressões (grupos, classes e categorias de pessoas), em decorrência da violação inescusável do ordenamento jurídico. - Caracterização in re ipsa : demonstração do fato ilícito que viola gravemente interesses de natureza transindividual. Não se cogita de culpa do ofensor nem de prova do prejuízo. Também não se pode pretender provar efeitos negativos da violação (insegurança, abalo ou transtorno coletivo). - Reparação: resposta peculiar e adequada do sistema jurídico. Condenação ao pagamento de parcela pecuniária com primazia da função sancionatória.
5. TUTELA RESSARCITÓRIA EM ACP: DANO MORAL COLETIVO - DMC indene: fator de incentivo à prática de novas condutas antijurídicas, em que o violador auferiria vantagem indevida; descrédito da coletividade para com o sistema jurídica; esvaziamento ético do instituto da responsabilidade civil. - Valor DMC: deve incutir no violador a força da reprovação social e dos efeitso deletérios decorrentes de sua conduta. - Atendimento ao anseio de justiça da coletividade - Recomposição do equilíbrio social rompido - Conduta violadora não compensará para o ofensor (lógica capitalista) - Desestímulo a terceiros quanto à repetição da conduta: função preventiva
5. TUTELA RESSARCITÓRIA EM ACP: DANO MORAL COLETIVO - Parâmetros para fixação do quantum: 1) natureza, gravidade e repercussão da lesão; 2) situação econômica do ofensor; 3) proveito obtido com a conduta ilícita; 4) grau de culpa ou dolo, se presentes, e reincidência; 5) grau de reprovabilidade social da conduta. - Destinação: função secundariamente compensatória reconstituição dos bens lesados - FAT restrições - Finalidades específicas em favor da comunidade
- ACP x ACC - Efeitos da coisa julgada - Procedimento bifásico - Legitimidade do MPT 6. AÇÃO CIVIL COLETIVA