Protozoologia Silvia Ahid
Taxonomia de Protozoários PROTOZOA SARCOMASTIGOPHORA Eimeriina Eucoccidiida APICOMPLEXA Haemosporina Piroplasmida Babesiidae CILIOPHORA Sarcocystidae Eimeridae Cryptosporidiida Plamodiidae Babesia Toxoplasma Sarcocystis Isospora Eimeria Cyclospora Cryptosporidium Plasmodium Ahid_2009
Hemoprotozoários transmitidos por carrapatos a animais domésticos e silvestres. Babesia sp
Diagrama esquemático das formas de babesiose (protozoário) que pode ser encontrada no nos eritrócitos do sangue circulante.
Animal e Babesia Morfologia Principal vetor Bovino B. bigemina Grande Rhipicephalus microplus B. bovis Pequena R. microplus B. bovis B. bigemina
Animal e Babesia Morfologia Principal vetor Bovino B. divergens Pequena R. microplus Camacho_Fig4
Babesia de bovinos
Animal e Babesia Morfologia Principal vetor Eqüino B. caballi Grande B. equi Pequena Anocentor nitens Amblyomma B. equi B. caballi
No Brasil o A. nitens e o Amblyomma cajennense são as principais espécies de carrapatos que parasitam os equídeos mas, experimentalmente foram incapazes de transmitir a B. equi para esses animais (STILLER & COAN, 1995). BARBOSA et al. (1995) não encontraram B. equi ao examinarem 102 glândulas salivares de A. nitens e 411 de A. cajennense. GUIMARÃES et al. (1997a) verificaram que a B. equi é capaz de se multiplicar em glândulas salivares de fêmeas adultas de Boophilus microplus, formando esporozoítas com organelas características de forma invasiva e sugerem que este ixodídeo pode funcionar como vetor natural de B. equi em áreas endêmicas, onde não existe outro provável transmissor, ou este carrapato constituia a única espécie encontrada em eqüinos. No Planalto Catarinense, entre os ixodídeos, somente o B. microplus foi detectado parasitando eqüinos.
TENTER & FRIEDHOFF (1986) RJ - 72% de animais positivos para anticorpos anti- Babesia equi, BARBOSA et al. (1995) - de 90,6% a 100% em eqüinos com idade superior a seis meses. Minas Gerais, RIBEIRO & LIMA (1989) - 80,1% de animais positivos para anticorpos anti- Babesia equi em eqüinos. CUNHA (1993), Rio Grande do Sul - Babesia equi - 57,89% de eqüinos positivos. Souza et al. Cienc. Rural v.30 n.1. 2000
Animal e Babesia Morfologia Principal vetor Ovino/caprino B. ovis Pequena Rhipicephalus sp B. trautmani Grande Boophilus (?) Rhipicephalus (?) Anocentor (?)
Animal e Babesia Morfologia Principal vetor Canino B. canis Grande Rhipicephalus sp Dermacentor Haemaphysalls (?) B. gibsoni Pequena Rhipicephalus sanguineus H. bispinosa B. canis B. gibsoni
Animal e Babesia Morfologia Principal vetor Felino B. herpailuri B. felis Grande Pequena?? B. felis
Babesia spp.: transmissão transovariana "vermículos" infectam os ovos do carrapato
Biologia
Teleóginas de B. microplus, se infectam com B. bovis e B. bigemina nas últimas 16 a 24h do repasto sanguíneo. 3,5% B. bigemina 1,5% B.bovis 70% de mortalidade
Transmissão transovariana de Babesia bovis em Boophilus microplus: Obtenção de cepa de carrapato livre de Babesia spp. Cienc. Rural vol.30 no.3 Santa Maria May/June 2000
Babesia em cães www.marciocerqueira.com/imagens/letal_10.jpg
http://www.entomolrio.com.br/myimages/rrrrr.jpg
A Babesiose pode matar de 24 a 48 horas após o início do sangramento. Quando infectado, o animal fica prostrado e muitas vezes necessita de transfusão de sangue. Normalmente, o animal que contrai a Babesiose fica também infectado com Erlichiose Foto cedida por CDC/James Gathany A erupção cutânea olho-de-boi é um sintoma típico da doença de Lyme, que os carrapatos podem transmitir para pessoas e animais A Babesiose não se transmite ao homem.
Epidemiologia: O número de carrapatos alimentando-se em um animal ao mesmo tempo também é um fator de risco
Urina: vermelho-escura (hemoglobinúria) explica porque a doença é também conhecida como "água vermelha". Hematúria Enzoótica INTOXICAÇÃO POR SAMAMBAIA (Pteridium aquilinum) www.vet.uga.edu/.../pteridhematuria2.jpg
Sinais Clínicos: babesiose cerebral apresentam sinais neurológicos: Inicialmente: incoordenação; deprimidos e, podem deitar-se com a cabeça extendida.
Bloqueio de capilares do SNC por Babesia bovis cerebral Bezerro com sintomas nervosos causados por babesiose visceral
Sinais Clínicos: Se não tratado, o bovino entra em decúbito lateral, com a cabeça voltada para trás, com movimentos involuntários das pernas, vindo o animal a morrer em seguida.
Achados de Necropsia As seguintes lesões são comumente vistas durante a necropsia de animais com babesiose: Toda a carcaça pode estar ictérica ou pálida; O sangue tende a estar pouco viscoso e o plasma pode estar tingido de vermelho; Edema pulmonar ou subcutâneo também pode ser observado. Fígado. pode estar muito pálido devido à anemia. ou alaranjado devido à icterícia http://www.vet.uga.edu/vpp/nsep/babesia/port/necr opsy_findings.htm
Achados de Necropsia fica aumentado de volume e friável devido à alta destruição dos eritrócitos. Baço fica distendida (decúbito sem urinar com freqüência) e, contém urina vermelho-escura (filtração da hemoglobina pelo rim). Bexiga
Achados de Necropsia Rins têm coloração vermelho-escura devido ao excesso de cilindros de hemoglobina nos túbulos e congestão acentuada.
Na babesiose causada por B. bovis, uma forma conhecida como "babesiose cerebral" pode ocorrer: O encéfalo encontra-se de coloração rósea ou róseo-avermelhada em toda sua superfície. Isso se deve à intensa congestão e adesão dos eritrócitos às células endoteliais.
DIAGNÓSTICO As amostras de sangue podem ser colhidas da veia jugular, da ponta das orelhas ou da cauda.
DIAGNÓSTICO: B. bigemina em Melhores resultados: Esfregaços finos (solução de Giemsa, nova diluída e filtrada). eritrócitos
PATOLOGIA CLÍNICA: Os resultados da urinálise mostram hemoglobinúria devido a hemólise intravascular. No sedimento urinário, células renais e cilíndros granulosos (devido à necrose tubular) podem ser observados. -anemia macrocítica hipocrômica com severa anisocitose, policromasia e metarubricitemia. Muitos eritrócitos tem corpúsculos de Howell-Jolly. -A ruptura dos eritrócitos pelas babésias resulta da presença de merozoítos maduros no sangue, embora seja muito difícil visualizá-los com imunoistoquímica. - Como visto na maioria das crises hemolíticas imunomediadas, a esferocitose pode ser marcada.
Quadro difererencial: Anaplasmose, transmitida por carrapatos, é causada por uma ricketsia (Anaplasma). Os Eritrócitos infectados são removidos da circulação pelo baço (eritrofagocitose).
Quadro difererencial: Clostridium hemolyticum pode infectar o fígado após a ocorrência de algum dano local, como a migração do parasita Fasciola hepatica.. É acompanhada por hemólise com hemoglobinúria Na foto, pode-se observar uma área extensa de necrose hepática onde C. hemolyticum está se replicando e liberando toxinas hemolíticas.
Quadro difererencial: Leptospira spp. libera toxinas que causam hemólise, e conseqüentemente hemoglobinúria e insuficiência hepática. Observa-se severa icterícia devido à hemólise. Essa forma sistêmica aguda de leptospirose é mais freqüente em animais ao redor de um mês de idade.
Outras Associadas com hemólise: incluem teileriose (Theileria spp.), hemoglobinúria pós-parto (devido à deficiência de fósforo) e intoxicação pela água. Confundidas com a forma cerebral da babesiose em bovinos: Raiva intoxicação por plantas doença hepática severa cursando com encefalopatia hepática muitas outras enfermidades com distúrbios neurológicos
CONTROLE, PREVENÇÃO E TRATAMENTO