UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ ELZI CRIPPA DA SILVA PACOTE TURISTICO HISTÓRICO-CULTURAL E NATURAL PARA O MAR GROSSO HOTEL EM LAGUNA/SC.

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Transcrição:

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ ELZI CRIPPA DA SILVA PACOTE TURISTICO HISTÓRICO-CULTURAL E NATURAL PARA O MAR GROSSO HOTEL EM LAGUNA/SC. Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI Centro de Ciências Sociais Aplicadas Comunicação, Turismo e Lazer São José 2008

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI UNIVALI ELZI CRIPPA DA SILVA PACOTE TURISTICO HISTÓRICO-CULTURAL E NATURAL PARA O MAR GROSSO HOTEL EM LAGUNA/SC. Trabalho de Conclusão de curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Turismo e Hotelaria, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais Aplicadas Comunicação, Turismo e Lazer Campus São José. Orientadora: Profª MSc.Renata Silva São José 2008

ELZI CRIPPA DA SILVA PACOTE TURISTICO HISTÓRICO-CULTURAL E NATURAL PARA O MAR GROSSO HOTEL EM LAGUNA/SC. Este trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Turismo e Hotelaria, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciência Sociais Aplicadas Comunicação, Turismo e Lazer e examinado pelos seguintes professores: Profª MSc.Renata Silva UNIVALI Orientadora Profª Vivian Staroski UNIVALI Membro Examinador Profª Flávia Deucher Sécca UNIVALI Membro Examinador

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ Curso de Turismo e Hotelaria José Roberto Provesi Reitor Mário César dos Santos Vice-Reitor Valdir Cechinel Filho Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão Amândia Maria de Borba Pró-Reitora de Ensino Mércio Jaconsen Secretário Executivo Carlos Alberto Tomelin Diretor do Centro de Ciências Aplicadas Comunicação, Turismo e Lazer Silvia Regina Cabral Coordenadora do Curso de Turismo e Hotelaria Arno Minella Responsável de Estágio Curso de Turismo e Hotelaria São José 2008

v Dedico este trabalho a minha família em especial a meus pais Walmecir e Viviane e meus irmão Peterson, Denise e Stewson, e meu namorado Ricardo pela compreensão durante estes meses de trabalho e por todo amor, carinho e incentivo, na realização deste curso.

AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar a Deus, por ter me dado força e segurança para a realização deste trabalho. Ao meu anjo que esta no céu, que sei que esta sempre ao meu lado, meu avô Alberto Crippa. Aos meus pais Walmecir Jorge Rampinelli, Joelson da Silva (Ausente, mas amo muito) e Viviane Catary Crippa, aos meus irmãos por mais que estavam ausentes, sei que torciam por mim, Denise Crippa, Stewson Crippa e Peterson Crippa que estava ao meu lado o tempo todo me incentivando ao estudo. A professora orientadora Renata Silva pela dedicação e paciência. A toda minha família, em especial a minha Dinda (Maria Helena) que por mais que esteja passando por um problema de saúde, sei que tudo irá dar certo, e ela sempre estará pensando positivo. A turma do Hevillys sempre, principalmente minha amigona do coração Josiane, que por mais que estávamos separadas, sempre acreditou em mim. A minha grande amiga do coração que sempre puxando minha orelha me deu muita força Lú Wilpert. E sem duvida ao meu grande amor Ricardo que apesar de tudo esteve ao meu lado, todo o momento deste período difícil e muito importante da minha vida. A todos, MUITO OBRIGADO! E que Deus abençoe TODOS, SEMPRE!!! vi

"Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontra todos os segredos, inclusive o da felicidade." vii [Charles Chaplin]

RESUMO O turismo é um dos maiores segmentos da economia mundial, com considerável potencial de geração de emprego e renda. No município de Laguna, o turismo se desenvolve muito mais no período de alta temporada. Por esse motivo surgiu a proposta de pacote turístico no período de sazonalidade, nos aspectos histórico-cultural e natural na cidade. Este projeto destaca a importância dos turistas para o desenvolvimento da divulgação do município e do hotel, que tem como objetivo a satisfação dos clientes, otimização de tempo e custos. Os pacotes turísticos são meios para diminuir a sazonalidade no período na baixa temporada. Contudo, o diferencial do pacote, incluindo passeios, hospedagem e guias qualificados, possibilita ao cliente deste hotel ter um melhor final de semana em família. Além disso, foi aplicado questionário aos turistas, com intuito de analisar a oferta turística do município Assim propõe-se distribuição de folder s e anúncios, além da adequação de pessoas qualificadas e capacitadas nesta área de divulgação, pois para o bom desempenho é preciso dispor de todos os recursos necessários para que sejam desenvolvidas da melhor forma possível. Mediante aos resultados obtidos, conclui-se que a região encontra-se na sua fase de consolidação, apresentando aspectos a serem melhorados, como por exemplo, a divulgação da região e de tudo de belo que tem a oferecer. O trabalho também analisa a situação atual da empresa, mostrando as diferentes etapas de sua operacionalização, e apresenta os orçamentos para a implantação de ações propostas. O intuito da implantação da proposta está relacionado com a melhora da lucratividade através do pacote turístico no hotel, consolidando a cidade de Laguna/SC. O projeto conta com a realização de quatro dias e três noites, as quais serão baseadas nas diversas visitações histórico-culturais e naturais e o grande espetáculo A República de Laguna. PALAVRAS-CHAVE: Pacote Turístico. Turismo (Histórico-cultural e natural). Mar Grosso Hotel e Laguna. viii

LISTA DE FIGURAS Figura 1 Sistema do Turismo SISTUR... 47 Figura 2 Mapa de Laguna... 66 Figura 3 Laguna/SC... 67 Figura 4 Vista aérea da Praia do Mar Grosso Hotel... 68 Figura 5 Pacote Turístico... 86 Figura 6 Folder... 89 Figura 7 Anúncio no Jornal... 90 Figura 8 Anúncio na Rádio... 90 Figura 9 Anúncio no site do Mar Grosso Hotel... 91 Figura 10 Organograma... 116 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Cronograma... 92 Quadro 2 Tarifa Promocional... 115 Quadro 3 Recursos Humanos... 116 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Orçamento do material gráfico de divulgação (Folders)... 93 Tabela 2 Orçamento dos Anúncios... 94 Tabela 3 Orçamento de outros serviços prestados aos clientes... 94 Tabela 4 Orçamento de custo do hotel... 94 xi

SUMÁRIO PARTE I - PROJETO DE AÇÃO DEDICATÓRIA... AGRADECIMENTOS... EPÍGRAFE... RESUMO... LISTA DE FIGURAS... LISTA DE QUADRO... LISTA DE TABELA... v vi vii viii xi xi xi 1 INTRODUÇÃO... 16 1.1 Justificativa... 17 1.2 Objetivos... 18 1.2.1 Objetivo geral... 18 1.2.1 Objetivo específicos... 19 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 20 2.1 Hotelaria... 20 2.1.1 Hotelaria Mundial... 20 2.1.2 Hotelaria Brasil... 23 2.1.3 Hotelaria em Santa Catarina... 27 2.1.4 Tipologia hotelaria... 28 2.1.5 Cargos e funções do hotel... 31 2.2 Histórico do turismo... 33 2.2.1 Teoria e definição... 37 2.2.2 Tipos de turismo... 40 2.2.2.1 Turismo de lazer... 41 2.2.2.2 Turismo de evento... 42 2.2.2.3 Turismo histórico-cultural e natural... 43 2.2.3 Sistema de turismo SISTUR... 45 2.2.3.1 Subsistema ecológico... 48 2.2.3.2 Subsistemas econômico... 50

2.2.3.3 Subsistema social... 51 2.2.3.4 Subsistema cultural... 52 2.3 Planejamento turístico... 53 2.3.1 Sazonalidade... 56 2.3.2 Pacote Turístico... 57 2.4 Marketing turístico... 60 3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL... 64 3.1 Laguna... 64 3.2 Hotel... 69 3.3 Verificação da importância do pacote turístico para os clientes do hotel... 70 4 PROPOSTA DE AÇÃO... 81 4.1 Definição da proposta... 81 4.2 Operacionalização... 81 4.3 Ações/etapas... 82 4.4 Cronograma... 92 4.5 Orçamento... 93 5 VIABILIDADE... 96 6 REFÊNCIA... 98 7 APÊNDICE... 103 Apêndice A Modelo de pesquisa para os turistas... 103 8 ANEXOS... 104 Anexo A Fonte da Carioca... 104 Anexo B Casa Pinto D Ulisséa... 104 Anexo C Casa de Anita... 105 Anexo D Museu Anita Garibaldi... 105 Anexo E Marco de Tordesilhas... 106 Anexo F Estatua Nossa Senhora da Graça... 106 Anexo G Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos... 107 Anexo H Farol de Santa Marta... 107

Anexo I Pedra do Frade... 108 Anexo J Baleia Franca... 108 PARTE II RELATÓRIO DE ESTÁGIO 1 IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DO ALUNO... 110 1.1 Identificação da empresa... 110 1.2 Identificação do acadêmico... 110 2 JUSTIFICATIVA... 111 3 OBJETIVOS... 113 3.1 Objetivo geral... 113 3.2 Objetivos específicos... 113 4 CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA... 114 4.1 Evolução histórica da organização... 114 4.2 Infra-estrutura física da empresa... 114 4.3. Infra-estrutura administrativa... 116 4.4 Quadro de recursos humanos segundo o organograma... 116 4.5 Serviços prestados ao cliente... 117 5 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS POR SETOR... 118 5.1 Recepção/ Reservas e Administrativo... 118 5.1.1 Funções do setor... 118 5.1.2 Infra-estrutura do setor... 119 5.1.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor... 120 5.1.4 Conhecimentos técnicos adquiridos... 120 5.1.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas... 121 5.2 Alimentos e Bebidas... 121 5.2.1 Funções do setor... 121 5.2.2 Infra-estrutura do setor... 122 5.2.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor... 123

5.2.4 Conhecimentos técnicos adquiridos... 123 5.2.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas... 123 5.3 Governança... 124 5.3.1 Funções do setor... 124 5.3.2 Infra-estrutura do setor... 125 5.3.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor... 125 5.3.4 Conhecimentos Técnicos Adquiridos... 126 5.3.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas... 126 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 127 7 REFERÊNCIA... 128 8 ASSESSORIAS TÉCNICAS E EDUCACIONAIS... 129 9 ANEXOS... 130 Anexo A Hotel / Prédio... 130 Anexo B Entrada do Hotel... 130 Anexo C Mesa Café da Manhã Lateral... 131 Anexo D Mesa Café da Manhã Frente... 131 Anexo E Churrasqueira Coletiva... 132 Anexo F Estacionamento... 132 Anexo G Cozinha... 133 Anexo H Copa... 133 Anexo I Rouparia... 134 Anexo J Lavabo... 134 Anexo K Apartamento Casal... 135 Anexo L Apartamento Solteiro... 135 Anexo M Apartamento Triplo... 136 Anexo N Escritório Proprietário... 136 Anexo O Placa em Frente á Avenida Principal... 137 Anexo P Visual da Sacada Praia do Mar Grosso... 137 Anexo Q Praia Molhes da Barra... 138 Anexo R Laguna Antiga... 138 Anexo S Folder... 139

Anexo T Cartão de Visita... 140 Anexo U Cartão Normativo... 140 Anexo V Caderno de Entrada e Saída de Hóspedes... 141 Anexo X Ficha de Hospedagem... 142 Anexo W - Avaliação do Desempenho do Estagiário pela Organização... 143 Anexo Y Declaração... 144

PROJETO DE AÇÃO PACOTE TURISTICO HISTÓRICO-CULTURAL E NATURAL PARA O MAR GROSSO HOTEL EM LAGUNA/SC.

1 INTRODUÇÃO O fenômeno turístico tem ganhado força a cada ano que passa, sendo importante fonte de renda para vários destinos. Vários são os motivos em seus tempos livres ou de lazer. Através disso, vários destinos desenvolvem ações para a captação dessa demanda, de acordo com suas características. A região litorânea do sul de Santa Catarina desenvolve a atividade turística através do recurso mais abundante que são as praias sendo que a maior procura dos turistas é no período de veraneio, devido ao clima subtropical. Entretanto nem todos procuram tais recursos e destinos somente quando o clima lhes é agradável ou favorável, sendo esse um fator muito importante para o desenvolvimento de atividades que atraiam turistas para esta região durante os meses da baixa temporada. O Mar Grosso Hotel está localizado na principal praia (Mar Grosso) de Laguna/SC, com cerca de 1500 m2 de área construída, equipado com 30 apartamentos, estacionamento fechado e coberto, churrasqueira coletiva e uma sala com capacidade de 40 pessoas para diversos eventos. Esta infra-estrutura conta com 08 funcionários suficientes para o atendimento no período de sazonalidade, que compreende entre abril a outubro, mesmo com alguns grandes eventos na cidade (Festa de Santo Antônio e A República em Laguna), inserido nestes meses. Já na alta temporada os números de funcionários dobram para atender a demanda que é muito maior de turistas no hotel. Durante a realização do estágio supervisionado do Curso de Turismo e Hotelaria no Mar Grosso Hotel foi possível observar como é a vivência na baixa e na alta temporada, principalmente a diferença de público entre a baixa e a alta. Como pode ser observado no relatório do estágio foi dado ênfase em três setores: Recepção/Reserva/Administrativo, Alimentos & Bebidas e Governança. É característico este empreendimento possuir uma infra-estrutura pequena, até por ser um hotel mais antigo. Naquela época, há 40 anos atrás, não tinha tantas opções e tecnologia como o Mercado tem hoje. Atualmente o Mar Grosso Hotel enfrenta alguns problemas e o principal é o reflexo da baixa-temporada. Mesmo assim, possuem pouca divulgação o que dificulta ainda mais a identificação do equipamento. Foi dado destaque à sazonalidade pós verão e por isso a idéias para melhorar a baixa deste período. Ao identificar esta situação foi possível trabalhar ferramentas que proporcionem melhor divulgação do hotel assim como de toda a cidade de Laguna/SC, tendendo a melhorar também a procura no período fraco.

Por ser um hotel de menor porte, aconchegante e familiar e com diárias acessíveis é possível observar que para o seu melhoramento, principalmente em época sazonal no hotel, se faz necessário propor pacotes turísticos nos segmentos histórico-cultural e natural, para o Mar Grosso Hotel na cidade de Laguna/SC. Segundo dados da ABIH-SC (2008): Atualmente Santa Catarina conta com cerca de 2.750 meios de hospedagem entre hotéis, pousadas, hotéis fazendas, albergues, hospedarias e outros. A predominância é de hotéis do tipo tradicional, com administração familiar, embora tenha crescido nos últimos anos a presença de hotéis de rede no Estado e a profissionalização da empresas do tipo familiar. O objetivo primordial é aumentar o número de hóspedes no Mar Grosso Hotel, mostrando as potencialidades, atratividades e diversão que o município dispõe para uma boa estadia. 1.1 Justificativa Há muitos anos existe a idéia de que Laguna é uma cidade que vive apenas do turismo de verão, aquele que movimenta o município apenas entre o Natal e o Carnaval, época em que o clima favorece a utilização das praias (Prefeitura Municipal de Laguna, 2008). Hoje, Laguna está se modificando aos poucos para receber os turistas o ano todo, com eventos tradicionais já existentes há alguns anos no período de sazonalidade. É importante ressaltar, que, pela tradição de ser uma cidade calma, com excelente qualidade de vida, onde a segurança é satisfatória do que nos grandes centros, como Rio de Janeiro, São Paulo e muitas capitais do Nordeste brasileiro, muitos turistas acabam trazendo a família, independente da época do ano, para uns dias de folga. É pensando em cada um destes vários tipos de turistas que chegam à cidade os de verão, os de lazer, os de acaso, os que vêm visitar familiar e amigos que está sendo pensado/criado o pacote turístico na baixa-temporada, para atrair turistas para a cidade de Laguna / SC, para conhecer as belezas naturais e histórico-culturais que a cidade tem a oferecer e também que o turista sinta a satisfação de estar hospedado em um hotel como se

fosse a sua própria casa fora de casa. Trata-se de uma ferramenta de turismo simples e mais barata. Levando todos estes aspectos em consideração, o autor Oliveira (2001, p.36) conceitua turismo da seguinte forma: Denomina-se turismo o conjunto de resultados de caráter econômico, financeiro, político, social e cultural, produzidos numa localidade, decorrentes da presença temporária de pessoas que se deslocam de seu local habitual de residência para outros, de forma espontânea e sem fins lucrativos. Mas nem todos procuram tais recursos e destinos somente quando o clima lhe é agradável ou favorável, sendo esse um fator muito importante para o desenvolvimento de atividades que atraiam turistas para esta região durante os meses da baixa temporada. Observando todo o funcionamento do turismo na cidade de Laguna percebem-se então algumas deficiências, estando entre elas ás formas de desenvolvimento da atividade turística, os tipos de público que freqüentam a cidade, o problema da sazonalidade que dificulta a vida dos empreendedores na baixa temporada, e o mau aproveitamento de toda sua extensão com seus diversos atrativos. Laguna a mais de 40 anos recebe visitantes para turismo cultural, histórico, de lazer e religioso. A praia Mar grosso é considerada a principal de Laguna e possui atualmente 11 estabelecimentos hoteleiros, sendo que o mais afastado está há 300 metros da sua orla. O Mar grosso Hotel, com quase 40 anos, atravessa dificuldades de captação de novos clientes, já que sua estrutura física, antiga, o desfavorece em relação aos outros equipamentos mais novos que também buscam o mesmo publico. Assim, o hotel esta oferecendo um diferencial que seria pacote turístico, além dos clientes já fidelizados, também abre espaço para um novo publico que prefere um ambiente mais casual, informal e caseiro. Esta proposta aumenta o potencial deste estabelecimento dentro do Mercado nesta cidade. 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo geral Propor pacote turístico histórico-cultural e natural, no período de sazonalidade dentro do Mar Grosso Hotel, destacando a cidade de Laguna/SC.

1.2.2 Objetivos específicos - Identificar a importância do desenvolvimento do pacote turístico para os clientes do Mar Grosso Hotel; - Verificar os eventos que serão realizados na cidade no segundo semestre de 2008 e aliar aos projetos do hotel; - Definir data, atrações e acompanhamento aos turistas; - Apresentar os serviços turísticos de alimentação, hospedagem e transporte para o pacote turístico; - Definir ações de marketing para divulgação de pacotes turísticos.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Hotelaria 2.1.1 Hotelaria Mundial. Segundo Campos e Gonçalves (1998), não se sabe ao certo quando e como surgiu a atividade hoteleira no mundo. De acordo com Costa (apud CANDIDO; VIEIRA, 2004, p.68), o que se conhece hoje da história da hospedagem no mundo, é que hospedar pessoas é uma prática muito antiga. Supõe-se que esta atividade tenha nascido da necessidade natural que os viajantes têm de procurar abrigo, apoio e alimentação durante suas viagens. Para Barbosa e Leitão (2005), há quem acredite que um turismo embrionário era praticado por povos primitivos ainda na pré-história, quando decidiam viajar até o mar e retornavam. Assim, foi na Grécia, alguns séculos antes da era cristã (mais precisamente no século VII a.c.), que se teve a notícia do primeiro hotel construído. Num primeiro momento no Santuário de Olímpia, lugar onde eram realizados os jogos olímpicos, foram construídos o estádio e o pódio, e então mais tarde foram acrescentados os balneários e uma hospedaria capaz de abrigar os visitantes (CAMPOS; GONÇALVES, 1998, p.72) e os atletas que vinham para os eventos desportivos realizados a cada quatro anos na cidade-estado de Olímpia. Os jogos olímpicos motivaram as primeiras viagens de lazer. Por isso, segundo Barbosa e Leitão (2005), a expansão do Império Romano fez surgir um intenso intercâmbio comercial, dando origem também, a viagens de lazer em que não faltavam atrações, como: espetáculos circenses e lutas de gladiadores. Desse modo, comparado aos gregos, tem-se a mesma contribuição por parte das termas romanas, pois estas se destinavam ao lazer, contribuindo com cômodos para os usuários descansarem. Dependendo do status do cliente, poderiam ser oferecidos aposentos luxuosos e de grandes dimensões ou aposentos menores, mais simples e até de uso coletivo. Tanto gregos, como os romanos tiveram grande influência na evolução da hotelaria. No entanto, os romanos destacaram-se mais por serem ótimos construtores de estradas, propiciando dessa forma, uma expansão de viagem por seus territórios e o surgimento de abrigos para os viajantes Campos e Gonçalves (1998). Todos os territórios europeus dominados por Roma adaptaram sua cultura

à arte de hospedar, fazendo com que ao longo de suas estradas surgissem às pousadas. Nessa época, todos os estabelecimentos deveriam obedecer a regras muito rígidas, como por exemplo: não poderiam aceitar nenhum hóspede que não tivesse uma carta de recomendação assinada por uma autoridade, mesmo estando a serviço do imperador. Com o uso do cavalo como meio de transporte nas vias e estradas romanas, surgiram novos tipos de hospedagem: o stabuluna (ofereciam hospedagem para o viajante e tratamento para a montaria); as mutationes (mantidas pelo Estado, destinado à troca de animais e repouso dos viajantes); as mansiones (destinados a abrigar tropas militares em marcha) e as tarbenae (lugares em que se vendiam produtos da terra, comidas e bebidas), além de pequenas pousadas ao redor dessas (BARBOSA; LEITÃO, 2005). De acordo com Campos e Gonçalves (1998), nas grandes e refinadas mansiones (grandes hotéis situados ao longo da rodovia) essas regras eram seguidas a risca, mas o mesmo não acontecia nas pequenas pousadas ao seu redor. Essas hospedarias eram muito numerosas e davam nome a alguns lugares, como: Circus ou Via Appia, onde ocorriam toda sorte de orgias, crimes e desordens. Em épocas de intrigas políticas e intensa luta pelo poder, os magistrados mantinham essas pousadas sobre extrema vigilância, já que civis, militares e funcionários do correio ali se hospedavam. Chegavam até a pagar certa quantia para os donos de hotéis relatarem o que ouviam dos hóspedes. Esse panorama foi seguido até final da Idade Antiga, pois com a queda do Império Romano as estradas tornaram-se pouco seguras. As Guerras Sucessivas e a dificuldade do comércio existir faziam com que se tivessem menos viajantes na estrada. Como não se tinha tantos viajantes, não se tinha tantos hóspedes. Quando necessária, isto é, quando se tinha viagens de caráter religioso (único turismo que passou a existir nessa época), a hospedagem era oferecida pelos monastérios e outras instituições religiosas, pois estas eram mais seguras e confiáveis. Essa hospitalidade tornou-se, mais tarde, uma atividade organizada, com a construção de quartos e refeitórios separados e monges que atendiam exclusivamente aos viajantes. Nesses abrigos, os hóspedes eram obrigados a cuidar da própria alimentação, da iluminação (velas, lampiões, etc.) e das roupas de dormir, além de depender da boa vontade e da acolhida dos responsáveis pelos estabelecimentos. As pousadas que, neste período também atendiam somente aos viajantes religiosos, logo depois assumiram características de negócio lucrativo diante do movimento intenso de soldados, peregrinos e mercadores (BARBOSA; LEITÃO, 2005). No século XIII, como relata Campos e Gonçalves (1998), as viagens pela Europa voltaram a se tornar mais seguras, e com isso, as hospedarias puderam se restabelecer ao longo das rodovias. Ainda neste século, com a mudança do perfil da hotelaria, que passou a

ser olhada como uma atividade profissional tem-se a criação do Primeiro Grêmio dos Proprietários de Pousadas, na Itália, em 1282 (BARBOSA; LEITÃO, 2005). Devido a essa rápida expansão, países como França e Inglaterra implantaram leis e normas para regulamentar a atividade hoteleira. Na França, o processo ocorreu mais rápido que na Inglaterra, onde somente em 1514 (século XVI), os hoteleiros de Londres foram reconhecidos legalmente, isto é, passaram de hospedeiros para hoteleiros. Em 1589, foi o ano em que foi editado o primeiro guia de viagens de que se tem notícia. Neste guia, tinham-se bem definidos os diferentes tipos de acomodações disponíveis para viajantes a negócios ou a passeios. No século XVII, consolidavam-se na Europa as diligências, carruagens puxadas por cavalos. Esse novo meio de transporte garantia um grande fluxo constante de hóspedes para pousadas e hotéis das estradas. Muitos serviços de diligências eram oferecidos pelos hotéis. Neles também ficava o terminal de rota e estábulos, diferenciais para poder assegurar clientes para seu estabelecimento. Segundo Campos e Gonçalves (1998), o surgimento das ferrovias (em 1840) proporcionou a reforma e a reconstrução de velhos estabelecimentos e o surgimento de outros em estradas que levavam à capital. As pousadas destinavam seus serviços a um tipo de estação de chegadas e partidas, dispondo também de salas de espera, escritório de reservas tanto de hospedagem como de passagens de diligencias de várias rotas. Com o desaparecimento das diligencias, a rede hoteleira que dependia dela sofreu um forte abalo: tinham-se novas regras de hospedagem e o tempo das viagens diminuirá com a ferrovia, por ser um meio de transporte muito mais rápido. Segundo Costa (2004), foi após a Revolução Industrial que a hospedagem tornou-se uma atividade rentável, de modo que, foi iniciada sua exploração comercial. Para Campos e Gonçalves (1998, p. 77) No final do século XIX, os hóspedes tinham se tornado muito mais exigente o que fez com que surgissem hotéis de grande luxo, como os famosos: Savoy, Ritz, Claridge, Carlton, e outros, que acompanhavam a tendência dos fabulosos trens e navios de passageiros da época. Dessa maneira, os hotéis ganharam forma e organização para atender aos clientes. César Ritz revolucionou a hotelaria tradicional, introduzindo o conceito de apartamento, isto é, quartos com banheiros privativos (COSTA, 2004). Nas palavras de Campos e Gonçalves (1998), a hotelaria americana obedeceu aos critérios europeus, principalmente, o dos ingleses. Devido à ocupação do Oeste do país, onde

foi descoberto ouro, surgiram vilas que mais tarde se transformariam em grandes cidades. Nessas cidades tinham-se os chamados saloons, lugares onde, primeiramente, se oferecia comida, bebida e diversão, para depois ter também alojamento para os clientes. As diligências tiveram grande importância nos Estados Unidos, pois incentivaram a hospedagem em fazendas que ficavam no meio da rota para os viajantes. Mas, assim como na Europa, a chegada das ferrovias fez os hotéis se adaptar aos novos tempos. De acordo com Campos e Gonçalves (1998, p. 78), uma característica própria da hospedagem nos EUA, foi o surgimento de hotéis ao longo dos rios navegáveis na forma de grandes embarcações, que ofereciam hospedagem, cassinos e diversão aos clientes. Os primeiros grandes hotéis norte-americanos surgiram na Costa do Atlântico, pois era lá que se tinha grande navegação marítima, o que proporcionava intenso fluxo de passageiros. No século XX, segundo Costa (2004), o trabalho nas indústrias começava a se tornar profissional, de modo que, os profissionais adquiriram o direito às férias. Os hotéis passaram a se ocupar desta nova clientela. Depois da II Guerra Mundial, o crescimento do turismo, devido a uma expansão de renda da população e do aumento do tempo disponível para o lazer (Costa, 2004), estimulou a construção de hotéis em grandes cidades, como nas capitais e nos principais centros de atração turística de diversos países, como: Itália, Dinamarca, Noruega, Espanha, Suécia. Desse modo, se teve o nascimento de grandes corporações hoteleiras, cujos nomes são conhecidos no mundo todo: Accor, Holiday Inn, Hilton, Meridien, Manhattan, entre outros. Por investirem bilhões de dólares e comandarem o mercado, essas grandes redes ditam a evolução dos padrões de hospedagem, equipamentos e serviços, realizando um vasto programa de modernização (CAMPOS; GONÇALVES, 1998). Na década de 70, o turismo passa por inovações e há o aparecimento de hotéis voltados, exclusivamente, para o lazer: os chamados Resorts (COSTA, 2004). 2.1.2 Hotelaria no Brasil Segundo Campos e Gonçalves (1998), a enorme dimensão geográfica, a localização privilegiada, e a grande variedade de climas permitem que o Brasil tenha uma exploração turística muito variada, dispondo de grande extensão de litoral, cidades em regiões montanhosas e áreas como o Pantanal Mato-grossense e a Amazônia. A hospedagem é bastante diferenciada nas regiões brasileira, pois cada uma mantém suas características e costumes próprios. Tais características fizeram com que o país tivesse uma vantagem em termos de exploração do potencial turístico.

De acordo com Barbosa e Leitão (2005), a carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei de Portugal, Dom Manoel, é o primeiro registro de hospedagem no Brasil, pois nela era relatado o contato entre duas tradições de hospitalidade: a indígena e a portuguesa. De um lado, os índios compartilhavam com os navegantes a exuberância da terra em que viviam. De outro lado, os portugueses que herdaram dos antigos a visão sagrada da hospitalidade. Quando surgiram as expedições bandeirantes para explorar o interior do território descoberto, tivemos o primeiro foco de hospedagem no interior do Brasil. Ranchos rústicos e toscos, improvisados à beira da estrada para abrigar os viajantes, assemelhavam-se as antigas estalagens européias, e vieram a se tornar, anos mais tarde, cidades. O Brasil é considerado um país muito jovem, e nossa tradição em hospedagem foram baseados em modelos europeus e, posteriormente, no modelo norte-americano (CAMPOS; GONÇALVES, 1998). Segundo Costa (2004), no Brasil não houve demanda para hotelaria durante muitos anos, pois não se tinham viajantes, nem comércio. No período colonial, os viajantes que vinham ao país hospedavam-se nas casas grandes dos engenhos e fazendas, nos casarões das cidades, ou nos conventos. A gentileza e a generosidade do anfitrião eram fatores importantes de prestigio na sociedade (BARBOSA; LEITÃO, 2005). A hotelaria, em São Paulo, foi impulsionada pelo bom período econômico no Segundo Império. O hotel que marcou a hotelaria em São Paulo foi o Hotel Términus, que se direcionava ao Turismo de Negócios. Já, o Rio de Janeiro caracterizava-se como pólo turístico de lazer, com a construção do Copacabana Palace Hotel (considerado o grande marco da hotelaria no Brasil), construído em 1923, e o Hotel Glória (COSTA, 2004). Os primeiros grandes hotéis brasileiros foram construídos por imigrantes, que viam na nova terra uma possibilidade de sucesso. Quase toda a estrutura desses hotéis era importada, já que o Brasil ainda não era um país industrializado, e por isso não fabricava nenhum dos materiais necessários na construção, como: telhas, azulejos, cerâmicas, móveis, roupas de cama e mesa, etc. De acordo com Campos e Gonçalves (1998), a hotelaria brasileira só começou a crescer em meados do século XIX, quando muitas capitais e cidades grandes ganharam grandes e elegantes hotéis. Foi também quando se intensificaram as viagens em busca de cultura e recreação. A evolução dos meios de transporte (trens, navios) tornou as viagens mais acessíveis para outros segmentos da população que não fossem da nobreza, pois se tem o surgimento da classe média, com melhores salários e maior possibilidade de gastos com lazer (BARBOSA; LEITÃO, 2005). Nas palavras de Barbosa e Leitão (2005), os hotéis de melhor