Leishmaniose Tegumentar Americana (Leishmania) Prfª. M.Sc. Yara Bandeira Azevedo UNIFAN Leishmania Filo: Sarcomastigophora Subfilo: Mastigophora Ordem: Kinetoplastida Família: Trypanosomatidae Gênero: Leishmania
Leishmaniose Tegumentar Americana Agente etiológico: Leishmania (Viannia) braziliensis Leishmania (Leishmania) amazonensis Leishmania (Viannia) guyanensis - Na América, é endêmica no México, maior parte da América Central, todos países da América do Sul, exceto Chile. - No Brasil, ocorre em todos os estados, com maior incidência no Norte. Leishmaniose Tegumentar Americana É uma doença que ocorre primariamente em alguns animais e secundariamente em humanos Atinge pele e mucosas Período de incubação: alguma semanas, meses ou anos Três manifestações clínicas: Cutânea Cutaneomucosa Difusa ou disseminada
Leishmaniose Tegumentar Americana É uma doença típica de países ou regiões pobres Até recentemente a doença era quase exclusivamente silvestre ou rural Zoonótica Heteroxênica (mamífero e invertebrado) Principais formas morfológicas São designadas por palavras de origem latina grafadas co acento no í (proparoxítonas) Amastígota: arredondada ou oval, com flagelo curto, não exteriorizado (a= ausente, mastígota = flagelo) Promastígota: forma alongada, com cinetoplasto colocado anteriormente (pro = antes) ao núcleo, o flagelo emerge da porção anterior do protozoário ( puxa o organismo durante a movimentação) Paramastígota: forma com cinetoplasto colocado junto do núcleo e pequeno flagelo livre.
Principais formas morfológicas Obs.: Apresenta ainda a forma paramastígota Leishmaniose Tegumentar Americana Transmissão: Picada de insetos hematófagos pertencentes ao gênero Lutzomyia conhecido no Brasil como: - Birigui - Mosquito-palha - Tatuquira
Leishmaniose Tegumentar Americana Vetor Ordem: Díptera Família: Psychodidae Gênero: Lutzomyia Leishmaniose Tegumentar Americana Hospedeiro invertebrado: Insetos (mosquitos) das espécies - Lutzomyia whitmani, Lutzomyia wellcomei, Lutzomyia pessoai, Lutzomyia intermedia, etc. Hospedeiro vertebrado: cão, gato, jumento, cavalo, paca, cutia, rato, tatu, tamanduá, preguiça, gambá, quatis, mico, homem.
Leishmaniose Tegumentar Americana Mamíferos são infectados quando são picados por um inseto fêmea de Lutzomyia promastígotas metacíclicas (probóscida) Saliva contém: forma infectante, componentes neuropeptídeos (anestésicos, vasodilatadores e imunossupressores) Facilitam a introdução do aparelho bucal, estimula o fluxo sanguíneo, facilitando a hematofagia e inibindo a resposta imune do hospedeiro favorecendo o estabelecimento da Leishmania Saliva prurido após a hematofagia Leishmaniose Tegumentar Americana
1.Durante o repasto sangüíneo, a fêmea do flebotomíneo introduz formas promastigotas metacíclicas no local da picada; Ciclo Biológico 2.Promastigotas são interiorizadas por macrófagos teciduais; 3.Promastigotas se transformam em amastigotas; 4.Inicia-se o processo de reprodução no interior do vacúolo parasitóforo; 5.Rompimento do macrófagoe liberação dos parasitas no interstício; 6.Parasitas são fagocitados por novo macrófago; 7.Macrófagos parasitados podem ser ingeridos pela fêmea de flebotomíneo durante o repasto sangüíneo; 8.No estômago do inseto, macrófago se rompe liberando amastigotas. Transformação dos amastigotas em promastigotas, que se dividem por divisão binária; 9.Promastigotas migram para o intestino e colonizam as regiões do piloro e íleo, transformandose em paramastigota(subgênero Viannia); 10.Paramastigotas se aderem ao epitélio e se reproduzem. Transformação em promastigota e migração para o estômago, e em seguida para a faringe do inseto(promastigotas metacíclicas); Leishmaniose Tegumentar Americana Formas Clínicas Leishmaniose Cutânea: Leishmania braziliensis Leishmania guyanensis Leishmania amazonensis - Formação de úlceras únicas ou múltiplas confinadas na derme conhecidas por úlcera de Bauru, ferida brava, ferida seca
Leishmaniose Tegumentar Americana Formas Clínicas Leishmaniose Cutaneomucosa: Leishmania braziliensis - Lesões destrutivas secundárias nas mucosas e cartilagens (nariz, faringe,boca, laringe) Leishmaniose Tegumentar Americana Formas Clínicas Leishmaniose Cutânea Difusa: Leishmania amazonensis - Lesões difusas não ulceradas por toda pele (nódulos e pápulas) - Está associada a deficiência imunológica
Leishmaniose Tegumentar Americana Clínico: - Características da lesão Laboratorial: -Pesquisa do parasito Diagnóstico - Exame direto de esfregaço corados - Histopatológico - Cultura Leishmaniose Tegumentar Americana Métodos Imunológicos: Diagnóstico Teste de Montenegro - Inóculo intradérmico do antígeno no anti-braço e análise da reação de hipersensibilidade Imunofluorescência Indireta ELISA
Leishmaniose Tegumentar Americana PROFILAXIA Evitar a picada através de proteção individual (roupas, repelentes) - Não construir residências próximo as florestas - Dormir com mosqueteiros de malha fina Leishmaniose Tegumentar Americana Tratamento -Antimoniato de meglumine (Glucantime) - Estibogluconato de sodio (Pentostan) - Isoticianato de pentamidine (Lomidine) - Anfoterecina B - Rifampicina - Leishvacin (2002 MS) - Imunoterápico
Leishmaniose Visceral Americana (Calazar) Prfª. M.Sc. Yara Bandeira Azevedo UNIFAN Leishmaniose Visceral Americana Agente etiológico: Leishmania (Leishmania) chagasi América Latina Leishmania (Leishmania) donovani Leishmania (Leishmania) infantum Vetor: Lutzomyia longipalpis São morfologicamente semelhantes às outras espécies de Leishmania
Leishmaniose Visceral Americana Ciclo biológico semelhante ao tegumentar Período de incubação: uma semana a vários meses 2a7meses Ocorre em quase todas as regiões subtropicais do mundo: - Ásia, Oriente Médio, África, América Central e do Sul Mais de 90% dos casos nas Américas são encontrados no Brasil - Pará, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul etc. Leishmaniose Visceral Americana Transmissão: - Picada do inseto (vetor) - Acidentes de laboratório - Transfusão sanguínea - Transmissão congênita
Leishmaniose Visceral Americana FORMAS CLÍNICAS - Forma assintomática - Forma subclínica (sintomatologia inespecífica) - Forma aguda - Clinicamente confundida com Chagas aguda, malária, toxoplasmose aguda, histoplasmose, etc. - Febre, hepatoesplenomegalia, ascite, magreza intensa (chegando à caquexia, nos casos mais adiantados), complicações circulatórias e respiratórias. A sintomatologia é devida principalmente às alterações que ocorrem no baço, fígado e medula óssea. Leishmaniose Visceral Americana FORMAS CLÍNICAS - Forma Sintomática, Crônica ou Calazar - Hepatoesplenomegalia - Caquexia - Imunodepressão - Infecções secundárias -Afecções pleuropulmonares, geralmente precedidas de bronquites; complicações intestinais; hemorragias gengivais; traqueobronquites agudas; anemia aguda em fase adiantada da doença, podendo levar o paciente ao óbito.
Leishmaniose Visceral Americana Ascite, hepatoesplenomegalia Leishmaniose Visceral Americana CICLO EPIDEMIOLÓGICO Reservatórios: Raposas, gambás, cães. Ciclo Silvestre: Lutzomyia longipalpis Ciclo Doméstico: Lutzomyia longipalpis Gambás Raposa Cão Homem
Leishmaniose Canina Leishmaniose Visceral Americana PROFILAXIA: - Evitar a picada através de proteção individual (roupas, repelentes) - Não construir residências próximo as florestas - Dormir com mosqueteiros de malha fina - Tratamento de todos os casos humanos - Eliminação dos cães infectados - Combate ao vetor
Leishmaniose Visceral Americana DIAGNÓSTICO: CLÍNICO: é possível de ser feito se a anamnese e os exames de palpação e percussão tenham sido claros mas a demonstração do parasito é conclusiva PARASITOLÓGICOS: Punção de medula, do fígado ou do baço Esfregaço em lâmina, fixado pelo álcool metílico e corado pelo Giemsa Semeaduras em meio de cultura Inoculados em hamster PCR Leishmaniose Visceral Americana DIAGNÓSTICO: IMUNOLÓGICO: RIFI ELISA Teste de aglutinação direta (DAT) Teste de Montenegro Teste rápido anticorpo anti-leishmania donovani (TraLD)
Leishmaniose Visceral Americana TRATAMENTO: - Antimoniato de N-metil glucamina (Glucantime) - Isoticianato de pentamidine (Lomidine) - Anfoterecina B