APF. Métrica. Análise de Pontos de Função. Carlos J E de Campos. G u i a d e R e f e r ê n c i a C P M

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Transcrição:

Carlos J E de Campos APF Análise de Pontos de Função Definições, Regras e Procedimentos Diretrizes, Estudos de caso e Pensamentos Métrica G u i a d e R e f e r ê n c i a C P M 4. 3. 1 T e r c e i r a e d i ç ã o S ã o P a u l o 2 0 1 3

Carlos J E de campos, 2013 Capa: Alexandra Hardt Carlini Diagramação: Carlos J E de Campos Revisão: Neusa Pallione É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou por qualquer meio sem a autorização prévia e por escrito do autor. A violação dos Direitos Autorais (Lei n.º 9610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal. 2013 Todos os direitos desta obra pertencem a Carlos J E de Campos www.carloscamposinfo.com

A P F Agradecimentos Agradeço a Deus por ter-me colocado na trilha do conhecimento. Agradeço à minha filhota, Vanessa Soares de Campos, por ser a minha fonte de esperança e por mostrar compreensão e paciência em muitos momentos da nossa vida. Agradeço aos meus pais Alice de Assunção Esteves Costa e José Manuel Lopes Moreira de Campos, por terem-me dado a vida, educação, formação moral e muito apoio. Agradeço ao amigo Roberto Azem, que sempre esteve por perto, nos momentos de estudo e naqueles em que precisava de ouvidos e conselhos. Agradeço ao companheiro Benedito Aparecido Alves, pelo apoio que tem me dado nesta segunda fase dos meus livros, acompanhando-me no dia a dia do trabalho, ouvindo-me e apoiando-me com o seu conhecimento e sabedoria. Benê, como é conhecido, tem sido um grande conselheiro. Agradeço ao Fernando Sampaio pelo apoio à área de métricas e contribuição para o lançamento do livro de APF, quando meu diretor na Sonda Procwork. Fernado Sampaio é uma pessoa honrada com princípios aos quais eu me curvo e sigo, sempre soube conduzir os trabalhos, e as pessoas, dentro das mais respeitosas cordialidades. Hoje é amigo e gerente da TIVIT. Agradeço ao Paulo Possari, Gerente de Operações do Núcleo Bradesco da Sonda IT, antiga Procwork, o apoio dado desde o lançamento do livro de APF, o primeiro, ao projeto de formação e certificação, que envolve os livros e cursos. Sempre com uma palavra de incentivo, até mesmo, quando faz alguma observação crítica trazendo-me para o mundo real. Paulinho, como é conhecido, vem gerenciando pessoas e projetos há muito tempo, e eu me sinto muito bem trabalhando para uma pessoa com bons princípios. Reflexão Para adquirir conhecimento é preciso estudar, para adquirir sabedoria é preciso observar. Autor: William Arthur Ward w w w. c a r l o s c a m p o s i n f o. c o m P á g i n a 3

N ã o e s t a m o s a q u i p a r a p a g a r n e m s o b r e v i v e r, m a s s i m, p a r a v e n c e r, a d q u i r i n d o s a b e r. & U s e m o s o c o n h e c i m e n t o c o m é t i c a e m o r a l.

A P F Introdução APF - Análise de Pontos de Função é uma métrica do IFPUG International Function Point Users Group que apareceu e apresentou a ideia de quantificar as funcionalidades da aplicação, Software, a partir da visão de negócio sem levar em consideração a plataforma que está inserida. A métrica tem como objetivo, fornecer o tamanho das funcionalidades e, com o tamanho, poder calcular as horas necessárias para construir ou manter, a equipe, o prazo e o custo financeiro. Com estas informações a administração pode planejar com maior precisão. A métrica fica, a cada ano, mais firme e, cada vez mais, utilizada pelas empresas, públicas e privadas, espalhadas pelo mundo. História No ano de 2009, o Brasil tornou-se o país com o maior número de profissionais certificados do planeta Terra. Por sua vez, a cada ano, aparecem mais empresas, quer do setor público, quer do setor privado, que adotam a Análise de Pontos de Função (APF) para ajudar no planejamento das atividades de desenvolvimento e manutenção das suas aplicações e, com isso, obter ganhos de produtividade, que refletem diretamente em ganhos financeiros. Esta obra O leitor encontrará, neste livro, todo conteúdo da métrica apresentado pelo CPM 4.3.1 Manual de Práticas de Contagem de Pontos de Função de Janeiro de 2010, organizado em uma sequência de capítulos com o objetivo de facilitar o entendimento. As regras e conceitos são apresentados com imagens para ajudar a compreensão. São oferecidos exemplos para exercitar e pensamentos para orientar, ou dispertar, a correta e justa aplicação da métrica, independente de onde o profissional está atuando. As informações contidas nesta obra podem ser aprendidas e aplicadas por qualquer pessoa que deseje medir, com Pontos de Função, o tamanho funcional da aplicação ou de projetos de desenvolvimento e de melhoria de Sistemas da Informação. Reflexão E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. João 8:32 w w w. c a r l o s c a m p o s i n f o. c o m P á g i n a 5

Público-Alvo As informações contidas nesta obra podem ser aprendidas e aplicadas por qualquer pessoa que deseje medir, com Pontos de Função, o tamanho funcional da aplicação ou de projetos de desenvolvimento e de melhoria de Sistemas da Informação. Os conceitos, regras e procedimentos são apresentados numa ordem, como forma de melhorar a compreensão e são acompanhados por figuras para ilustrar e aumentar a clareza das informações. Com a finalidade de reforçar e consolidar o aprendizado e toda a métrica. Para mais informações, visite o site www.carloscamposinfo.com, ou entre em contato através do e-mail do autor: carlosjec@hotmail.com. Reflexão Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro. Autor: Henry Thoreau

A P F Sumário Agradecimentos... 3 Introdução... 5 Sumário... 7 Introdução à APF... 17 Tamanho funcional... 18 Objetivos da APF... 19 Benefícios da APF... 19 Tamanho funcional da aplicação... 20 Direcionamento estratégico do IFPUG... 21 Questionário... 22 Analogia com outras métricas... 23 Produtividade com pontos de função... 25 Elementos do planejamento... 25 Como calcular a produtividade... 26 Produtividade muda... 27 Como calcular o esforço... 28 Como calcular o custo... 29 Como calcular o prazo... 29 Questionário... 30 A figura do usuário... 31 Visão do usuário... 32 Requisitos do usuário... 33 Requisitos funcionais do usuário... 33 Requisitos não-funcionais do usuário... 34 Processo de medição... 35 Visão geral... 35 Passos do processo de medição de tamanho funcional... 36 Questionário... 41 Questionário... 42 w w w. c a r l o s c a m p o s i n f o. c o m P á g i n a 7

Identificar o propósito da contagem... 43 Determinar o tipo de contagem... 45 Projeto de desenvolvimento... 45 Projeto de melhoria... 46 Aplicação... 47 Questionário... 48 Determinar o escopo da contagem... 49 Escopo do projeto de desenvolvimento... 50 Escopo do projeto de melhoria... 50 Medir funcionalidade de conversão... 51 Escopo da aplicação... 51 Dicas para ajudar a identificar o escopo... 51 Questionário... 52 Determinar a fronteira da aplicação... 53 Identificar dados internos e externos da aplicação... 54 Regras para identificar a fronteira... 55 Dicas para ajudar a identificar a fronteira... 55 Exemplo de reposição da fronteira... 56 Identificar tipo de função... 57 Função para transformar e armazenar dados... 57 Função de transação... 58 Função de dados... 59 Questionário... 60 Identificar processo elementar... 61 Como identificar um processo elementar... 63 Identificar a menor atividade significativa... 63 Regra da unicidade do processo elementar... 67 Processos devem possuir o mesmo conjunto de tipo de dados... 67 Variação de tipos de dados considerando processo similar... 68 Questionário... 72 Identificar lógica de processamento... 73 Tipos de lógicas de processamento... 74

A P F Exemplos de lógicas de processamento... 75 Dado derivado... 78 Resumo da lógica de processamento por transação... 78 Questionário... 79 Questionário... 80 Identificar e classificar função de dados... 81 Arquivo Lógico Interno... 82 Arquivo de Interface Externa... 83 Diferença entre ALI e AIE... 83 Reconhecido pelo Usuário... 84 Como classificar função de dados... 84 Regras para classificar uma função de dados... 84 Procedimentos de identificação da função de dados... 85 Procedimentos de classificação da função de dados... 86 Regras para classificar função de dados em ALI... 86 Regras para classificar função de dados em AIE... 87 Questionário... 88 Identificar e classificar função de transação... 89 Procedimentos de classificação da função de transação... 90 Diagrama dos procedimentos para classificar transação.... 90 Entrada Externa (EE)... 91 Intenção primária da EE... 91 Lógica de processamento da EE... 91 Exemplos de EE... 92 Classificar uma Entrada Externa (EE)... 93 Consulta Externa (CE)... 95 Classificar uma Consulta Externa (CE)... 96 Saída Externa (SE)... 97 Classificar uma Saída Externa (SE)... 98 Diferenças entre as funções transação... 99 Identificar dois processos elementares no requisito... 100 Identificar consulta implícita... 101 w w w. c a r l o s c a m p o s i n f o. c o m P á g i n a 9

Questionário... 102 Medir funções de dados... 103 Procedimentos para medir a função de dados... 103 Determinar a complexidade e contribuição da função de dados... 104 Regras para determinar a complexidade da função de dados... 104 Tipo de dado elementar (TD)... 104 Tipo de registro elementar (TR)... 105 Como contar tipo de dado elementar na função de dados... 105 Dados que não podem ser contados na função de dados... 107 Exemplos para identificar tipo de dados (TD, DER, DET)... 107 Como contar tipos de registros elementares (TR)... 111 Como determinar a complexidade da função de dados... 113 Como determinar a contribuição da função de dados... 113 Exemplo para encontrar a contribuição do arquivo lógico... 114 Dicas para ajudar a contar função de dados... 115 Dicas para ajudar a entender conceitos sobre ALI e AIE... 116 Questionário... 117 Medir funções de transação... 119 Procedimentos para medir função de transação... 119 Determinar a complexidade funcional da transação... 120 Regras para determinar a complexidade da transação... 120 Arquivo lógico referenciado (ALR)... 120 Como contar ALR na função de transação... 120 Exemplo para identificar ALR numa função de transação... 121 Dados que não podem ser contados na função de transação... 122 Como determinar a complexidade de uma EE... 123 Regras para contar ALR de uma EE... 123 Regras para contar TD de uma EE... 123 Exemplo para identificar ALR e TD numa EE... 123 Como determinar a complexidade de uma CE... 124 Regras para contar ALR de uma CE... 124 Regras para contar TD de uma CE... 124

A P F Exemplo para identificar ALR e TD numa CE... 124 Como determinar a complexidade de uma SE... 125 Regras para contar ALR de uma SE... 125 Regras para contar TD de uma SE... 125 Exemplo para identificar ALR e TD numa SE... 125 Como determinar a contribuição da transação... 126 Tabela de complexidade da função de transação... 126 Tabela de contribuição da função de transação... 126 Dicas para a contagem da função de transação... 127 Dicas para ajudar a contar EE, SE e CE... 127 Dicas para ajudar a contar SE e CE... 127 Questionário... 128 Exemplo de contagem de um estudo de caso... 129 Calcular tamanho funcional... 131 Calcular o tamanho funcional do projeto de desenvolvimento... 131 Calcular o tamanho funcional do projeto de melhoria... 132 Comportamento das funcionalidades de projetos de melhoria... 133 Calcular o tamanho funcional da aplicação... 133 Função de conversão... 133 Tamanho funcional da aplicação, após projeto de desenvolvimento... 133 Tamanho funcional da aplicação, após projeto de melhoria... 134 Identificar tipos de entidades de dados... 135 Tipos de entidade de dados... 135 Entidade de dados funcional... 135 Entidade de dados não funcional... 136 Entidade de dados de negócio... 136 Entidade de dados de referência... 137 Entidade de dados de código... 138 Principal diferença dos dados de código e de referência... 139 Questionário... 140 Identificar dados de código... 141 Identificando dados de código... 141 w w w. c a r l o s c a m p o s i n f o. c o m P á g i n a 11

Categorias de dados de código... 141 Identificando dados de substituição... 142 Identificando código + descrição... 142 Identificando dados estáticos ou constantes... 143 Identificando dados com uma ocorrência... 143 Identificando dados estáticos... 143 Identificando valores defaults... 144 Identificando dados de valores válidos... 144 Identificando valores válidos... 144 Identificando faixa de valores válidos... 145 O que não é dado de código... 145 Questionário... 146 Conceitos de modelagem de dados... 147 Relacionamento entre entidades... 148 Entidade independente... 149 Entidade dependente... 149 Tipos de entidade... 149 Entidade associativa... 149 Entidade atributiva... 150 Entidade subtipo... 150 Questionário... 151 Questionário... 152 Identificar arquivo lógico no MER... 153 Passos para identificar arquivos lógicos no modelo normalizado... 153 Identificar função de dados no MER... 154 Subpassos para contar arquivos lógicos no modelo normalizado... 155 Subpasso 3: identificar grupo de entidades dependentes... 155 Subpasso 6: como contar entidades associativas... 159 Identificar tipos de registro elementar (TR)... 159 Como contar entidade associativa... 160 Como contar entidade atributiva... 163 Como contar entidade subtipo... 165

A P F Identificar dados compartilhados... 167 Cenários de dados compartilhados... 167 Cenário 1 Leitura... 169 Cenário 2 Cópia estática de imagem... 169 Cenário 3 Carga de imagem... 170 Cenário 4 Carga de imagem de uma tabela física... 171 Cenário 5 - Cópia e merge... 171 Cenário 6 - Screen scraping... 172 Cenário 7 - Atualizando o mesmo dado armazenado... 172 Cenário 8 - Dados de transação padrão... 173 Questionário... 174 Identificar mudanças funcionais... 175 Como contar projeto de melhoria... 175 Como o projeto de melhoria afeta o tamanho da aplicação... 176 Funcionalidade incluída da aplicação... 176 Funcionalidade excluída da aplicação... 177 Funcionalidade alterada da aplicação... 177 Quando considerar que a aplicação foi alterada... 178 Quando considerar que a função de dado foi alterada... 178 Alteração da função de dados por aspectos físicos... 178 Alteração da função de dados por aspectos funcionais... 179 Quando considerar que a função de dados não foi alterada... 180 Aspectos físicos que não alteram uma função de dados... 180 Aspectos funcionais que não alteram uma função de dados... 180 Quando considerar que a função de transação foi alterada... 181 Alteração na Lógica de Processamento... 181 Quando considerar que a função de transação não foi alterada... 182 Escopo de um projeto de melhoria... 182 Fronteira num projeto de melhoria... 182 Categorias de manutenção... 183 Manutenção corretiva... 183 Manutenção perfectiva (preventiva)... 183 w w w. c a r l o s c a m p o s i n f o. c o m P á g i n a 13

Manutenção adaptativa... 184 Solicitações eventuais (Ad Hoc)... 184 Mudanças em massa de dados... 184 Suporte ao usuário final Estimativa preliminar... 184 Questionário... 185 Atividade de conversão de dados... 187 Identificar funcionalidade de conversão... 187 Identificar processo de conversão... 187 Identificar atributos adicionais de conversão... 187 Identificar processo elementar de conversão... 188 Conversão de dados em projetos de melhoria... 188 Conversão de dados com AIE referenciado... 188 Como contar atribuição de valores padrão... 188 O que não é funcionalidade de conversão... 189 Questionário... 190 Tamanho funcional ajustado... 191 Calcular o fator de ajuste... 191 Fator de ajuste (VAF)... 191 Nível de influência (NI)... 192 Determinar o fator de ajuste (VAF)... 192 Características gerais do sistema (CGS)... 193 Calcular pontos de função ajustados... 197 Contagem de pontos de função ajustados... 197 Calcular tamanho funcional ajustado para projeto de desenvolvimento... 198 Calcular tamanho funcional ajustado para projeto de melhoria... 199 Calcular tamanho funcional inicial ajustado da aplicação... 200 Calcular tamanho funcional ajustado da aplicação, depois do projeto de melhoria... 201 Diretrizes de contagem... 203 Como contar CHECK BOX... 204 Contar vários TD no CHECK BOX... 204 Contar um TD no CHECK BOX... 204

A P F Como contar RADIO BUTTOM... 205 Como contar gráfico... 205 Como contar múltiplas mídias... 206 Se o objetivo for fornecer informação... 206 Se o objetivo for receber informação... 206 Multimídia... 206 Como contar código de barras... 207 Se o objetivo for fornecer informação... 207 Se o objetivo for receber informação... 207 Como contar DROP-DOWN combos e listas... 208 Quando um DROP-DOWN não é contado... 208 Quando um DROP-DOWN é contado... 208 Dados devem ser contados... 209 Exemplos de requisitos para contar... 209 Como contar LOGIN... 209 LOGIN contada como consulta externa... 210 LOGIN contada como saída externa... 210 Exemplos de requisitos para contar... 210 Como contar UPLOAD de arquivo... 211 Quando um UPLOAD não é contado função de transação... 211 Como contar E-MAIL... 212 Exemplos práticos de contagem... 213 Exemplo de processos elementares similares... 215 Exemplo de processos elementares diferentes... 217 Exemplo de processos elementares diferentes... 219 Estudo de casos... 221 ECDE101 Cadastramento de beneficiário de apólices... 221 ECDD202 - Manter dados de segurança do funcionário... 222 ECME101 Cadastramento de criança adotada... 224 CEDR101 Listagem de funcionários... 225 Definições e termos utilizados... 226 Abreviaturas utilizadas... 232 w w w. c a r l o s c a m p o s i n f o. c o m P á g i n a 15

O mundo do IFPUG... 233 BFPUG... 233 Certificação de CFPS do IFPUG... 233 Bibliografia... 237 Formação de especialista COBOL... 239 Metodologia dos cursos... 240 Objetivo do método... 240 Benefícios do método... 240 Certificação para desenvolvedor Mainframe... 241 Objetivo da certificação... 241 Como é a certificação... 241 Outras obras do autor... 243

A P F Introdução à APF A P F Este capítulo apresenta a APF com a sua definição, objetivos, benefícios, sua unidade de medida, visão de aplicação e funcionalidade; e o direcionamento do IFPUG quanto à contagem de tamanho funcional e não funcional. A Análise de Pontos de Função (APF) é um método de medição de tamanho funcional do IFPUG (International Function Point Users Group). Sua unidade de medida é o Ponto de Função (PF). Foi criado, na década de 70, por Allan Albrecht, da IBM, para medir aplicações, através da quantificação das suas funcionalidades. Aplicação é uma coleção, coesa, de procedimentos automatizados e de dados, suportando um objetivo de negócio. Poder ser composto por componentes, módulos ou subsistemas. O método serve para medir a funcionalidade que a aplicação fornece ao usuário, através da quantificação, em pontos de função. As funcionalidades da aplicação devem ser observadas por dois aspectos: O processamento dos dados e o armazenamento dos dados. A APF é um método de medição, baseado na análise das funcionalidades, que o sistema fornece aos usuários. Funcionalidade, sinônimo de função, representa a capacidade ou particularidade de uma aplicação, conforme observada pelo usuário. Se tomarmos como exemplo o sistema Vendas, ele fornece duas funções que processam dados: incluir e w w w. c a r l o s c a m p o s i n f o. c o m P á g i n a 17

consultar pedido e uma função para armazenar dados: o depósito pedido. Estas três funcionalidades serão a base do tamanho funcional. Tamanho funcional O tamanho funcional da aplicação é obtido, através da quantificação dos requisitos funcionais do usuário. Em 1998, foi publicado o primeiro padrão de medição de tamanho funcional pela ISO/IEC, como 14143-1:1998, e foi atualizado em 2007, como 14143-1:2007. Segundo a ISO/IEC, este padrão define Tamanho Funcional, como um tamanho da aplicação obtido, através da quantificação dos Requisitos Funcionais do Usuário. A ISO/IEC 14143-1 define os conceitos fundamentais de Medição de Tamanho Funcional (FSM), assim como descreve os princípios para a aplicação do método FSM, mas sem fornecer regras detalhadas. Nota: ao analisar os requisitos funcionais do usuário, para se obter o tamanho funcional dos mesmos, começa a aparecer uma questão importante, que é o dilema: "conta ou não conta". Eis a questão. Calcular o tamanho funcional deve ser a aplicação exata do método, com o único objetivo de identificar as funcionalidades passíveis de quantificação. Neste contexto, deve-se ter em mente que a métrica APF apresenta regras para a identificação dos processos de negócio, onde é pedido para que haja a decomposição ou composição dos mesmos, com o intuito de encontrar a menor atividade significativa. Pensando um pouco: o objetivo da quantificação dos requisitos é encontrar uma medida que seja capaz de indicar o tamanho dos mesmos e, com isso, ajudar, por exemplo, a identificar o valor do patrimônio em sistemas de informação (aplicações), identificar o tempo e o custo necessário para realizar o projeto. Como a APF quantifica somente os requisitos funcionais, uma das sugestões interessantes pode ser a aplicação, por analogia, dos conceitos, de pontos de função, para identificar processos "contáveis" e, assim, conseguir obter o tamanho não-funcional dos requisitos não-funcionais do usuário. De posse destes dois tamanhos, pode-se calcular o esforço para realizar cada um deles e, assim, conseguir calcular o esforço total. Veja bem, não é somar os dois tamanhos. É somar os esforços. No item Planejar com Pontos de Função, mais adiante, poderá ver como calcular o esforço, o prazo e o custo. Entendo que esta é uma maneira simples de calcular o tamanho não-funcional para se encontrar o esforço, o tempo e o custo sem gastar ligações neurais, desnecessárias na execução de fórmulas complexas para encontrar o simples. Os maiores paradigmas do universo estão resolvidos em simples equações. Exemplo: E=mc² (teoria da relatividade de Einstein). Pense nisso!

Objetivos da APF A P F O objetivo da técnica é medir a funcionalidade que o usuário do sistema solicita e recebe, ou medir a funcionalidade que é impactada pelo projeto de desenvolvimento, melhoria da aplicação, independentemente da tecnologia, utilizada na sua implementação. O objetivo do processo de contagem é o de ser simples o suficiente, com a finalidade de minimizar, ao máximo, o esforço necessário para efetuar a medição. Com isso, o método pode ser utilizado, com simplicidade, como uma medida consistente para efetuar comparações entre várias aplicações e organizações. Nota: as organizações podem passar a utilizar a APF como uma medida padrão, consistente, assim como o metro é utilizado para medir a área de uma casa, a distância entre cidades ou o comprimento de um fio elétrico que se deseja comprar. Pensando um pouco: se for apresentada, por exemplo, a mesma documentação da aplicação Vendas a várias pessoas e as mesmas aplicarem a métrica APF, elas devem chegar a tamanhos diferentes ou ao mesmo tamanho funcional? Se várias, pessoas medirem o tamanho da aérea de uma sala com a medida metro, elas devem chegar a tamanhos diferentes ou ao mesmo tamanho funcional? Por que elas devem chegar à mesma medida de tamanho? Porque supõe-se que as pessoas vão aplicar corretamente o método. Pense nisso! Benefícios da APF Nota: quantificar as funcionalidades de um sistema é tão importante quanto obter o tamanho da área de uma casa. O tamanho, por si só, tem um significado específico, que é o de dar uma ideia da dimensão da casa. Com o tamanho da área, podemos obter muitos outros valores importantes, como: a quantidade de pessoas para construí-la, o tempo necessário para realizar a construção, o valor dessa obra e, assim por diante. Se dissermos que o m² da casa custa X num determinado local, então podemos ter uma ideia do valor da casa nessa região. É assim, também, para o tamanho em Pontos de Função de uma aplicação. Pode-se utilizar o tamanho de uma aplicação como um meio para estimar quantas pessoas vão ser precisas para desenvolver ou efetuar a manutenção de uma aplicação e, com isso, pode-se obter o tempo necessário para a realização da tarefa e, ainda, pode-se obter o custo do projeto. A APF, ao fornecer um método para se obter o tamanho dos requisitos, coloca à disposição das organizações uma ferramenta poderosa para a comparação entre aplicações e entre produtividades de empresas prestadoras de serviço, baseada nos mesmos requisitos de negócio. Fornece um argumento sólido para ser utilizado como um meio de efetuar um melhor planejamento dos projetos, com a obtenção dos recursos, do tempo e dos custos, baseado na produtividade das equipes. w w w. c a r l o s c a m p o s i n f o. c o m P á g i n a 19

Nota: se a empresa adotar o planejamento com APF e elaborar um histórico das contagens realizadas, vai poder medir a produtividade e a qualidade das equipes, dos departamentos ou da própria organização. Depende dela! Com os dados precisos, a empresa pode gerar indicadores de produtividade e de qualidade e, assim, ter a oportunidade de aperfeiçoar os seus processos e melhorar a sua produtividade e a qualidade do seu produto. (ver item Produtividade ). Outro beneficio é que os dados podem ser comparados dentro da organização e entre organizações. De posse da ferramenta APF, começa-se a descobrir muito mais utilidades e benefícios, ao se poder calcular o tamanho de uma aplicação através dos seus requisitos. Tamanho funcional da aplicação Da mesma forma como existem procedimentos para calcular o tamanho de uma casa, também existem procedimentos na APF para calcular o tamanho das funcionalidades que envolvem o desenvolvimento e a manutenção de aplicações. Para calcular o tamanho de uma aplicação, deve-se identificar as funcionalidades que processam e guardam dados, conforme observadas pelo usuário. Se tomarmos como exemplo o sistema Vendas, que fornece duas funções que transformam dados: incluir pedido e consultar pedido e, uma função para armazenar dados: o depósito pedido, temos que as três funcionalidades, fornecidas pela aplicação, serão os componentes do tamanho da aplicação. Ao aplicar as regras de contagem da APF, chega-se a um valor que determina o tamanho da aplicação. Neste exemplo, o tamanho da aplicação se resume ao tamanho das suas três funcionalidades. Ao observar somente as funcionalidades, a técnica ignora como a funcionalidade é construída. Reflexão Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro. Autor: Henry Thoreau

Direcionamento estratégico do IFPUG A P F A Análise de Pontos de Função do IFPUG (International Function Point Users Group) é um método padrão que está aderente à ISO/IEC: 14143-1:2007. Esta norma diz que o método mede, apenas, o tamanho funcional e não o tamanho não-funcional. O IFPUG faz o seguinte direcionamento estratégico, no seu Manual de Práticas de Contagem de Pontos de Função (CPM): O fato de o método medir apenas o tamanho funcional não significa que o tamanho não-funcional não pode, ou não deve ser medido; apenas deve ser tratado claramente como uma medida separada. O CPM também faz a seguinte colocação a respeito dos requisitos não funcionais: Como não são parte do tamanho funcional, não contribuem para a contagem de Pontos de Função, mesmo fazendo parte dos requisitos e contribuindo para o tamanho dos mesmos. O IFPUG apresentou ao mercado a sua nova métrica, o SNAP (Software Non-Functional Assessment Process) para mensurar requisito não-funcional. Reflexão A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho normal. Autor: Einstein w w w. c a r l o s c a m p o s i n f o. c o m P á g i n a 21

Questionário Análise de Pontos de Função 1. Pode ser utilizada como uma medida consistente de vários projetos e organizações. A frase representa: A. Um dos objetivos do processo do método APF. B. Um dos benefícios da utilização do método APF. C. As opções A e B. D. Nenhuma das opções. 2. A aplicação da APF está vinculada à metodologia de desenvolvimento e à tecnologia, utilizada na construção da aplicação. A afirmação é: A. Falsa. B. Verdadeira. 3. Análise de Pontos de Função: A. É um método padrão para medir o desenvolvimento de aplicação do ponto de vista do usuário. B. Mede uma aplicação, através da quantificação da funcionalidade que é oferecida ao usuário, baseada no projeto lógico. C. Tem como objetivo que o seu processo seja simples o suficiente para minimizar o esforço adicional necessário, no processo de medição. D. Todas as opções. 4. Quais são os objetivos da Análise de Pontos de Função? A. Medir as funcionalidades que o usuário solicita e recebe. B. Medir o desenvolvimento e manutenção de aplicações de forma independente da tecnologia, utilizada na sua elaboração e implantação. C. Ser simples o suficiente, com o intuito de minimizar o esforço necessário para efetuar a medição. D. Todas as opções. 5. Quais são os benefícios alcançados com a utilização da APF? A. Ser uma medida consistente de vários projetos e organizações. B. Poder ser utilizada como fator de normalização na comparação de aplicações. C. Poder quantificar a funcionalidade para obter o custo da sua elaboração. D. Nenhuma das opções.

A P F Analogia com outras métricas Este capítulo tem como objetivo apresentar a APF como uma métrica, através da analogia com métricas populares do dia-a-dia, como o metro, para destacar o ponto positivo de se aplicar a métrica para obter o tamanho como início de um processo de identificação de outras informações. A sociedade de hoje aceita, com extrema normalidade, que se fale em 10 metros de fio, 50 m² de área útil de um apartamento ou um litro de leite, e assim por diante. Isto se deve ao fato de que a sociedade adotou esses padrões de medida e, por isso, os utiliza nas suas transações comerciais. A APF, assim como as outras métricas, tem como finalidade medir (quantificar) as funcionalidades para encontrar o tamanho da aplicação. Imaginemos uma casa de 50 m² com: sala, quarto, cozinha, banheiro e área de serviço. Se perguntarmos quanto custa para construir a casa, aparecerão muitos valores. De que dependeram os valores? Se o tamanho é o mesmo, então houve outros fatores que influenciaram no valor. Dentre eles podemos citar os seguintes: o tipo do terreno, o material utilizado na construção, a arquitetura, o tipo de acabamento, a infra-estrutura, e muitos outros. O fato é que não foi alterado o tamanho da casa. Antes de se calcular o valor da casa, mede-se o tamanho dela. É assim, também, para medir o tamanho de uma aplicação. Reflexão Dar exemplos não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única. Autor: Desconhecido w w w. c a r l o s c a m p o s i n f o. c o m P á g i n a 23

Imaginemos a aplicação Vendas com os seguintes depósitos de dados: cadastro de pedidos, cadastro de funcionários e cadastro de clientes. E com as seguintes funcionalidades: incluir pedido, alterar pedido, excluir pedido, consultar pedido, listar pedidos do dia e listar pedidos do mês. Se perguntarmos quanto custa para construir a aplicação, aparecerão muitos valores. De que dependem os valores? Se o tamanho é o mesmo, então houve outros fatores que influenciaram no valor. Dentre eles podemos citar os seguintes: a plataforma, a linguagem, o nível de segurança dos dados, o nível de velocidade da execução, metodologia de desenvolvimento e as facilidades fornecidas ao usuário. Enfim, podemos citar muitos outros. O fato é que não foi alterado o tamanho da aplicação. Antes de se calcular o valor, mede-se o tamanho. Pensando um pouco: já se ouviu ou se falou Com esse tamanho não dá para construir?. Quando vamos comprar um litro de leite e, achamos caro, reclama do tamanho ou, simplesmente, do o valor? É assim, também, com a APF. Se o tamanho encontrado não reflete no valor que se entende valer o trabalho necessário, analisemos outras variáveis e não culpemos o tamanho ou a APF. Mais adiante, veremos que existem outros elementos necessários juntar ao tamanho para encontrar o valor; são esses outros elementos que devem ser negociados. O importante é entender toda a métrica e aplicá-la com imparcialidade. A utilização de interesses e valores podem distorcer a aplicação da métrica. Evite isso e construa a credibilidade. Reflexão Só é livre o homem que sabe dar ordens a si mesmo. Autor: Pitágoras

A P F Produtividade com pontos de função P r o d u t i v i d a d e Este capítulo apresenta a produtividade como um elemento fundamental para ser utilizado com o tamanho para obter, entre outros, o valor do custo, que tanto os estrategistas buscam saber para o planejamento financeiro. A produtividade está fora do contexto da APF, mas é importante abordarmos este item para vermos e entendermos a sua importância na obtenção, por exemplo: do esforço, prazo e custo, a partir do tamanho medido. Desta forma, podemos ver a produtividade como um ingrediente adicional e importante para agregar valor ao planejamento das atividades de desenvolvimento e manutenção de aplicações. Produtividade é a razão entre o produto e o esforço de trabalho. Pode-se dizer que é a quantidade de horas necessárias para realizar uma unidade de medida (pontos de função). Elementos do planejamento O tamanho da aplicação, por si só, pode dizer pouco. No mínimo, pode-se ter a ideia da dimensão da aplicação, da casa e do terreno. Normalmente, as medidas são utilizadas como base para se obter outros elementos que se deseja para o planejamento: o tempo (em dias ou horas), para realizar o tamanho, o esforço (em horas) e o custo (em moeda corrente). A importância da obtenção do tamanho está diretamente relacionada com o fato de ser um meio para estimar outros elementos do planejamento pretendido. Para ajudar a encontrar os outros elementos necessários no planejamento das atividades do projeto, existe o elemento Produtividade. Tom De Marco disse: Não se consegue controlar o que não se consegue medir. w w w. c a r l o s c a m p o s i n f o. c o m P á g i n a 25

Como calcular a produtividade Se analisarmos, por exemplo, a construção de um muro, vamos ver que se pode calcular, também, a produtividade. Suponhamos que um profissional precisa de 350 horas para construir um muro de 35 m², de comprimento. O projeto de construção do muro está dividido nas etapas: projeto, construção e acabamento. Na etapa projeto são gastas 85 h, na construção 230 h e no acabamento 35 h. Para encontrarmos a produtividade da construção do muro, procederemos da seguinte forma: divide-se o total das horas trabalhadas (350 horas) pelo tamanho do muro (35 m²), o que dá uma produtividade total de dez horas por metro quadrado (10 h / m²). Se desejarmos encontrar a produtividade somente da etapa projeto, procedemos da seguinte forma: divide-se o total das horas da etapa projeto pelo tamanho total do muro, (85 horas) pelo tamanho do muro (35 m²), o que dá uma produtividade de 2,43 h / m². Se desejarmos encontrar a produtividade somente da etapa construção, procedemos da seguinte forma: divide-se o total das horas da etapa construção (230 horas) pelo tamanho do muro (35 m²), o que dá uma produtividade de 6,57 h / m². Reflexão Não julgueis segundo a aparência, e sim segundo a reta justiça. Autor: João 7:24

Produtividade muda A P F Assim, sucessivamente, podemos achar qualquer índice de produtividade. Deste exemplo, pode se concluir que a produtividade muda, de acordo com as etapas do projeto, com o tipo de projeto, com o nível de conhecimento dos envolvidos, com a sua experiência e, com certeza, muitas outras variáveis. Da mesma forma, podemos observar o desenvolvimento e manutenção de sistemas. As características de cada funcionalidade, o nível das pessoas envolvidas, o ambiente onde vai ser desenvolvido, o método de desenvolvimento e até a linguagem utilizada no desenvolvimento, interferem na produtividade, que influencia, diretamente, nas estimativas, sem alterar o tamanho da aplicação. E é bom que se diga, com todas as letras, para ficar claro, que a relatividade da produtividade nada tem a ver com o tamanho. É por isso que mencionamos a necessidade de sermos mais abertos para a negociação do índice de produtividade. Cada empresa deve ter o seu histórico de contagens e dos resultados dos seus projetos, para construir a sua base de dados com a finalidade de obter a sua produtividade e, com isso, estar sempre aberta a negociar, de forma madura, o valor da mesma, sempre que for necessário. Pensando um pouco: vejamos dois aspectos que podem interagir de forma positiva ou negativa, no planejamento financeiro, visto que o prazo está sendo considerado pelos estrategistas como sagrado, e por isso está fora de negociação. No primeiro caso, se o valor do índice de produtividade for definido muito acima do realizado pela equipe, pessoas podem entender que alguém está levando vantagem financeira. No segundo caso, se o valor do índice de produtividade for definido bem abaixo do realizado pela equipe, pessoas podem entender que alguém está tentando explorar a atividade humana dos envolvidos. Como se pode observar, este é um dilema para as pessoas com atitudes éticas. Desta forma, o melhor caminho é a transparência e a disponibilidade na equalização da solução. Pense nisso! Reflexão A menos que admita a existência de Deus, a questão sobre propósito de vida não tem sentido. Autor: Bertrand Russell w w w. c a r l o s c a m p o s i n f o. c o m P á g i n a 27

Como calcular o esforço Depois de possuir o tamanho e a produtividade, é possível começar a calcular outros elementos muito importantes para o planejamento do projeto. Vamos ver, agora, como calcular o esforço. Foi visto, anteriormente, como calcular a produtividade, a partir do tamanho e do esforço previamente estabelecidos para cada unidade de tamanho a ser realizada. O que, normalmente, acontece é que existe o valor de produtividade, encontrado a partir de um histórico próprio ou da análise do mercado. Para calcular o esforço necessário a realizar o tamanho, multiplica-se o tamanho obtido pela produtividade previamente estabelecida. Como se pode observar pela fórmula, para encontrar o esforço, é preciso primeiro ter o tamanho (neste caso, da casa ou da aplicação) para, depois, estabelecer (negociar) a produtividade. Vamos supor que o tamanho de uma casa a ser construída é de 50 m² e que a produtividade é de 10 h / m². O esforço para construir a casa é obtido com a multiplicação do tamanho pela produtividade, o que dá um esforço de 500 horas. Vamos supor que temos o tamanho de uma aplicação a ser construída de 50 PF e que a produtividade é de 10 h / PF. O esforço para construir a aplicação é obtido com a multiplicação do tamanho pela produtividade, o que dá um esforço de 500 horas. Pensando um pouco: qual foi a premissa utilizada para calcular o esforço necessário para construir a casa e a aplicação? Primeiro, é preciso ter o tamanho e depois a produtividade. Negocia-se o tamanho ou a produtividade? A produtividade. Opa! Então, é importante observar que, condenar o método de medição, porque o tamanho da aplicação gerou um esforço que se identifica como insuficiente, é improcedente, é equivocado. Certo! Quando isto ocorrer, é necessário negociar o índice de produtividade. Pense nisso! Reflexão Não falarei mal de nenhum homem mas falarei tudo de bom que souber de cada pessoa. Autor: Benjamim Franklin

Como calcular o custo Depois de possuir o tamanho e a produtividade e de ter calculado o esforço, é possível calcular o custo do esforço necessário para realizar o respectivo tamanho. Se conversarmos com os estrategistas em planejamento, vamos ouvir que existem inúmeras variáveis que interferem no cálculo, mas vamos estabelecer um cenário perfeito e, neste caso, para calcular o custo: multiplica-se o esforço pelo valor da hora estabelecido. A P F Vamos estabelecer, para o nosso exemplo, um valor por hora trabalhada de R$20,00 (em moeda corrente), o que dá um custo de R$10.000,00. Pensando um pouco: qual foi a premissa utilizada para calcular o custo necessário para realizar o esforço de construir a casa e a aplicação? Primeiro, é ter o tamanho, depois a produtividade e, por fim, ter o esforço. Negocia-se o tamanho, a produtividade ou o valor da hora trabalhada? Uma vez que já foi negociada a produtividade, pode-se negociar o valor da hora trabalhada. Opa! Então, é importante observar que, condenar o método de medição, porque o tamanho da aplicação gerou um custo que se identifica como insuficiente, é improcedente, é equivocado. Certo! Quando isto ocorrer, é necessário negociar o índice de produtividade e/ou o valor da hora trabalhada. Pense nisso! Como calcular o prazo Depois de possuir o tamanho e a produtividade e de ter calculado o esforço, é possível calcular o prazo necessário para realizar o respectivo esforço. Vamos estabelecer um cenário perfeito e, neste caso, para calcular o prazo: divide-se o esforço pela quantidade de horas trabalhadas por dia. Vamos estabelecer, para o nosso exemplo, 8 horas diárias, o que dá um prazo de 62,5 dias. Pensando um pouco: agora tivemos acesso a mais esta informação, o que deve ser alterado, o tamanho ou a produtividade? A produtividade, é claro! Além disso, antes de se calcular o custo diretamente com o tamanho e a produtividade, devia-se fazer como nos EUA e Europa, planejar o prazo e, só depois, calcular o valor gasto para o tempo planejado. Assim, os projetos poderiam sair melhores e no prazo planejado e, não como se faz hoje, impõem-se o prazo. A data é atribuída pelo planejamento estratégico. w w w. c a r l o s c a m p o s i n f o. c o m P á g i n a 29

1. O que é produtividade? Questionário Produtividade A. Produtividade é a razão entre o produto e o esforço de trabalho. B. Capacidade ou particularidades de uma aplicação, conforme observadas pelo usuário. C. Uma coleção coesa de procedimentos automatizados e dados, suportando um objetivo de negócio. D. Nenhuma das opções. 2. Qual o comportamento da produtividade? A. Depois que é encontrada numa empresa, ela passa a ser sempre a mesma para todos os projetos. B. Varia de acordo com muitos fatores. C. Depende dos profissionais envolvidos no projeto. D. Está atrelada ao tipo de projeto. 3. A produtividade interfere: A. No tamanho funcional da aplicação. B. No custo e no prazo. C. Na qualidade. D. Nenhuma das opções. 4. Existe o tamanho funcional e deseja-se obter o grau de esforço para realizar as atividades. Do que é preciso? A. Da quantidade de recursos necessários. B. Do custo da mão-de-obra. C. Da produtividade. D. Nenhuma das opções. 5. Mudar a produtividade faz mudar o tamanho funcional. A. Verdadeiro. B. Falso. 6. A produtividade pode mudar em todas as fases de um projeto. A. Verdadeiro. B. Falso.