DAS CALÇADAS DESENHO, ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE

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Transcrição:

DAS CALÇADAS DESENHO, ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE NRM U-20001 15/06/2016 FINALIDADE: Regulamentar os arts. 18, 22, e o único do art. 30, da LC nº. 1.045/2016. ORIGEM: LC 1.045/2016; NBR Nº 9.050/2015; REGULAMENTADO PELO DECRETO MUNICIPAL Nº 804 DE 15/06/2016. NORMAS REGULAMENTARES CORRELATAS: NRM: E-10003 CATEGORIA/ÍNDICE SISTEMÁTICO U-20000 para NRM para Urbanização; VIGÊNCIA 15 de junho de 2016 OBS. DE CANCELAMENTO SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Definições 3. Procedimento 4. Outras disposições 1 OBJETIVO A presente NORMA REGULAMENTADORA MUNICIPAL tem por objetivo regulamentar o dimensionamento e demais critérios relativos ao desenho, acessibilidade, mobilidade e ao acesso de veículos em edificações, referente às calçadas no Município de Maringá.

2 DEFINIÇÕES Para efeitos desta Norma são adotadas as seguintes definições: 2.1 Acessibilidade: possibilidade e condição de alcance, para a utilização com segurança e autonomia, de edificações, espaços, mobiliário e equipamentos urbanos; 2.2 Edificações justapostas: Edificações contíguas e com paredes independentes lado a lado na divisa comum, localizadas dentro de um mesmo lote; 2.3 Edificações sobrepostas: Edificações agrupadas em níveis distintos, uma sobre a outra, composta pelo pavimento térreo e pavimento superior; 2.4 Faixa de acesso: área da calçada destinada ao acesso das edificações, localizada junto ao alinhamento predial; 2.5 Faixa de permeabilidade: área da calçada onde o solo permite a infiltração de água; 2.6 Faixa de serviço: área da calçada destinada à implantação de mobiliário urbano e vegetação, localizada junto ao meio-fio; 2.7 Faixa livre ou passeio: área da calçada livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres; 2.8 Faixa pavimentada: faixa pavimentada junto ao meio-fio com 60 cm (sessenta centímetros) de largura;

2.9 Meio-fio: peça de pedra, concreto ou outro material que separa, em desnível, a calçada e a pista de rolamento em avenidas, ruas, praças e estradas; 2.10 Mobiliário urbano: todos os objetos, elementos e pequenas construções integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária ou não, implantados, mediante autorização do Poder Público, em espaços públicos e privados; 2.11 Rampa de acesso: parte inclinada de uma circulação destinada a unir locais em níveis distintos; 2.12 Rebaixamento de calçada e guia: rampa construída ou instalada no passeio, destinada a promover a concordância de nível entre o passeio e o leito carroçável; 2.13 Sarjeta: vão entre a pista de rolamento e o meio-fio, com o fim de promover escoamento das águas pluviais para as galerias pluviais. 3 PROCEDIMENTO 3.1 Dos procedimentos gerais 3.1.1 A construção, reconstrução, modificação, reconstituição e manutenção das calçadas nos imóveis localizados na área urbana, em vias pavimentadas ou dotadas de sarjeta e meio-fio, deverão obedecer as regulamentações dessa norma, as legislações vigentes no âmbito federal, estadual e municipal, e demais órgãos responsáveis pelo tema. 3.1.2 As calçadas serão organizadas em três faixas longitudinais, sendo:

a. Faixa de serviço: localizada junto ao meio-fio, deve possuir largura fixa de 1,80m (um metro e oitenta centímetros); b. Faixa livre ou passeio: localizada na área central da calçada; c. Faixa de acesso: localizada junto ao alinhamento predial, nos locais onde a largura da calçada permitir sua existência. 3.2 Da faixa de serviço 3.2.1 A faixa de serviço será obrigatoriamente composta de: a. Faixa pavimentada junto ao meio-fio com 60 cm (sessenta centímetros) de largura; b. Faixa de permeabilidade do solo, adjacente à faixa pavimentada, com 1,20 (um metro e vinte centímetros) de largura; 3.2.2 Nos lotes em zona residencial que estejam localizados em eixos de comércio e serviços, fica facultada a adoção da faixa de permeabilidade nas calçadas. 3.2.3 Nos lotes localizados nas Zonas de Comércio Central e Comércio e Serviços, as calçadas não possuirão a faixa de permeabilidade contínua, devendo possuir no entanto, uma área não pavimentada de, no mínimo 1,20m x 2,40m (um metro e vinte centímetros por dois metros e quarenta centímetros), em torno das árvores existentes, com bordas em declive suave para dentro desta área. 3.2.4 As áreas não pavimentadas ao redor das árvores, previstas anteriormente, deverão permitir a livre captação das águas pluviais, não podendo conter muretas, bancos, bordas ou saliências.

3.2.5 A faixa de permeabilidade deve possuir recobrimento vegetal rasteiro, ser contínua e abranger toda a testada do lote, podendo ser interrompida somente pelos seguintes elementos: a. Faixa transversal pavimentada destinada ao acesso de pedestres, com largura máxima de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros); b. Faixa transversal pavimentada destinada ao acesso de veículos, com largura igual à da guia rebaixada para acesso de veículos devidamente regulamentada; c. A instalação de quaisquer tipos de Mobiliários urbanos, tais como pontos de ônibus, telefones públicos, caixas de correio, lixeiras, totens, placas, hidrantes, armários de telefonia e paraciclos. 3.2.6 A instalação de quaisquer tipos de mobiliário urbano nas calçadas ficará sujeita ao prévio licenciamento pela municipalidade. 3.2.7 Os mobiliários referidos no item c do tópico 3.2.5 não poderão bloquear, obstruir ou dificultar o acesso de veículos ou pedestres, em especial das pessoas com deficiência, às edificações ou a visibilidade dos pedestres e motoristas, na confluência das vias. 3.3 Da faixa livre ou passeio 3.3.1 A faixa livre ou passeio é a área da calçada destinada à livre circulação exclusiva de pedestres, para garantir sua acessibilidade e mobilidade, devendo possuir as seguintes características: a.ter largura variável, de acordo com a dimensão total da calçada, conforme segue: I. mínimo de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), nas calçadas com 4,00m de largura;

II. mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), nas calçadas com 5,00m de largura; III. Admite-se largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) nas calçadas com 3,00m (três metros) de largura ou menos; b. Ser completamente livre de quaisquer desníveis ou obstáculos; c. Ter declividade transversal mínima de 2% (dois por cento) e máxima de 3% (três por cento); d. Possuir declividade longitudinal definida em conformidade com o perfil longitudinal do meio-fio. 3.3.2 A faixa livre ou passeio é prioritária perante as demais faixas que compõem a calçada, logo sempre que as medidas determinadas para as faixas que compõem a calçada não tiverem possibilidade de ser implantadas, devido as condições locais, deverá ser resguardada a largura mínima para faixa livre ou passeio para circulação de pedestres de 1,20m (um metro e vinte centímetros); 3.4 Da faixa de acesso 3.4.1 A faixa de acesso, quando existente, é a área da calçada destinada a servir de apoio à implantação da edificação, possuindo largura fixa de 0,70m (setenta centímetros), e poderá eventualmente, conter rampas destinadas ao acesso de veículos e pedestres à edificação, a fim de possibilitar ajustes nos desníveis existentes entre a calçada e o terreno. 3.4.2 As rampas mencionadas no item 3.4.1 quando destinadas ao acesso de pedestres de forma isolada ou concorrente com o acesso de veículos, deverão obedecer a inclinação máxima disposta na norma técnica brasileira (ABNT/NBR) relativa ao assunto,

bem como possuir abas laterais, evitando a formação de degraus e deverão estar integralmente contidas dentro dos limites da faixa de acesso. 3.4.3 Fica proibida, nas calçadas onde inexistir a referida faixa, a instalação de rampas na faixa livre ou passeio. 3.5 Da pavimentação das calçadas 3.5.1 Os pisos utilizados na pavimentação das calçadas deverão proporcionar uma superfície regular, livre de saliências ou ondulações, estável e antiderrapante, conforme as disposições das normas técnicas brasileiras (ABNT/NBR) relativas ao assunto. 3.5.2 Nas calçadas de lotes localizados na Zona Central ou Zona de Comércio e Serviços, deverá ser instalado o piso tátil direcional, de acordo com as determinações das normas técnicas brasileiras (ABNT/NBR) relativas ao assunto. 3.5.3 Quando da existência de piso tátil em lotes contíguos deve-se promover a continuidade do piso tátil entre os mesmos. 3.5.4 A condução de águas pluviais, realizada do imóvel para a sarjeta ou sistema de captação específico, deverá ser canalizada sob o seu calçamento, de forma a não criar obstáculos na calçada. 3.5.5 A existência de grelhas e juntas de dilatação na calçada não poderá configurar obstáculos à acessibilidade e deverá observar o disposto nas normas técnicas brasileiras (ABNT/NBR) relativas ao assunto.

3.5.6 As tampas de caixas de inspeção ou visita instaladas na calçada devem estar absolutamente niveladas com o piso onde se encontram, sendo que eventuais frestas devem seguir as regulamentações das normas técnicas brasileiras (ABNT/NBR) relativas ao assunto. 3.6 Do rebaixamento da calçada para acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida 3.6.1 Deverão ser executados rebaixamentos das calçadas para acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida, próximo às esquinas e/ou junto às travessias de pedestres. 3.6.2 Os parâmetros construtivos dos rebaixamentos referidos no item 3.6.1 devem seguir as determinações das normas técnicas brasileiras (ABNT/NBR) relativas ao assunto. 3.6.3 É recomendado que se promova a concordância dos rebaixamentos referidos em 3.6.1 entre si, promovendo ao usuário maior segurança e acessibilidade na travessia da via pública. 3.7 Do rebaixamento da calçada para acesso de veículos aos imóveis 3.7.1 Nos imóveis de esquina o rebaixamento para acesso de veículos deverá respeitar a distância mínima de 3,00m (três metros) do ponto de encontro dos alinhamentos prediais.

3.7.2 A rampa de acesso de veículos junto ao rebaixo deverá estar integralmente contida na faixa de serviço, e deverá ser perpendicular ao alinhamento do meio-fio, deixando livre de qualquer obstáculo a faixa livre ou passeio prevista para o trânsito de pedestre. 3.7.3 Fica proibida a colocação de cunhas, rampas de madeira ou outro material, fixas ou móveis na sarjeta ou sobre as calçadas. 3.7.4 O rebaixamento de guias nas calçadas somente será permito quando não resultar em prejuízo para a arborização urbana. 3.7.5 A juízo do órgão municipal competente poderá ser autorizado o corte da árvore, desde que atendidas as exigências do mesmo. 3.7.6 O rebaixamento da guia deve ser posicionado no mesmo alinhamento transversal do acesso de veículos da edificação de forma que não permita que o veículo cruze a calçada em direção que não seja a perpendicular ao alinhamento predial. 3.7.7 Para Habitações isoladas, justapostas ou sobrepostas será permitida a execução de apenas um rebaixo para acesso de veículos por imóvel que possua cadastro imobiliário individual perante o município, que deve ter largura máxima de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros). 3.7.8 Nas edificações de habitação coletiva que possuam mais de 100 (cem) vagas para veículos é obrigatória a adoção de entrada e saída de veículos independentes, com rebaixo de guia de largura máxima de 3,50m (três metros e cinquenta centímetros) cada

uma, ou em mão dupla, com rebaixo de guia de largura máxima de 7,00m (sete metros). Não excedendo o número de dois rebaixos de guia para acesso de veículos por testada. 3.7.9 Nas edificações comerciais que possuam mais de 30 (trinta) vagas para veículos é obrigatória a adoção de entrada e saída de veículos independentes, com rebaixo de guia de largura máxima de 3,50m (três metros e cinquenta centímetros) cada uma, ou em mão dupla, com rebaixo de guia de largura máxima de 7,00m (sete metros). Não excedendo o número de dois rebaixos de guia para acesso de veículos por testada. 3.7.10 Para edificações de uso industrial o rebaixo de guia deve ter a largura máxima de 7,00m (sete metros), com exceção de casos especias que deverão ser analisados pelo órgão competente da municipalidade, após solicitação devidamente fundamentada por parte do requerente. 3.7.11 Para testadas onde é permitido mais de um acesso, o intervalo entre as guias rebaixadas não poderá ser inferior à 5,00m (cinco metros), sendo que quando atenderem à garagens ou estacionamentos situados em níveis diferentes ou unidades habitacionais diferentes, poderão ser contíguos. 3.7.12 Nos postos localizados em ruas e avenidas na área urbana, deverão existir no máximo dois acessos de veículos em cada testada do lote, com largura mínima de 4,00m (quatro metros) por acesso, sendo que a soma da largura dos dois acessos de veículos deve ser no máximo de 11,00m (onze metros), sempre guardando as seguintes distâncias mínimas: a. 2,00m (dois metros) das divisas laterais do terreno;

b. 3,00m (três metros) a contar do ponto de encontro das testadas nos lotes de esquina; c. 5,00m (cinco metros) entre dois acessos localizados na mesma testada. 3.7.13 Nas edificações localizadas nos contornos e acessos rodoviários, os acessos de veículos ao estabelecimento deverão obedecer as orientações contidas nos manuais dos órgãos estaduais e federais competentes. 4 OUTRAS DISPOSIÇÕES 4.1 Quando da solicitação da construção e/ou ampliação de edificações no lote ou regularização de edificações existentes, deverá o requerente atender a todas as disposições dessa Norma Regulamentadora Municipal, visto que o atendimento ao aqui disposto é pré-condição para a concessão dos respectivos alvarás e certidões. 4.2 O projeto de representação da calçada será parte integrante dos projetos de implantação de edificação que serão objetos de análise pela Municipalidade. Quaisquer irregularidades constatadas no projeto da calçada ocasionarão indeferimento do processo como um todo. 4.3 As obras e intervenções isoladas em calçadas deverão ser licenciadas previamente pela municipalidade, por meio da solicitação do Alvará de Instalação. 4.4 Consideram-se obras e intervenções isoladas em calçadas a troca, reparo ou pintura do pavimento, a instalação de rebaixos para acesso de veículos e acessibilidade de pedestres, a instalação de calçada ecológica, a mudança de posição dos rebaixos, o avanço de tapume sobre a calçada, escavações, alocação e relocação de mobiliário urbano e congêneres

4.5 As obras e intervenções na calçada, isoladas ou não, deverão ser convenientemente sinalizadas, não sendo permitida a obstrução total da calçada, devendo os serviços e obras serem executados de forma a permitir condições de acesso e segurança dos pedestres e pessoas com mobilidade reduzida, assegurando uma faixa livre para circulação com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros). 4.6 Em casos especiais poderá ser admitida a obstrução total da calçada, desde que previamente solicitado à prefeitura, sendo que o órgão municipal competente poderá autorizar a interdição de parte do logradouro público para o trânsito seguro de pedestres. 4.7 Tratando-se de logradouro de grande circulação de pedestres e veículos, poderá o departamento competente da municipalidade determinar dia e horário para a execução dos serviços. 4.8 No caso de escavações, a recuperação do calçamento é de responsabilidade do autor da escavação e será feita imediatamente após a execução das obras, devendo a pavimentação retornar à condição original, no prazo máximo de 15 (quinze) dias. 4.9 Quando existirem faixas de ciclovia localizadas nas calçadas fica proibida qualquer tipo de intervenção nas mesmas. 4.10 O encerramento ou alteração de atividade para a qual tenha sido solicitado rebaixamento do meio-fio, obrigará o proprietário ou locatário do imóvel a reconstituir, às suas expensas, a condição original do meio-fio.

4.11 Encontram-se disponíveis nos Anexos A, B, C e D os modelos de calçada padrão a serem adotadas no Município de Maringá, de acordo com o disposto nos tópicos 3.1, 3.2, 3.3 e 3.4. 4.12 Na alteração de quaisquer disposições tratadas pela presente NRM, será ouvido o Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial CMPGT, conforme exigência do parágrafo 4º, do Artigo 1º da LC nº. 1.045/2016. 4.13 A qualquer momento a fiscalização municipal poderá realizar vistoria no local para verificação do atendimento aos requisitos dispostos nesta NRM. 4.12 As infrações às exigências desta norma poderão acarretar na aplicação de penalidades dispostas no Artigo 182 da LC nº 1.045/2016, aos profissionais responsáveis e aos proprietários dos imóveis.

ANEXO A

ANEXO B

ANEXO C

ANEXO D