Ciclo de Seminários Sextas da Reforma

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Transcrição:

Ciclo de Seminários Sextas da Reforma "Segurança Social: Que futuro?" Miguel Coelho Fundação Calouste Gulbenkian 6 de Junho de 2014

Enquadramento 2

Enquadramento Portugal dispõe de um Sistema Público de Segurança Social que se desenvolveu muito mais tarde do que em outros países. A partir de 1974 assumiu-se o princípio de solidariedade entre gerações e foi consagrado na Constituição o direito de todos à Segurança Social. A Constituição da República fixou os princípios e os objetivos fundamentais da Segurança Social, os quais são operacionalizados através da Lei de Bases da Segurança Social (Lei nº 4/2007): Garantir a concretização do direito à segurança social Promover a eficácia do sistema e a eficiência da sua gestão Promover a melhoria sustentada das condições e dos níveis de proteção social e o reforço da respetiva equidade 3

Enquadramento Sistema de Segurança Social Sistema de Proteção Social de Cidadania Sistema Previdencial Sistema Complementar Transferências do OE IVA consignado Transferências da UE Jogos Sociais Quotizações Trabalhadores Contribuições Empresas Transferências da UE Transferências do OE Transferências SPSC ORÇAMENTO DA SEGURANÇA SOCIAL 4

Limitações do Atual Sistema 5

Limitações do Atual Sistema As limitações do Sistema podem ser sintetizadas em 4 grandes componentes: Complexidade Dificuldade de Controlo Insustentabilidade Iniquidade 6

Limitações do Atual Sistema O Sistema apresenta-se extremamente complexo: Sucessivas alterações legislativas Complexidade Dificuldade em operacionalizar alterações legislativas Dificuldade em assegurar a articulação entre os organismos responsáveis pela gestão do Sistema 7

Limitações do Atual Sistema O Sistema é gerador de Iniquidades: Para situações iguais atribui prestações distintas Iniquidade Exceciona determinados grupos das regras gerais Direta ou indiretamente, atribui a cidadãos com rendimentos elevados prestações sociais destinadas a prevenir e erradicar situações de pobreza 8

Limitações do Atual Sistema O Sistema é difícil de Controlar: Complexidade legal do Sistema Dificuldade De Controlo Morosidade no Sistema de Justiça Dificuldade no cruzamento de dados entre departamentos da administração pública 9

Limitações do Atual Sistema O Sistema apresenta-se Insustentável: Carga fiscal excessiva para manter o Sistema de Proteção Social de Cidadania Insustentabilidade Relação inadequada entre contribuições e benefícios no âmbito do Sistema Previdencial 10

Limitações do Atual Sistema A Relação inadequada entre contribuições e benefícios no âmbito do Sistema Previdencial, pode ser vista a partir de 3 perspetivas: Atuarial Relação entre Contribuições/Quotizações e Prestações Saldo global desagregado do Sistema Previdencial de Repartição 11

Limitações do Atual Sistema Numa perspetiva Atuarial, e para um conjunto de casos reais de carreiras contributivas, conclui-se que as pensões representativas dessas carreiras corresponderiam a cerca de 50% do valor atualmente pago. Pensão com Base no Modelo de Rendas Imediatas Temporárias de Termos Constantes Pensionista A Pensionista B Pensionista C Pensionista D Pensionista E Pensionista F Pensão Atribuída 4.938,6 5.067,4 2.500,7 2.561,0 999,1 1.004,5 Nº Máximo de anos da Pensão Atribuída 6,1 4,5 5 5,9 5,7 5,6 Primeiro Termo da Renda Mensal 2.443,5 1.913,6 1.032,0 1.222,5 461,1 459,5 Renda em % da Pensão Atribuída 49,48% 37,76% 41,27% 47,73% 46,16% 45,75% Fonte: ISS, IP e cálculos próprios 12

Limitações do Atual Sistema Na perspetiva da Relação entre Contribuições/Quotizações e Prestações, constata-se a existência de um desequilíbrio global do sistema desde 2009, traduzido num saldo negativo médio anual de 891,1M (quadriénio terminado em 2012). Relação entre a Execução Orçamental e a Repartição Teórica das Receitas com Base na TSU por Eventualidade (M ) 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Doença -79,2-30,3-0,5 33,3 83,5 48,4 82,3 89,0 98,7 Doença profissional 134,8 143,7 145,3 159,8 169,7 163,3 177,8 181,3 171,5 Parentalidade -6,4-11,8-8,4-25,0-1,7-74,7-108,7-132,2-124,4 Desemprego -175,6-199,8-94,0 141,9 359,3 4,7-75,6-85,9-531,4 Invalidez 127,6 213,0 258,8 299,1 380,9 359,0 450,5 482,6 454,0 Velhice 912,0 640,4 569,6 565,2 465,7-153,0-61,5-438,7-757,2 Morte* -673,9-701,4-735,5-773,3-815,5-962,5-973,3-895,9-952,3 Politicas Activas de Emprego 6,0-13,3-8,2-18,2-68,3-150,9-69,4 26,1 26,6 Saldo Total 239,3 53,8 135,2 401,1 641,9-614,9-508,5-799,8-1.641,0 Fonte: Relatórios da Conta da Segurança Social, Relatórios de Acompanhamento do Tribunal de Contas e cálculos próprios. Nota: * Inclui pensões de sobrevivência 13

Limitações do Atual Sistema Por fim, na perspetiva de uma analisa detalhada do Saldo Global Anual do Sistema Previdencial de Repartição, facilmente se conclui que o desequilíbrio do Sistema é anterior a 2011. Considere-se a situação em 2010: 0 443,9M 508,0M 0 386,0M - 450,1M (Saldo Global) (Saldo Transitado Ano Anterior) (Transferências do Sistema Proteção Social Cidadania) (Saldo Global Final) 14

Limitações do Atual Sistema Para o período compreendido entre 2009 e 2013, e deduzido a) os saldos de anos anteriores; b) transferências do Sistema de Proteção Social de Cidadania; c) transferências extraordinárias do OE; e d) transferências para o Sistema de Previdencial de Capitalização, o saldo global do Sistema Previdencial de Repartição é dado por: Fonte: Relatórios de Acompanhamento do Tribunal de Contas e Cálculos Próprios. 15

Limitações do Atual Sistema As perspetivas de evolução do número de contribuintes e de pensionistas são claramente desfavoráveis. Fonte: INE, ISS, IP, Relatórios de Acompanhamento do Tribunal de Contas e Cálculos Próprios. 16

Limitações do Atual Sistema Facilmente se constata que a componente de pensões de velhice do sistema previdencial evidenciará em 2030, e se nada for feito, um desequilíbrio acumulado que poderá representar cerca de 30% do PIB. Fonte: Cálculos Próprios. Beta = Taxa de Crescimento anual dos reformados e Alfa =Taxa de Crescimento anual dos trabalhadores 17

Como Reformar o Sistema? 18

Como Reformar o Sistema? A reforma que teremos de prosseguir, deverá, em minha opinião, desenvolver-se em torno de 4 eixos: Simplificação do Quadro Legal Reorganização da Estrutura de Suporte Controlo Equidade e Sustentabilidade 19

Como Reformar o Sistema? Importa Simplificar o Quadro Legal: Criação de uma única condição de recurso Simplificação do Quadro Legal Criação de uma Prestação Familiar Única Criação de uma Prestação Única no âmbito da Deficiência 20

Como Reformar o Sistema? Importa Reorganizar e Modernizar a Estrutura de Suporte: Fusão e extinção de institutos públicos Reorganização da Estrutura de Suporte Planeamento integrado das atividades Reengenharia de processos Estrutura informática robusta 21

Como Reformar o Sistema? Importa Reforçar Mecanismos de Controlo: Desenvolver os mecanismos técnicos e legais de controlo das prestações atribuídas Controlo Reforço da comunicação com os beneficiários e contribuintes Reforço da Educação Cívica 22

Como Reformar o Sistema? Importa Reforçar a Equidade e Sustentabilidade: Sujeitar a Condição de Recursos todos os benefícios que não resultam do esforço contributivo Equidade e Sustentabilidade Alinhar os benefícios no Sistema Previdencial com o esforço contributivo realizado 23

Como Reformar o Sistema? No que respeita às Pensões de Reforma, teremos de desenvolver um modelo de transição que incidirá sobre 2 universos distintos. Trabalhadores Trabalhadores < 50 anos Sistema de Pensões Trabalhadores > 50 anos Pensionistas 24

Como Reformar o Sistema? No que respeita aos atuais pensionistas, os eventuais cortes (limitados ao mínimo possível num quadro de revisão integral do Sistema), deveriam ser compensados com a emissão de divida contingente por parte do Estado a esses mesmos pensionistas. Permitia resolver os problemas orçamentais de curto prazo, uma vez que se tratando de uma divida contingente o seu valor atual seria claramente inferior ao seu valor nominal; Os cortes não teriam uma natureza definitiva, contornando problemas constitucionais; Institucionais que têm que gerir o risco de longevidade poderiam ter interesse em adquirir os títulos contingentes aos pensionistas para cobertura desses mesmos riscos, o que significa que estes títulos poderiam ter liquidez imediata. 25

Como Reformar o Sistema? No que respeita aos atuais trabalhadores (com mais de 50 anos), propõe-se a manutenção do atual Sistema sujeito às seguintes correções: Aumento do prazo de garantia; Redução da taxa de substituição; Aumento da densidade contributiva; Alteração da equivalência remuneratória nas situações de desemprego para efeito de cálculo de pensões. 26

Como Reformar o Sistema? No que respeita aos atuais trabalhadores, (por exemplo com menos de 50 anos) a solução assenta em 4 pilares: Obrigatório Facultativo PILAR 1 Público PILAR 2 Público ou Privado PILAR 3 Privado Contribuição Definida Capitalização Nocional Repartição Contribuição Definida Capitalização Contribuição Definida Capitalização PILAR 4 27

Conclusões 28

Conclusões A reforma do Sistema de Segurança Social é urgente, não apenas pela situação económica e financeira do país, mas também porque se não o fizermos os nossos filhos e netos nunca nos perdoarão. Importa fazer esta reforma porque não herdámos a terra dos nossos antepassados, pedimos emprestada aos nossos filhos. Se não encontrarmos na sociedade civil uma base mínima de consenso, daqui a 10 anos não haverá nada para discutir. E pelas piores razões! 29

Ciclo de Seminários Sextas da Reforma "Segurança social: Que futuro?" Miguel Coelho Fundação Calouste Gulbenkian 6 de Junho de 2014