Perguntas e Respostas Resolução Normativa nº 398/2016

Documentos relacionados
Resolução COFEN Nº 477 DE 14/04/2015

ENFERMAGEM LEGISLAÇÃO EM ENFERMAGEM. LEI DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 365, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2014

Subseção II - Profissionais de Saúde que Atuem em Consultório Isolado

Hospital Sofia Feldman: compromisso com a VIDA. Florianópolis, novembro de 2013

CONTRATOS DE PLANOS DE SAÚDE

ANEXO I ANEXO II ANEXO III RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 368, DE

ENTIDADES DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS PROFISSÕES LIBERAIS CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM RESOLUÇÃO Nº 516, DE 23 DE JUNHO DE 2016

12- Como a operadora deve comunicar as substituições na rede de prestadores de serviços de saúde?

Resolução COFEN Nº 478 DE 14/04/2015

Dispõe sobre a Regulamentação do Exercício da Enfermagem, e dá outras Providências.

SÚMULA NORMATIVA - ANS Nº 025, DE

RESOLUÇÃO ANS Nº 368

DOU n 82, Seção 1, de 04 de maio de AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR DIRETORIA COLEGIADA

Artigo 1º Esta resolução dispõe sobre a Administradora de Benefícios.

ENFERMAGEM LEGISLAÇÃO EM ENFERMAGEM. LEI DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos

Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e dá outras providências

Art. 2º - As instituições e serviços de saúde incluirão a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programação.

LEI N 7.498/86, DE 25 DE JUNHO DE Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências.

CAPÍTULO I DA DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

ENFERMAGEM LEGISLAÇÃO EM ENFERMAGEM. LEI DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

A Unimed Federação Minas encaminha às Singulares informações, publicações e notícias veiculadas sobre a regulamentação de planos de saúde

COORDENAÇÃO GERAL DAS CÂMARAS TÉCNICAS CÂMARA TÉCNICA DE GESTÃO E ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM - CTGAE

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO MÉDICO E DA SAÚDE. Módulo: Saúde Privada

Monitoramento da concorrência

Dos Prazos Máximos Para Atendimento ao beneficiário

Parto Humanizado- Sim ou com certeza?

LEI N 7.498/86, DE 25 DE JUNHO DE 1986

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO MÉDICO E DA SAÚDE. Módulo: Saúde Privada

Relações Institucionais NUTEC CNS/FBH

1. Art. 17, caput: Formas de comunicação ao beneficiário

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR DIRETORIA COLEGIADA RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 356, DE 3 DE OUTUBRO DE 2014

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 356, DE

PORTAL UNIMED. Resumo das resoluções normativas vinculadas ao portal

PARECER COREN-SP 035/2013 CT PRCI n Tickets nº e

A ENFERMAGEM E A ORGANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA À MULHER NO PARTO E NASCIMENTO NO ÂMBITO DO SUS. Profa. Dra. Emilia Saito Abril 2018

PLANILHA PARA CONTROLE DAS DELIBERAÇÕES SOBRE AS PROPOSTAS DE MELHORIAS ENVIADAS ÀS ASSEMBLEIAS.

Justiça obriga ANS a definir regras mais efetivas para reduzir o número de cesáreas

ATENDIMENTO OPERADORAS ANS. Interrupção de internação de beneficiários

Carla de Figueiredo Soares Diretora Adjunta. Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos Agosto de 2011

DOU nº 221, Seção 1 de 20 de novembro de 2006 AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR DIRETORIA COLEGIADA

Aula Lei 7.498/86 e do Decreto /87. Questões Fundação Carlos Chagas FCC. Professora: Natale Souza

Ref. Contribuições do Idec às Consultas Públicas (CP) nº 55 e 56 de 2014

Mudanças na Lei nº 9.656

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

Código do Cartão do Titular (obrigatório) Nome do Banco Nº Banco Agência Conta Conta-corrente: CPF (Obrigatório da conta- corrente)

Início de Vigência do Contrato Inscrição Md Plano Tp Plano Proposta Termo Contratante / / Débito Automático:

Lei nº /2014. Coletiva de Imprensa. Rio de Janeiro, Dezembro de 2014

Diretor técnico: JULIO JOSE REIS DE LIMA (CRM: 6051)

DOU n 235, Seção 1, de 08 de dezembro de AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR DIRETORIA COLEGIADA RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 430, DE 07 DE DEZEMBRO DE 2017

Programa de Gerenciamento de Casos: um mecanismo assistencial como fator redutor de processos judiciais. Dr. Faustino Garcia Alferez

NORMA REGULADORA DA RELAÇÃO DO HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE COM A FUNDAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL

A FACEB preparou 3 novos planos de saúde, mais segurança e tranquilidade para você e sua família. ANS - nº

Inscrição. COMO REQUERER: Protocolar obrigatoriamente na sede ou seccionais, o que segue.

].Retomar ao modelo de autogestão por Rft

GUIA DE SOLICITAÇÃO DE INTERNAÇÂO / /

Sindicato das Misericórdias e Entidades Filantrópicas e Beneficentes do Estado do Rio de Janeiro.

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 352, DE

O CONHECIMENTO DA PUÉRPERA SOBRE O PARTO HUMANIZADO EM UMA INSTITUIÇÃO DO VALE DO PARAÍBA

BASIC /99-1 Não Referência Nacional

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 327, DE 2011

Agenda Lei /14 Desafios

Em seis meses, hospitais revertem taxas de cesáreas de 10 anos

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

Imprimir. O artigo 6º define os Recursos Humanos necessários ao funcionamento do CPN:

REFERÊNCIA: PROCESSO Nº /2017-PMM INEXIGIBILIDADE Nº 017/2017- SEPLAN. REQUISITANTE: SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMETO E CONTROLE.

Proposta Comercial PME

PARECER CRM/MS 11/2017 PROCESSO CONSULTA CRM/MS: INTERESSADO

Alessandro P. Acayaba de Toledo Diretor Presidente

Especificação de Produtos do Plano Brasil de Saúde. Universidade Federal de Uberlândia - UFU

CONTRATO DE CREDENCIAMENTO PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Perguntas e Respostas Lei , de 2014

FENASAÚDE 4º WORKSHOP DE IMPACTO REGULATÓRIO

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 412, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2016

SERVIÇO SOCIAL E A MEDICINA PREVENTIVA

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS DAS OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE

Recursos Próprios 2013

PUBLICADA NO D.O. DE SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE ATO DO SECRETÁRIO RESOLUÇÃO SES Nº 3088 DE 31 DE JULHO 2006.

Agenda Regulatória. Secretário Executivo da ANS. São Paulo, 05 de novembro de Debates GVSaúde João Luis Barroca

Seção III - Da Identificação dos Atos, Eventos e Procedimentos Assistenciais que Necessitem de Autorização da Operadora

ATO CONVOCATÓRIO Nº 005/2018 TERMO DE PARCERIA Nº 48/2018

Seção II - Da Solicitação de Exclusão de Beneficiários de Contrato Coletivo Empresarial

COMISSÃO PARITÁRIA Redimensionamento da Rede Credenciada 14/11/2016

SOLICITAÇÃO DE CANCELAMENTO DO CONTRATO OU EXCLUSÃO MOTIVADA PELO BENEFICIÁRIO TITULAR/RESPONSÁVEL NOS TERMOS DA RN 412/2016/ANS

Ministério da Saúde AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR DIRETORIA COLEGIADA RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN N.º 186, DE 14 DE JANEIRO DE 2009.

Parto domiciliar na visão do pediatra

Prestador PROGESERV. Unimed Filiada

O Brasil atualmente enfrenta um momento de crise econômica e de alto índice de desemprego.

Manual de Instruções ODONTOLOGIA CAMED SAÚDE

PREGÃO PRESENCIAL SESC/MA Nº 17/0020-PG REGISTRO DE PREÇOS TERMO DE REFERÊNCIA

QUALIFICAÇÃO DA REDE HOSPITALAR UNIMED VITÓRIA

Transcrição:

Perguntas e Respostas Resolução Normativa nº 398/2016 Dispõe sobre a Obrigatoriedade de Credenciamento de Enfermeiros Obstétricos e Obstetrizes por Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde e Hospitais que Constituem suas Redes e sobre a Obrigatoriedade de os Médicos Entregarem a Nota de Orientação à Gestante.

1) A Resolução Normativa nº 398, de 2016, menciona no artigo 3º o cartão da gestante, também abordado pela RN nº 368, de 2015. É necessário efetuar alguma complementação/retificação no cartão da gestante a partir da nova norma? O cartão da gestante é um documento que as operadoras de planos de saúde devem fornecer às gestantes, por intermédio do profissional de saúde, logo na primeira consulta. A partir daí, a gestante deve sempre levar consigo o cartão da gestante, que deverá ser atualizado pelo profissional a cada consulta e conter o registro de todo o pré-natal, de modo a documentar a evolução da gestação e facilitar um melhor atendimento à mulher e ao bebê. A nova norma reforça a obrigação do cartão da gestante prevista na norma anterior, acrescentando outra obrigação: os médicos deverão entregar às beneficiárias, em três consultas distintas, durante o acompanhamento da gestação, a Nota de Orientação à Gestante, com texto previsto no anexo da norma, com o objetivo de esclarecer sobre os riscos e benefícios da cesariana e do parto normal. Esse documento pode ser entregue à mulher junto com o cartão da gestante, na primeira consulta e também em mais duas outras consultas distintas.

2) Como as operadoras de planos de saúde deverão viabilizar o disposto no parágrafo único do art. 1º da Resolução Normativa RN 398, de 2016, no que se refere à contratação de enfermeiros obstétricos e obstetrizes? Conforme decisão judicial, Quando for viável a contratação de enfermeiros obstétricos e/ou obstetrizes a operadora deverá contratar dentro das regulamentações existentes para o exercício de cada uma das profissões. 3) A Resolução Normativa nº 398, de 2016, aborda a contratação e viabilização da atuação de enfermeiros obstétricos e obstetrizes nas redes assistenciais das operadoras de planos. Quanto a essa obrigação, há distinção quanto ao tipo de contrato estabelecido entre a operadora e o prestador de serviços? A Resolução Normativa nº 398, de 2016, estabelece que operadoras de planos de saúde e hospitais que constituem as redes assistenciais, seja qual for o tipo de rede - própria, referenciada, credenciada, cooperada ou contratada, devem, se, onde e quando viável, contratar e possibilitar a atuação de enfermeiros obstétricos e obstetrizes no acompanhamento do trabalho de parto e do próprio parto, mantendo atualizada a relação de profissionais contratados para livre consulta das beneficiárias, não fazendo distinção ente o tipo de contratação.

4) A Resolução Normativa nº 398, de 2016, torna obrigatório para operadoras de planos de saúde contratar e viabilizar a atuação de enfermeiros obstétricos e obstetrizes em suas redes assistenciais - se, onde e quando viável. Como avaliar/comprovar a viabilidade de se contratar esses profissionais, dadas as peculiaridades de cada localidade do país? No intuito de não impor uma obrigação impossível de ser cumprida, e com objetivo de atender uma decisão judicial do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, as operadoras devem realizar o credenciamento de enfermeiros obstétricos e obstetrizes se, onde e quando possível. Nos locais em que não existirem profissionais com essa formação ou, em existindo, se o profissional existente se recusar a trabalhar para a operadora, entende-se não ser possível o credenciamento. A fiscalização se dará observando-se a inviabilidade do credenciamento: pela comprovação da inexistência ou insuficiência de profissionais; ou pela demonstração de que, em existindo, recusaram-se a trabalhar como credenciados. 5) A Resolução Normativa nº 398, de 2016, torna obrigatório para operadoras de planos de saúde contratar e viabilizar a atuação de enfermeiros obstétricos e obstetrizes em suas redes assistenciais - se, onde e quando viável. O que é enfermeiro obstétrico? E obstetriz? Qual é a função desses profissionais? Conforme previsto na Lei nº 7.498 de 25 de junho de 1986, o Enfermeiro Obstetra é o Enfermeiro titular do diploma ou certificado de Enfermeiro Obstetra que tem competência legal de realizar assistência obstétrica, além

de todas as atividades de enfermagem; e que a Obstetriz é a titular do certificado de Obstetriz, com competência legal de realizar assistência obstétrica, e cuja graduação em obstetrícia tem ênfase na promoção da saúde da mulher e na assistência da mulher durante a gestação, o parto e o pós-parto. Quando for viável a contratação desses profissionais, as operadoras e os hospitais deveram contratar dentro das regulamentações existentes para o exercício de cada uma das profissões envolvidas, atuem no acompanhamento do trabalho de parto e do próprio parto. 6) Com relação à Resolução Normativa RN nº 398, que dispõe sobre obrigatoriedade de credenciamento de enfermeiros obstétricos e obstetrizes por operadora e hospitais, esses profissionais devem ser credenciados como pessoa física ou jurídica? Pertencente ao corpo clínico do hospital ou clínicas credenciadas? A RN nº 398 não disciplinou os contratos entre a operadora ou os hospitais e os mencionados prestadores, podendo adotar todas as formas permitidas pela legislação civil e trabalhista. 7) A operadora pode contratar enfermeiros (pessoa física ou jurídica) para consultas de acompanhamento pré-natal e parto? A Resolução Normativa RN nº 398, de 2016 dispõe que operadoras de planos privados de assistência à saúde e hospitais que constituem suas redes, devem contratar e possibilitar a atuação de enfermeiros obstétricos e obstetrizes no acompanhamento do trabalho de parto e do próprio parto. Não houve inovações quanto ao acompanhamento pré-natal.

8) Operadoras de planos de saúde devem remunerar enfermeiros na especialidade específica de enfermagem obstétrica para realizar parto domiciliar? A Resolução Normativa RN nº 398 de 2016 estabelece que operadoras de planos privados de assistência à saúde e hospitais que constituem suas redes, devem contratar e possibilitar a atuação de enfermeiros obstétricos e obstetrizes no acompanhamento do trabalho de parto e do próprio parto em ambiente hospitalar. Não houve inovações quanto à realização de parto fora do ambiente hospitalar.