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Transcrição:

OFERECIMENTO BOLETIM NÚMERO DO DIA 8.7bi de dólares é o total que a Liberty Media vai investir na aquisição do controle da Fórmula 1; US$ 4,1 bi serão só para pagamento de dívidas EDIÇÃO 588 QUINTA-FEIRA, 8 DE SETEMBRO DE 2016 Petrobras obtém patrocínio retroativo das Olimpíadas A necessidade de o Rio 2016 obter dinheiro para conseguir realizar os Jogos Paralímpicos criou uma situação inusitada de patrocínio às Olimpíadas. A Petrobras, que no dia 30 de agosto anunicou acordo de R$ 10,5 milhões no patrocínio às Paralimpíadas, terá direito a usar e comunicar o patrocínio às Olimpíadas, que terminaram dia 21 de agosto e não tiveram apoio da estatal. POR ERICH BETING, DO RIO DE JANEIRO O inédito apoio retroativo às Olimpíadas permitiu à Petrobras que fizesse campanha publicitária usando a imagem de atletas medalhistas no Rio 2016 portando o objeto, além de usar expressões como Jogos Olímpicos e medalhistas olímpicos e exibir a logomarca da competição. Essas propriedades eram exclusivas de patrocinadores oficiais da competição. Reprodução da página de abertura do site com o time de atletas da Petrobras mostra as logomarcas das Olimpíadas e das Paralimpíadas; acordo firmado em 30 de agosto permite uso de marca de evento que já havia sido encerrado 1

COCA TEM PIN PARALÍMPICO Uma das principais apostas da marca nos Jogos Olímpicos, os pins voltaram a ter protagonismo. A Coca-Cola anunciou versões dos produtos para os Jogos Paralímpicos. As imagens fazem referência ao atual evento, como a mascote Tom, a cerimônia de abertura e esportes como o atletismo paraolímpico e o basquete em cadeira de rodas. Os novos produtos serão lançados nesta quinta-feira, no Parque Olímpico. SAMSUNG MUDA AÇÕES NO RIO A manobra foi fundamental para que a Petrobras aceitasse pagar R$ 10,5 milhões e se associar às Paralimpíadas, depois de ter recusado um patrocínio de quase R$ 60 milhões às Olimpíadas. A permissão para o uso posterior da logomarca e de expressões olímpicas foi confirmada à Máquina do Esporte tanto pelo Comitê Rio 2016 quanto pela assessoria de imprensa da estatal. O negócio, porém, não agradou alguns parceiros do Rio 2016, segundo apurou a reportagem. A reclamação é pelo fato de que a estatal acabou tendo uma brecha que a permitiu a burlar as regras restritivas do Comitê Olímpico Internacional (COI) quanto à proteção de exploração comercial dos parceiros da entidade. Curiosamente, quando anunciou o patrocínio à Paralimpíada, a Petrobras enfatizou os direitos exclusivos que ela passava a ter. A divulgação da nossa marca e do Time Petrobras durante a Paralimpíada será realizada por meios tradicionais como a exposição da marca nas arenas, estande no Parque Olímpico e exibição de vídeo na abertura da competição. O contrato também permite o uso de imagem durante os jogos dos atletas paralímpicos que patrocinamos, o que é vedado a companhias que não são patrocinadoras oficiais do evento, disse a estatal em nota. O Time Petrobras tem 25 atletas. Nas Paralimpíadas, porém, são apenas dois representantes: Daniel Dias (natação) e Verônica Hipólito (atletismo). Na peça criada para divulgação no início deste mês, porém, nenhum dos dois foi utilizado. A campanha só ressalta os atletas que fizeram história. Nas Olimpíadas... A casa de ativações da Samsung no Rio de Janeiro passou por mudanças para os Jogos Paralímpicos. Usado para apresentar novas tecnologias ao público no Parque Olímpico, o local aumentou a acessibilidade. Além disso, a empresa criou um espaço para mostrar como as tecnologias da empresa auxiliam as pessoas com deficiência, como o assistente de voz e o ajuste de cor disponíveis em celulares da marca. NISSAN PROMOVE SURFE ADAPTADO Durante as Paralimpíadas, aulas de surfe adaptado serão ofertadas na praia de Copacabana, em frente ao hotel Nissan Kicks, patrocinados pela montadora de origem japonesa. A Adapt Surf, associação sem fins lucrativos, ficará em frente ao Hotel, oferecendo aulas de surfe. Henrique Saraiva e Phelipe Netto, fundadores do projeto, foram indicados ainda pela Nissan para conduzirem a Tocha Paralímpica. 2

OPINIÃO Futebol como mídia gera ausência de setor premium POR DUDA LOPES novos negócios da Máquina do Esporte Do ponto de vista econômico, a ausência de marcas premium no futebol não faz sentido. Há diversas pesquisas que apontam que o esporte é o favorito do país em todas as classes sociais, sem muita diferença entre elas. E a classe A, claro, é a que tem maior consumo dentro do segmento. Por que, então, ficar ausente nesse mercado? A principal questão é como o futebol ainda é visto como mídia, e não plataforma de relacionamento. Assim, ele deixa de ser um negócio premium. A lógica da publicidade é quem passa a reger. Nela, paga-se para ser exposto só ao consumidor que é o alvo. Como mídia, o futebol vira uma espécie de Jornal Nacional. Alta audiência e apelo em todas as classes, mas muito caro para falar com a classe A. O canal pago, segmentado, alcança menos gente, mas é mais preciso nisso. O Corinthians deixou claro ter essa consciência: sua torcida é dividida igualmente entre classe A/B, C e D. Fazer uma parceria com o clube para chegar ao primeiro grupo é perfeitamente razoável, mas o foco em exposição dispersa a atenção na campanha. A Estrella Galicia diz querer o Fiel Torcedor como base para ativações. Esse é um modo de ter acesso só a um grupo com hábitos de consumo que faça sentido a ela. Não é o único. Há uma enorme estrutura em Itaquera muito bem preparada para isso. E um sem número de experiências possíveis. A chave para o sucesso, como sempre, é um efetivo plano de ativação. Algo também ausente no futebol. No escuro, Coritiba antecipa venda de ingressos para Copa Sul-Americana POR ADALBERTO LEISTER FILHO O Coritiba decidiu antecipar a venda de ingressos para o jogo válido pela Copa Sul-Americana. A pré-venda, a preços promocionais de R$ 20 no Setor Mauá do estádio do Couto Pereira, será feita ainda sem a definição de quem é o adversário, o dia e o horário do jogo, válido pelas oitavas de final da competição. Há algum tempo o clube mudou sua maneira de venda de ingressos pela internet e o crescimento do comércio online desde então nos estimulou a colocar em prática novas ideias, e a pré-venda é uma destas situações, afirmou Gilberto Griebeler, vice-presidente do Coritiba, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte. Como a definição do adversário da próxima fase da Sul-Americana só será dia 15, pretendemos aproveitar o bom momento e o valor agregado da partida para estimular a compra antecipada com preços especiais projetando o público desta partida com antecedência. As vendas serão exclusivamente pela internet. A promoção irá até a definição de quem será o adversário do clube, que sairá do vencedor do duelo argentino Estudiantes x Belgrano. A possibilidade de receber um clube como esses é também uma ótima oportunidade, considerando que a receita ao avançar de fase na Sul-Americana também traz um retorno financeiro ao clube com engajamento e interesse de nossos torcedores, completou Griebeler. 4

Corinthians fecha com Estrella Galícia e estreia marca premium POR DUDA LOPES Patrocinador com posicionamento premium é comum no futebol europeu, mas raridade no Brasil. Esta semana o Corinthians mudou um pouco isso. O clube anunciou o rompimento com a Brahma para assinar acordo de três anos com a espanhola Estrella Galicia, que passa a ser a cerveja oficial do clube. Do mesmo grupo, a Cabreiroá também foi apresentada como sendo a água oficial do time paulista. Entre os 12 grandes clubes do Brasil, não há um único patrocinador que se posicione como a Estrella Galicia para o mercado. Nem mesmo na seleção brasileira existe uma marca com esse enfoque. No ramo das cervejarias, a estratégia se repete. A Heineken usa a marca apenas na Liga dos Campeões da Europa. No Brasil, usou a Kaiser nos clubes de futebol. Mais recentemente, tem apostado na Amstel, mas com aportes ainda discretos e focado na popularização da marca. A própria Ambev não abriu mão da Brahma na Copa do Mundo, colocando a Budweiser em ativações mais específicas. A direção do clube, claro, celebra o acerto. Isso acaba reposicionando o Corinthians para outro nicho de empresas que não estavam mais olhando para o futebol brasileiro e para nós como uma potencial ferramenta de comunicação. Agora, empresas do segmento premium vão olhar e pensar: que movimento é esse?, afirmou o gerente de marketing do time, Gustavo Herbetta, à Máquina do Esporte. Com o Corinthians, a Estrella, que produz no Brasil desde 2014, espera um vertiginoso crescimento; a meta é aumentar o faturamento em 40% já neste ano. Mas isso não significa abrir mão do status. Não queremos ser a mais comprada, mas a mais amada, diz o presidente da marca, Fábio Rodrigues. Sem Ambev, clube não vai deixar Futebol Melhor Apesar de romper com a Ambev, o Corinthians não abriu mão de participar do Movimento por um Futebol Melhor, projeto idealizado pela marca que oferece aos sócios dos clubes vários benefícios na compras de produtos dos parceiros. A direção do Corinthians tem a informação de que 8% da base de sócios-torcedores fazem um uso efetivo do movimento. Logo, o clube negociou para não prejudicar mais de 10 mil sócios. A diferença é que, agora, produtos da Brahma não serão ofertados aos corintianos, algo que já acontece com a Centauro, que está no MFM, mas o clube tem negócio com a Netshoes. O Corinthians lidera o movimento, com 129 mil sócios. 5

ESPECIAL JOGOS PARALÍMPICOS PATROCÍNIO Abertura é marcada por bom humor e tecnologia POR ERICH BETING, DO RIO DE JANEIRO Havia a certeza de que a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos seria emocionante, muito pelo fato de trazer para perto da sociedade histórias que mostram a capacidade de superação humana. A emoção foi aflorada em diversos momentos, como no hino nacional tocado pelo piano do maestro João Carlos Martins, na entrega da bandeira paralímpica feita por crianças acompanhadas de seus pais ou na inesperada queda de Marcia Malsae, campeã paralímpica em 1984, durante a reta final de condução da tocha paralímpica. Mas foi um show de tecnologia que contagiou a torcida e fez com que a emoção virasse euforia. A contagem regressiva do início da cerimônia, que terminou com um cadeirante descendo por uma megarrampa e caindo em cima de um colchão inflável já foi o indício de que a tecnologia estaria presente durante toda a cerimônia. A solução encontrada para um orçamento mais enxuto foi fazer do gramado do Maracanã um palco de projeção de imagens. Foi ali que Daniel Dias conseguiu o feito de cruzar o estádio a nado, que os coreógrafos fizeram do Maracanã a praia de Copacabana e que a snowboarder Amy Purdy, biamputada, dançou junto a um robô industrial. A ideia da cerimônia foi explorar muito mais a alegria do que a su- 6 peração. Por isso mesmo, o estádio caiu na risada quando a mascote Vinícius, das Olimpíadas, desfilou pelo estádio ao som de Garota de Ipanema usando um vestido, reproduzindo o que Gisele Bündchen fez na cerimônia de abertura olímpica. O único momento de maior tensão foi quando, em seu discurso, Carlos Arthur Nuzman, presidente do Rio 2016, agradeceu ao apoio da esfera pública. Vaias tomaram o estádio e gritos de Fora, Temer começaram a soar. Quando o presidente da República foi chamado para anunciar a abertura dos Jogos, as vaias só foram sufocadas pelo estouro de fogos de artifício, reconduzindo o povo para a festa.

PERSONAGEM DO DIA BRASIL Clodoaldo Silva NATAÇÃO TUBARÃO NÃO SÓ NA PISCINA: As Paralimpíadas do Rio de Janeiro são, para Clodoaldo Silva, uma espécie de fechamento para uma carreira brilhante. Pela quinta vez, o nadador estará numa edição dos Jogos, mas desta vez dificilmente terá protagonismo dentro das pistas como foi em outras edições, especialmente a de Atenas, em 2004, quando faturou seis medalhas de ouro e ganhou o apelido de tubarão das piscinas. Mas só o fato de ontem ter sido ele o responsável por acender a pira paralímpica debaixo de um temporal num Maracanã que o aplaudia em pé mostra a importância de Clodoaldo para o movimento paralímpico. Foram as conquistas de Atenas que ajudaram a impulsionar a imagem da Paralimpíada e dos atletas brasileiros POR ERICH BETING para a grande mídia. Num Brasil carente de vitórias olímpicas, Clodoaldo era a prova de superação e, mais ainda, de extrema competência. São 13 medalhas paralímpicas, que fizeram de Clodoaldo um nome cobiçado pelo público e pelas marcas. Aos 37 anos, ele costuma dizer que a maior vitória, porém, é quando uma criança sem qualquer tipo de deficiência chega para ele e diz: quando crescer, quero ser igual a você. Hoje, Clodoaldo dá palestras motivacionais em empresas e, antes do Rio 2016, passou a ser procurado pelas marcas para ser garoto-propaganda. Um dos primeiros acordos foi para ser um dos mentores do Time Nissan para o Rio 2016, ao lado de Hortência, uma das maiores do basquete. Nasceu em 1º de fevereiro de 1979, na cidade de Natal (RN) Começou a nadar em 1996, em processo de reabilitação Em 2012 perdeu de Daniel Dias o posto de maior número de medalhas do Brasil Em 2005 foi eleito o melhor do mundo pelo Comitê Paralímpico 7