CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO LATU-SENSU EM SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL: BRASIL EQUADOR

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Transcrição:

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO LATU-SENSU EM SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL: BRASIL EQUADOR Módulo I: Soberania, Segurança Alimentar e Nutricional e Direito Humano à Alimentação Adequada nas Políticas Públicas

Segurança Alimentar e Nutricional - Food Security e Food Safety. - Conceito do CONSEA/Brasil: Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis. - Insegurança Alimentar física e psicológica. - Fome e desnutrição - Sobrepeso e obesidade

Direito Humano à Alimentação - A alimentação é reconhecida como direito humano no Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 1966 (ONU). - Conceito: O direito à alimentação adequada é alcançado quando todos os homens, mulheres e crianças, sozinhos, ou em comunidade com outros, têm acesso físico e econômico, em todos os momentos, à alimentação adequada, ou meios para sua obtenção. O direito à alimentação adequada não deve ser interpretado como um pacote mínimo de calorias, proteínas e outros nutrientes específicos. A adequação refere-se também às condições sociais, econômicas, culturais, climáticas, ecológicas, entre outras. - Destaca-se a obrigação pública de se garantir esse direito, podendo gerar ações jurídicas de cobrança.

Diagnóstico e Mobilização Política em Relação à Fome - Cúpula Mundial da Alimentação de 1996 da FAO: alta representatividade, com mais de 180 países. - Meta reduzir pela metade número de desnutridos de 1990 (90-92) a 2015. - Declaração do Milênio da ONU de 2000 reforço no combate à desnutrição. Reduzir pela metade a proporção de desnutridos. - Cálculo do índice de desnutrição disponibilidade de alimentos. Outras formas. - Situação Atual não foram atingidas as metas. Algumas regiões com melhores resultados Ásia e América Latina e Caribe

Tabela 1 Milhões de pessoas desnutridas e participação na população total, regiões dos países em desenvolvimento, médias de 1990-92 a 2014-16. Regiões Países em Desenvolvimento África Ásia América Latina e Caribe Oceania Número (milhões) e porcentagem de pessoas desnutridas 1990-92 2000-2002 2005-07 2010-12 2014-2016 990,7 908,4 926,9 805,0 779,9 23,3% 18,2% 17,3% 14,1% 12,9% 181,7 210,2 213,0 218,5 232,5 27,6% 25,4% 22,7% 20,7% 20,0% 741,9 636,5 665,5 546,9 511,7 23,6 17,6 17,3 13,5 12,1 66,1 60,4 47,1 38,3 34,3 14,7% 11,4% 8,4% 6,4% 5,5% 1 1,3 1,3 1,3 1,4 15,7% 16,5% 15,4% 13,5% 14,2%

Prováveis Causas da Desnutrição e da Fome Fome presente em vários momentos da humanidade: produção justa com a população. Europa, na década de 1840, doença causada por Phytophthora infestans dizimou as plantações de batata, fome a milhões de europeus. Proporcionalmente, situação mais grave na Irlanda, com morte de 1 milhão de pessoas (20 a 25% da população) e a emigração forçada de mais 1 milhão de irlandeses, entre 1845 e 1852 (ROSS, 2002). - Teoria de Malthus taxa aritmética de alimentos e geométrica da população mecanismo natural de controle. - Diminuição do preço real dos alimentos em 50% entre 1961 e 2002. Aumento da disponibilidade para 2.790 Kcal/pessoa/dia em 1999/2002. - Depois de 2002 forte crescimento dos preços dos alimentos, mas sem implicar em redução da disponibilidade. Biocombustíveis, menor dinamismo agricultura desenvolvidos, petróleo mais caro, crescimento demanda (países populosos e mudança hábito alimentar) - Causas: desastres naturais e guerras civis e entre países - Acesso limitado por baixo nível de renda per capita e alta concentração de renda

Características da Política de SANS Articuladora Sistêmica Intersetorial Interativa (governo / sociedade) Equitativa Estrutural Emergencial

Tipos de Ações de SAN - Suplementação de renda ou de alimentos renda mínima, alimentação escolar, alimentação dos trabalhadores, doação de cestas de alimentos, restaurantes populares. - Estímulos à produção: em especial para agricultores familiares (muita vezes muito empobrecidos). Crédito rural, pesquisa agropecuária. - Aporte de tecnologias alternativas: base ecológica e maior valor nutricional dos alimentos. - Controles de perdas de alimentos. Banco de alimentos. - Ações de saúde pública: acompanhamento nutricional, aleitamento materno. - Educação alimentar e regulamentação dos alimentos açúcar, sal, propaganda.

Soberania Alimentar - Há uma conceituação de Soberania muito ligada à ideia de auto suficiência nacional, de se garantir a produção de alimentos no próprio território, com forte preocupação geopolítica. A Política Agrícola Comunitária (PAC) foi marcada por isso. Forte protecionismo e elevação de estoques de alimentos, prejudicando países mais pobres. Internacionalização ou não dos mercados agropecuários. - Há outra concepção: promoção do direito dos povos de definir suas políticas e práticas alimentares, o que exige a manutenção do campesinato, a reforma agrária (quando necessária), o apoio aos mercados locais e o respeito das tradições alimentares. Questionamentos a esta posição está muito ligada à capacidade de manter a disponibilidade em um mundo tão urbanizado.

BIBLIOGRAFIA Português: AÇÃO BRASILEIRA PALA NUTRIÇÃO E DIREITOS HUMANOS (ABRANH). Direito Humano à Alimentação Adequada no Contexto da Segurança Alimentar e Nutricional. Disponível em: http://www.sswm.info/sites/default/files/reference_attachments/abrandh%20( 2010).pdf BRASIL/COMISSÃO ESPECIAL DE MONITORAMENTO DE VIOLAÇÕES DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA. Relatório Anual da Comissão Especial de Monitoramento de Violação do Direito Humano à Alimentação Adequada. Disponível em: http://www.sdh.gov.br/sobre/participacao-social/cddph/relatorios/relatorio-c.ealimentacao-adequada CONTI, I. L. Segurança Alimentar e Nutricional: noções básicas. Disponível em: https://www.pjf.mg.gov.br/conselhos/seguranca_alimentar/documentos/conceito sbasicos%20san.pdf

BIBLIOGRAFIA Português: BRASIL/UNESCO. Por uma cultura dos direitos humanos. direito humano à alimentação. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002254/225425por.pdf CHONCHOL, J. Soberania alimentar. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v19n55/02.pdf Español: CÁTEDRA DE ESTUDIOS SOBRE HAMBRE Y POBREZA. DERECHO a la alimentación y soberanía alimentaria. Córdoba : Ofi cina de Cooperación Internacional al Desarrollo, Diputación de Córdoba : Servicio de Publicaciones de la Universidad de Córdoba, 2008. disponível em: http://www.dhl.hegoa.ehu.es/ficheros/0000/0525/libro_derea_1_.pdf FAO. El estado de la inseguridad alimentaria en el mundo. 2015. GORDILLO G, JERÓNIMO O M. Seguridad y Soberanía Alimentaria (Documento Base para Discusión). FAO. Disponible en: http://www.fao.org/3/a-ax736s.pdf

Español: INSTITUTO DE ESTUDIOS DEL HAMBRE. Conceptos básicos. Soberanía alimentaria / Seguridad Alimentaria. Disponible en: http://www.ieham.org/html/docs/documentacion2.asp?cat=1&val=1&lengua=1 LÓPEZ-GIRALDO, L. A.; FRANCO-GIRALDO, A. Revisión de enfoques de políticas alimentarias: entre la seguridad y la soberanía alimentaria (2000-2013). Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v31n7/0102-311x-csp-31-7- 1355.pdf VIA CAMPESINA. Agricultura campesina y soberanía alimentaria frente a la crisis global. V Conferencia Internacional de La Vía Campesina, Maputo, Mozambique, 2008. Disponível em: http://viacampesina.org/es/index.php/nuestrasconferencias-mainmenu-28/declaraciones-mainmenu-70/590-carta-de-maputov-conferencia-internacional-de-la-vcampesina VIA CAMPESINA. Foro Internacional de Soberanía Alimentaria. Declaración de Nyélén, Selingué, Mali, 2007. Disponível em: http://nyeleni.org/img/pdf/declnyeleni-es.pdf

Departamento de Economia, Administração e Educação Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Universidade Estadual Paulista FCAV/UNESP Jaboticabal (SP) baccarin@fcav.unesp.br