Nº 006/2016 26/02/2016 Boletim Epidemiológico Dengue Chikungunya Zika Dia de Mobilização Nacional contra o Aedes aegypti Participação da Escola Preparatória de Cadetes do Ar: 12/02/2016 10 horas Palestra sobre Dengue, Chikungunya e Zika Distribuição de casos no mundo, no Brasil, em Minas Gerais e em Barbacena; sinais e sintomas mais frequentes; tratamento; ciclo do vetor; visita domiciliar e tratamento de focos, força tarefa. Palestrantes:Dr. Márcio Heitor Stelmo da Silva (SRS) e Dra. Maria Madalena Mattos Orempüller (SESAPS). Em seguida, Cel. Roberto Carlos Fernandes apresentou a Diretriz nº 06/2016 do Ministério da Defesa, que trata da mobilização das Forças Armadas no dia 13/02 caminhada com panfletagem junto com a SESAPS e a SRS; a partir de 15/02 a EPCAr estará realizando abordagens nas escolas, junto com a Secretaria de Educação. 13/02/2016 8:00 às 16:00 horas Mobilização com a presença da EPCAr, SESAPS e SRS, caminhada com início no Largo Marechal Deodoro até à Praça dos Andradas, com panfletagem e orientações à população sobre os cuidados em prevenir a proliferação do Aedes aegypti. Apoio: Hospital Policlínica e Maternidade (IMAIP). 1
Situação Epidemiológicada Dengue& Chikungunyano Brasil Dengue Doença febril aguda, causada pelo vírus da dengue (com seus 4 sorotipos), transmitida pela picada do Aedes aegypti, com ampla dispersão pelo território nacional, podendo apresentar, ainda, exantema (manchas vermelhas na pele em 50% dos casos), cefaléia, dor retro orbital, dores musculares e articulares, dor abdominal, náuseas e vômitos, diarreia. Febre e, pelo menos, mais dois desses sintomas, temos que pensar em dengue. Na criança pequena (2 anos ou menos), a febre pode ser o único sintoma. Não existe tratamento específico, estando contra-indicados AAS, Aspirina (ácido acetilsalicílico pelo risco de favorecerem quadros hemorrágicos. São indicados Dipirona ou Paracetamol, com orientação médica. Hidratação e alimentação que seja bem tolerada pelo paciente. Embora com uma evolução favorável, o paciente e familiares devem ficar atentos a sinais de agravamento do quadro (entre o 3º e 6º dias da doença) os chamados sinais de alarme: dor abdominal intensa, vômitos persistentes, hipotensão (queda da pressão arterial), hemorragias, entre outros, e procurar atendimento hospitalar imediato. Até à semana epidemiológica 03 (03 a 23/01/2016) foram notificados 73.872 casos prováveis de dengue no país. A região Sudeste apresentou o maior número de casos (45.315 casos. 61,3%) de todos os casos. Foram descartados 5.777 casos suspeitos de dengue no período. As maiores incidências por 100 mil habitantes ocorreram nas regiões Centro-Oeste (67,2 casos/100 mil hab.) e Sudeste (52,8 casos/100mil hab.). Entre os estados, destacam-se: Mato Grosso do Sul (114,8 casos por 100mil hab.), Tocantins (103 casos/100mil hab.), Espírito Santo (93,5 casos/100mil hab.) e Minas Gerais (93,3 casos/100 mil hab.). Entre os municípios com as maiores incidências acumuladas por estrato populacional, em relação ao número de habitantes (menos de 100 mil habitantes, de 100 a 499 mil, 50 a 999 mil e acima de 1 milhão de habitantes, destacam-se: Rancho Alegre/PR - 3.609 casos/100 mil hab. (população < 100 mil hab): 2
Ubá/MG, com 608 casos/100 mil hab. (população entre 100 mil e 499 mil hab.); Ribeirão Preto, com 338,9 casos/100 mil hab. (população entre 500 mil a 999 mil hab.); e Belo Horizonte, com 193,7 casos/100mil hab. (população > 1 milhão de hab.). Casos graves e óbitos Em 2016, até à SE 03, foram confirmados 9 casos de dengue grave e 137 casos de dengue com sinais de alarme. No mesmo período, em 2015, foram confirmados 80 casos de dengue grave e 542 casos de dengue com sinais de alarme. A região com maior número de casos de dengue grave e de dengue com sinais é a região Centro-Oeste (2 graves, 78 com sinais de alarme). Foram confirmados 4 óbitos por dengue (redução de 92# em relação ao mesmo período em 2015). Fonte: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico. V. 47, Nº 6/2016. Obs.: Estamos na semana epidemiológica 08, aguardamos atualização da informações do Ministério da Saúde. Chikungunya no Brasil Doença febril, de natureza viral, transmitida por mosquitos do gênero Aedes (aegypti e albopictus) contaminados pelo vírus. Sinais e sintomas semelhantes aos da dengue e zika, apresenta três estágios de evolução: fases aguda (1 semana), subaguda (três meses) e crônica (até 3 anos). Os sintomas predominantes são as dores articulares, intensas e incapacitantes. Em 2014, entre as semanas epidemiológicas 37 e 53, foram notificados 3.657 casosautóctones suspeitos de febre de chikungunya em 8 (oito) municípios em 4 (quatro) estados (Bahia, Amapá, Roraima, Mato Grosso do Sul) e no Distrito Federal. Em 2015 foram notificados 20.662casos autóctones suspeitos de febre de chikungunya, em 12 Unidades da Federação sendo confirmados 7.823; 10.420 continuam em investigação. Houve três óbitos por chikungunya: dois no estado da Bahia e um em Sergipe. Esses óbitos ocorreram em indivíduos com idade avançada (85, 83 e 75 anos) e com histórico de comorbidades. 3
Fonte: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico. V. 47, Nº 6/2016. Obs.: Estamos na semana epidemiológica 08, aguardamos atualização da informações do Ministério da Saúde. Situação epidemiológica dadengue & Chikungunya em Minas Gerais Dengue Até 16/02/2016 (SE 08), conforme Boletim Epidemiológico de Monitoramente dos casos de dengue, febre de chikungunya e doença pelo vírus zika, tivemos 62.271 casos prováveis de dengue, com 08 óbitos: Divinópolis (1), Patrocínio (1), Belo Horizonte (3) e Juiz de Fora (3). Em investigação, 31 óbitos suspeitos por dengue grave. Quanto ao sorotipo circulante, em 428 amostras houve positividade de 55,6% do DENV- 1 (sorotipo 1). Casos prováveis de dengue em Minas Gerais, de 2012 a 2016. Casos prováveis de dengue em Minas Gerais Mes Ano de início dos sintomas 2012 2013 2014 2015 2016 Janeiro 2.342 35.565 4.737 4.773 46.589 Fevereiro 2.594 62.625 8.558 9.377 15.682 Março 3.888 147.147 11.280 28.523 Abril 4.762 124.208 15.331 60.298 Maio 3.867 31.374 9.825 50.923 Junho 2.525 7.252 3.508 14.669 Julho 1.220 1.657 1.118 3.501 Agosto 651 674 554 1.322 Setembro 532 603 654 1.134 Outubro 659 759 647 1.600 Novembro 1.163 1.084 880 4.866 Dezembro 7.464 1.641 954 11.142 Total 31.667 414.589 58.046 192.046 62.271 4
Fonte: SES-MG. Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e doença pelo vírus zika. Nº 08, SE 08, 23/02/2016. Chikungunya em Minas Gerais Classificação do casos de febre chikungunya, MG, 2015 e 2016. Classificação Nº de casos em 2015 Nº de casos em 2016 Notificados 401 336 Confirmados 11 0 Descartados 384 208 Em investigação 6 128 Fonte: SES-MG. Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e doença pelo vírus zika. Nº 08, SE 08, 23/02/2016. Nota: Os onze casos confirmados em 2015 foram todos importados (de outros estados e de outro país). Municípios com casos confirmados (importados) de chikungunya em 2015: Belo Horizonte (3 casos), Viçosa (1), Serra dos Aimorés (1), Jequitinhonha (1), Uberaba (1), Uberlândia (1) e Ipatinga (1). Locais de origem dos casos: Colômbia, Bahia, Sergipe e Alagoas. Zika no Brasil Doença de natureza viral, transmitida pela picada dos mosquitos Aedes aegypti e albopictus. Apresenta sintomas semelhantes aos da dengue e chikungunya e em 80% dos casos a doença pode ser assintomática. Em geral, os casos se apresentam com uma conjuntivite (vermelhidão nos olhos) não purulenta, sem prurido, febre não muito alta e por manchas avermelhadas (exantema) que iniciam desde o primeiro dia da doença e coçam muito. 5
Microcefalia por suspeita dezikano Brasil De acordo com o Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia (www.saude.gov.br/svs), cujo objetivo geral é descrever o padrão epidemiológico de ocorrência de microcefalias. Foram confirmados por laboratório 2 (dois) casos em Minas Gerais: em Belo Horizonte e em Coronel Fabriciano. Casos suspeitos de microcefalia quanto à investigação, Brasil, 20/02/2016 SE 08 Casos Nº % Em investigação 4.107 72,8 Investigados e classificados 1.533 27,2 Total notificado 5.640 100,0 Casos suspeitos de microcefalia investigados e classificados, Brasil, 20/02/2016 SE 08 Casos Nº % Confirmados 583 38,0 Descartados p/ microcefalia 950 62,0 Total investigado e classificado 1.533 100,0 Fontes: Ministério da Saúde; Secretarias Estaduais de Saúde e do Distrito Federal. Quanto ao ano de notificação 2015 3.174 56,3 2016 1.905 43,7 Fontes: Ministério da Saúde; Secretarias Estaduais de Saúde e do Distrito Federal. Casos de microcefalia e/ou alterações do SNC, com evolução para óbito fetal ou neonatal em 15 Estados Óbitos Nº % 2015-2016 120 100,0 Em investigação 80 66,7 Confirmados p/ zika 30 25,0 Descartados p/ zika 10 8,0 Fontes: Ministério da Saúde; Secretarias Estaduais de Saúde e do Distrito Federal. 6
Distribuição de casos de microcefalia por Estados da Federação até 20/02/2016. Fonte: Ministério da Saúde e Secretarias Estaduais de Saúde (atualizado em 20/02/2016). Dados sujeitos à alteração. Vigilância da microcefalia no Brasil Fonte: Ministério da Saúde e Secretarias Estaduais de Saúde (atualizado em 20/02/2016). Dados sujeitos à alteração. 7
Vigilância internacional do vírus zika- Até SE 07/2016 foi confirmada a transmissão do vírus Zika em 29 países/territórios nas Américas, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde. Dados atualizados na semana epidemiológica 07/2016. http://www.paho.org/hq/index.php? option=com_content&view=article&id=11585&itemid=41688&lang=en Zika em Minas Gerais Foram confirmados por laboratório 2 (dois) casos em Minas Gerais: em Belo Horizonte e em Coronel Fabriciano. Microcefalia em Minas Gerais Quadro clínico: febre, exantema maculopapular pruriginoso, hiperemia conjuntival não pruriginosa e não purulenta, artralgia, mialgia, cefaléia e dor nas costas. (Em linguagem popular: febre + manchas avermelhadas no corpo (coçam) + vermelhidão nos olhos + dpr nas juntas + dor nos músculos + dor de cabeça + dor nas costas. O fato de não ter todos os sinais e sintomas não invalida o diagnóstico. Importante saber se em um período de 15 dias antes de adoecer a pessoa esteve em algum local com transmissão da doença. Lembrarmos, também, que em 80% dos casos não existe qualquer sinal ou sintoma. Maior atenção se a pessoa for uma gestante pelo risco de transmitir microcefalia ao bebê. Classificação dos casos de febre de zika-vírus, exceto recém-nascidos com microcefalia, mães de recém-nascidos com microcefalia e gestantes com suspeita de zika em Minas Gerais, 2015-2016 Classificação Nº de casos 2015 Nº de casos 2016 Notificados 69 303 Confirmados 02 0 Descartados 17 0 Em investigação 50 303 Fonte: GAL/SES/MG/SINAN Acesso em 22/02/2016. Nota: Casos suspeitos que apresentam exantema maculopapular pruriginoso com, pelo menos, mais dois sintomas, de acordo com o Protocolo de implantação de Unidades Sentinelas para zika-vírus. Exceto os casos de RN com microcefalia, mães de RN com microcefalia e gestantes. 8
Até 22/01/2016 foram notificados 195 casos. Confirmados 15 casos (14 em gestantes de Belo Horizonte, Ferros, Pingo D Água, Sete Lagoas, Ubá e Uberlândia.. Monitoramento de aborto espontâneo de possível infecção pelo vírus zika, casos de microcefalia em recém-nascidos e outras manifestações em fetos com possível relação ao vírus zika, em Minas Gerais em 2015-2016 Descrição Números Notificados 66 Em investigação 26 Exames de imagem com alterações típicas 0 Amostra positiva para vírus zika 1 Descartados 39 Situação Atual da Dengue no Município de Barbacena Até à semana 08 (ainda em curso) tivemos 188 notificações de casos suspeitos de dengue:133 residentes e 17 não residentes. Foram descartados 38 por laboratório. Fonte: SINAN/SESAP/BARBACENA (Atualização até 05/02/2016). Fonte: SINAN/SESAP/BARBACENA (Atualização até 05/02/2016). Fonte: SINAN/SESAP/BARBACENA (Atualização até 05/02/2016). 9
Barbacena, 26 de fevereiro de 2016. Maria Madalena Mattos Orempüller Médica da Vigilância Epidemiológica Elizabeth Maria de Vasconcelos Grecco Coordenadora de Vigilância em Saúde Contatos: (32) 3339-2189 / 3339-2160 10
Referências: Ministério da Saúde www.saude.gov.br Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE, SVS, Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública sobre Microcefalias COES Microcefalias Informe Epidemiológico nº 8 Semana Epidemiológica (SE) 23/02/2016. Brasília. 2016. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde - Boletim Epidemiológico v. 47; Nº 6, até SE 03 (23/01/2016) Brasília. 2016. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos Casos de Dengue, Febre Chikungunya e Febre Zika Nº 8,SE 08, 23/02/2016. Belo Horizonte. 2016 www.saude.mg.gov.br 11