DESENHO TÉCNICO MECÂNICO Unidade 3 Roscas e Elementos de Máquinas Professor: Leonardo Mendes da Silva
1. Engrenagens: Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem para transmitir movimento e força entre dois eixos. Muitas vezes, as engrenagens são usadas para variar o número de rotações e o sentido da rotação de um eixo para o outro.
1. Engrenagens: Observe as partes de uma engrenagem. Os dentes são um dos elementos mais importantes das engrenagens. Observe, no detalhe, as partes principais do dente de engrenagem.
1. Engrenagens: -Transferência de movimento -Trabalho em conjunto -Nomenclatura da engrenagem no conjunto
1.2 Tipos de engrenagens: -A escolha do tipo de engrenagem se dá pela função necessária a ser desempenhada. Engrenagens cilíndricas Dentes Retos: paralelos entre si e ao eixo da engrenagem. Dentes Helicoidais: são paralelos entre si mas obliquos em relação ao eixo da engrenagem.
1.2 Tipos de engrenagens: Engrenagens cilíndricas As engrenagens cilíndricas com dentes helicoidais transmitem também rotação entre eixos reversos (não paralelos). Elas funcionam mais suavemente que as engrenagens cilíndricas com dentes retos e, por isso, o ruído é menor.
1.2 Tipos de engrenagens: Engrenagens cônicas -Tem forma de tronco de cône -Pode ter dentes retos ou helicoidais -Transmite rotação entre eixos concorrentes (se encontram com o prolongamento)
1.2 Tipos de engrenagens: Engrenagens helicoidais Atenção aos dentes da engrenagem helicoidal para rosca sem-fim, pois são côncavos. Côncavos porque são dentes curvos, ou seja, menos elevados no meio do que nas bordas. No engrenamento da rosca sem-fim com a engrenagem helicoidal, o parafuso sem-fim é o pinhão e a engrenagem é a coroa. O uso se dá quando é necessário uma redução de velocidade na transmissão do movimento.
1.2 Tipos de engrenagens: Cremalheira Cremalheira é uma barra provida de dentes, destinada a engrenar uma roda dentada. Com esse sistema, pode-se transformar movimento de rotação em movimento retilíneo e vice-versa.
1.3 Representação das engrenagens em desenho técnico A representação é feita conforme a norma NBR 11534. Apenas o diâmetro primitivo, é indicado por meio de uma linha estreita de traços e pontos, como mostra o desenho. Não há necessidade de representação de dentes, pois são usinados por fresas. E a fresa é escolhida conforme a altura do dente. Caso excepcional Representar um ou dois dentes, eles devem ser desenhados com linha contínua larga.
1.3 Representação das engrenagens em desenho técnico Entretanto, nas representações em corte, os dentes atingidos no sentido longitudinal devem ser desenhados. Nesses casos, os dentes são representados com omissão de corte, isto é, sem hachura. Analise as vistas de cada engrenagem e veja que, na vista frontal e na parte não representada em corte da vista lateral, a raiz do dente não aparece representada. Na parte em corte da vista lateral, a raiz do dente aparece representada pela linha contínua larga.
1.3 Representação das engrenagens em desenho técnico Caso seja necessário representar a raiz do dente da engrenagem em uma vista sem corte, deve-se usar a linha contínua estreita, como no desenho seguinte.
1.3 Representação das engrenagens em desenho técnico Quando, na vista lateral da engrenagem, aparecem representadas três linhas estreitas paralelas, essas linhas indicam a direção de inclinação dos dentes helicoidais.
1.3 Representação das engrenagens em desenho técnico Desenho de pares de engrenagens As mesmas regras para a representação de engrenagens que você aprendeu até aqui valem para a representação de pares de engrenagens ou para as representações em desenhos de conjuntos. Quando o engrenamento acontece no mesmo plano, nenhuma das engrenagens encobre a outra. Observe nos desenhos das engrenages que todas as linhas normalizadas são representadas.
1.3 Representação das engrenagens em desenho técnico Quando uma das engrenagens está localizada em frente da outra, no desenho técnico, é omitida a parte da engrenagem que está encoberta. As duas engrenagens cônicas, representadas a seguir, encontram-se nessa situação. Note que, nesse exemplo, o pinhão encobre parcialmente a coroa. Apenas o diâmetro primitivo da coroa é representado integralmente.
1.4 Características das Engrenagens Analise cuidadosamente o desenho a seguir e veja o significado das letras sobre as linhas da engrenagem. As características dos dentes da engrenagem são: e = espessura - é a medida do arco limitada pelo dente, sobre a circunferência primitiva (determinada pelo diâmetro primitivo); v = vão - é o vazio que fica entre dois dentes consecutivos também delimitados por um arco do diâmetro primitivo; P = passo - é a soma dos arcos da espessura e do vão (P = e + v v); a = cabeça - é a parte do dente que fica entre a circunferência primitiva e a circunferência externa da engrenagem; b = pé - é a parte do dente que fica entre a circunferência primitiva e a circunferência interna (ou raiz); h = altura - corresponde à soma da altura da cabeça mais a altura do pé do dente.
1.4 Características das Engrenagens Observe as características da engrenagem cilíndrica com dentes retos. As características da engrenagem cilíndrica com dentes retos são: De: diâmetro externo Dp: diâmetro primitivo Di: diâmetro interno M: módulo Z: número de dentes L: largura da engrenagem O módulo corresponde à altura da cabeça do dente (M = a ) e serve de base para calcular as demais dimensões dos dentes. É com base no módulo e no número de dentes que o fresador escolhe a ferramenta para usinar os dentes da engrenagem. Mais tarde, a verificação da peça executada também é feita em função dessas características.
1.4 Características das Engrenagens Engrenagem cônica com dentes retos As características da engrenagem cônica são: ae: ângulo externo ap: ângulo primitivo ai: ângulo interno ac: ângulo do cone complementar l: largura do dente Note que, na cotagem da engrenagem cônica, os diâmetros externo, primitivo e interno são indicados na base maior do cone da engrenagem.
1.4 Características das Engrenagens Engrenagem helicoidal para rosca sem-fim. As características dessa engrenagem, que não se encontram nas anteriores, são: Dm: diâmetro máximo da engrenagem ach: ângulo de chanfro rc: raio da superfície côncava
Elementos de máquina 1.5 Engrenagens Resumo:
2. Polias em V As dimensões normalizadas mais comuns das correias em V são mostradas nas figuras abaixo:
Elementos de máquina 3. Arruelas Arruelas são pequenos discos furados, permitindo a passagem, seja de um parafuso ou de um pino ou eixo, que se interpõem, por exemplo, entre a porca e a peça a ser fixada. As arruelas classificam-se em:
4. Chavetas A chaveta, como o parafuso, é um meio de ligação não permanente, entre elementos de máquina. Evitando o deslizamento na transmissão de forças, a chaveta tem seu grande emprego na fixação de rodas dentadas, polias, volantes, acomplamentos, etc., aos seus respectivos eixos. As chavetas classificam-se em transversais e longitudinais, sendo estas últimas as mais empregadas. Temos: as chavetas de disco (woodruff), usadas para eixos de pequenos diâmetros, as chavetas encaixadas e chavetas com cabeça, utilizadas na transmissão de grandes forças e as chavetas redondas, empregadas para pequenos esforços.
4. Chavetas Obs.: O comprimento L não deve ser superior a 2d
5. Recartilha Tipos:
5. Recartilha O diâmetro da parte a ser recartilhada terá de ser reduzido com uma diferença igual a metade do passo da recartilha. As extremidades recartilhadas são sempre chanfradas a 45. O recartilho, em uma peça, indica-se por meio de um radical, encimado pelo tipo e passo. Cabeças de parafusos e porcas levam além da indicação, o modelo do tipo de recartilho.
6. Molas A mola é um dispositivo mecânico com que se dá impulso ou resistência ao movimento de uma peça. São diversos os tipos de molas existentes, sendo as molas helicoidais as de maior emprego. Seguem as representações normais, simplificadas e esquemáticas, segundo as normas Técnicas. Na representação de molas helicoidais indicamos o diâmetro do fio, o número de espiras, o diâmetro interno da espira e o comprimento livre.
Elementos de máquina 6. Molas
Bibliografia PROVENZA, Francesco, Desenhista de Máquinas 1 a ed.,são Paulo: Escola Pro-Tec, 1972. PROVENZA, Francesco, Projetista de Máquinas 4 a ed., São Paulo: Escola Pro-Tec, 1970. Apostila Senai Desenho Técnico 3ª ed, Contagem, 2008