LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA Prof. Eduardo Tanaka Prof. Eduardo Tanaka 1 2 I - quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição; d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade; h) auxílio-acidente; 3 II - quanto ao dependente: a) pensão por morte; b) auxílio-reclusão 4 III - quanto ao segurado e dependente: a) serviço social; b) reabilitação profissional. 5 I - quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição; d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade; h) auxílio-acidente; 6 1
Aposentadoria por Invalidez A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição. 7 I - quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição; d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade; h) auxílio-acidente; 8 Aposentadoria por Idade A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher. No caso de trabalhadores rurais, são reduzidos para 60 anos,se homem e 55 anos, se mulher. 9 I - quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição; d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade; h) auxílio-acidente; 10 Aposentadoria por Tempo de Contribuição É o benefício pago aos segurados, homem e mulher, que completarem 35 e 30 anos de contribuição, respectivamente. Professores têm o tempo reduzido em 5 anos. 11 I - quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição; d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade; h) auxílio-acidente; 12 2
Aposentadoria Especial A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei. 13 I - quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição; d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade; h) auxílio-acidente; 14 Auxílio-Doença O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. 15 I - quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição; d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade; h) auxílio-acidente; 16 Salário-Família É o benefício pago aos trabalhadores e aposentados de baixa renda (renda mensal até R$ 710,08), para ajudar na manutenção dos dependentes. O salário-família é devido mensalmente, na proporção do respectivo número de dependentes. 17 I - quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição; d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade; h) auxílio-acidente; 18 3
Salário-Maternidade O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade. 19 I - quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição; d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade; h) auxílio-acidente; 20 Auxílio-Acidente O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. II - quanto ao dependente: a) pensão por morte; b) auxílio-reclusão 21 22 Pensão por Morte A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não. II - quanto ao dependente: a) pensão por morte; b) auxílio-reclusão 23 24 4
Auxílio-Reclusão É o benefício devido aos dependentes do segurado de baixa renda (até R$ 710,08), recolhido à prisão. III - quanto ao segurado e dependente: a) serviço social; b) reabilitação profissional. 25 26 Serviço Social Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição como na dinâmica da sociedade. III - quanto ao segurado e dependente: a) serviço social; b) reabilitação profissional. 27 28 Habilitação e Reabilitação Profissional A habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar ao beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios para a (re)educação e de (re)adaptação profissional e social indicados para participar do mercado de trabalho e do contexto em que vive. BENEFICIÁRIOS BENEFICIÁRIOS S DEPENDENTES 29 30 5
BENEFICIÁRIOS BENEFICIÁRIOS BENEFICIÁRIOS BENEFICIÁRIOS S DEPENDENTES S DEPENDENTES OBRIGATÓRIOS FACULTATIVOS OBRIGATÓRIOS FACULTATIVOS Empregado Empregado doméstico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso Segurado Especial 31 32 DEPENDENTES DEPENDENTES S BENEFICIÁRIOS DEPENDENTES 1 Cônjuge, companheiro (a), filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou Inválido. 2 - PAIS 3 Irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido. 33 Os dependentes são beneficiários do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, que dependem economicamente do segurado. São os seguintes direitos a que fazem jus os dependentes: pensão por morte; auxílio-reclusão; reabilitação profissional; e serviço social. 34 Cabe ao dependente proceder a sua inscrição quando da solicitação do benefício. A existência de um dependente de hierarquia superior exclui o direito dos dependentes inferiores. BENEFICIÁRIOS S DEPENDENTES BENEFICIÁRIOS 1 Cônjuge, companheiro (a), filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou Inválido. S DEPENDENTES 1 Cônjuge, companheiro (a), filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou Inválido. 2 - PAIS 2 - PAIS 3 Irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido. 35 3 Irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido. 36 6
Dependentes Dependentes Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições. Após o falecimento de dependente superior, o benefício não se transfere para os dependentes inferiores, só para os de mesma hierarquia. Tendo sido concedido um benefício aos dependentes de uma determinada classe, no caso de perda da qualidade de dependente, este benefício não é transferido para as classes subseqüentes. 37 O menor tutelado e o enteado é equiparado a filho, porém, deve haver dependência econômica. Os dependentes da classe 1 têm dependência econômica presumida, exceto o menor tutelado e o enteado, que assim como os das demais classes, devem comprovar dependência econômica para receberem o benefício previdenciário. concedido 38 Dependentes O menor enteado e o tutelado somente serão dependentes preferenciais do segurado caso comprovem dependência econômica e desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento e educação. O menor sob guarda não é considerado dependente, para fins previdenciários. Dependentes O INSS reconhece a união homossexual. 39 40 Exemplo 1: Carlos é casado com Patricia e tem dois filhos, João, com vinte e três anos, e José, com oito anos de idade. Carlos sofre um acidente fatal. De que forma sua pensão, no valor de R$ 1.000,00, vai ser distribuída entre seus dependentes? Exemplo 2: Pablo, solteiro e sem filhos, falece, deixando uma pensão de R$ 500,00. Quem terá direito: seu irmão Fabrício ou seus pais, Ricardo e Ângela? 41 42 7
Exemplo 3: Rodrigo separou-se de Daisy, com quem teve um filho, Fernando, que possui dez anos de idade, e passou a viver com Camila, numa união estável. Todo mês, entretanto, Rodrigo pagava a pensão alimentícia a Daisy, por determinação judicial. Rodrigo faleceu e deixou uma pensão de R$ 1.200,00. Como será dividida a pensão deixada por Rodrigo? A perda da qualidade de dependente ocorre: Para o cônjuge, pela separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for assegurada a prestação de alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado; 43 44 A perda da qualidade de dependente ocorre: Para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos; 45 A perda da qualidade de dependente ocorre: Entretanto, a súmula do STJ n. 336, de 07/05/07 diz: A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente. Desta forma, comprovada a necessidade econômica superveniente, mesmo, sem ter recebido prestação de alimentos, a ex-mulher 46 terá direito à pensão por morte. Art. 5o, parágrafo único, Cód. Civil: Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos A perda da qualidade de dependente ocorre: RPS, Art. 114, II - para o pensionista menor de idade, ao completar 21 anos, salvo se for inválido, ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste caso, se a emancipação for decorrente de colação de grau científico em curso de ensino superior tenha economia própria. 47 48 8
A perda da qualidade de dependente ocorre: Instrução Normativa INSS 20/2007, art. 22, parágrafo 4 o, prevê que: é assegurada a qualidade de dependente perante a Previdência Social, do filho e irmão inválido maior de 21 anos, que se emanciparem em decorrência, unicamente, de colação de grau científico em curso de ensino superior, assim como para o menor de 21 anos, durante o período de serviço militar, obrigatório MANUTENÇÃO E PERDA DA Prof. Eduardo Tanaka ou não. 49 50 Estudaremos neste tópico as situações em que uma pessoa filiada à previdência social mantém a sua qualidade de segurado, mesmo não efetuando o recolhimento de contribuições, bem como em quais circunstâncias dar-se-á a perda desta qualidade. A lei prevê determinado lapso temporal em que o segurado mantém esta condição com cobertura plena, mesmo após a interrupção da atividade remunerada é o conhecido período de graça. 51 52 O período de graça não conta para carência, nem como tempo de contribuição. É mera extensão da rede protetiva por tempo maior, a fim de dar oportunidade ao trabalhador de obter nova atividade em certo tempo. Durante o período de graça, o segurado conserva os seus direitos frente à previdência social, podendo solicitar benefícios, à exceção de auxílio-acidente e salário-família. 53 54 9
1ª situação: GOZO DE É o caso do segurado em gozo de benefício; ele mantém a qualidade de segurado sem limite de prazo, enquanto durar o benefício. 55 2ª situação: DESEMPREGO, CESSAÇÃO DE POR INCAPACIDADE, SUSPENSÃO OU LICENCIAMENTO SEM REMUNERAÇÃO. Se um segurado obrigatório estiver suspenso da empresa onde trabalha ou tenha deixado de exercer uma atividade remunerada abrangida pelo RGPS, ou esteja gozando de uma licença sem remuneração, ou tenha cessado o recebimento de benefício por incapacidade, ele conserva todos os seus direitos perante o INSS, independentemente de contribuir, por até 12 meses após a cessação das contribuições. 56 2ª situação: DESEMPREGO, CESSAÇÃO DE POR INCAPACIDADE, SUSPENSÃO OU LICENCIAMENTO SEM REMUNERAÇÃO. Tendo pago mais de cento e vinte contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado, este prazo será dilatado para 24 meses. 57 2ª situação: DESEMPREGO, CESSAÇÃO DE POR INCAPACIDADE, SUSPENSÃO OU LICENCIAMENTO SEM REMUNERAÇÃO. Estando o segurado em situação de desemprego, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego, se tiver mais de cento e vinte contribuições, o prazo de vinte e quatro meses será aumentado em mais doze meses, totalizando 36 meses. 58 2ª situação: DESEMPREGO, CESSAÇÃO DE POR INCAPACIDADE, SUSPENSÃO OU LICENCIAMENTO SEM REMUNERAÇÃO. Entretanto, caso tenha menos de cento e vinte contribuições, o prazo inicial de doze meses será adicionado em mais doze meses, totalizando 24 meses. Menos 120 contribuições: 12 meses Desempregado: 24 meses 2ª situação: DESEMPREGO, CESSAÇÃO DE POR INCAPACIDADE, SUSPENSÃO OU LICENCIAMENTO SEM REMUNERAÇÃO. Regra: 12 meses Mais 120 contribuições: 24 meses Desempregado: 36 meses 59 60 10
3ª situação: SEGREGAÇÃO COMPULSÓRIA O segurado acometido de doença de segregação compulsória conserva sua qualidade de segurado por até 12 meses, após cessar a segregação. Nota: Doença de segregação compulsória é o tipo de doença epidemiológica para qual a vigilância sanitária obriga o isolamento, a fim de evitar o contágio. 61 4ª situação: DETENÇÃO O segurado detido ou recluso conserva sua qualidade de segurado por até 12 meses, após o livramento. 62 5ª situação: FORÇAS ARMADAS O segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar conserva sua qualidade de segurado por até 3 meses após o licenciamento. 6ª situação: FACULTATIVO O segurado facultativo conserva sua qualidade de segurado por até 6 meses após a cessação das contribuições 63 64 PERDA DA QUALIDADE DE A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos inerentes a essa qualidade. Entretanto, essa perda não prejudica o direito à aposentadoria, para cuja concessão tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo a legislação em vigor à época em que estes requisitos foram atendidos. CARÊNCIA Prof. Eduardo Tanaka 65 66 11
CARÊNCIA O tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências. CARÊNCIA A data inicial para a contagem do período de carência depende do tipo de segurado, conforme veremos a seguir: 67 68 CARÊNCIA Empregado e Trabalhador avulso: Data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social. CARÊNCIA Empregado doméstico; contribuinte individual; facultativo e segurado especial (este, contribuindo como contribuinte individual ): Da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas, para esse fim, as contribuições recolhidas com atraso, referentes a competências anteriores. 69 70 Segurado especial: CARÊNCIA O período de carência é contado a partir do efetivo exercício da atividade rural, mediante comprovação. CARÊNCIA Observe que a carência não se confunde com o tempo de contribuição. No caso de segurado empregado e de trabalhador avulso, por conta da presunção de recolhimento, o tempo de contribuição equivale ao período de carência. 71 72 12
CARÊNCIA No caso do Contribuinte Individual que presta serviço a empresa, o início da contagem do período de carência será a data da filiação ao RGPS, ou seja, da mesma forma que o segurado empregado e avulso. PERÍODO DE CARÊNCIA O período de carência varia, a depender do beneficio a ser requerido e, no caso do saláriomaternidade, depende ainda do tipo de segurado, conforme veremos a seguir. 73 74 Auxílio-doença (comum): 12 contribuições PERÍODO DE CARÊNCIA Aposentadoria por invalidez (Comum): 12 contribuições Aposentadoria por idade: 180 contribuições PERÍODO DE CARÊNCIA Aposentadoria p/ tempo de contribuição: 180 contribuições Aposentadoria especial: 180 contribuições 75 76 PERÍODO DE CARÊNCIA Salário-maternidade para: contribuinte individual; segurada especial; facultativa. 10 contribuições Em caso de parto antecipado, o período de carência será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses Benefícios que independem de carência: auxilio-acidente; auxilio-reclusão; salário-família; pensão por morte; salário-maternidade da segurada empregada, doméstica e trabalhadora avulsa; auxilio-doença (acidentário); aposentadoria por invalidez (acidentária); reabilitação profissional; serviço social. em que o parto foi antecipado. 77 78 13
Prof. Eduardo Tanaka O valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos benefícios de prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o salário-família, a pensão por morte, o salário-maternidade e os demais benefícios da legislação especial. 79 80 81 Aposentadoria por invalidez Aposentadoria especial Auxílio-doença Auxílio-acidente : O valor do salário-de-benefício está sujeito a limites mínimo e máximo que são, respectivamente, o valor do salário-mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição(r$ 3.038,99). Os benefícios salário-família e auxílio-acidente poderão ter valores inferiores ao saláriomínimo. Média aritmética simples dos maiores saláriosde-contribuição, correspondentes a oitenta por cento (80%) de todo o período contributivo. 82 Aposentadoria por invalidez Auxílio-doença: Aposentadoria por idade Aposentadoria por tempo de contribuição: Nos casos de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez, contando o segurado com menos de 144 contribuições mensais no período contributivo, o salário-debenefício corresponderá à soma dos saláriosde-contribuição dividido pelo número de Média aritmética simples dos maiores saláriosde-contribuição, correspondentes a oitenta por cento (80%) de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário. No caso da aposentadoria por idade o fator previdenciário é facultativo. contribuições apurado. 83 84 14
FATOR PREVIDENCIÁRIO. O fator previdenciário é um coeficiente matemático, que foi criado para tornar o sistema mais justo e equiparar a contribuição do segurado ao valor do benefício a ser pago, considerando-se o período que ele irá usufruir da aposentadoria. FATOR PREVIDENCIÁRIO. Fórmula: f=[(tc x a)/es] x [1+((Id+(Tc x a))/100)] 85 86 FATOR PREVIDENCIÁRIO. f = fator previdenciário; Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria (valor de tabela do IBGE); Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria; Id = idade no momento da aposentadoria; e a = alíquota de contribuição correspondente a FATOR PREVIDENCIÁRIO. Exemplificando: José Aragão, com sessenta e sete anos de idade e trinta e cinco de contribuição, solicitou sua aposentadoria por tempo de contribuição. Neste caso, a utilização do fator previdenciário é obrigatória. Vamos calculá-lo: 0,31. 87 88 FATOR PREVIDENCIÁRIO. Tc = 35 anos; Id = 67 anos Es = 15,9 (valor obtido na tabela de sobrevida, fonte IBGE); a = 0,31 (valor fixo) f = [(35 x 0,31) / 15,9] x [ 1 + (67 + (35x0,31))/100] = 1,21363 89 FATOR PREVIDENCIÁRIO. Imaginemos que o valor do salário-de-benefício de José Aragão foi de R$ 1.000,00. Então, o valor da renda mensal da aposentadoria por tempo de contribuição será de R$ 1.213,63 (R$ 1.000,00 x 1,21363). Atente que deve ser observado o limite máximo do valor do benefício. 90 15
FATOR PREVIDENCIÁRIO. Serão adicionados ao tempo de contribuição: cinco anos, quando se tratar de mulher; cinco anos, quando se tratar de professor, e dez anos, quando se tratar de professora que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na Educação Infantil e no Ensino Fundamental e Aposentadoria por idade O segurado com direito à aposentadoria por idade poderá optar ou não pela aplicação do fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria. Médio. 91 92 RENDA MENSAL DE Renda Mensal de Benefício Renda Mensal de Benefício é o rendimento que o beneficiário, segurado ou dependente, irá receber da previdência social, relativo aos benefícios. Prof. Eduardo Tanaka 93 94 Renda Mensal de Benefício A renda mensal do benefício de prestação continuada que substituir o salário-decontribuição ou o rendimento do trabalho do segurado está sujeita aos seguintes limites: Limite mínimo = Salário Mínimo Limite máximo = Limite máximo do salário-decontribuição. Atualmente, R$ 3.038,99. Renda Mensal de Benefício O auxílio-acidente e o salário-família não são substitutos de rendimento do trabalho do segurado, podendo, portanto, ser inferiores ao salário mínimo. 95 96 16
Auxílio-doença: CÁLCULO DA RENDA MENSAL DO CÁLCULO DA RENDA MENSAL DO Aposentadoria por invalidez: 91% do salário-de-benefício 100% do salário-de-benefício 97 98 CÁLCULO DA RENDA MENSAL DO Aposentadoria por idade: 70% do salário de-benefício, mais 1% deste por grupo de 12 contribuições mensais, até o máximo de 30% 99 CÁLCULO DA RENDA MENSAL DO Aposentadoria por tempo de contribuição: 100% do Salário Benefício (com fator previdenciário) 100% do salário-de-benefício (com fator previdenciário), para o professor aos 30 anos, e para a professora aos 25 anos de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio. 100 CÁLCULO DA RENDA MENSAL DO Aposentadoria especial: Auxílio-acidente: CÁLCULO DA RENDA MENSAL DO 100% do salário-de-benefício 50% do salário-de-benefício 101 102 17
CÁLCULO DA RENDA MENSAL DO Pensão por morte ou auxílio-reclusão: 100% do salário-de-benefício 103 CÁLCULO DA RENDA MENSAL DO ESPECIAL Para os segurados especiais é garantida a concessão, alternativamente: 1. de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão ou de pensão por morte, e salário-maternidade, no valor de um salário mínimo, e o auxílio-acidente no valor de meio salário-mínimo, caso não contribuam facultativamente. 104 JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA Prof. Eduardo Tanaka Justificação Conforme Art. 142 do RPS: A justificação administrativa (J.A.) constitui recurso utilizado para suprir a falta ou insuficiência de documento ou produzir prova de fato ou circunstância de interesse dos beneficiários, perante a previdência social. 105 106 Justificação RPS, Art. 142, 1º Não será admitida a justificação administrativa quando o fato a comprovar exigir registro público de casamento, de idade ou de óbito, ou de qualquer ato jurídico para o qual a lei prescreva forma especial. 2º O processo de justificação administrativa é parte de processo antecedente, vedada sua tramitação na condição de processo autônomo. 107 Justificação RPS, Art. 151. Somente será admitido o processamento de justificação administrativa na hipótese de ficar evidenciada a inexistência de outro meio capaz de configurar a verdade do fato alegado, e o início de prova material apresentado levar à convicção do que se pretende comprovar. 108 18
Justificação RPS, Art. 147. Não caberá recurso da decisão da autoridade competente do Instituto Nacional do Seguro Social que considerar eficaz ou ineficaz a justificação administrativa. Justificação RPS, Art. 143. A justificação administrativa ou judicial, no caso de prova exigida pelo art. 62 (prova de tempo de contribuição, por exemplo: Carteira de Trabalho), dependência econômica, identidade e de relação de parentesco, somente produzirá efeito quando baseada em início de prova material, não sendo admitida prova exclusivamente testemunhal. 1º No caso de prova exigida pelo art. 62 é dispensado o início de prova material quando houver ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito. 109 110 Justificação RPS, Art. 143. 2º Caracteriza motivo de força maior ou caso fortuito a verificação de ocorrência notória, tais como incêndio, inundação ou desmoronamento, que tenha atingido a empresa na qual o segurado alegue ter trabalhado, devendo ser comprovada mediante registro da ocorrência policial feito em época própria ou apresentação de documentos contemporâneos dos fatos, e verificada a correlação entre a atividade da empresa e a profissão do segurado. 111 Justificação RPS, Art. 143. 3º Se a empresa não estiver mais em atividade, deverá o interessado juntar prova oficial de sua existência no período que pretende comprovar. 4º No caso dos segurados empregado doméstico e contribuinte individual, após a homologação do processo, este deverá ser encaminhado ao setor competente de arrecadação para levantamento e cobrança do crédito. 112 Justificação RPS, Art. 144. A homologação da justificação judicial processada com base em prova exclusivamente testemunhal dispensa a justificação administrativa, se complementada com início razoável de prova material. 113 Justificação RPS, Art. 145. Para o processamento de justificação administrativa, o interessado deverá apresentar requerimento expondo, clara e minuciosamente, os pontos que pretende justificar, indicando testemunhas idôneas, em número não inferior a três nem superior a seis, cujos depoimentos possam levar à convicção da veracidade do que se pretende comprovar. Parágrafo único. As testemunhas, no dia e hora marcados, serão inquiridas a respeito dos pontos que forem objeto da justificação, indo o processo concluso, a seguir, à autoridade que houver designado o processante, a quem competirá homologar ou não a justificação realizada. 114 19
Justificação Art. 146. Não podem ser testemunhas: I - os loucos de todo o gênero; II - os cegos e surdos, quando a ciência do fato, que se quer provar, dependa dos sentidos, que lhes faltam; III - os menores de dezesseis anos; e IV - o ascendente, descendente ou colateral, até o terceiro grau, por consangüinidade ou afinidade. 115 Justificação Art. 148. A justificação administrativa será avaliada globalmente quanto à forma e ao mérito, valendo perante o Instituto Nacional do Seguro Social para os fins especificamente visados, caso considerada eficaz. Art. 149. A justificação administrativa será processada sem ônus para o interessado e nos termos das instruções do Instituto Nacional do Seguro Social. 116 Justificação Art. 150. Aos autores de declarações falsas, prestadas em justificações processadas perante a previdência social, serão aplicadas as penas previstas no art. 299 do Código Penal. (crime de falsidade ideológica). 117 20