PODER JUDICIÁRIO. Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho



Documentos relacionados
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE GOIÁS Gabinete do Desembargador Ney Teles de Paula

APELAÇÃO CÍVEL Nº RECUSA DE LIGAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. FUNDADA NA ALEGAÇÃO DE LOTEAMENTO IRREGULAR. IMPOSSIBILIDADE.

PODER JUDICIÁRIO RELATÓRIO

Superior Tribunal de Justiça

Gabinete Desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis AGRAVO REGIMENTAL NA APELAÇÃO CÍVEL N ( )

PODER JUDICIÁRIO. Gabinete Desembargador Olavo Junqueira de Andrade

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

RELATOR: Dr. SEBASTIÃO LUIZ FLEURY Juiz Substituto em Segundo Grau

Desembargador Jeová Sardinha de Moraes 6 ª Câmara Cível AR

Superior Tribunal de Justiça

126 SÉTIMA CÂMARA CÍVEL AGRAVO DO ARTIGO 557, 1º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL NA APELAÇÃO CÍVEL PROCESSO Nº

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA OITAVA CÂMARA CÍVEL

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR CARLOS ALBERTO MENDES FORTE

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 37ª Câmara de Direito Privado

Superior Tribunal de Justiça

Gabinete do Desembargador Gilberto Marques Filho AGRAVO REGIMENTAL EM APELAÇÃO CÍVEL Nº ( )

Superior Tribunal de Justiça

Gabinete do Desembargador Gerson Santana Cintra.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 37ª Câmara de Direito Privado

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Décima Sexta Câmara Cível

Gabinete da Desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi

AGRAVO REGIMENTAL NA APELAÇÃO CÍVEL Nº ( ) DE GOIÂNIA DESEMBARGADOR CARLOS ESCHER RELATÓRIO E VOTO

Gabinete do Desembargador Fausto Moreira Diniz 6ª Câmara Cível

AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº ( ) DE ARUANÃ RELATÓRIO E VOTO

Superior Tribunal de Justiça

Registro: ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Quinta Câmara Cível

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores NEVES AMORIM (Presidente) e JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS.

Superior Tribunal de Justiça

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº ( ) GOIÂNIA

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores LUIZ ANTONIO DE GODOY (Presidente), RUI CASCALDI E FRANCISCO LOUREIRO.

Teoria da Perda do Tempo Útil

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo ACÓRDÃO

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº ( ) DE ANÁPOLIS

Superior Tribunal de Justiça

AGRAVO EM EXECUÇÃO SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL - REGIME DE EXCEÇÃO COMARCA DE JAGUARÃO

Desembargador Jeová Sardinha de Moraes 6ª Câmara Cível AC

Superior Tribunal de Justiça

Agravo de Execução Penal n , de Curitibanos Relator: Desembargador Ernani Guetten de Almeida

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO. 2 9a Câmara APELAÇÃO S/ REVISÃO N /4. Comarca de SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 4. V.

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Terceira Câmara Cível

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

SEGUNDA CÂMARA CÍVEL RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL Nº 8785/2004 CLASSE II COMARCA DE SINOP APELANTE: BRASIL TELECOM S. A.

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR CARLOS ALBERTO MENDES FORTE

PODER JUDICIÁRIO. Gabinete do Desembargador Gerson Santana Cintra

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO VIGÉSIMA QUARTA CÂMARA CÍVEL/CONSUMIDOR

APELAÇÃO CÍVEL Nº , DA 9ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA.

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO. Gabinete do Desembargador Orloff Neves Rocha PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

Superior Tribunal de Justiça

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

11/03/2014 PRIMEIRA TURMA

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Supremo Tribunal Federal

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Superior Tribunal de Justiça

Supremo Tribunal Federal

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS Gabinete do Des. LAFAYETTE CARNEIRO VIEIRA JUNIOR Primeira Câmara Cível

Supremo Tribunal Federal

Superior Tribunal de Justiça

APELAÇÃO CÍVEL Nº ( ) DE JATAÍ RELATÓRIO

Dados Básicos. Ementa. Íntegra

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE

Superior Tribunal de Justiça

CCM Nº (Nº CNJ: ) 2017/CÍVEL

Transcrição:

AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL N. 103257-71.2014.8.09.0051 (201491032570) COMARCA DE GOIÂNIA AGRAVANTE : GOL LINHAS AEREAS INTELIGENTES S/A AGRAVADA : CAMILA VILELA MEDEIROS BARBOSA REIS RELATOR : DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO RELATÓRIO E VOTO Trata-se de agravo interno interposto por GOL LI- NHAS AÉREAS INTELIGENTES S/A da decisão monocrática de fls. 184/195, por meio da qual, com espeque no art. 557, caput, do CPC, foi negado provimento à apelação cível interposta. Em suas razões (fls. 198/204), a recorrente afirma, novamente, que a autora não comprovou os bens que levava em sua bagagem, destacando que o Registro de Irregularidades de Bagagem (RIB) não é passível de comprovar os objetos despachados. Assevera que o valor pugnado pela agravada a título de danos materiais é infundado e exorbitante. Em seguida, salienta que não pode o dever de reparação nascer de um mero aborrecimento corriqueiro ou de um simples dissabor, sem maiores complicações. Com tais argumentos, pugna pelo conhecimento e provimento do agravo, a fim de que seja reconsiderada a decisão atacada. Caso não haja retratação, requer seja o processo colocado em mesa, para julgamento pelo Colegiado. Ag In na AC. n. 103257-71.2014.8.09.0051 (201491032570) 1

Preparo regular a fls. 205. É o relatório. Passo ao voto. Recurso próprio e tempestivo, dele conheço. Após analisar os autos, vejo que razão não assiste à recorrente, pois, pelo que se colhe da ementa do julgado vergastado: [...] A empresa transportadora, desde o início da relação de transporte até o seu término, está compelida a cumprir as obrigações assumidas em face do contrato respectivo, entre as quais transportar com segurança a bagagem do contratante. Se, da inobservância dessa obrigação sobrevier danos materiais ao passageiro, surge o dever de indenizar. [...] À míngua de declaração do conteúdo e do valor dos pertences transportados, que não foi exigida pela companhia aérea, quando podia fazê-lo, acolhe-se a indicação da autora, harmônica com a sua capacidade econômica e com o propósito da viagem empreendida (compras de enxoval para casamento). [...] A perda de bagagem não gera mero dissabor, mas verdadeiro dano moral, especialmente tratando-se de viagem internacional dedicada à compra de itens para o enxoval de casamento. [...] O valor fixado pelo Magistrado de primeiro grau a título de danos morais (R$ 15.000,00) não merece reforma, eis que condizente com os ditames da razoabilidade e proporcionalidade, e de acordo com a jurisprudência do Su- Ag In na AC. n. 103257-71.2014.8.09.0051 (201491032570) 2

perior Tribunal de Justiça. (fls. 184/185) Portanto, considerando que o agravo interno não trouxe nenhum argumento novo capaz de modificar a conclusão alvitrada, tenho que a decisão atacada deve ser mantida por seus próprios fundamentos. Neste sentido: (...) Não tendo a parte apresentado argumentos novos capazes de alterar o julgamento anterior, deve-se manter a decisão recorrida. (...) (3ª T., AgRg no Ag n. 1.212.745/RJ, DJe de 17/12/2010, Rel. Ministro Sidnei Beneti) Isso posto, por não estar convicto de que deva modificar a decisão recorrida, deixo de reconsiderá-la, ao tempo em que submeto a insurgência em voga à apreciação do Órgão Colegiado, manifestando-me, desde logo, pelo total desprovimento do recurso. É como voto. Goiânia, 28 de julho de 2015. B DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO Relator Ag In na AC. n. 103257-71.2014.8.09.0051 (201491032570) 3

AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL N. 103257-71.2014.8.09.0051 (201491032570) COMARCA DE GOIÂNIA AGRAVANTE : GOL LINHAS AEREAS INTELIGENTES S/A AGRAVADA : CAMILA VILELA MEDEIROS BARBOSA REIS RELATOR : DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO EMENTA: AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍ- VEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATE- RIAIS E MORAIS. EXTRAVIO DE BAGAGEM. VIA- GEM INTERNACIONAL. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. DANOS MATERI- AIS E MORAIS. QUANTUM FIXADO. RAZOABILIDA- DE. 1. A empresa transportadora, desde o início da relação de transporte até o seu término, está compelida a cumprir as obrigações assumidas em face do contrato respectivo, entre as quais transportar com segurança a bagagem do contratante. Se, da inobservância dessa obrigação sobrevier danos materiais ao passageiro, surge o dever de indenizar. 2. À míngua de declaração do conteúdo e do valor dos pertences transportados, que não foi exigida pela companhia aérea, quando podia fazê-lo, acolhe-se a indicação da autora, harmônica com a sua capacidade econômica e com o propósito da viagem empreendida (compras de enxoval para casamento). 3. A perda de bagagem não gera mero dissabor, mas verdadeiro dano moral, especialmente tratando-se de viagem internacional dedicada à compra de itens para o enxoval de casamento. 4. O valor fixado pelo Magistrado de primeiro grau a título de danos morais (R$ 15.000,00) não merece reforma, eis que condizente Ag In na AC. n. 103257-71.2014.8.09.0051 (201491032570) 1

com os ditames da razoabilidade e proporcionalidade, e de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. 5. Como o agravo interno não trouxe nenhum argumento novo capaz de modificar a conclusão proposta na decisão monocrática, esta deve ser mantida por seus próprios fundamentos. Agravo interno conhecido e desprovido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os integrantes da 2ª Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, POR UNANIMIDADE DE VOTOS, EM CONHECER DO AGRAVO INTERNO E NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do RELATOR. VOTARAM com o RELATOR, o Doutor MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, em substituição ao Desembargador CARLOS ALBERTO FRANÇA, e o Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, que presidiu a sessão. WELLINGTON DE OLIVEIRA COSTA. PRESENTE o ilustre Procurador de Justiça, Dr. Custas de lei. Goiânia, 28 de julho de 2015. DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO Relator Ag In na AC. n. 103257-71.2014.8.09.0051 (201491032570) 2