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Origem: PRT 4ª Região Membro Oficiante: VIKTOR BYRUCHKO JUNIOR Interessado 1: OUVIDORIA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Interessado 2: SÔNIA Assunto: EXPLORAÇÃO DO TRABALHO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 07.01.02 EMENTA: EXPLORAÇÃO DE TRABALHO INFANTIL. ATRIBUIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. Havendo nos autos identificação de trabalho infantil, bem assim considerando a gravidade dos fatos denunciados, entendo precoce o arquivamento dos autos. Os elementos presentes neste procedimento são bastantes a autorizar o aprofundamento das diligências investigatórias com vistas à apuração dos fatos denunciados, haja vista o combate ao trabalho infantil ser meta prioritária do Ministério Público do Trabalho, reclamando sua atuação. Arquivamento não homologado. I RELATÓRIO O Procurador do Trabalho Viktor Byruchko Junior promoveu o arquivamento da NF n. 001038.2014.04.000/3, instaurada a partir de denúncia encaminhada pela Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República Disque 100, noticiando que: Tainá e crianças são agredidas física, psicologicamente e exploradas para trabalho infantil pela genitora Sônia. Não há informações quanto a periodicidade dos fatos, porém ocorrem diariamente, na casa da suspeita. Nas agressões físicas, são desferidos objetos como madeiras e mordidas nas vítimas onde acabam ocasionando hematomas. Quanto às agressões psicológicas, são proferidos ameaças de deixar as crianças sem alimentação e agressões físicas, caso não consigam vender objetos na rua. Em relação às negligências, a alimentação e higiene são precárias. Nas explorações do trabalho infantil, a genitora manda os filhos venderem roupas usadas na rua, caso não consiga vender, chegando em casa a suspeita os agride, sendo assim as crianças ficam tentando vender as roupas na rua até anoitecer, com medo de chegar 1

em casa e apanhar. Tainá esta devidamente matriculada na instituição de ensino, porém não tem frequência assídua (...) asseverando o seguinte: O douto Órgão oficiante fundamentou o arquivamento Certo é que a atuação do Ministério Público do Trabalho perante a Justiça do Trabalho, para promover as ações que lhe são atribuídas, em especial à ação civil pública para a defesa de interesses coletivos, quando desrespeitados direitos sociais constitucionalmente garantidos (art. 83, caput e incisos I e 11),deve, também observado o disposto no artigo 83 da Lei Complementar nº 75/93 (Lei Orgânica do Ministério Público da União), atentar para a legitimidade conferida ao órgão pelo ordenamento jurídico pátrio. A competência da Justiça do Trabalho e consequente legitimidade do Parquet laboral, em se tratando de trabalho infantil prende-se àquele em benéfico e proveito de outrém, que o explora diretamente (benefício próprio) ou leva a efeito intermediação para a obtenção de lucro. Como expressa cartilha sobre o trabalho infantil domestico (http://www.unicef.orglbrazil/pt/catilha TID MA.pd!), o "trabalho infantil doméstico caracteriza-se como 'aquele que é realizado por crianças e adolescentes, fora de suas casas e dentro da casa de terceiros, que tem sido executado em troca de um salário ínfimo ou de uma promessa de roupa, escola e alimentação"', do que não cogita a representação. Também, s.m.j., não cogitaria a denúncia do desempenho pelas crianças, em casa, de tarefas que constituem parte do processo educativo de formação do senso de responsabilidade, companheirismo, cooperação e partilha, como arrumação de suas camas, dos brinquedos e materiais escolares. Mas, de qualquer forma, não resta autorizada atuação pelo Ministério Público do Trabalho com base nos fatos descritos. Por cautela, encaminhe-se cópia da denúncia (fl. 02) ao Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul e ao Conselho Tutelar com abrangência no município de Viamão/RS, para conhecimento e adoção das medidas eventualmente cabíveis. (fls. 06-07) Os autos foram sorteados e distribuídos a este Relator (fl. 12). É o breve relatório. 2

II FUNDAMENTAÇÃO Com a devida vênia, não comungo com o entendimento esposado pelo Membro oficiante, haja vista tratar-se de denúncia de exploração de trabalho infantil, tema relacionado às matérias prioritárias de atuação do MPT, de modo que se afigura necessária a apuração do fato não apenas pelo Conselho Tutelar ou Secretaria de Promoção Social e Combate a Pobreza, como também por este Órgão. Desde a promulgação da Emenda Constitucional nº 45/2005, um movimento de alargamento da competência do Sistema de Justiça Especial do Trabalho vem se desenvolvendo, concretizando a atuação indissociável entre a Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho. Com efeito, abandonou-se o foco restrito nas relações de emprego para se determinar novos horizontes de competência, ampliando o sentido das relações de trabalho. Nesse diapasão, o Sistema de Justiça Especial do Trabalho passou a ser responsável pela tutela jurídica do bem trabalho, em todas as suas acepções, protegendo todos os valores de decência e dignidade a ele inerentes, segundo previsões de ordem constitucional. Protege-se, então, o valor social do trabalho, digno e decente, cuja reserva não pode, jamais, tolerar práticas laborais envolvendo crianças e adolescentes antes da idade mínima fixada pela Constituição Federal (art. 7º, XXXIII). Destarte, as próprias Convenções 138 e 182 da Organização Internacional do Trabalho, ambas ratificadas pelo Estado Brasileiro, cujos conteúdos obrigacionais jazem na seara da proibição do trabalho infantil, traduzem, indeclinavelmente, o núcleo sólido e inalienável do paradigma trabalho decente, na medida em que integram o conjunto de normas ditas fundamentais do Sistema Normativo Transnacional de Tutela do Trabalho. 3

Assim, tendo em vista tal projeção normativa e para bem desempenhar seu mister constitucional (art. 127 da Constituição Federal) e legal (art. 83 da Lei Orgânica do Ministério Público da União), o Ministério Público do Trabalho criou estruturas administrativas e concebeu programas de atuação nacional concentrados sob a finalidade maior de prevenção e erradicação do trabalho infantil e proteção do trabalho do adolescente, como, por exemplo, a Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes. Desde o ano de 2000, o Ministério Público do Trabalho elegeu como uma de suas metas institucionais de ação o combate ao trabalho infantil e a regularização do trabalho do adolescente. Isso porque se viu opresso por uma realidade instigante, retratada por números preocupantes sobre o trabalho infanto-juvenil, em total violação à ordem jurídica internacional consubstanciada em normas internacionais emanadas da ONU e da OIT das quais o Brasil havia se tornado parte signatária e à ordem interna, constitucional e infraconstitucional. No presente caso, o suposto trabalho de crianças em rua pública, vendendo roupas usadas e pedindo dinheiro, demonstra um quadro fático de renitência de violação dos direitos humanos da infância, principalmente do direito fundamental ao não trabalho, impondo ao Ministério Público do Trabalho a intensificação de atuação junto à Administração Pública, a fim de que seja garantida a implementação e o incremento de políticas públicas de prevenção e erradicação do trabalho infantil. Desta feita, o combate à exploração do trabalho infantil é urgente, avocando a imediata atenção da Justiça do Trabalho, bem como latente intervenção do órgão ministerial especializado no sentido de se efetivar o cumprimento das cláusulas constitucionais da proteção integral e prioridade absoluta da infância. 4

Por derradeiro, já que o tema em epígrafe encontra-se no rol de atribuições do Ministério Público do Trabalho, inclusive como meta prioritária, reforça-se afirmar a obrigação institucional de maiores investigações acerca dos fatos denunciados. III CONCLUSÃO Pelo exposto, voto pela não homologação da promoção de arquivamento e, por consequência, determino o retorno dos autos à PRT de origem para as providências cabíveis. Brasília, em 24 de julho de 2014. OTAVIO BRITO LOPES Membro da CCR - Relator 5