RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1.NOME DO MEDICAMENTO Drenoxol 3 mg/ml xarope Drenoxol 30 mg/10 ml xarope 2.COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Composição centesimal (100 ml) Substância ativa: Cloridrato de ambroxol --------------------------- 300,00 mg Excipientes com efeito conhecido: Para-hidroxibenzoato de metilo (E 218) - 1,42 mg/ml Para-hidroxibenzoato de propilo (E 216) - 0,14 mg/ml Solução de sorbitol 70% - 860 mg/ml Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3.FORMA FARMACÊUTICA Xarope. 4.INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1.Indicações terapêuticas Drenoxol está indicado como adjuvante mucolítico do tratamento antibacteriano das infeções respiratórias, em presença de hipersecreção brônquica. 4.2.Posologia e modo de administração Xarope para administração por via oral Apresentação em Frasco com copo medida População pediátrica: Até 2 anos: 2,5 ml (copo medida) 2 vezes ao dia. De 2 a 6 anos: 2,5 ml (copo medida) 2 a 3 vezes ao dia. Mais de 6 anos: 5,0 ml (copo medida) 3 vezes ao dia. Adultos: Em média 90 mg/dia, divididos em três tomas <> 5 ml (copo medida) 3 vezes ao dia. Idoso: Drenoxol (ambroxol) é apropriado para a utilização no idoso.
Recomenda-se precaução em caso de existência de doença ulcerosa péptica (ver secções 4.3. e 4.4.) Apresentação em ampolas de abertura fácil Adultos: Em média, 1 ampola (10 ml <> 30 mg) três vezes ao dia. Partir o bico da ampola e espremer o conteúdo diretamente para a boca. 4.3.Contraindicações Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1. Drenoxol está contraindicado em doentes com úlcera gastroduodenal. 4.4.Advertências e precauções especiais de utilização Tem havido notificações de reações cutâneas graves tais como eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson (SJS)/necrólise epidérmica tóxica (NET) e pustulose exantematosa generalizada aguda (PEGA) associadas à administração de cloridrato de ambroxol. Se existirem sintomas ou sinais de uma erupção cutânea progressiva (por vezes associada a bolhas ou lesões na mucosa), o tratamento com cloridrato de ambroxol deve ser imediatamente descontinuado e deve procurar-se ajuda médica. Em doentes com insuficiência renal ou insuficiência hepática grave, Drenoxol só deverá ser utilizado mediante indicação médica. No caso de insuficiência renal grave, à semelhança de qualquer medicamento metabolizado hepaticamente e eliminado pela via renal, é esperada a acumulação de metabolitos de ambroxol gerados no fígado. O uso do mucolítico implica uma diminuição da viscosidade e a remoção do muco, tanto através da atividade ciliar do epitélio, quer pelo reflexo da tosse, sendo portanto de esperar um aumento do fluxo das secreções com expetoração e tosse. Em doentes asmáticos e/ou com insuficiência respiratória grave e doentes debilitados, pela diminuição do reflexo da tosse, há risco de obstrução da via aérea consequente do aumento da quantidade de secreções. Aconselha-se uma administração cuidadosa aos doentes asmáticos. Os mucolíticos como têm a capacidade de destruir a barreira mucosa gástrica deverão ser utilizados com precaução em indivíduos com antecedentes de úlcera péptica. Em doentes dispépticos recomenda-se a administração do fármaco depois das refeições. Em doentes mais sensíveis, sobretudo se as doses recomendadas forem ultrapassadas, pode ocorrer diarreia, devido a ação osmótica do sorbitol. Este medicamento contém sorbitol. Doentes com doenças hereditários raros de intolerância à frutose não devem tomar este medicamento. Este medicamento contém parabenos. Pode causar reações alérgicas (possivelmente retardadas). 4.5.Interações medicamentosas e outras formas de interação Não estão descritos, à data atual, casos relevantes de interações medicamentosas ou de qualquer outro tipo em que o ambroxol estivesse implicado e de que resultassem prejuízos para o doente.
4.6.Fertilidade, gravidez e aleitamento O cloridrato de amboxol atravessa a barreira placentária. Estudos animais não revelaram efeitos prejudiciais, diretos ou indiretos, na gravidez, no desenvolvimento embrionário/fetal, no parto ou no desenvolvimento pós-natal. Vasta experiência clínica após as 28 semanas de gestação revelou a inexistência de efeitos prejudiciais para o feto. No entanto, as precauções usuais relativamente à utilização de medicamentos durante a gravidez deverão ser observadas, especialmente tendo em conta que a utilização de Drenoxol não está recomendada no primeiro trimestre. O cloridrato de ambroxol é excretado no leite materno. Embora não sejam esperados efeitos adversos em lactentes, não se recomenda a utilização se estiver a amamentar.. 4.7. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Embora não tenham sido efetuados estudos, não existem dados empíricos que evidenciem que o Drenoxol possa interferir com a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8. Efeitos indesejáveis Doenças do sistema imunitário: Raros: reações de hipersensibilidade,, broncospasmo Desconhecido: reações anafiláticas incluindo choque anafilático, angioedema e prurido Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Raros: erupção cutânea, urticária, rash. Desconhecido: reações adversas cutâneas graves (incluindo eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson/necrólise epidérmica tóxica e pustulose exantematosa generalizada aguda). Doenças gastrointestinais: Frequentes: náuseas Pouco frequentes: vómitos, diarreia, dispepsia, dores abdominais, boca seca. Frequentes: hipoestesia oral e faríngea Muito raro: hemorragia digestiva Desconhecido: garganta seca Doenças do sistema nervoso: Frequentes: Disgeusia (alteração do paladar) Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas diretamente ao, I.P.:, I.P. Direção de Gestão do Risco de Medicamentos Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53 1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73 Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita) Fax: + 351 21 798 73 97 Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt 4.9.Sobredosagem Não foram registados sintomas específicos de sobredosagem no homem até à data. Com base em relatos de sobredosagem acidental e/ou erro de medicação, constatou-se que os sintomas observados são consistentes com os efeito indesejáveis descritos para o Drenoxol nas doses recomendadas, podendo necessitar de tratamento sintomático. 5.PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1. Propriedades farmacodinâmicas Grupo Farmacoterapêutico: 5.2.2 Aparelho respiratório. Antitússicos e expetorantes. Expetorantes, código ATC: R05CB06. O ambroxol é um metabolito activo N-desmetilado da bromexina. Difere da bromexina pela ausência de um grupo metilo e a inclusão de um grupo hidroxilo na posição para-trans do anel ciclo-hexilo. Embora o seu modo de ação não esteja ainda completamente esclarecido, encontraram-se em vários estudos efeitos queratolíticos, secretolíticos e secretomotores. No animal de experiência sabe-se que aumenta a quantidade de secreção brônquica serosa. Diminuindo a viscosidade e ativando o epitélio ciliado, fica facilitada a remoção de muco. Provou-se que a administração de ambroxol aumenta a síntese e a secreção de surfactante ( ativação de surfactante ). Além disso, há informações de que aumenta a permeabilidade da barreira broncovascular. Após a administração oral, o início de ação é de 30 minutos, em média, e persiste até 6 a 12 horas, dependendo da quantidade da dose individual. 5.2. Propriedades farmacocinéticas Após a administração oral, o ambroxol é absorvido rápida e quase completamente. A Tmax após administração oral é de 1 a 3 horas. A biodisponibilidade absoluta do ambroxol reduz-se em cerca de 1/3 após a administração oral, devido a um efeito de metabolismo de primeira passagem. Neste processo formam-se metabolitos (por exemplo ácido dibromantranílico e glucuronidos) que são eliminados pelos rins. A ligação às proteínas plasmáticas é de cerca de 85% (80 a 90%). A semi-vida plasmática terminal é de 7 a 12 horas. A semi-vida plasmática do ambroxol e dos seus metabolitos, em conjunto, é de cerca de 22 horas. Aproximadamente 90% são eliminados pelos rins sob a forma de metabolitos formados no fígado. Menos de 10% da eliminação renal consiste em ambroxol não-metabolizado.
Devido à elevada ligação às proteínas plasmáticas e ao elevado volume de distribuição, assim como à lenta redistribuição dos tecidos para o sangue, não é de esperar que haja uma eliminação substancial do ambroxol por diálise ou forçando a diurese. A depuração do ambroxol é reduzida em 20 a 40% no caso de uma doença hepática grave. Em doentes com insuficiência renal grave, a semi-vida de eliminação dos metabolitos do ambroxol está prolongada. O ambroxol ultrapassa a barreira hematoencefálica e a placenta e encontra-se no leite materno. 5.3. Dados de segurança pré-clínica Toxicidade O cloridrato de ambroxol tem um baixo índice de toxicidade aguda. Estudos de dose repetida revelaram os seguintes níveis de efeitos adversos não observados (NOAEL): 150 mg/kg/dia (murganho, 4 semanas), 50 mg/kg/dia (rato, 52 e 78 semanas), 40 mg/kg/dia (coelho, 26 semanas) e 10 mg/kg/dia (cão, 52 semanas). Não foram detetados órgãos-alvo. Estudos de toxicidade com a duração de 4 semanas realizados em ratos (4,16 e 64 mg/kg/dia) e em cães (45, 90 e 120 mg/kg/dia (infusão 3h/dia)) não revelaram toxicidade aguda local ou sistémica, incluindo histopatologia. Todos os efeitos adversos foram reversíveis. Teratogenicidade O cloridrato de ambroxol não revelou potencial embriotóxico ou teratogénico em doses orais até 3000 mg/kg/dia em ratos e até 200 mg/kg/dia em coelhos. A fertilidade em ratos machos e fêmeas não foi afetada até 500 mg/kg/dia. Num estudo de desenvolvimento peri- e pós-natal o NOAEL foi de 50 mg/kg/dia. O cloridrato de ambroxol revelou ser ligeiramente tóxico em mães e crias em doses de 500 mg/kg/dia, comprovado pelo atraso no desenvolvimento do peso corporal e no volume reduzido das fezes. Carcinogenicidade Estudos de genotoxicidade in vitro (testes de Ames e de aberração cromossomática) e in vivo (teste de micronúcleo no rato) não revelaram potencial mutagénico do cloridrato de ambroxol. Estudos de carcinogenicidade não revelaram potencial tumorogénico do cloridrato de ambroxol em musaranhos (50, 200 e 800 mg/kg/dia) e ratos (65, 250 e 1000 mg/kg/dia) quando administrado na alimentação durante 105 e 116 semanas, respetivamente. 6.INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1.Lista dos excipientes Para-hidroxibenzoato de metilo (E 218), Para-hidroxibenzoato de propilo (E 216), Solução de sorbitol 70%, Aroma de morango silvestre, Ácido cítrico anidro, Propilenoglicol e
Água purificada. 6.2.Incompatibilidades O Drenoxol não tem incompatibilidades maiores. 6.3.Prazo de validade Drenoxol 3 mg/ml xarope: 5 anos Drenoxol 30 mg/10 ml xarope: 30 meses 6.4.Precauções especiais de conservação Conservar a temperatura inferior a 25ºC. 6.5.Natureza e conteúdo do recipiente Drenoxol 3 mg/ml xarope Frasco: frasco de vidro âmbar (tipo III), contendo 200 ml de uma solução de Cloridrato de ambroxol, na concentração de 15 mg/5 ml, incluindo um copo medida na embalagem. Drenoxol 30 mg/10 ml xarope Ampolas: ampola termomoldável, constituída por uma película de PVC/PVDC/PE transparente, gravada e com abertura fácil, contendo 10 ml de uma solução de Cloridrato de ambroxol, na concentração de 30 mg/10ml. 6.6.Precauções especiais de eliminação e manuseamento Ver secção 4.2 Não utilizar o xarope se este se tornar turvo. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Laboratórios Vitória, S.A. Rua Elias Garcia, 28 2700-327 Amadora Portugal 8.NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Drenoxol 3 mg/ml xarope: Nº de registo: 8549303-200 ml de xarope, 3 mg/ml, frasco Drenoxol 30 mg/10 ml xarope: Nº de registo: 9549329-10 ml de xarope, 30 mg/10 ml, 20 ampolas 9.DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 20 outubro 1982 Data de revisão: 20 junho 1995 Data da última renovação: 20 junho 2005 10.DATA DA REVISÃO DO TEXTO