PROFA. DRA. ORDÁLIA ALVES ALMEIDA



Documentos relacionados
LEI Nº , DE 8 DE MARÇO DE 2016.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Bloco 01

O Plano Nacional de Educação PL. 8035/2010 Perspectivas, Desafios e Emendas dos/as Trabalhadores/as em Educação

IX CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE CMDCA CAMPINAS II ENCONTRO ESTADUAL DE GESTORES MUNICIPAIS DE CONVÊNIO

LEI Nº , DE 8 DE MARÇO DE 2016

LEI No , DE 8 DE MARÇO DE 2016 (DOU de 9/3/2016 Seção I Pág. 01)

CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 6.998, DE 2013 Primeira Infância

DECRETO Nº 9.586, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2018

FICHA ENS. FUND. II - 01 DIRETRIZ ESTRATÉGIAS

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Curso online Super Professores Voe mais alto. Seja Super! Ao vivo Pedro II Professora Márcia Gil LDB e ECA

IMPACTOS DO GOLPE SOBRE AS POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO

Direitos da Pessoa com Deficiência

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ADVERTÊNCIA. Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União. Ministério da Saúde Gabinete do Ministro

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

PORTARIA INTERMINISTERIAL MS/SEDH/SEPM 1.426/2004 SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES

Limites da Publicidade Infantil Unboxing e Youtubers mirins

EIXO I O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E O SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ORGANIZAÇÃO E REGULAÇÃO

1. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo.

Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL COMISSÃO INTERGESTORES TRIPARTITE

CARTA DE GOIÂNIA - GO

AULA 04 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; ; LEI DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 04

I ENCONTRO ESTADUAL DE COORDENADORES REGIONAIS. Defesa de Direitos e Mobilização Social. Informática e Comunicação. Artes

Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

TRABALHO INFANTIL E TRABALHO DO MENOR

EIXO I O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E O SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ORGANIZAÇÃO E REGULAÇÃO. x1 1 x x x. x1 x x x

PLANOS DECENAIS DOS DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: FORTALECENDO OS CONSELHOS DE DIREITOS

ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

1. Legislação federal referente à cultura no Brasil

Base Nacional Comum. Currículo em discussão...

Pacto de Gestão do SUS. Pacto pela Vida. Pacto em Defesa do SUS

AULA 03 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; ; LEI DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 03

IX JORNADA DE ESTÁGIO: FORMAÇÃO E PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL DIREITOS DOS IDOSOS: CONHECER PARA RESPEITAR

Financiamento, Valorização do Magistério e Carreira: PNE e Planos gaúchos

A Lei /2016 e as políticas voltadas à primeira infância: saúde materno-infantil, educação, assistência social

PARA TODAS AS INFANCIAS BRASILEIRAS

Plano Decenal da Assistência Social: Desafios para os Entes Federados

Infância em Foco. Redes

RESULTADO SISTÊMICO 7

PORTARIA INTERMINISTERIAL No 1.055, DE 25 DE ABRIL DE 2017

Critérios de para análise Projetos para captação de recursos do FIA Palhoça

Educação e Federação na Constituição

A EDUCAÇÃO INFANTIL COMO DIREITO: DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA O SEU FINANCIAMENTO EM TEMPOS DE FUNDEB

Encontro dos Municípios com Desenvolvimento Sustentável

Serviço Público Federal Ministério da Educação Universidade Federal Fluminense

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAJUBÁ Av. Jerson Dias, Estiva CEP Itajubá Minas Gerais. Lei nº 2797

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Estado do Rio de Janeiro PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAPIMIRIM Gabinete do Prefeito

LEI MUNICIPAL Nº 999

Ministério da Integração Nacional

LEI Nº , DE 22 JULHO DE 2014.

Organização da Aula 4. Sistemas de Ensino e Políticas Educacionais. Aula 4. Contextualização

O PAPEL DOS CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO NO ÂMBITO DO SNE: DESAFIOS PARA A PRÓXIMA DÉCADA POR: GILVÂNIA NASCIMENTO

Promovendo desenvolvimento integral na primeira infância. Outubro de 2016

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOAS

O que são Direitos Humanos? DIREITOS HUMANOS Profa. Rosana Carneiro Tavares. Principal instrumento legal

DIREITOS HUMANOS. Política Nacional de Direitos Humanos. Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades. Profª.

SILMAR PAES DE LIMA FILHO,

Profa. Dra. Ordália Alves Almeida UFMS. Infâncias. Crianças. e Culturas Infantis FACULDADE DE EDUCAÇÃO/UFBA

DECRETO Nº /2007 (Dispõe sobre o art. 3 o da Lei n o 8.742/1993)

Diretrizes Aprovadas nos Grupos de Trabalho ou na Plenária Final. Por Ordem de Votação nos Eixos Temáticos

FÓRUM NACIONAL DA JUSTIÇA PROTETIVA

Art O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Carta aberta ao Ministério dos Direitos Humanos sobre Recomendações ao Brasil feitas no III Ciclo do Mecanismo de Revisão Periódica Universal (RPU)

Aprendendo a ser Enfermeira Pediátrica. P rofª Graça P i menta UCSal

PROC. Nº 0018/11 PLL Nº 001/11. Conforme pesquisa, EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira

PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO E COMBATE AO TRABALHO INFANTIL. Araucária 2016

ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

O novo Fundeb como contribuição para a construção do Custo Aluno- Qualidade Inicial (CAQi) e Custo Aluno-Qualidade (CAQ)

POLÍTICA DE EDUCAÇÃO INFANTIL FRENTE AOS DESAFIOS DA BNCCEI. Rita Coelho

Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Jesus publica:

PRIMEIRA INFÂNCIA E DIREITO À EDUCAÇÃO

RESOLUÇÃO TJ/OE/RJ Nº11/2016 (TEXTO CONSOLIDADO)

Vem Pra Potere!

CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORAS(ES) ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO II. Professor Edson Aula 5

CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS

EDUCADOR SOCIAL SITE: FACEBOOK: CARITAS ARQUIDIOCESANA DE PORTO ALEGRE SAS FACEBOOK: MENSAGEIRO DA CARIDADE

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA NACIONAL DE ARTICULAÇÃO SOCIAL

Direito Constitucional

Atenção à Saúde da Criança na Atenção Básica: Políticas e Programas. Profª Drª Aurea Tamami Minagawa Toriyama Enfermagem na Atenção Básica 2018

A partir da década de 1990, no Brasil e no mundo, o paradigma tende a ser deslocado da integração para a inclusão. A Educação Inclusiva surgiu, e vem

Ministério Público DO ESTADO DE MATO GROSSO 1ª Promotoria de Justiça Cível da Comarca de Barra do Bugres

O UNICEF. Criado em 1946 para atender as crianças órfãs da Segunda Guerra Mundial

. O PREFEITO DO MUNICIPIO DE VERA CRUZ/RN, Faço saber que a CÂMARA MUNICIPAL aprova e eu sanciono a seguinte Lei:

Ministério Público do Estado de Mato Grosso 1ª Promotoria de Justiça Cível de Barra do Bugres-MT

ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Fundo da Infância e do Adolescente - FIA

Legislação. TÍTULO III Da Ordem Econômica (Art. 126 ao Art. 146) Professor Mateus Silveira.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

O GT de Conflitos Fundiários Urbanos do Conselho das Cidades apresenta para uma primeira discussão pública a seguinte proposta:

Transcrição:

PROFA. DRA. ORDÁLIA ALVES ALMEIDA ordaliaalmeida@hotmial.com

O lugar comum, (Costa, Maria Velho. Desescrita) Há um lugar, um pequeno lugar, tão pequeno como uma casinha de vidro na floresta em cima do alfinete, disse a criança. É lá que eu guardei a minha pena da cara de todos. Esta criança vai deixar de sorrir, disse o medidor de crianças (...) Há um lugar, um pequeno lugar, tão pequeno Como o ovo azul do bicho da seda, disse a criança. É lá que eu guardei o meu amigo. Esta criança vai deixar de falar, disse o medidor de crianças (...)

Há um lugar, um pequeno lugar, tão pequeno Como a pedra de açúcar que a mosca leva para seus filhinhos partirem e fazem espelho, disse a criança. É lá que eu guardei a minha mãe. Esta criança morreu, disse o medidor de crianças. Há um lugar, um pequeno lugar, tão pequeno Como a bolha de sumo dentro do gomo da tangerina, disse a criança. É lá que eu me guardei e comi-o e passou para dentro do dentro do mais pequeno dos buracos do meu coração. Esta criança acabou, disse o medidor de crianças. É preciso fazer outra.

LEI 13.257 DE 08 DE MARÇO DE 2016 ECA Lei 8.069/1990 Declaração de Nascido Vivo Lei 12.662/2012 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA Cód. Processo Penal Dec.-Lei 3.689/1941 EMPRESA CIDADÃ Lei 11.770/2008 CLT Dec.-Lei 5.452/1943

O QUE ENSEJA A LEI? Art. 1º. Princípios e diretrizes formulação e a implementação de políticas públicas para a primeira infância. Atenção à especificidade e à relevância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento infantil e no desenvolvimento do ser humano.

O QUE REITERA A LEI? Art. 3o A prioridade absoluta em assegurar os direitos da criança, do adolescente e do jovem. Art. 227/CF art. 4º. Lei nº. 8.069/1990 Implica o dever do Estado de estabelecer políticas, planos, programas e serviços para a primeira infância que atendam às especificidades dessa faixa etária, visando a garantir seu desenvolvimento integral.

PARA QUE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA? Art. 4º. As políticas públicas voltadas ao atendimento dos direitos da criança na primeira infância serão elaboradas e executadas de forma a: I - atender ao interesse superior da criança - sujeito de direitos e de cidadã; II - incluir a participação da criança na definição das ações que lhe digam respeito - características etárias e desenvolvimento;

III - respeitar a individualidade e os ritmos de desenvolvimento das crianças - valorizar a diversidade da infância brasileira - as diferenças entre as crianças em seus contextos sociais e culturais; IV - reduzir as desigualdades no acesso aos bens e serviços que atendam aos direitos da criança na primeira infância - priorizando o investimento público: promoção da justiça social, da equidade e da inclusão sem discriminação da criança; V - articular as dimensões ética, humanista e política da criança cidadã com as evidências científicas e a prática profissional no atendimento da primeira infância;

VI - adotar abordagem participativa, envolvendo a sociedade, por meio de suas organizações representativas, os profissionais, os pais e as crianças, no aprimoramento da qualidade das ações e na garantia da oferta dos serviços; VII - articular as ações setoriais com vistas ao atendimento integral e integrado; VIII - descentralizar as ações entre os entes da Federação;

IX - promover a formação da cultura de proteção e promoção da criança, com apoio dos meios de comunicação social. Parágrafo Único. A participação da criança na formulação das políticas e das ações que lhe dizem respeito objetiva promover sua inclusão social como cidadã e dar-se-á de acordo com a especificidade de sua idade, devendo ser realizada por profissionais qualificados em processos de escuta adequados às diferentes formas de expressão infantil.

Marco legal da primeira infância: QUAIS INFÂNCIAS, QUAIS CRIANÇAS? QUAIS PROFESSORES?

Art. 5º. Áreas prioritárias para as políticas públicas voltadas à primeira infância: saúde, alimentação e a nutrição, educação infantil, convivência familiar e comunitária, assistência social à família da criança, cultura, brincar e o lazer, espaço e o meio ambiente proteção contra toda forma de violência e de pressão consumista, prevenção de acidente adoção de medidas que evitem a exposição precoce à comunicação mercadológica.

QUAIS PROFISSIONAIS DEVEM SER FORMADOS? Art. 10º. Os profissionais que atuam nos diferentes ambientes de execução das políticas e programas destinados à criança na primeira infância terão: Acesso garantido e prioritário à qualificação, sob a forma de especialização e atualização, Acesso a programas que contemplem: A especificidade da primeira infância; A estratégia da intersetorialidade na promoção do desenvolvimento integral e a prevenção e a proteção contra toda forma de violência contra a criança.

QUAIS INFÂNCIAS, QUAIS CRIANÇAS? É URGENTE consolidar um estatuto para infância: De reconhecimento de sua condição de categoria social que tem uma identidade própria, diferente, mas nem por isso inferior às outras categorias, tais como as dos adolescentes, adultos e idosos. Que assim como todas as outras precisa ser respeitada e incluída como categoria da história humana que tem um valor em si e que é preponderante para a formação humana e ética de todo e qualquer cidadão.

QUAIS INFÂNCIAS? Uma concepção de infância singular vai ganhando contornos diferentes quando conseguimos compreendê-la como categoria social, categoria humana, que é um período de vida de cada um de zero a mais ou menos doze anos de idade e que, portanto, assume uma perspectiva plural: INFÂNCIAS Que pode se constituir de diversas formas, a depender do contexto social e cultural em que se concretiza. Assim, as infâncias, mais que estágio, é categoria da história: existe uma história humana porque o homem tem infância (KRAMER, 2007).

QUAIS PROFESSORES? Meta 15 do PNE/2014 - Formação de professores Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 ano de vigência/pne, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20/12/1996. Porcentagem de professores da Educação Básica com curso superior. Atual 76,2 % - Meta (2024) 100 %

QUAIS PROFESSORES? Essa meta constitui um desafio ainda maior, pois essa professora leiga geralmente não contava com nenhuma qualificação, a maior parte das creches sendo tradicionalmente vinculada à área de assistência social, que não adotava nenhuma exigência de escolaridade. Denominada pajem, atendente, auxiliar e, até mesmo, babá, era uma ocupação equiparada às atividades menos valorizadas na sociedade. Em algumas cidades, as prefeituras chegavam a recrutar pessoas empregadas como merendeiras e até como varredoras de rua para assumirem as tarefas de cuidado e educação junto às crianças. (Maria Malta Campos)

META 16 do PNE/2014 - Formação continuada e pósgraduação de professores Formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da Educação Básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos os(as) profissionais da Educação Básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino Professores da Educação Básica com Pós- Graduação Atual 34% - Meta (2024) 50%

O QUE NOS CABE ENQUANTO ADULTOS E PROFESSORES? Ter o entendimento de como as crianças desenvolvem-se e adquirem conhecimentos no contexto em que vivem. Seus modos próprios e peculiares de ser e estar no mundo induzem-nos a reconhecê-las como pessoas portadoras e produtoras de cultura, e que são plenas de potencial imaginativo, criativo e inventivo.

Art. 17 Estimular a criação de espaços Lúdicos ESTADOS UNIÃO Bem estar Brincar Exercício da criatividade em locais públicos e privados MUNICÍPIOS DF Fruição de ambientes livres e seguros.

Legislações não são suficientes para mudar a condição das crianças no Brasil. Reconhecimento das crianças como cidadãs: Requisito indispensável para que Políticas Públicas para a Primeira Infância sejam efetivadas; Para que as Políticas públicas tenham em sua base de formulação o delineamento de ações e programas permanentes, que garantam às crianças condições de vida plena e saudável; Políticas públicas devem ser configuradas como Políticas de Estado, para que se mantenham independentemente de qualquer governo, de qualquer partido político.

Não podemos esquecer: Que lidamos cotidianamente com a heterogeneidade das populações infantis. Que essas convivem em grupos familiares e socioculturais distintos. Cabe aos adultos apropriarem-se dos meios e processos utilizados pelas crianças para viverem e construírem suas referências identitárias, não perdendo de vista que: As mesmas são seres plenos, com suas próprias características, Possuem modos singulares de entender e de ver o mundo

Se mudarmos a ótica dos adultos sobre as crianças, se as enxergarmos como sujeitos de direitos, tanto quanto os adultos, direitos que são próprios das crianças, ou seja, diferentes dos adultos.

E, como nós adultos e professores podemos criar as condições para que possam ter acesso ao conhecimento, direito social de todos? Conhecermos as crianças de hoje e seus modos de vida é primordial para darmos início ao seu processo de visibilização social.

O reconhecimento das crianças e adolescentes como prioridade absoluta (art. 227 CF/1988) enseja o delineamento de políticas públicas sociais que contemplem a garantia de: Direitos humanos: considerados como naturais, inalienáveis intrínsecos à pessoa, por exemplo o direito à vida; Direitos civis ou políticos: que dizem respeito à participação das crianças no contexto social em que vivem; Direitos sociais: relacionados com as necessidades de bem-estar e proteção.

Não precisamos fazer outras crianças, precisamos conhecê-las, respeitá-las, e criar as condições para que vivam dignamente as suas infâncias!

Obrigada!!! ordaliaalmeida@hotmail.com