f ck Resumo Conceituação Análise dos resultados (NBR ) Critérios para tomada de decisão a partir da análise dos resultados



Documentos relacionados
CONTROLE TECNOLÓGICO

NBR 12655: 2015 Concreto de cimento Portland Preparo, controle, recebimento e aceitação. Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II TECNOLOGIA DA ARGAMASSA E DO CONCRETO

Materiais de Construção II

Materiais de Construção II

Prof. Marcos Valin Jr. Prof. Marcos Valin Jr. Dosagem CONCRETO. Prof. Marcos Valin Jr. 1

ABNT NBR12655 Preparo, Controle, Recebimento e Aceitação do Concreto e sua interação com a

CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO

Dois Casos Reais de Análise de Conformidade de Concreto

DISCUSSÃO ATUAL NÃO CONFORMIDADE DO CONCRETO

NBR 10834/1994. Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural

EXERCÍCIOS DE REVISÃO PARA A VF

Aula de Laboratório de Materiais de Construção Civil

ESTRUTURAS DE MADEIRA

UFBA-ESCOLA POLITÉCNICA-DCTM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS ROTEIRO DE AULAS

Recomendação ABECE 001:2011 Análise de Casos de Não Conformidade de Concreto

ABNT NBR 7680:2015 Concreto Extração, preparo, ensaio e análise de testemunhos de estruturas de concreto Parte 1: Resistência à compressão

Paulo Helene. Clube de Engenharia RJ 12 de novembro de 2013 Rio de Janeiro. do Laboratório de Pesquisa ao Canteiro de Obras

RELATÓRIO N : 2046/12-02 DATA: 31/10/12 Produto: Bloco cerâmico Tipo: Estrutural 09x19x39cm EMPRESA: Olaria e Com. De Mat. Const. João de Barro Ltda

Módulo 1: Conceitos e fundamentos para conservação de estruturas Aula 4 Fundamentos da tecnologia do concreto aplicados à conservação das estruturas

Controle do recebimento e aceitação do concreto. Aplicação da

RELATÓRIO DE ENSAIO Nº 1062/ BLOCO CERÂMICO ESTRUTURAL 14x19x39cm N07 ENSAIOS DIVERSOS

RELATÓRIO DE ENSAIO Nº 1062/ BLOCO CERÂMICO VEDAÇÃO VERTICAL 19x19x39cm N01 ENSAIOS DIVERSOS

RELATÓRIO DE ENSAIO Nº 1062/ BLOCO CERÂMICO VEDAÇÃO VERTICAL 11,5x19x39cm N03 ENSAIOS DIVERSOS

Aula de Laboratório de Materiais de Construção Civil Professora: Larissa Camporez Araújo

Fábio Costa Magalhães 1, Mauro de V. Real 2

4º Seminário e Workshop em Engenharia Oceânica, FURG, Rio Grande/RS, novembro / 2010

ARGAMASSAS E CONCRETOS DOSAGEM ABCP

Dosagem Experimental do Concreto - Método IPT / EPUSP

CONCRETO PARA DESFORMA ANTECIPADA. Prof. Manuel Vitor curso - Edifícios

CONCRETO PARA DESFORMA ANTECIPADA. Prof. Manuel Vitor curso - Edifícios

DIAGNÓSTICO: pesquisa de antecedentes, inspeção e estudo

EXERCÍCIOS DE REVISÃO PARA A VF

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Painel 1 Projetista. Estruturas de Concreto e Critérios de Conformidade P OP UL AÇ ÃO C OM DI S T R I B UI Ç ÃO NORMA L 95 % PO PUL AÇ ÃO.

A nova ABNT NBR e o Controle Tecnológico do Concreto

1. Introdução teórica. Materiais de construção. Concreto. Pega. Cura. Resistência final.

Licença de uso exclusiva para Petrobrás S.A. Licença de uso exclusiva para Petrobrás S.A. NBR Concreto - Preparo, controle e recebimento

TECNOLOGIA DE PAVIMENTO DE CONCRETO

Concreto: O que utilizar nas diversas Tipologias?

Estudo de Caso: Precon Engenharia S.A.

Obrigado pelas respostas. Vou procurar pela sua dissertação e tese e ler um pouco mais sobre o assunto.

A Nova NBR Preparo, Controle e Recebimento de Concreto, com Foco na Durabilidade

Boas práticas para compra e recebimento do concreto. Belo Horizonte, 14 de outubro de 2016 Engº Flávio Renato Pereira Capuruço

CONTROLE DE ACEITAÇÃO DO CONCRETO SEGUNDO A NBR Pedro Antônio Jazbik Chaves

TRABALHO ACADÊMICO PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO

Concreto não conforme Análise da influência do local do ensaio nos resultados de resistência à compressão de um mesmo lote

Fundação Carmel itana Mário Pal mério MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL II ENSAIOS MECÂNICOS. Professor: Yuri Cardoso Mendes

RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES DE CONCRETOS ATRAVÉS DA EXTRAÇÃO DE TESTEMUNHOS COM PEQUENAS DIMENSÕES

ARGAMASSAS E CONCRETOS CONCRETOS

Tópicos Extras 1ª parte. Testes Não Paramétricos, Análise Multivariada, Outras Técnicas

Usina Fortaleza - Rua São Paulo, 02 - Engenho Novo Barueri SP

Investigação da potencialidade do emprego de RCD na Construção Civil

Dimensionamento estrutural de estacas raiz

VIGAS DE CONCRETO ARMADO EM SERVIÇO, SUBMETIDAS À CARBONATAÇÃO

Dosagens e aplicações de concretos estruturais de acordo com as classes de consistência da NBR 8953: de março de 2016

Código de Hamurabi, Rei da Babilônia, 1750 A.C., dizia: Principais fatores de incerteza no cálculo estrutural

NORMAS PERTINENTES (hierarquia):

A Influência dos Tipos de Cura na Resistência Mecânica do Concreto

Resistência do Concreto Prof. P. B. FUSCO

CONTROLE TECNOLÓGICO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS: UM ESTUDO DE CASO DE UM EDIFÍCIO EM SOBRAL

CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO

DCC DCC FLUXOGRAMA GERAL. Departamento de Construção Civil. Material de aula do Prof. Marcelo Medeiros Direitos reservados

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS I

CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO

O Material Concreto armado

Disciplina: Construção Civil I Estruturas de Concreto

NBR Blocos vazados de concreto simples para alvenaria Requisitos

Tração do Concreto: Comparação entre os Métodos de Ensaios de Tração por Compressão Diametral e Tração por Flexão

Laboratório de Ensaios Tecnológicos de Argila - LETA RELATÓRIO DE IDENTIFICAÇÃO VISUAL DOS BLOCOS CERÂMICOS NBR / :2017

ANEXO B BLOCOS CERÂMICOS PARA ALVENARIA ESTRUTURAL E DE VEDAÇÃO

- 1 - SISTEMAS ESTRUTURAIS SE 1. Fernando de Moraes Mihalik

ANÁLISE EXPERIMENTAL COMPARATIVA DE LAJES UNIDIRECIONAIS NERVURADAS PARA DIFERENTES PROCESSOS CONSTRUTIVOS.

Laboratório de Ensaios Tecnológicos de Argila - LETA RELATÓRIO DE IDENTIFICAÇÃO VISUAL DOS BLOCOS CERÂMICOS NBR / :2017

RELATÓRIO DE ENSAIO Nº CCC/ /12 PRISMAS DE BLOCO CERÂMICO RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO NA FLEXÃO DE PRISMAS

3º FORUM MINEIRO DE ALVENARIA ESTRUTURAL

Laboratório de Ensaios Tecnológicos de Argila - LETA RELATÓRIO DE IDENTIFICAÇÃO VISUAL DOS BLOCOS CERÂMICOS NBR /

Estatística aplicada a ensaios clínicos

CARREGAMENTOS VERTICAIS:

Estatística Descritiva (I)

CARREGAMENTOS VERTICAIS:

CE-18: Comissão de Estudos de Piso Intertravado

PERFIS DE DESEMPENHO E QUALIDADE PARA AS ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO ESTABILIZADAS. Prof Elton Bauer UnB Dezembro/2014

ÁREA DE TECNOLOGIA - LABORATÓRIO RELATÓRIO DE ENSAIO N O

O módulo de deformação longitudinal do concreto

ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Lista para a primeira prova. 2m 3m. Carga de serviço sobre todas as vigas: 15kN/m (uniformemente distribuída)

Seminário Tecnologia de estruturas com foco em desempenho e produtividade Porto Alegre, 8 de dezembro de 2016

ANÁLISE COMPARATIVA DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL DE BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO DE VEDAÇÃO DE ACORDO COM A NBR 6136:2007 E SUAS FAIXAS DE PREÇO.

Dosagem dos Concretos de Cimento Portland

Tratamento estatístico de observações geodésicas

Caracterização da madeira de Cambará, Vochysia guianensis Aubl. Norman Barros Logsdon 1, Zenesio Finger 2. Leonardo Machado Rosa 3

Argamassas mistas. Prof. M.Sc. Ricardo Ferreira

Projeto de bases de pilares. Curso de Projeto e Cálculo de Estruturas metálicas

DOSAGEM DE CONCRETO. DOSAGEM é o proporcionamento adequado. e mais econômico dos materiais: Cimento Água Areia Britas Aditivos

No Brasil, atualmente, o controle

Dimensionamento estrutural de blocos e de sapatas rígidas

Estatística Descritiva (I)

CARREGAMENTOS VERTICAIS:

Pré-Dimensionamento. - Planta de Formas e cortes

CARREGAMENTOS VERTICAIS:

Transcrição:

Análise e Tomada de Decisão a partir dos Eng o Tibério Andrade (MSc) Recife, de março de dos Resumo Conceituação Análise dos resultados (NBR- ) Critérios para tomada de decisão a partir da análise dos resultados dos f ck =? dos Resistência característica à compressão de projeto Valor de referência que adota o projetista como base de cálculo, sendo associada a um nível de confiança de %. dos Qual o modelo estatístico de distribuição que melhor representa a resistência à compressão do concreto? % f ck DISTRIBUIÇÃO NORMAL % = Desvio padrão cm = R.comp média

DISTRIBUIÇÃO NORMAL cm = f ck +, x % Caso o nível de confiança fosse de % = f ck +, x Caso o nível de confiança fosse de % = f ck +, x f ck,ef =? Resistência característica real ou efetiva do concreto à compressão È a resistência característica real do concreto de uma região homogênea da estrutura. O f ck,ef é impossível de ser conhecido. % f ckef = f ck f ckef = f ck % f ckef > f ck f ckef < f ck < % % > % A favor da segurança % > % < % Contra a segurança f ck f ckef f ckef f ck

f ckest =? Resistência característica estimada do concreto à compressão È o valor obtido ao ensaiar alguns cp s de uma região que se supõe homogênea (lote) e aplicar aos resultados obtidos uma fórmula matemática. Este valor é uma estimativa do f ckef, mas nunca se terá certeza absoluta. Distribuição do estimador Lote =? f ckef INFLUÊNCIA DA VARIABILIDADE DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO CIMENTO & CONCRETO È um certo volume de concreto que se analisa de uma única vez. Deve ser homogêneo e corresponder a uma única população. MPa CP II Z RS (dias) CP II Z RS (média aos dias) Conc. MPa (dias) Conc. MPa (média aos dias) AMOST RA

Valores para formação do lote (NBR ) Solicitação principal dos elementos da estrutura Limites superiores Compressão ou Flexão simples compressão e flexão Volume de concreto m³ m³ Número de andares Tempo de concretagem dias de concretagem Este período deve estar compreendido no prazo máximo de dias, que inclui eventuais interrupções para tratamento de juntas AMOSTRA =? Conjunto de exemplares que admite como representativos de um lote, com o objetivo de se obter a resistência característica estimada do concreto deste lote, utilizando fórmulas matemáticas (estimadores) EXEMPLAR =? Corresponde ao valor da resistência à compressão fcj que representa uma unidade do produto (amassada). É o resultado mais alto de dois ou mais corpos de prova irmãos retirados de uma mesma amassada e ensaiados em uma mesma idade. Qual é o objetivo final da análise estatística para aprovação do concreto?

Comparar o f ck de projeto com o f ck obtido a partir da amostra coletada f ck,est > f ck Lote aprovado automaticamente f ck,est < f ck ck,est est, Lote não aprovado automaticamente, sujeito a outras considerações Frequência Obra: Termopernambuco DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA Bloco hrsg Volume = m³ Nº de exemplares: R. média =, MPa D. padrão =, MPa fck est =, MPa fckproj =, MPa, a,, a,, a,, a,, a,, a,, a,, a,, a,, a,, a, Intervalos de r. à compressão (MPa) Tipos de Controle (NBR )? Amostragem parcial São retirados exemplares de apenas algumas amassadas do total de amassadas Amostragem total São retirados exemplares de todas as amassadas utilizadas para o fornecimento do concreto do lote Amostragem parcial a) nº de exemplares do lote: < n < f ck,est = x (f +f +...f m- -)) - f m m- sendo que o f ckest não pode ser inferior a Ψ x f

Onde: m=n/. Despreza-se o valor mais alta de n, se for impar; f, f,..., fm = valores das resistências dos exemplares, em ordem crescente; Ψ - Constante que é função da condição de preparo e o número de exemplares da amostra Valores de Ψ Condição Números de exemplares de preparo = A,,,,,,,,,,, B e C,,,,,,,,,,, b) nº de exemplares do lote: n > f ckest = -, x S d Onde: é a resistência média dos exemplares do lote, MPa; S d é o desvio-padrão do lote para n- resultados, em MPa. Amostragem total a) para n <, f ckest = f b) para n >, f ckest = f i i =, n. Quando o valor de i for fracionado, adota-se o número inteiro imediatamente superior Quando o f ckest for inferior ao f ck de projeto O que fazer? Análise em conjunto, envolvendo projetista, tecnologista e construtor

Análise dos resultados disponíveis; Avaliação da resistência à compressão do concreto da estrutura (total ou parcial) Ensaios não destrutivos (prova de carga, esclerometria,, ultra som) Extração de testemunhos. Verificação de cálculo. Análise das cargas permanentes do projeto, comparando com as cargas que estão efetivamente solicitando a estrutura. Alternativas de redução das cargas permanentes durante a fase de construção Análise das alternativas de reforço estrutural