AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA E CLÍNICA DE ESCOVAS DENTAIS



Documentos relacionados
LINHA ADULTO PROFISSIONAL

AVALIAÇÃO CLÍNICO- GENGIVAL DE DIFERENTES ESCOVAS DENTAIS

Faculdade de Odontologia Mestrado em Odontologia - Ortodontia. Projeto de Pesquisa. Titulo. Pesquisador:

Comissão de Pós-Graduação

EDITAL DO VII ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E V JORNADA INTEGRADA DE ODONTOLOGIA E MEDICINA (JIOME) DA UNINCOR, CAMPUS BELO HORIZONTE

PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS PESQUISADORES DA UEL, NA ÁREA DE AGRONOMIA: TRABALHOS PUBLICADOS EM EVENTOS DE 2004 A 2008.

I TORNEIO CIENTÍFICO PONTES DE MACARRÃO

PROGRAMA DE INICAÇÃO CIENTÍFICA PIC

Acre. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1 o e 3 o quartis nos municípios do estado do Acre (1991, 2000 e 2010)

SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A

CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO BRASILEIRO

Método para determinação de risco para cáries e doenças periodontais. Este é um método criado para a determinação de risco para o

Análise do perfil da Poliomielite no Brasil nos últimos 10 anos

CIRCULAR TÉCNICA N o 171 NOVEMBRO 1989 TABELAS PARA CLASSIFICAÇÃO DO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO

RELATÓRIO TÉCNICO PESQUISA COMPARATIVA DE PREÇOS DE MEDICAMENTOS MAIO/13 CAMPINAS

FACULDADE LEÃO SAMPAIO V ENCONTRO CARIRIENSE DE BIOMEDICINA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS

1 O Seminário do Programa de Pós- Graduação em Engenharia Civil da UTFPR, Campus Pato Branco

REGULAMENTO DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

O professor orientador tem, entre outros, os seguintes deveres específicos:

CONSTA TAMBÉM: Modelo de currículo (para casos de o pesquisador não ter o Lattes ou Vítae).

Normas para apresentação dos trabalhos

Avaliação de impacto do Programa Escola Integrada de Belo Horizonte

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO - PPGCOM

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA EDITAL Nº. 01, DE 05 DE FEVEREIRO DE 2016

PROGRAMA DE APOIO A PESQUISA E INICIAÇÃO CIENTÍFICA DAS FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA PAPIC- EINSTEIN

CONCEITOS BÁSICOS EM METODOLOGIA QUANTITATIVA

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA

PROJETO DE SOLICITAÇÃO DE DISCIPLINA NO PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PID/2015

Disposições preliminares

Edital PIBIC 2016/2017 Universidade de São Paulo

UNIVERSIDADE DE RIO VERDE-FESURV FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS MANUAL DE ESTÁGIO

ANOVA. (Analysis of Variance) Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Representatividade das MPEs:

ESTUDO COMPARATIVO DA AGILIDADE ENTRE CRIANÇAS DE DIFERENTES AMBIENTES

Gestão de Tecnologias em Saúde na Saúde Suplementar. GRUPO TÉCNICO REVISÃO DO ROL Karla Santa Cruz Coelho Fevereiro/2009

EDITAL DE SELEÇÃO DE VOLUNTÁRIOS PARA DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES NO NÚCLEO DE PROJETOS COMUNITÁRIOS DA PUCPR

Objetivos da disciplina:

Estudo do comportamento da Dengue na cidade de Araguari- MG por meio de séries temporais.

PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO PARA FORNOS E FOGÕES A GÁS. Portaria Inmetro 18/ (CÓDIGOS: 3285 E 3286)

LICENCIATURA EM BIOLOGIA MARINHA

DIRETRIZES PARA ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE GRADUAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Metodologia de Investigação Educacional I

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA LUMÍNICA NATURAL DE UMA SALA DE AULA COM JANELAS VOLTADAS AO SUDESTE 1

Programa Analítico de Disciplina EAF210 Microbiologia de Alimentos

Educação para o consumo de alimentos transgênicos. A. informação como mediadora da relação de consumo no âmbito

Estatística AMOSTRAGEM

PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE GABINETE DO SECRETÁRIO EDITAL Nº. 002/2010

METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA ETAPA 2. PROJETO de pesquisa

EDITAL DO EMPREENDA ADMINISTRAÇÃO ULBRA TORRES

Ética aplicada à Pesquisa com Seres Humanos

EDITAL COMPLEMENTAR MNPEF-UFJF/IF SUDESTE MG N O 01/2015

GUIA PARA A REALIZAÇÃO DE ESTUDOS DE ESTABILIDADE DE PRODUTOS SANEANTES

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA FAMIPAR

ANÁLISE DO ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS EM UMA CRECHE PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA

Higiene Oral - Brasil - Maio COMPRE ESTE Relatório agora

Maranhão. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Maranhão (1991, 2000 e 2010)

HIV/AIDS NO ENTARDECER DA VIDA RESUMO

Introdução a Estatística. Definição da estatística. Classificação de dados. Planejamento de experimentos.

TREINAMENTO RESISTIDO APLICADO EM ESCOLARES SEM O USO DE EQUIPAMENTOS EM UMA ESCOLA DA CIDADE DE PORTO VELHO - RO RESUMO

M a n u a l d o P r o U n i P á g i n a 1

PROMOÇÃO DE SAÚDE BUCAL EM CRIANÇAS DO CENTRO DE FORMAÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL (CEFAS)

Máscaras de Proteção Facial WP96, H24M, H8A e H4

Faculdade Dom Alberto - Santa Cruz do Sul

Roger C. Moro 2, Luciano O. Castillo 2, Daniel M. Flores 3, Carlos Heitor Moreira 4 e Fabricio B. Zanatta 3, 5 RESUMO

MEDIÇÃO DE VAZÃO DO FLUÍDO DE ARREFECIMENTO COM MEDIDOR TIPO TURBINA

EDITAL BOM NEGOCIO PARANÁ 009/2015 BOM NEGÓCIO PARANÁ UNIVERSIDADE SEM FRONTEIRAS 1 DAS VAGAS, DEDICAÇÃO AO PROJETO, VALOR E DURAÇÃO DA BOLSA.

FIP20902 Tópicos em Física Interdisciplinar: Metodologia da Pesquisa Científica. O Pesquisador e a Comunicação Científica

EDITAL 006/2015 DG/CEPR PROCESSO CLASSIFICATÓRIO PARA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CURSOS TÉCNICOS - INTEGRADOS AO ENSINO MÉDIO

Manual do sistema SMARam. Módulo Reavaliação Financeira

IV Encontro Pedagógico do IFAM

Mestrados Profissionais em Ensino: Características e Necessidades

PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA SOBRE A ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

CIRURGIA PERIODONTAL

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA HOSPITALAR E AMBULATORIAL DEPARTAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE

Pernambuco. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Pernambuco (1991, 2000 e 2010)

PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE GABINETE DO SECRETÁRIO

RELATÓRIO TÉCNICO PESQUISA COMPARATIVA DE PREÇOS DE MEDICAMENTOS MAIO/2012

POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE BUCAL

ANÁLISE DA ALTERAÇÃO DO USO E COBERTURA DA TERRA EM DOIS PERÍODOS NA BACIA DO RIO JAPARATUBA, SE

CNPq CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA)

*1 Não inclui o curso de Radiologia, em função da carga horária e conteúdo.

5.1 Processo de Avaliação de Organizações Prestadoras de Serviços Hospitalares O processo de avaliação e visita deve ser orientado pela aplicação do

RELATÓRIO DA PESQUISA DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE EXTERNO EMBRAPA MEIO AMBIENTE ANO BASE Núcleo de Desenvolvimento Institucional

FACULDADE LEÃO SAMPAIO I CONGRESSO CARIRIENSE DE BIOMEDICINA

Relatório da Pesquisa de Satisfação dos Beneficiários

EDITAL EXTRAORDINÁRIO PARA O PROCESSO DE SELEÇÃO DE DOCENTES CONSTITUIÇÃO DE CADASTRO 2016/2

TOLERÂNCIA ZERO À NÃO HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: TRABALHANDO COM MULTIPLICADORES. Vânia Montibeler Krause Coordenadora SCIH -HSC

INDICADORES DE SAÚDE

Especialização em Fisiologia do Exercício - NOVO

Produção de Vídeos Didáticos: Tábua de Galton

Revisado em 18/11/2008

ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS

CARTILHA COMO RECURSO DIDÁTICO: ABORDAGEM DA QUÍMICA DOS COSMÉTICOS PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Avaliação Qualitativa de Políticas Públicas

Novos critérios para a recertificação de inspetor de pintura industrial, com base na norma ABNT NBR 15218:2014

Orientações Para o Preenchimento do Formulário de Inscrição Preliminar dos Projetos

Transcrição:

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA E CLÍNICA DE ESCOVAS DENTAIS Cassiana Jorge Garcia 1 ; Camila Oliveira Souza²; Marcelo Augusto Amaral³; Ana Claudia Baladelli Silva Cimardi 4 RESUMO: O presente projeto de pesquisa teve como objetivo geral a avaliação clínica de três escovas dentais diferentes após o uso de 3 dias. Os objetivos específicos foram a análise visual das três escovas dentais após o uso pelo mesmo período pelo participante, observando-se a aparência e a regularidade das cerdas, podendo apresentar-se retas ou distorcidas, a análise do índice de desgaste da escova (ID) proposto por Rawls et al. (1989) e por fim a análise microbiológica das escovas dentais. Foram selecionados dez voluntários de ambos os gêneros, acima de dezoito anos, que tinham interesse e disponibilidade de horários para participar da pesquisa. O estudo foi realizado na Clínica Odontológica do Centro Universitário Cesumar (UniCesumar) com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição por um período de três meses. Foram utilizadas 3 escovas dentais de três modelos diferentes. Os voluntários foram selecionados em grupos de avaliações mensais. Cada grupo utilizou um tipo de escova dental por um período de 3 dias. Depois de cessado o período de 3 dias o participante retornou a clínica Odontológica da UniCesumar para que fosse feita uma nova avaliação e troca da escova antiga. Os resultados desta pesquisa foram que não houve grande discrepância nos números nos diferentes meios de cultura preconizados, e sim no uso ou desuso da escova, bem como o local de armazenamento, quanto mais irregulares estavam as cerdas,maior era o ID, e consequentemente, menos eficaz a higienização se torna na remoção da placa bacteriana. Conclui-se que a utilização incorreta das técnicas de escovação diminuem a eficiência e a vida útil das escovas e a manutenção das escovas em lugar seco e limpo é de fundamental importância para diminuir a probabilidade de proliferação bacteriana. Assim é fundamental o papel do cirurgião dentista na orientação das diversas técnicas de escovação e na orientação da população para a manutenção da saúde oral. PALAVRAS-CHAVE: Escovação dentária; higienização bucal; microbiologia; saúde coletiva. 1 INTRODUÇÃO O biofilme dental caracteriza-se como um agente determinante para o desenvolvimento da cárie dentária e de periodontopatias. O controle mais eficaz é realizado com a higienização adequada através de escovação e uso de fio dental (TOASSI; PETRY, 22). A escova dental deve promover uma higienização bucal eficaz, removendo e desorganizando mecanicamente o biofilme dental, limitando a capacidade de causar lesões de cárie, ou patologias periodontais. Atualmente podemos encontrar no comércio escovas com diferentes formas, tamanhos, desenhos, cabos, e formatos de cerdas e cabeça (FEITOSA et al., 28). Para avaliar as escovas dentais, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia elaborou uma metodologia para análise em diversas amostras de escovas 1 Acadêmica do Curso de Odontologia do Centro Universitário de Maringá UNICESUMAR,. Bolsista do Programa de Bolsas de Iniciação Científica da UniCesumar (PROBIC). cassijgarcia@hotmail.com ² Cirurgiã Dentista Graduada pelo Centro Universitário de Maringá UNICESUMAR. camila_s8@hotmail.com. 3 Orientador, Professor Mestre do Curso de Odontologia do Centro Universitário de Maringá UniCesumar. marcelo.amaral@unicesumar.edu.br 4 Coorientadora, Professora Doutora do Curso de Odontologia da Universidade Federal de Sergipe UFS, Aracaju/SE. anabaladelli@gmail.com

dentais, de uso adulto e infantil, visando reunir novas informações sobre a tendência de conformidade desse produto no mercado nacional, considerando a rigidez das cerdas e podendo ser classificadas como macia, média e dura; forma das extremidades das cerdas que devem ter bom acabamento; tensão para remoção dos tufos que verifica a fixação das cerdas à base da cabeça da escova e sua durabilidade e a rotulagem para boa informação do consumidor (BRASIL, 213). Diante deste contexto objetivou-se neste estudo avaliar clinicamente três escovas dentais diferentes após o uso de 3 dias, bem como analisar visualmente as três escovas dentais após o período de uso pelo participante, observando-se a aparência e a regularidade das cerdas, podendo após a utilização apresentar retas ou distorcidas, analisar o índice de desgaste da escova (ID) proposto por Rawls et al. (1989) e por fim a analisar microbiologicamente as escovas dentais. 2 MATERIAL E MÉTODOS Foram selecionados dez voluntários de ambos os sexos, acima de dezoito anos, com disponibilidade de horários para participar da pesquisa. O estudo foi realizado na Clínica Odontológica do Centro Universitário Cesumar (UniCesumar) por um período de três meses. Foi feita uma abordagem explicativa sobre a pesquisa, salientado ao participante que ele poderia a qualquer momento deixar de fazer parte da pesquisa. A pesquisa não foi individualizada, divulgando-se o resultado coletivo e o projeto encontrase aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UniCesumar sob o parecer número 215/213. Os critérios de inclusão para os voluntários foram: possuir acima de dezoito anos, possuir destreza manual, autorizar sua participação na pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os critérios de exclusão foram: não utilizar nenhum tipo de prótese, não possuir aparelhos ortodônticos, não utilizar antissépticos bucais e não ser portador de doença sistêmica. Foram utilizadas 3 escovas dentais de três modelos diferentes. Os voluntários foram selecionados em grupos de avaliações mensais. Cada grupo utilizou um tipo de escova dental por um período de 3 dias. No final foram feitas análises relacionadas às escovas dentais. As variáveis dependentes que foram estudadas foram o índice de desgaste, avaliação visual e microbiológica. As variáveis independentes foram às três escovas cujas características diferenciais principais foram apresentadas em forma de tabela. Os sujeitos da pesquisa foram orientados a comparecer à Clínica de Odontologia da Unicesumar em horário combinado previamente. Foi realizada uma profilaxia com pedra pomes, água e pasta profilática, utilizando escova de Robinson, micro motor e contra ângulo. Em seguida foram entregues as escovas dentais juntamente com o dentifrício fluoretado e o participante deveria utilizar esta por um período de 3 dias. Depois de cessado este período, o participante retornou a clínica da instituição para realizar uma nova avaliação e troca da escova. Em posse das escovas utilizadas pelos participantes, os pesquisadores fizeram avaliações seguindo dois critérios, a escala da condição física das escovas e a análise do índice de desgaste da escova (ID), ambos propostos por Rawls et al. (1989). Na análise visual das escovas, foram observadas a aparência e a regularidade das cerdas, podendo apresentar-se, após a utilização pelos participantes, retas ou distorcidas. Foram consideradas retas as escovas com a maior parte das certas retas e distorcidas aquelas que apresentavam cerdas com divergência (Quadro 1).

Quadro 1: Escores para avaliação das condições físicas das escovas dentais segundo Rawls et al. (1989). Escala Condição Física das Escovas Não há certeza se a escova foi usada ou não Cerdas divergentes dentro de vários tufos, mas considerada uma escova de pouco 1 uso A maioria dos tufos de cerdas está divergente (curvado e inclinado), com tufos 2 cobrindo outros tufos A maioria dos tufos está encoberto, muitas cerdas estão divergentes, é uma escova 3 considerada imprópria para o uso Em seguida, as cerdas foram medidas com o auxílio de um paquímetro (15 x,5 mm), obtendo-se o índice de desgaste (ID) de cada escova. Para o cálculo do ID foi utilizada a equação preconizada por Rawls et al.(1989) abaixo: ID = (FLL - BLL + FLL - BFL)/ BRL ID = índice de desgaste; FLL = medição no sentido do maior comprimento da escova na porção final das cerdas; BLL = medição no sentido do maior comprimento da escova na porção inicial (fixa) das cerdas; FFL = medição no sentido de menor comprimento da escova na porção final das cerdas; BFL = medição no sentido de menor distância das cerdas; BRL = medição no sentido da altura das cerdas. A avaliação microbiológica foi realizada seguindo a metodologia de Teitelbaum et al. (28), que determina a coleta logo após a escova ser utilizada pelos participantes. As cabeças das escovas foram mergulhadas em 1 ml de solução fisiológica e após homogeneização vigorosa por 1 minuto sendo realizadas diluições decimais até 1-3 e alíquotas de,1 ml, e semeadas em duplicata em Ágar Brain Heart Infusion (BHI) e as placas incubadas a 37 C/ 48h. Após incubação, foi determinado o número de UFC por ml presente nas suspensões obtidas com as escovas. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Analisando o crescimento de colônias de bactérias das escovas A, B e C em dois diferentes meios por meio do método preconizado por Teitelbaum et al. (28), foi possível perceber que durante a utilização da escova A o participante um teve uma quantidade de bactérias muito maior em comparação com os outros participantes em ambos os meios de cultura. O participante 5 apresentou-se tomado por bactérias pequenas, mas em grande número, sendo impossível a contagem precisa. Já os participantes sete e três tiveram zero número de bactérias, o que pode denunciar o não uso da escova dental. Durante a utilização da escova B, o participante um continuou demonstrando grande contaminação por bactérias, acompanhado dos participantes quatro e dez. O participante sete permaneceu a ter ausência no número de bactérias, e o participante nove desistiu durante esse período de escovação com a escova B. Durante a ultima escovação, para a escova C, grande parte dos participantes tiveram zero

contaminação, e o participante sete que anteriormente apresentou zero contaminação e estava totalmente tomado por bactérias. Tabela 1: Contagem de colônias de bactérias das amostras das escovas A, B e C nos meios de cultura PCA e BHI, seguindo a metodologia de Teitelbaum et al. (28). Participantes Escova A Escova B Escova C PCA BHI PCA BHI PCA BHI 1 416 372 ** ** 12 284 2 31 12 9 13 3 396 66 4 * 328 ** ** *** *** 5 * * 184 2 6 25 7 72 14 - - 7 *** *** 8 96 152 56 52 15 3 9 176 1 2 *tomada por colônias de bactérias pequenas ** uma colônia de bactéria grande *** totalmente tomada por bactérias * 9 Através da avaliação física proposta por Rawls et al. (1989) houve uma diferença visual bastante significativa na disposição das cerdas das escovas de acordo com cada participante. O mesmo não ocorre apenas com a mudança entre os três tipos de escovas mantendo o mesmo participante. - ** - ** 96 4 CONCLUSÕES A manutenção das escovas em lugar seco e limpo mostrou-se de fundamental importância para diminuir a probabilidade de proliferação bacteriana nas cerdas que entrarão em contato com os dentes e mucosa. A utilização incorreta das técnicas de escovação diminuem a eficiência e a vida útil das escovas. E o excesso de pressão das cerdas sobre os dentes aumentam as chance das cerdas se tornarem irregulares e inutilizar a escova mais rapidamente. REFERÊNCIAS BRASIL. Relatório da análise em escovas dentais para uso adulto e infantil. Ministério do desenvolvimento, indústria e comércio exterior. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), Rio de Janeiro, p. 1-29, 213. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/escovas_dentais.pdf, Acesso em 29 de abril. 214. FEITOSA, N.B. et al. Avaliação da apresentação comercial de escovas dentais disponíveis no Brasil. Revista Odonto Ciência, v. 23, n.1, p. 77-81,. 28.

RAWLS, H.R.; MKWAYI-TULLOCH, N.J.; CASELLA, R.; COSGROVE, R. The mensurement of toothbrush wear. Journal of Dental Research, v. 68, p. 1781-1785. 1989. TEITELBAUM, A.P.; THOMASSEWSKI, M.H.; MANSUR, M.E.C.; HADDAD, A.S.; WAMBIER, D.S.; CZLUSNIAK, G.D.; SANTOS, E.B. Contaminação de escovas dentais usadas em crianças com autismo. Revista do Instituto de Ciência da Saúde, v. 26, n. 1, p.111-114, 28. TOASSI, R.F.C.; PETRY, P.C. Motivação no controle do biofilme dental e sangramento gengival em escolares. Revista de Saúde Pública, v.36, n.5, p. 634-637, 22.