UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO



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Transcrição:

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO ANÁLISE DE FERRAMENTAS DE VIDEOCONFERÊNCIA PARA O MOODLE Área de Informática na Educação por Rodrigo Balaba Lopes André Luis Alice Raabe, Dr. Orientador Itajaí (SC), julho de 2010

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO ANÁLISE DE FERRAMENTAS DE VIDEOCONFERÊNCIA PARA O MOODLE Área de Informática na Educação por Rodrigo Balaba Lopes Relatório apresentado à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Ciência da Computação para análise e aprovação. Orientador: André Luis Alice Raabe, Dr. Itajaí (SC), julho de 2010

SUMÁRIO LISTA DE ABREVIATURAS...iv LISTA DE FIGURAS...v LISTA DE TABELAS...vi RESUMO...vii ABSTRACT...viii 1 INTRODUÇÃO...1 1.1 PROBLEMATIZAÇÃO... 2 1.1.1 Formulação do Problema... 2 1.1.2 Solução Proposta... 2 1.2 OBJETIVOS... 2 1.2.1 Objetivo Geral... 2 1.2.2 Objetivos Específicos... 3 1.3 METODOLOGIA... 3 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO... 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...5 2.1 EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA... 5 2.1.1 Modelos de EAD no Brasil... 6 2.2 AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM... 8 2.2.1 Aprendizagem no AVA... 8 2.2.2 Principais Ambientes Virtuais de Aprendizagem... 9 2.2.3 MOODLE... 10 2.3 VÍDEOS NA INTERNET... 12 2.3.1 Conceitos Básicos... 13 2.3.2 Evolução do Streaming... 14 2.3.3 Real Time Messaging Protocol... 14 3 PROJETO DA ANÁLISE COMPARATIVA...16 3.1 OBJETIVOS DA ANÁLISE... 16 3.2 DEFINIÇÕES DOS REQUISITOS PARA ANÁLISE COMPARATIVA.. 16 3.3 IDENTIFICAÇÃO DAS FERRAMENTAS... 17 3.3.1 Definição dos Argumentos de Busca Utilizados... 17 3.3.2 Relação de Serviços e Sites que foram Consultados... 17 3.3.3 Definição dos Critérios para Seleção das Ferramentas... 18 3.4 FERRAMENTAS CLASSIFICADAS... 19 3.4.1 Dimdim... 20 3.4.2 WiZiQ... 20 3.4.3 Elluminate... 21 3.4.4 OpenMeetings... 21 ii

3.5 FERRAMENTAS ESCOLHIDAS PARA TESTES COMPARATIVOS... 22 4 TESTES COMPARATIVOS...23 4.1 DEFINIÇÃO DO PLANO DE TESTES... 23 4.1.1 Testes de instalação e configuração... 23 4.1.2 Experimentos didáticos em sala de aula... 23 4.1.3 Testes de Carga... 26 4.2 EXECUÇÃO DO PLANO DE TESTES... 27 4.2.1 Configuração das Ferramentas... 27 4.2.2 Experimentos didáticos em sala de aula... 27 4.2.3 Testes de Carga... 35 5 CONCLUSÕES...45 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...47 iii

LISTA DE ABREVIATURAS AVA EAD IC ITU L2S MEC MOODLE NIED RTMP TIC UAB UFC UNICAMP UNIVALI GALS Ambiente Virtual de Aprendizagem Ensino a Distância Instituto de Computação International Telecommunication Union Laboratório de Soluções em Software Ministério da Educação Modular Object Oriented Distance Learning Environment - Objeto Modular Orientado ao Ensino a Distância Núcleo de Informática Aplicada à Educação Real Time Messaging Protocol Tecnologia da Informação e Comunicação Universidade Aberta do Brasil Universidade Federal do Ceará Universidade Estadual de Campinas Universidade do Vale do Itajaí Gerador de Analisadores Léxicos e Sintáticos iv

LISTA DE FIGURAS Figura 1. Gráfico da ocorrência de problemas na utilização 33 Figura 2. Gráfico em relação a dificuldades de navegação 34 Figura 3. Gráfico em relação à contribuição de cada ferramenta nas aulas no MOODLE 34 Figura 4. Gráfico do Número de Usuários Cenário Uso Extremo 38 Figura 5. Usuários X Tempo Resposta Audioconferência 40 Figura 6. Usuários X Falhas Audioconferência 40 Figura 7. Usuários X Tráfego de Rede Audioconferência 41 Figura 8. Usuários X Uso CPU Audioconferência 41 Figura 9. Usuários X Tempo Resposta Videoconferência 42 Figura 10. Usuários X Falhas Videoconferência 43 Figura 11. Usuários X Tráfego de Rede Videoconferência 43 Figura 12. Usuários X Uso CPU Videoconferência 44 v

LISTA DE TABELAS Tabela 1. Critérios de escolha das ferramentas 19 Tabela 2. Questões de caracterização da população 24 Tabela 3. Questões da análise da ferramenta na realização das tarefas 24 Tabela 4. Questões da análise específica da ferramenta 25 Tabela 5. Perguntas de Caracterização Professor 29 Tabela 6. Perguntas Específicas Professor 29 Tabela 7. Perguntas de Caracterização Alunos 30 Tabela 8. Facilidade de Execução das Tarefas Alunos 30 Tabela 9. Perguntas Específicas Alunos 32 Tabela 10. Cenário de uso extremo Dimdim 36 Tabela 11. Cenário de uso extremo - Dimdim 36 Tabela 12. Número de usuários por iteração 39 vi

RESUMO LOPES, Rodrigo Balaba. ANÁLISE DE FERRAMENTAS DE VIDEOCONFERÊNCIA PARA O MOODLE. Itajaí, 2010. 48 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência da Computação) Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2010. O avanço tecnológico, principalmente com a Internet, vem propiciando novos acessos ao ensino de Educação a Distância. Atualmente estão disponíveis Ambientes Virtuais de Aprendizagem que dispõe de recursos como correio eletrônico, Chat e fóruns de discussão. Um desses ambientes é o MOODLE que tem vários recursos para auxiliar o aprendizado e facilitar a comunicação entre educadores e alunos. O MOODLE vem sendo utilizado na UNIVALI tanto para as disciplinas de ensino a distância como nas disciplinas presenciais. Buscando aprimorar a comunicação síncrona entre professores e alunos, este trabalho busca uma solução relacionada a utilização de videoconferência e audioconferência. Desta realizou-se uma análise comparativa das ferramentas de videoconferência que podem ser integradas ao MOODLE. Foram inicialmente identificadas seis ferramentas que possuem acoplamento com o MOODLE, dentre estas, duas preencheram um maior número de requisitos de interesse desta pesquisa, as ferramentas OpenMeetings e Dimdim. Testes comparativos mais detalhados foram conduzidos entre estas. Os testes realizados foram: (i) testes de instalação e configuração; (ii) testes de carga; e (iii) experimento didático em sala de aula. Ao final do teste comparativo a ferramenta Dimdim apresentou resultados melhores nos testes de carga e no experimento didático, e ambas ferramentas empataram nos testes de instalação e configuração. Baseado nestes resultados esta pesquisa indica a adoção da ferramenta DimDim por ser mais estável e consumir menos recursos de hardware. Entretanto a ferramenta OpenMeetings também apresenta-se como opção satisfatória. Palavras-chave: MOODLE. Videoconferência. Ensino a distância. Ambientes Virtuais de Aprendizagem. vii

ABSTRACT The internet advance has provided new access to Distance Education Courses. Virtual Learning Environments actually available has features such as email, chat and discussion forums. Moodle is one of these environments with many features to aid learning and facilitate communication between educators and students. The MOODLE environment has been used at UNIVALI tu support distance learning courses and for aid traditional classes. Aiming to improve the synchronous communication between teachers and students, this research analyses solutions related to the use of video and audio conferencing with Moodle. A comparative analysis of videoconferencing tools was conducted. Initially were identified six tools that have coupling with the MOODLE, among them only two attended the requirements defined for this research, OpenMeetings and Dimdim. A set of comparative studies were performed between this tools: (i) installation and configuration, (ii) load test, and (iii) teaching didactical experiment. At the end of the comparison THE tool Dimdim showed better results in load test and in the teaching experiment, and both tools scored the same in installation and configuration test. Based on these results, this research indicates the adoption of the tool DimDim for its stability and less use of hardware resources. However the tool OpenMeetings also presents a satisfactory result.. Keywords: MOODLE. Videoconferencing. Distance Education. Virtual Learning Environments. viii

1 INTRODUÇÃO Atualmente a Educação a Distância (EaD) encontra-se numa fase de crescimento intenso, regulamentação governamental e consolidação pedagógica (MORAN, 2009). Uma boa parte dessa transformação deve-se a aplicação de novas tecnologias de informação e comunicação no ensino (ROSENBERG, 2002). Entre estas tecnologias estão os sistemas e-learning, que podem tanto abranger situações de apoio tutorial ao ensino presencial, em que o professor-formador-tutor disponibiliza materiais, sugere recursos e interage on-line com os alunos. Como ser o principal meio de interação no ensino a distância (GOMES, 2005). Os sistemas e-learning têm se multiplicado, cada um agregando novas funcionalidades e melhorias. Entre os sistemas e-learning o MOODLE tem se destacado, tanto pelo crescimento de sua comunidade desenvolvedora, como pelo número de ferramentas complementares que podem ser agregadas ao ambiente. O MOODLE (Modular Object Oriented Distance Learning Environment - Objeto Modular Orientado ao Ensino a Distância), segundo Rice (2008), é um Ambiente Colaborativo de Aprendizagem cujo conceito evoca o lugar onde a aprendizagem ocorre. Envolve um contexto mais amplo que puramente a utilização de tecnologia, possibilita que se compartilhem ações com as quais todos atuam simultaneamente como professor-aluno. A Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) para ampliar e flexibilizar o acesso à educação superior utilizando tecnologias de informação e comunicação implantou o modelo de Educação a Distância (EaD). Nessa modalidade de ensino a utilização de um AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) é necessária para auxiliar o aprendizado com todos os seus recursos. Com o início dessa nova modalidade de ensino a UNIVALI, que até então utilizava o Teleduc, realizou uma pesquisa para buscar um novo AVA, que tivesse mais recursos e que fosse mais moderno. Concluiu-se com a pesquisa que o MOODLE era a opção a ser escolhida e implantada. Na implantação do MOODLE na UNIVALI notou-se a necessidade de uma ferramenta robusta para comunicação síncrona, para melhorar a interação entre alunos e professores. Conforme

CINELLI (2003) e GHEDINE (2003), uma ferramenta síncrona tem como característica o requisito de tempo real. A ferramenta chat que está disponível no ambiente MOODLE e que poderia ser uma solução de ferramenta síncrona apresentou alguns problemas e limitações que impossibilitariam sua utilização como ferramenta síncrona. Em paralelo, surgiram demandas internas na instituição relacionadas à orientação de trabalhos de graduação à distância para uso de ferramentas síncronas, em especial incluído o recurso de vídeo conferência. Com as necessidades acima identificadas, concluiu-se que uma ferramenta de videoconferência poderia atendê-las de forma plena, sendo assim a proposta deste trabalho é identificar, avaliar e recomendar uma ferramenta de videoconferência que possa ser utilizada pelo Ambiente Virtual MOODLE, com ênfase no MOODLE utilizado pela UNIVALI, denominado Ambiente Sophia. 1.1 PROBLEMATIZAÇÃO 1.1.1 Formulação do Problema Existe uma demanda na UNIVALI para uso de uma ferramenta de comunicação síncrona que inclua videoconferência integrada ao ambiente MOODLE. A escolha de uma dentre as ferramentas disponíveis deve ser amparada em uma análise detalhada considerando os requisitos de funcionalidades e adaptação à infra-estrutura existente. 1.1.2 Solução Proposta Considerando o problema apresentado, este trabalho propõe realizar uma análise comparativa das ferramentas de videoconferência disponíveis para o MOODLE e a partir dessa análise indicar uma ferramenta a ser adotada futuramente pela UNIVALI. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral O objetivo geral desse trabalho é realizar uma análise comparativa de ferramentas de videoconferência que trabalhem integradas ao ambiente MOODLE. 2

1.2.2 Objetivos Específicos Os objetivos específicos desse projeto são: Documentar os requisitos funcionais e de infra-estrutura para a ferramenta considerando as necessidades da UNIVALI; Definir uma metodologia para realização da análise comparativa; Definir o plano de testes a ser executado; e Indicar uma das ferramentas analisadas para futura adoção pela UNIVALI. 1.3 METODOLOGIA Para realização deste trabalho a seguinte metodologia foi definida e será seguida. As três primeiras etapas foram realizadas no TCC I e as demais etapas serão realizadas no TCC II: 1. Definições dos requisitos para análise comparativa, nesta etapa foram documentados os requisitos apontados pela EAD UNIVALI para a ferramenta de videoconferência, bem como foram detalhados a infra-estrutura de servidores disponível. 2. Busca e Identificação de ferramentas, esta etapa compreende a realização de pesquisa utilizando os mecanismos de busca tradicionais como Google e Yahoo, além de buscas em repositórios de softwares e nos sites da comunidade MOODLE. Compõem esta etapa: o Definição dos argumentos de busca utilizados; o Relação de serviços e sites que foram consultados: e o Definição dos critérios para seleção das ferramentas. 3. Escolhas de ferramentas candidatas para realização de testes compreendem esta etapa: o Definição dos critérios para escolha das ferramentas candidatas; e o Elaboração de tabela comparativa entre todas as ferramentas identificadas. Etapas do TCC II 4. Definições do plano de testes, nesta etapa serão definidas: o Ferramentas e procedimentos para realização de testes de carga; e 3

o Procedimentos para realização de testes com os usuários. 5. Realizações dos testes, nesta etapa serão realizados os testes planejados na etapa 4 e serão documentados os resultados. 6. Análise Comparativa, nesta etapa os dados coletados serão tabulados e organizados de forma a permitir uma comparação entre as ferramentas candidatas considerando as variáveis analisadas. 7. Conclusão, nesta etapa será emitido um parecer conclusivo acerca de qual ferramenta deverá ser adotada considerando os condicionantes analisados referentes às características da instituição. 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO O trabalho está estruturado da seguinte maneira, o primeiro capítulo apresenta a introdução com uma visão geral do trabalho, seus objetivos, a metodologia e as perspectivas. O segundo capítulo é representado pela fundamentação teórica com o levantamento do estudo dos temas envolvidos no trabalho, a fim de dar embasamento cientifico ao trabalho. No terceiro capítulo serão apresentados detalhes da análise das ferramentas encontradas, onde serão escolhidas duas ferramentas para aplicação do plano de testes. O quarto capítulo apresenta a definição do plano de testes, onde os experimentos que serão aplicados durante a execução do plano de testes são determinados e os resultados da análise do plano de testes. No quinto, e ultimo capítulo, estão apresentadas as conclusões, a recomendação e os possíveis trabalhos futuros. 4

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A fundamentação teórica destina-se aos estudos dos temas envolvidos no trabalho, trazendo as definições necessárias para desenvolvimento do mesmo. Entre os temas que serão apresentados estão: Educação a Distância, Ambientes Virtuais de Aprendizagem e Streamings de Vídeo na Internet. 2.1 EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA A EAD denomina a educação continuada, ao treinamento em serviço, à formação supletiva, à formação profissional, à qualificação docente, à especialização acadêmica, à complementação dos cursos presenciais, além de ter todos esses significados há diferentes modelos para atender concepções pedagógicas e organizacionais distintas (MORAN, 2009). A EAD para muitos é vista como apenas uma solução pontual para determinadas ocasiões, como pessoas na fase adulta, que precisem de horários flexíveis, mas podemos perceber que essa concepção tem mudado vendo a EAD como algo mais complexo podendo auxiliar até mesmo a educação presencial (MORAN, 2009). A EAD pode ser vista com uma abordagem que vai além da superação da distância física, mas sim como uma modalidade educacional que faz uso de processos e metodologias pedagógicas que tem base no conceito distância transacional que considera a distância educacional não do ponto de vista físico, mas do ponto de vista comunicativo (MOORE, 1993). De acordo com PETERS (2001), seguindo o conceito de MOORE a distância transacional será maior ou menor de acordo com a situação dos alunos, quanto maior a comunicação entre alunos e professores essa distância se torna menor. A estrutura do material de ensino também influencia na distância transacional dos alunos, assim quanto mais pré-programado e menos flexível for o programa, com isso as necessidades individuais deixam de ser respeitadas, a tendência é aumentar consideravelmente a distância transacional (PETERS, 2001). Com base nesse conceito as tecnologias de informação e comunicação, mais especificamente as ferramentas disponibilizadas nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, têm a missão de diminuir essa distância transacional entre alunos e professores, tanto nos cursos

presenciais atuando como um recurso agregador, como nos cursos não presenciais como principal instrumento (PETERS, 2001). 2.1.1 Modelos de EAD no Brasil No Brasil apenas em 1996 com a Lei de Diretrizes e Bases é que o ensino a distância foi reconhecido, a partir disso é que começou seu desenvolvimento com maior destaque. Primeiramente as universidades atenderam demandas especificas, principalmente nos cursos de Pedagogia e Normal Superior, além da capacitação de professores em serviço. Sendo essa uma etapa de adaptação e aprendizagem das instituições de ensino e do Ministério da Educação (ALVES, 2009). Hoje a EAD está numa fase de consolidação, principalmente no ensino superior. Esta consolidação pode ser vista em medidas do governo, como a criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB) em 2005, um órgão do MEC que coordena as iniciativas da EAD nas universidades públicas. Além disso, foram publicados decretos e portarias que regulamentam os cursos de EAD (MORAN, 2009). Os modelos de EAD no ensino superior no Brasil, com algumas variações, são: o modelo teleaula, o modelo videoaula e o modelo webaula. 2.1.1.1 Modelo Teleaula Os alunos são reunidos numa sala, duas vezes por semana, e um professor transmite as aulas ao vivo. As dúvidas dos alunos podem ser sanadas com o envio de perguntas para o professor, que responde as mais relevantes. Na maioria dos casos depois da teleaula os alunos se reúnem nas telesalas, em grupos, para realizar as atividades daquela aula. Também há atividades individuais para ser feitas durante a semana com ajuda de um tutor (MORAN, 2009). Esse modelo é focado na transmissão das aulas, utilizando a tecnologia via satélite para essas transmissões. Onde as aulas são variações do professor falando, com auxilio de uma apresentação, e trechos de vídeos sobre o assunto abordado. Além das aulas, os alunos podem acessar o conteúdo no portal do curso na Internet, participar de fóruns e enviar atividades e dúvidas para os tutores (MORAN, 2009). 6

Os tutores acompanham os alunos de perto, tanto na teleaulas como nas atividades posteriores, durante a semana ajudam os alunos esclarecendo dúvidas. Esses tutores são essenciais para o sucesso desse modelo de EAD (CORTELAZZO, 2007). 2.1.1.2 Modelo WEB Hoje quase todos os cursos de EAD utilizam a Internet no seu processo de ensino, em algumas instituições ela é o principal suporte, principalmente nos cursos de curta duração, estes podem ser feito inteiramente online. Nos cursos superiores, principalmente graduação, a pressão é para o uso do modelo-semipresencial (MORAN, 2009). O modelo Web é focado na disponibilização de conteúdo pela Internet ou por mídias. Os alunos também recebem um material impresso de cada módulo ou disciplina. A utilização de Ambientes Virtuais de Aprendizado (AVA) é quase que obrigatório nesse modelo, entre eles se destacam o MOODLE, o Blackboard e o Teleduc (MORAN, 2009). No modelo Web a orientação dos alunos é feita, na maioria das vezes, via Internet, os encontros com os professores geralmente acontece apenas para a aplicação de avaliações. Não há a pólos para apoio semanal (MORAN, 2009). 2.1.1.3 Modelo Videoaula Nesse modelo o foco é a produção de material audiovisual e impresso, não sendo ao vivo como na teleaula. Com isso a produção é feita em estúdio com a intenção de fazer um trabalho mais profissional (MORAN, 2009). Esse modelo se divide em semi-presencial e online. No modelo semi-presencial o conteúdo produzido é apresentado numa tele-sala, onde os alunos freqüentam uma ou mais vezes por semana com o auxílio de um tutor, este coordenado pelo professor da disciplina, para sanar as dúvidas (MORAN, 2009). No modelo online os alunos acessam o conteúdo via Internet ou recebem por CD/DVD e assistem o aonde preferirem, realizam a leitura do conteúdo impresso e fazem as atividades que devem ser entregues ao tutor, sendo necessária a presença física no pólo apenas para realização das avaliações (MORAN, 2009). 7

2.2 AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM Ambientes Virtuais de Aprendizagem (Virtual Learning Environments - VLEs), Sistemas Gerenciadores de Educação a Distância, Ambientes de Aprendizagem Colaborativa Online e Software de Aprendizagem Colaborativa são denominações para sistemas desenvolvidos com o intuído de gerenciar o aprendizado. Esses sistemas sintetizam funcionalidades de comunicação e disponibilidade de conteúdo (SCHLEMMER e FAGUNDES, 2000). Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), utilizando todo o potencial da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), tem permitido atender várias demandas do processo de ensino-aprendizagem. Entre elas apoiar o ensino presencial em sala de aula, proporcionar o estudo autodidata com base em conteúdo disponível no ambiente, criar condições do desenvolvimento do ensino a distância, expandir a sala de aula - deixando-a acessível ao aluno a qualquer momento (FLORES; ULBRICHT; VANZIN; OBREGON, 2008). Os AVAs permitem, através da Internet, disponibilizar múltiplas mídias, conteúdos textuais e ferramentas, além de organizar as informações para facilitar o acesso. A elaboração e socialização de produções tendo em vista atingir determinados objetivos são feitas de forma rápida, com isso as interações entre pessoas e esses objetos de conhecimento ficam facilitadas (ALMEIDA, 2003). Os recursos existentes nos AVA são basicamente os mesmos que existem em outras ferramentas disponibilizadas na Internet, como: e-mails, fórum, chat, portifólio entre outros. Com algumas variações de acordo com cada ferramenta, algumas com recursos mais sofisticados como videoconferência (ALMEIDA, 2003). 2.2.1 Aprendizagem no AVA Segundo Levy (2000), o conhecimento está sofrendo mudanças, desprendendo-se dos livros e bibliotecas para entrar num espaço virtual. Com essas mudanças onde os limites do conhecimento deixam de existir, o aprendizado torna-se muito mais democrático. Alarcão (2005) dando ênfase, afirma que estamos passando de uma sociedade da informação para uma sociedade do conhecimento, pois segundo ela só se gera o conhecimento onde a informação está organizada. 8

Por isso a aprendizagem num AVA depende de organização e planejamento do conteúdo disponibilizado, os docentes devem mediar e orientar os alunos, fornecer informações relevantes, incentivar a busca por distintas fontes de informação e realizar experimentos para provocar a reflexão em seus alunos. Os alunos devem desenvolver ações de receber, selecionar e enviar informações; estabelecer conexões; refletir sobre os processos em desenvolvimento; desenvolver a competência para resolver problemas (LEVY, 2000). A produção do conhecimento não se resume apenas a experiência comunicativa do professor para o aluno, sendo construído esse conhecimento socialmente, através de uma mediação. Dessa forma, nota-se a importância do AVA na mediação do aluno nesse processo interativo que é a construção do conhecimento (LEVY, 2000). 2.2.2 Principais Ambientes Virtuais de Aprendizagem Atualmente existem diversos AVAs e cada ambiente tem características peculiares, mas todos seguem uma linha uniforme de ferramentas e recursos disponíveis. Os principais ambientes utilizados no Brasil são: Teleduc, Solar, e-proinfo e MOODLE. Estes Ambientes são utilizados por Universidades Estaduais e Federais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Nesta seção serão apresentados brevemente estes ambientes e será detalhado o ambiente MOODLE por ser o foco do trabalho. 2.2.2.1 Teleduc O Teleduc é um ambiente na Internet para ensino à distância que permite a realização de cursos. O seu desenvolvimento ocorreu de uma parceria entre o Núcleo de Informática Aplicada à Educação (NIED), o Instituto de Computação (IC) e a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). A versão inicial era destinada à formação de professores para informática educativa. Seu desenvolvimento teve a participação dos potenciais usuários através de pesquisas, onde foram apresentados às necessidades ferramentais encontrados durante a fase de testes. Em decorrência disso que o Teleduc é um dos mais intuitivos e funcionais AVA, sendo a melhor solução em situações onde os usuários não têm o domínio da informática (UNICAMP, 2009). 2.2.2.2 E-Proinfo 9

O e-proinfo é um ambiente na Internet que fornece suporte para criação, administração e desenvolvimento de cursos à distância, complementos de cursos presenciais, projetos de pesquisas e diversas outras formas de apoio ao processo de ensino-aprendizagem (E-PROINFO, 2009). O ambiente é dividido em duas partes: o ambiente do participante e do administrador, no ambiente do participante os usuários podem se inscrever para participar de cursos. Depois de inscrito em algum curso, os participantes têm acesso às atividades disponibilizadas, a uma ferramenta para interação com os tutores, além de outras ferramentas de apoio como: agenda, notícias, avisos, diário e biblioteca (E-PROINFO, 2009). No ambiente do administrador é possível configurar e utilizar todos os recursos, além de uma parte para a montagem de turmas e confirmação das inscrições dos alunos (E-PROINFO, 2009). 2.2.2.3 Solar O Solar é um AVA desenvolvido pelo Instituto Virtual da Universidade Federal do Ceará (UFC) e tem as principais funcionalidades necessárias a um AVA, como: Correio Eletrônico, Fórum, ferramentas de gerência de conteúdo, além dos perfis de acesso para aluno, professor e administrador (UFC, 2009). 2.2.3 MOODLE Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment (MOODLE), é um software livre que permite a criação, participação e administração de cursos pela Internet, desenvolvido na linguagem PHP, funcionando em qualquer sistema operacional que tenha suporte ao PHP permite a utilização de várias bases de dados como: Oracle, MySQL, PostgreSQL, Interbase ou qualquer outra acessível por ODBC (MOODLE, 2009). O desenvolvimento do MOODLE é influenciado por uma filosofia de aprendizado especial, que pode ser definida como uma pedagogia socioconstrucionista, que sustenta que as pessoas aprendem à medida que interagem com o ambiente (MOODLE, 2009). 2.2.3.1 Histórico O conceito do MOODLE foi criado em 2001 por Martin Dougiamas, que ainda hoje lidera o projeto. A versão 1.0 foi lançada em 2002, depois de vários protótipos descartados. A primeira 10

versão era restrita a pequenas turmas de nível universitário, com o crescimento da comunidade e o lançamento de novas versões o MOODLE conseguiu ampliar a gama de pessoas atendidas e suas necessidades de ensino (MOODLE, 2009). Em 2003 foi criada a empresa moodle.com, para prestar atendimento de hospedagem gerenciada, consultoria e outros serviços relativos ao MOODLE. 2.2.3.2 Características Segundo MOODLE (2009), apresenta-se a lista das principais características: Simples, leve, eficiente, interface baseada em navegadores de tecnologia simples. Permite agregar novas funcionalidades, através da instalação de plugins. Documentação organizada e disponível. Código fonte compreensível e bem organizado. Facilidade de instalação e configuração. Comunidade desenvolvedora ativa e com um grande número de integrantes. 2.2.3.3 Funcionalidades O ambiente MOODLE tem as principais funcionalidades que um AVA deve ter como: ferramentas de comunicação, disponibilização de conteúdo, ferramentas de avaliação, ferramentas de organização e administração. As principais funcionalidades são: Materiais: podem ser postados os mais variados tipos de materiais didáticos, como páginas em texto comum ou páginas formato HTML que podem ser acessadas, arquivos disponibilizados para download e publicação de Objetos de Aprendizagem. Atividades: agregam ferramentas de avaliação, comunicação e outras ferramentas complementares. As ferramentas de comunicações são o Chat e o Fórum, mas outras ferramentas podem ser adicionadas com a instalação de plugins, como ferramentas de videoconferência. As ferramentas de Avaliação são as avaliações de curso, questionário, trabalhos com revisão, tarefas e pesquisas de opinião. As ferramentas complementares são ferramentas que são adicionadas ao ambiente com a instalação de plugins, assim como nas ferramentas de comunicação. 11

Administração do Sistema: a ferramenta permite controle dos participantes, acesso a arquivos de logs, gerenciamento de arquivos do curso, gerenciamento de notas. 2.2.3.4 MOODLE na UNIVALI O MOODLE começou a ser implantado na UNIVALI no inicio de 2007, depois de um projeto que avaliou vários AVA. Esse projeto tinha o intuito de substituir o Teleduc, a ferramenta que estava sendo utilizada. A avaliação e a implantação inicial foram feitas pela Gerência de Tecnologia da Informação, nessa fase foram feitas algumas customizações no MOODLE para atender as necessidades da UNIVALI. Além disso, foi desenvolvida a integração entre o sistema acadêmico, onde estavam as informações das turmas, com o MOODLE. O ambiente foi disponibilizado para a utilização no primeiro semestre de 2008, sendo utilizado por algumas turmas pilotos. Mas esse ambiente era utilizado apenas para as turmas presencias da UNIVALI. Paralelamente a isso o Laboratório de Soluções em Software (L2S) iniciou a implantação de um ambiente, utilizando a plataforma MOODLE, para atender as turmas não-presenciais da UNIVALI. Esse novo ambiente foi desenvolvido a partir da ultima versão disponível do MOODLE e várias alterações foram desenvolvidas. O L2S denominou esse novo ambiente de Sophia (BENITTI; RAABE; SANTIAGO; FERREIRA; SOUZA, 2009). No segundo semestre de 2008, tomou-se a decisão de manter apenas o ambiente Sophia, então foram desenvolvidas as integrações com o sistema acadêmico. No primeiro semestre de 2009 o ambiente Sophia passou a atender a todas as turmas da UNIVALI, além de ser implantado um novo recurso, o Portifólio, que foi compartilhado com a comunidade MOODLE. A implantação de uma ferramenta de videoconferência, para atender as disciplinas de estágio, é a próxima meta. Com isso nota-se a importância desse trabalho para a UNIVALI (BENITTI, 2009). 2.3 VÍDEOS NA INTERNET Inicialmente para podermos visualizar vídeos ou áudios da Internet devíamos descarregar (download) todo o arquivo para a máquina cliente só então poderia visualizar seu conteúdo, nos arquivos de pouca dimensão não tínhamos maiores problemas, mas com arquivos grandes além do 12