2. CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS E REGISTRO DE CANDIDATOS



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Transcrição:

SUMÁRIO: INTRODUÇÃO 2. CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS E REGISTRO DE CANDIDATOS 2.1. Registro de partido político e órgão de direção municipal 2.2. Coligações 2.3. Convenção Partidária 2.4. Candidatos 2.5. Incompatibilidades e Inelegibilidades 2.6. Reeleição 2.7. Parentesco 2.8. Inelegibilidade e rejeição de contas públicas 2.9. Outras causas de inelegibilidade mais relevantes e corriqueiras 2.10. Número de vagas por partido ou coligação 2.11. Candidaturas e cotas de gênero 2.12. Vagas remanescentes. 2.13. Pedido de Registro 2.14. Quitação Eleitoral. Multas 2.15. Impugnações ao Registro 2.16. Julgamento dos Pedidos de Registro 2.17. Unidade da Chapa majoritária. 2.18. Candidatura sub judice. 2.19. Substituição de candidatos e cancelamento de registro. 2.20. Prazo para os Tribunais de Contas informarem à Justiça Eleitoral a relação de gestores públicos com contas públicas desaprovadas. 2.21. Condições de elegibilidade, causas de inelegibilidade e fato superveniente: 3. FINANCIAMENTO DE CAMPANHA E PRESTAÇÃO DE CONTAS 3.1. Arrecadação de Recursos para fins eleitorais 3.2. Gastos de campanha 3.3. Prestação de Contas 4. PROPAGANDA ELEITORAL 4.1. Da propaganda eleitoral em geral: 4.2. Da propaganda eleitoral na internet: 4.3. Da propaganda eleitoral paga na imprensa: 4.4. Da programação normal e do noticiário no rádio e na televisão: 5. CONDUTAS ELEITORAL VEDADAS AOS AGENTES PÚBLICOS EM CAMPANHA

INTRODUÇÃO No dia 02 de outubro de 2016, os eleitores, em todo o Brasil, voltarão às urnas exercendo a soberania popular expressa no direito/dever de escolha de governantes e legisladores, pelo voto direto e secreto, desta feita para a eleição dos cargos de Prefeito, Vice-prefeito e Vereadores, para um mandato de quatro anos (2017/2020), nos municípios criados até 31 de dezembro de 2015, dando, assim, consequência ao Sistema Democrático adotado pela Constituição Federal de 19881. O pleito de 2016 destaca-se, em relação aos anteriores, em face das recentes inovações legislativas2 que, embora longe de representar uma reforma política substancial (sempre adiada pelo Congresso Nacional), promoveram alterações significativas na Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições), Lei nº 9096/95 (Lei dos Partidos Políticos) e Lei 4.737/65 (Código Eleitoral), merecendo atenção de todos os envolvidos, em especial os gestores públicos, candidatos e partidos políticos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por sua vez, tem a atribuição legal de expedir instruções específicas para o pleito, devendo tais instruções estarem publicadas até o dia 05 de março do ano da eleição. São as Resoluções do TSE que especificam o procedimento eleitoral e, não raro, criam verdadeira normativa para além das leis de regência. Neste pleito, as principais Resoluções já estão publicadas no Diário de Justiça e disponíveis no sítio do Tribunal3. 1 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...) Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; 2 3 Leis nº 12.891, de 11/12/2013 e nº 13.165, de 29/09/2015, esta apelidada de minirreforma eleitoral. http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2016/normas-e-documentacoes-eleicoes-2016

Informar e alertar os agentes públicos, candidatos, dirigentes partidários e demais interessados acerca das principais normas que regem o pleito, prazos a serem cumpridos, condutas a serem observadas, bem como acerca das consequências de eventuais infrações, de forma simples e direta, é o objetivo deste manual.

2. CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS E REGISTRO DE CANDIDATOS 2.1. Registro de partido político e órgão de direção municipal Poderão participar da eleição os partidos políticos registrados no TSE até 02 de outubro de 2015 e que tenham constituído órgão de direção no município, devidamente anotado no Tribunal Regional Eleitoral, até a data da convenção. 2.2. Coligações Os partidos podem realizar coligações, tanto para eleição majoritária (prefeito/vice-prefeito), quanto proporcional (vereadores), ou para ambas. É possível formar-se mais de uma coligação na eleição proporcional dentre os partidos que integram a coligação majoritária. Não é permitido, no entanto, coligação proporcional com partido que esteja fora da coligação no pleito majoritário. Exemplo: Eleição Majoritária: Coligação (A + B+ C+ D); Eleição Proporcional: Coligação (A+B); Coligação (C+D); Um partido (E), neste caso, não poderia integrar as coligações proporcionais, pois não integrante da coligação majoritária. As coligações terão denominação própria que não poderá incluir nome e número de candidato ou que contenha pedido de voto, e substituirão os partidos políticos no trato com a Justiça Eleitoral, através do representante designado. O partido integrante de coligação só estará legitimado para atuar isoladamente entre a convenção partidária e o prazo para impugnação dos registros, quando for para questionar a própria coligação.

2.3. Convenção Partidária No período de 20 DE JULHO A 5 DE AGOSTO, os partidos políticos, obedecendo às normas estatutárias, deverão realizar convenção para a escolha dos candidatos e a deliberação sobre coligações, lavrando a respectiva ata no livro próprio que deverá ser encaminhada para o Juízo Eleitoral em 24 horas após a convenção, onde será publicada e arquivada em cartório para integrar os autos de registro de candidatura. Para realização das convenções os partidos poderão utilizar a estrutura de prédios públicos de maneira gratuita, devendo comunicar a realização do ato com antecedência mínima de setenta e duas horas, para garantia da data pretendida frente a outros interessados. Neste caso, o partido político responsabiliza-se integralmente por eventuais danos decorrentes do evento. 2.4. Candidatos Podem ser candidatos aqueles que forem aprovados em convenção e que preencham as seguintes condições4: a) nacionalidade brasileira; b) pleno exercício dos direitos políticos; c) alistamento eleitoral, d) domicílio eleitoral no Município desde 02 de outubro de 2015, no mínimo; e) filiação partidária, deferida pelo partido desde 02 de abril de 2016 (ou prazo superior, se previsto em norma estatutária). Ainda, deve ser observada a idade mínima de a) vinte e um anos para Prefeito e Vice-Prefeito, tendo, neste caso, como referência a data da posse; b) dezoito anos para Vereador, tendo como referência a data de 15 de agosto de 2016, último dia para requerer o registro de candidatos. 4 Constituição Federal, art. 14, 3º.

2.5. Incompatibilidades e Inelegibilidades Os candidatos terão que observar os prazos de desincompatibilização (tabela anexa) previstos em lei e, ainda, além de cumprirem as condições de elegibilidade acima referidas, não poderão incidir nas hipóteses de inelegibilidades previstas na Constituição Federal5 e/ou na Lei Complementar 64/906. 2.6. Reeleição Os prefeitos, bem como aqueles que o tiverem sucedido ou substituído no curso do mandato, podem concorrer à reeleição para um único período subsequente. De ressaltar, contudo, o absoluto impedimento de o prefeito reeleito candidatar-se ao mesmo cargo, ou ao cargo de vice, para o mandato consecutivo. Poderá, no entanto, concorrer ao cargo de Vereador, desde que renuncie ao cargo de prefeito até seis meses antes do pleito. 2.7. Parentesco Não podem ser candidatos, na mesma jurisdição do titular, os parentes, consanguíneos ou afins, até o segundo grau, ou por adoção, do presidente da República, de governador do Estado ou do distrito Federal, de prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato e candidato à reeleição. 5 CF, Art. 14, (...) 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 6 Íntegra da Lei Complementar 64, de 18 de maio de 1990, nos doc. anexos.

2.8. Inelegibilidade e rejeição de contas públicas São inelegíveis os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição. A inelegibilidade por rejeição de contas, tal e qual o texto acima exposto, tem sido uma das mais relevantes causas de restrições à capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado) nestes tempos. Trata-se, sem dúvidas, da causa de inelegibilidade mais reconhecida pelos Tribunais Eleitorais do país, desde a reforma introduzida na legislação pela conhecida Lei da Ficha-Limpa. De igual maneira, não são raras as confusões que surgem acerca do tema, bem assim as divergências doutrinárias e jurisdicionais. Logo, é necessário que consignemos algumas considerações acerca deste instituto. Veja-se: Os requisitos hábeis ao reconhecimento desta causa de inelegibilidade são os seguintes: a) rejeição de contas; b) decisão definitiva (irrecorrível); c) decisão proferida pelo órgão competente; d) irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa; e) inexistência de suspensão da decisão pelo Poder Judiciário. Sem qualquer desses requisitos, então, não há falar em inelegibilidade. Assim sendo, de tudo, percebe-se que não é qualquer rejeição de contas que virá ensejar a inelegibilidade. Este é um detalhe importante! E, como tal, merece a acurada atenção de todos. Assim, a inelegibilidade por rejeição de contas somente se caracteriza com a existência efetiva e definitiva (irrecorrível) de uma decisão de desaprovação contábil, proferida por órgão competente

(Tribunal de Contas ou Legislativo), por irregularidade insanável configurador de ato doloso de improbidade administrativa. De mais a mais, considerando a importância e pertinência do tema, vejamos, finalmente, alguns exemplos das situações que têm ensejado o reconhecimento desta restrição por parte dos Tribunais Eleitorais do país: a) imputação de vultosos débitos ao administrador, por responsabilidade direta do mesmo; b) contratação de pessoal sem concurso público; c) não recolhimento ou repasse de verbas previdenciárias; d) ausência de repasse de valores relativos ao ISS e ao IRPF; e) não aplicação do percentual mínimo nas áreas da saúde e da educação; f) descumprimento da lei de responsabilidade fiscal; g) pagamento a maior de subsídio a vereadores; h) pagamento indevido de diárias; i) descumprimento da lei de licitações; dentre outras. 2.9. Outras causas de inelegibilidade mais relevantes e corriqueiras7: São INELEGÍVEIS os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes. É INELEGÍVEL aquele condenado por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes: 1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público; 2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência; 3. contra o meio ambiente e a saúde pública; 4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; 5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública; 6. de 7 Para maiores informações, ver documentos anexos a presente cartilha.

lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; 7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; 8. de redução à condição análoga à de escravo; 9. contra a vida e a dignidade sexual; e 10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando. Também é INELEGÍVEL o detentor de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiar a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que for condenado em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, para a eleição na qual concorre ou tenha sido diplomado, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes. Igualmente, são INELEGÍVEIS os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição. É INELEGÍVEL, de igual maneira, aquele candidato condenado à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena. No mais, dentre outros, são INELEGÍVEIS: - os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais, que hajam perdido os respectivos mandatos por infringência do disposto nos incisos I e II do art. 55 da

Constituição Federal, dos dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos subsequentes ao término da legislatura; - o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término do mandato para o qual tenham sido eleitos; - o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das Câmaras Municipais, que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término da legislatura; - os que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário. 2.10. Número de vagas por partido ou coligação Cada partido ou coligação poderá requerer o registro de candidatos até cento e cinquenta por cento (150%) do número de lugares a preencher. No caso de municípios de até cem mil eleitores, cada coligação poderá registrar até duzentos por cento (200%) do número de lugares a preencher. No

cálculo do número de vagas a preencher, será sempre desprezada a fração, se inferior à meio, e igualada a um, se igual ou superior. 2.11. Candidaturas e cotas de gênero Do número de vagas requeridas, o partido ou coligação deverá preencher o mínimo de trinta por cento (30%) e o máximo de setenta (70%) com candidaturas de cada sexo. Neste caso, qualquer fração será igualada a um no cálculo do percentual mínimo, e desprezada no cálculo das vagas restantes. Trata-se de norma que visa ampliar a participação das mulheres na política, obrigando os partidos a manterem políticas de estímulo à participação feminina. 2.12. Vagas remanescentes. O órgão de direção partidária poderá preencher as vagas não indicadas na convenção partidária. Neste caso, o registro deverá ser requerido até 02 de setembro de 2016, observando, no cálculo, o percentual de vagas destinadas às mulheres. 2.13. Pedido de Registro O pedido de registro dos candidatos deverá ser requerido até ÀS 19 HORAS do DIA 15 DE AGOSTO DE 2016, através do Sistema de Candidaturas (CANDex), desenvolvido pelo TSE e que poderá ser obtido nos sítios dos tribunais eleitorais. Serão gerados pelo sistema os seguintes requerimentos: a) Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP); b) Requerimento de Registro de Candidatura (RRC); e c) Requerimento de Registro de Candidatura Individual (RRCI).

Documentação que deve ser apresentada. O formulário RCC (Requerimento de Registro de Candidatura) deverá ser preenchido e apresentado com os seguintes documentos: 1. Declaração atual de bens, preenchida no sistema CANDex e assinada pelo candidato; 1. Certidões criminais fornecidas: a) Pela Justiça Federal de 1 e 2º graus Tribunal Regional Federal da 4ª Região. a) Pela Justiça Estadual de 1º e 2º graus Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. b) Pelos Tribunais competentes, quando os candidatos gozarem de foro especial. Quando as certidões criminais forem positivas, o RRC também deverá ser instruído com as respectivas certidões de objeto e pé atualizadas de cada um dos processos indicados. 2. Fotografia recente do candidato, obrigatoriamente em formato digital e anexada ao CANDex, preferencialmente em preto e branco, observado o seguinte: a) Dimensões: 161 x 225 pixels (L x A), sem moldura; b) Profundidade de cor: 8 bpp em escala de cinza; c) Cor de fundo: uniforme, preferencialmente branca; d) Características: frontal (busto), trajes adequados para fotografia oficial e sem adornos, especialmente aqueles que

tenham conotação de propaganda eleitoral ou que induzam ou dificultem o reconhecimento pelo eleitor; 3. Comprovante de escolaridade; A ausência de comprovante de escolaridade poderá ser suprida por declaração de próprio punho, podendo a exigência de alfabetização do candidato ser comprovada por outros meios, desde que individual e reservadamente. 4. Prova de desincompatibilização, quando for o caso; 5. Cópia de documento oficial de identificação. As certidões criminais negativas, as positivas e suas referentes certidões complementares, além das propostas defendidas pelo candidato a Prefeito (plataforma de governo) deverão ser apresentadas em uma via impressa e em outra digitalizada e anexada ao CANDex. A filiação partidária, o domicílio, a quitação eleitoral e a inexistência de crimes eleitorais serão aferidas com base nas informações constantes dos bancos de dados da Justiça Eleitoral, sendo dispensada a apresentação de documentos comprobatórios pelos requerentes. 2.14. Quitação Eleitoral. Multas Até o dia 5 de junho, a Justiça Eleitoral, em cada município, disponibilizará aos partidos a relação de todos os devedores de multas eleitorais. Terá quitação eleitoral aqueles que, até a formalização do pedido de registro, comprovarem o pagamento ou o cumprimento regular do parcelamento da dívida. 2.15. Impugnações ao Registro

O pedido de registro poderá ser impugnado no prazo de CINCO DIAS, após a publicação pela Justiça Eleitoral no Diário Eletrônico ou no Cartório Eleitoral, o que poderá ser feito por candidato, partido político, coligação e Ministério Público. No mesmo prazo, qualquer cidadão, no gozo dos direitos políticos, poderá dar notícia de inelegibilidade, mediante petição fundamentada, que será processada nos autos do pedido de registro. 2.16. Julgamento dos Pedidos de Registro. Os pedidos de registro serão processados pelo Juízo competente e deverão estar definitivamente julgados pelas instâncias ordinárias até 12 de setembro, inclusive os impugnados. 2.17. Unidade da Chapa majoritária. A chapa majoritária somente será registrada se os candidatos, individualmente, forem considerados aptos. Na decisão que indefere o registro o Juízo Eleitoral deverá especificar qual dos candidatos não preenche as condições legais, permitindo, assim, ao partido ou a coligação recorrer da decisão, ou desde já, indicar substituto. 2.18. Candidatura sub judice. Reconhecida a inelegibilidade de candidato, e havendo pendência de recurso nos tribunais superiores, a validade dos votos obtidos, inclusive para o cômputo da legenda partidária, fica condicionada ao deferimento do registro. 2.19. Substituição de candidatos e cancelamento de registro. Os partidos e coligações poderão substituir, no prazo de 20 DIAS ANTES DO PLEITO, candidato que tiver seu registro indeferido, cancelado

ou cassado, ou, ainda, que renunciar à candidatura ou vier a falecer, após o termo final do prazo para registro, tanto para as eleições proporcionais, quanto para as eleições majoritárias, exceto no caso de falecimento, que poderá ser a qualquer tempo. 2.20. Prazo para os Tribunais de Contas informarem à Justiça Eleitoral a relação de gestores públicos com contas públicas desaprovadas. Até o dia 5 de julho do ano em que se realizarem as eleições, os Tribunais de Contas (dos Municípios, dos Estados-Membros e da União) deverão encaminhar à Justiça Eleitoral a relação dos responsáveis que tiveram suas contas rejeitadas, por decisão irrecorrível, em decorrência de irregularidades insanáveis ressalvadas as situações em que a questão estiver sendo submetida à apreciação do Poder Judiciário, ou que haja sentença judicial favorável ao interessado. Segundo a alínea g do inciso I do art. 1º da Lei de Inelegibilidades (Lei Complementar nº 64, de 1990), é inelegível o administrador que tiver as contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente. 2.21. Condições de elegibilidade, causas de inelegibilidade e fato superveniente: As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.

Esta ressalva, por sua vez, se aplica tanto às circunstâncias que atraem supervenientemente o cumprimento das condições de elegibilidade, quanto àquelas que afastem eventuais causas de inelegibilidade.

3. FINANCIAMENTO DE CAMPANHA E PRESTAÇÃO DE CONTAS 3.1. Arrecadação de Recursos para fins eleitorais A arrecadação de recursos para campanha eleitoral de qualquer natureza por partidos políticos e candidatos deverá observar os seguintes pré-requisitos: a) requerimento do registro de candidatura; b) inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); c) abertura de conta bancária específica destinada a registrar a movimentação financeira de campanha; e d) emissão de recibos eleitorais. Na hipótese de partido político, a conta bancária a que se refere o inciso III é aquela prevista na resolução que trata das prestações de contas anuais dos partidos políticos e se destina à movimentação de recursos referentes às Doações para Campanha, a qual deve estar aberta em período anterior ao do início da arrecadação de quaisquer recursos para as campanhas eleitorais. Os candidatos poderão arrecadar recursos provenientes das seguintes fontes: a) recursos próprios dos candidatos, até o limite máximo de gastos fixado para o cargo; b) doações de pessoas físicas, até o limite de dez por cento do rendimento bruto obtido no ano-calendário de 2015 para doações financeiras e 80.000 reais para as doações estimáveis em dinheiro; c) doações de outros partidos políticos e de outros candidatos; d) comercialização de bens e/ou serviços ou promoção de eventos de arrecadação realizados diretamente pelo candidato ou pelo partido político; e) recursos próprios dos partidos políticos, desde que identificada a sua origem e que sejam provenientes: i) do Fundo Partidário, de que trata o art. 38

da Lei nº 9.096/1995; ii) de doações de pessoas físicas efetuadas aos partidos políticos; iii) de contribuição dos seus filiados; iv) da comercialização de bens, serviços ou promoção de eventos de arrecadação; f) receitas decorrentes da aplicação financeira dos recursos de campanha. É vedada a doação de Pessoa jurídica para partido político ou candidato, não podendo o partido político transferir para o candidato ou utilizar, direta ou indiretamente, nas campanhas eleitorais, recursos que tenham sido doados por pessoas jurídicas, ainda que em exercícios anteriores8. É vedado a partido político e a candidato receber, direta ou indiretamente, doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de pessoas jurídicas; origem estrangeira; pessoa física que exerça atividade comercial decorrente de concessão ou permissão pública. As doações realizadas por pessoas físicas ou as contribuições de filiados recebidas pelos partidos políticos em anos anteriores ao da eleição para sua manutenção ordinária, creditadas na conta bancária destinada à movimentação financeira de Outros Recursos, prevista na resolução que trata das prestações de contas anuais dos partidos políticos, podem ser aplicadas nas campanhas eleitorais de 2016, desde que observados os seguintes requisitos: a) identificação da sua origem e escrituração individualizada das doações e contribuições recebidas, na prestação de contas anual, assim como seu registro financeiro na prestação de contas de campanha eleitoral do partido; b) observância das normas estatutárias e dos critérios definidos pelos respectivos órgãos de direção nacional, os quais devem ser fixados objetivamente e encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral até 15 de agosto de 2016; c) transferência para a conta bancária Doações para Campanha, antes de sua 8 (STF, ADI nº 4.650)

destinação ou utilização, respeitados os limites legais impostos a tais doações, calculados com base nos rendimentos auferidos no ano anterior ao da eleição em que a doação for aplicada, ressalvados os recursos do Fundo Partidário, cuja utilização deverá observar o disposto no parágrafo único do art. 8º; d) identificação, na prestação de contas eleitoral do partido e também nas respectivas contas anuais, do nome ou razão social e do número do CPF da pessoa física ou do CNPJ do candidato ou partido doador, bem como a identificação do número do recibo eleitoral ou do recibo de doação original, emitido na forma do art. 6º. É permitido utilizar empréstimos como recurso próprio do candidato. Contudo, tal alternativa somente poderá ser exercida se os empréstimos forem contratados em instituições financeiras ou equiparadas autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e, no caso de candidatos, que os recursos estejam caucionados por bem que integre seu patrimônio no momento do registro de candidatura, e que não ultrapassem a capacidade de pagamento decorrente dos rendimentos de sua atividade econômica. Partidos políticos e candidatos podem arrecadar recursos e contrair obrigações até o dia da eleição. Após este prazo, é permitida a arrecadação de recursos exclusivamente para a quitação de despesas já contraídas e não pagas até o dia da eleição, as quais deverão estar integralmente quitadas até o prazo de entrega da prestação de contas à Justiça Eleitoral. Eventuais débitos de campanha não quitados até a data fixada para a apresentação da prestação de contas podem ser assumidos pelo partido político 3.2. Gastos de campanha O Limite máximo de gastos será estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o valor atualizado para cada município será divulgado até o

dia 20 de julho de 2016, disponível para consultas na página do TSE, na internet. O TSE expediu, para tanto, a Resolução nº23.4599, contendo Anexo com o valor dos maiores gastos declarados, em cada município, na eleição de 2012, projetando, desde já, o limite máximo de gastos para cada eleição, observado o seguinte: - nas eleições para prefeito o limite será de: a) no primeiro turno, 70% do maior gasto declarado para o cargo em 2012, na circunscrição eleitoral em que houve apenas um turno e 50% do maior gasto declarado para o cargo em 2012, na circunscrição eleitoral em que houver dois turnos; b) no segundo turno das eleições para prefeito, onde houver, o limite de gastos será de 30% do maior gasto declarado para o cargo em 2012; - na eleição para vereador o limite de gastos será de 70% do maior gasto contratado no Município para o respectivo cargo na eleição de 2012. Nos municípios de até dez mil eleitores, o limite de gastos será de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para prefeito e de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para vereador, ou o estabelecido pela aplicação da regra anterior, se for maior. Estes limites também serão aplicáveis aos municípios com mais de dez mil eleitores sempre que o cálculo realizado na forma da lei resultar em valor inferior ao patamar previsto para cada cargo. Assim, pela aplicação do patamar mínimo, a maioria dos municípios gaúchos terão como teto máximo de gastos para a eleição majoritária, o valor de 100.000 reais. Pela projeção do TSE, apenas 64 municípios tem teto fixado acima do patamar mínimo legal. São gastos eleitorais, sujeitos ao registro e aos limites fixados nesta resolução: confecção de material impresso de qualquer natureza; propaganda e 9 Resolução 23.459, com a respectiva tabela para o RS, anexa.

publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação; aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral; despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das candidaturas; correspondências e despesas postais; despesas de instalação, organização e funcionamento de comitês de campanha e serviços necessários às eleições; remuneração ou gratificação de qualquer espécie paga a quem preste serviço a candidatos e a partidos políticos; montagem e operação de carros de som, de propaganda e de assemelhados; realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura; produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propaganda gratuita; realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais; custos com a criação e inclusão de páginas na Internet; multas aplicadas, até as eleições, aos candidatos e partidos políticos por infração do disposto na legislação eleitoral; doações para outros partidos políticos ou outros candidatos; produção de jingles, vinhetas e slogans para propaganda eleitoral. Para realizar gastos de campanha, o partido político ou candidato terá que atender ao seguinte: a) ter efetivado o requerimento do registro de candidatura; b) possuir a inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); e c) ter conta bancária específica para a campanha. Considera-se efetivado o gasto eleitoral quando da sua contratação, momento em que ele deverá ser registrado na prestação de contas correspondente, independentemente da data do seu pagamento. Após a Convenção Partidária (a partir de 20 de julho de 2016), os partidos e candidatos podem realizar gastos preparatórios da campanha para a instalação física do comitê (aluguel, mobília, gastos com instalação elétrica, etc.) ou de página de Internet, desde que, cumulativamente: a) sejam devidamente formalizados; e b) o desembolso financeiro ocorra apenas após a obtenção do número de inscrição no CNPJ, a abertura de conta

bancária específica para a movimentação financeira de campanha e a emissão de recibos eleitorais. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após o fechamento do cadastro eleitoral, divulgará, na sua página na Internet, os limites quantitativos para contratação de pessoal por candidatura em cada município: a) Para Prefeito. A contratação direta ou terceirizada de pessoal para prestação de serviços referentes a atividades de militância e mobilização de rua nas campanhas eleitorais, será limitada: a) em municípios com até trinta mil eleitores, ao máximo de (1%) por cento do eleitorado, ou seja, trezentas (300) contratações; b) nos demais municípios, trezentas (300) mais uma contratação para cada mil eleitores que exceder o número de trinta mil. a) Para Vereador O limite será de cinquenta (50%) por cento dos limites estabelecidos para o cargo de prefeito, observado o máximo de vinte e oito (28%) por cento do limite estabelecido para o município com o maior número de eleitores no estado. Ficam excluídos dos limites fixados neste artigo a militância não remunerada, pessoal contratado para apoio administrativo e operacional, fiscais e delegados credenciados para trabalhar nas eleições e advogados dos candidatos ou dos partidos e das coligações. 3.3. Prestação de Contas As regras sobre o registro e divulgação das movimentações financeiras nas campanhas eleitorais sofreram modificações importantes, as quais devem ser observadas com atenção.

Nesta eleição, é obrigatório aos candidatos, partidos e coligações, durante a campanha, entregar à Justiça Eleitoral, para divulgação em página criada na Internet para esse fim: a) os dados relativos aos recursos em dinheiro, em até setenta e duas horas contadas do recebimento; b) prestação de contas parcial, através de relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário, os recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos realizados, a ser encaminhada entre os dias 9 a 13 de setembro de 2016, dela constando o registro da movimentação financeira de campanha ocorrida desde seu início até o dia 8 de setembro. O atraso, a sonegação de informações ou a não apresentação da prestação de contas parcial pode ser considerada infração grave quando do julgamento da prestação de contas final. Atenção: As informações enviadas à Justiça Eleitoral somente podem ser retificadas com a apresentação de justificativa que seja aceita pela autoridade judicial e, no caso da prestação de contas parcial, mediante a apresentação de prestação retificadora. Até o dia 1º de novembro de 2016 todos os candidatos e partidos políticos deverão entregar as prestações de contas finais referentes ao primeiro turno das eleições. Onde houver segundo turno, as contas devem ser prestadas até 19 de novembro de 2016, apresentando a movimentação financeira referente aos dois turnos. Para os candidatos que tiverem movimentação financeira correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte mil reais), e para as eleições nos municípios com menos de cinquenta mil eleitores, a prestação de contas será feita por sistema simplificado, disponibilizado pela Justiça Eleitoral.

A decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos será publicada em cartório até três dias antes da diplomação. A decisão relativa aos não eleitos será publicada no Diário da Justiça Eletrônico da Justiça Eleitoral. A decisão que julgar as contas eleitorais como não prestadas acarreta: a) ao candidato, o impedimento de obter a certidão de quitação eleitoral até o final da legislatura, persistindo os efeitos da restrição após esse período até a efetiva apresentação das contas; b) ao partido político, a perda do direito ao recebimento da cota do Fundo Partidário. Da decisão do Juiz Eleitoral que julgar as contas dos partidos políticos e dos candidatos cabe recurso para o Tribunal Regional Eleitoral, no prazo de três dias contados da publicação no Diário da Justiça Eletrônico, exceto no caso do julgamento das prestações de contas dos candidatos eleitos, quando o prazo recursal é contado da publicação da decisão em cartório. Do acórdão do Tribunal Regional Eleitoral cabe recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral, nas hipóteses previstas nos incisos I e II do 4º do art. 121 da Constituição Federal, no prazo de três dias contados da publicação no Diário da Justiça Eletrônico. No âmbito da prestação de contas, é obrigatória a constituição de advogado devidamente inscrito no órgão de classe.

4. PROPAGANDA ELEITORAL A nova legislação promoveu alterações significativas nas regras de propaganda, restringindo sobremaneira as formas de divulgação até então permitidas. 4.1. Da propaganda eleitoral em geral: A propaganda eleitoral é permitida a partir de 16 de agosto de 2016 e deve obedecer às normas estabelecidas na lei eleitoral quanto a sua forma e modo de divulgação. Antes desta data é permitida, na quinzena anterior a realização da convenção partidária, a propaganda intrapartidária destinada à indicação da candidatura, inclusive mediante a fixação de faixas e cartazes em local próximo da convenção, com mensagem aos convencionais, e que deverá ser retirada imediatamente após o evento. É vedado o uso de rádio, de televisão e de outdoor. O descumprimento do prazo para divulgação de propaganda sujeitará o responsável e o beneficiário à multa no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais) a R$25.000,00 (vinte e cinco mil reais) ou equivalente ao custo da propaganda, se este for maior. Não é considerado propaganda eleitoral antecipada, desde que não haja pedido explicito de voto e exaltação das qualidades pessoais do candidato: - a participação em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na Internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de conferir tratamento isonômico;

- a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e custeados pelos partidos políticos, para tratar de questões organizativas, plano de governo ou alianças políticas, podendo tais atividades ser divulgadas pelos instrumentos de comunicação intrapartidária; - a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material informativo, a divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a realização de debates entre os pré-candidatos; - a divulgação de atos de parlamentares e de debates legislativos, desde que não se faça pedido de votos; - a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas redes sociais; - a realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa da sociedade civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio partido, em qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias. Nestas situações, é permitido o pedido de apoio político, a divulgação da pré-candidatura e das ações políticas desenvolvidas e das que se pretendem desenvolver. O que deve constar na propaganda eleitoral? Para a eleição majoritária: a) no caso de coligação, deverá constar a denominação e, abaixo desta, as legendas de todos os partidos políticos que a integram; b) o nome do candidato à vice, de modo claro e legível, em tamanho não inferior a trinta por cento (30%) do nome do titular.

Para a eleição proporcional: cada partido utilizará sua legenda, e no caso de coligação esta deverá constar sob o nome da coligação. Na propaganda impressa, qualquer que seja, deverá constar, necessariamente, o respectivo CNPJ fornecido pela Justiça Eleitoral quando do ato do registro da candidatura. Que tipo de propaganda é permitido e o que está proibido? É proibida nos bens públicos, ou cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, e nos bens de uso comum, inclusive postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta e exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados. É vedada, também, a propaganda em árvores e nos jardins localizados em áreas públicas, bem como em muros, cercas e tapumes divisórios. É permitida a colocação de mesas para distribuição de material de campanha e a utilização de bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos, observada a colocação e a retirada dos meios de propaganda entre as 6 e as 22 horas. É permitida, em bens particulares, a veiculação de propaganda eleitoral, desde que seja feita em adesivo ou em papel, e não exceda a meio metro quadrado, vedada a justaposição de propaganda que exceda esta metragem. A veiculação deve ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer pagamento. Atenção: a propaganda não pode ser feita mediante inscrição ou pintura nas fachadas, muros ou paredes.

É permitida, em veículos, apenas a aposição de adesivos microperfurados até a extensão total do para-brisa traseiro e, em outras posições, adesivos até a dimensão máxima de cinquenta centímetros por quarenta centímetros (50x40cm). É permitido entre as 8 e as 22 horas, o funcionamento de alto-falantes ou amplificadores de som, sendo vedados a instalação e o uso daqueles equipamentos em distância inferior a duzentos metros a) das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, dos quartéis e de outros estabelecimentos militares; b) dos hospitais e casas de saúde; c) das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento. Carros de som e minitrios podem ser utilizados, desde que observado o limite de oitenta decibéis de nível de pressão sonora, medido a sete metros de distância do veículo. É permitida a realização de comícios no horário compreendido entre as 8 e as 24 horas, com exceção do comício de encerramento da campanha, que poderá ser prorrogado por mais duas horas. É vedada a utilização de trios elétricos em campanhas eleitorais, exceto para a sonorização de comícios. É proibida a realização de showmício e a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral. A divulgação de propaganda nas dependências do Poder Legislativo fica a critério da Mesa Diretora. Independe da obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral pela distribuição de folhetos,

adesivos, volantes e outros impressos, os quais devem ser editados sob a responsabilidade do partido político, da coligação ou do candidato. Todo material impresso de campanha eleitoral deverá conter o número de inscrição no CNPJ ou o número de inscrição no CPF do responsável pela confecção, bem como de quem a contratou, e a respectiva tiragem. Os adesivos mencionados, por sua vez, poderão ter a dimensão máxima de cinquenta centímetros por quarenta centímetros. É permitida até às 22 horas do dia que antecede o da eleição, a distribuição de material gráfico, caminhada, carreata, passeata ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos. Quanto ao mais, o que é permitido e o que é proibido no dia das eleições? É permitida, no dia das eleições, a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos. É permitida a realização de propaganda eleitoral por meio da internet. Aos fiscais partidários, nos trabalhos de votação, só é permitido que, em seus crachás, constem o nome e a sigla do partido político ou coligação a que sirvam, vedada a padronização de vestuário. É permitida a divulgação de pesquisa eleitoral, desde que contratada, registrada e realizada anteriormente, observado o prazo mínimo de 05 (cinco dias) entre o registro da pesquisa na Justiça Eleitoral e a divulgação. A pesquisa de boca de urna somente poderá ser realizada após as 17h do dia da eleição.

É vedada, desde 48 horas antes até 24 horas depois da eleição a veiculação de qualquer propaganda eleitoral no rádio e na televisão e, ainda, a realização de comícios ou reuniões públicas, ressalvada a propaganda eleitoral na internet. É proibida, no dia das eleições, até o término da votação, a aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado, bem como bandeiras, broches, dísticos e adesivos que caracterizem manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos (art. 39-A, 1º, Lei n. 9.504/97). Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção de 6 meses a 1 ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de R$ 5.320,50 (cinco mil trezentos e vinte reais e cinquenta centavos) a R$ 15.961,50 (quinze mil novecentos e sessenta e um reais e cinquenta centavos): o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata; a aglomeração de eleitores e a propaganda de boca de urna; a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos;. No recinto das seções eleitorais e juntas apuradoras, é proibido aos servidores da Justiça Eleitoral, aos mesários e aos escrutinadores o uso de vestuário ou objeto que contenha qualquer propaganda de partido político, de coligação ou de candidato. No recinto da cabina de votação é vedado ao eleitor portar aparelho de telefonia celular, máquinas fotográficas, filmadoras, equipamento de radiocomunicação ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto, devendo ficar retidos na Mesa Receptora enquanto o eleitor estiver votando (art. 91-A, parágrafo único, Lei n. 9.504/97).

Constitui captação de sufrágio (Compra de Votos/Corrupção Eleitoral), vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinquenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma. É crime eleitoral oferecer alimentação gratuita ou transporte para eleitores com o objetivo de obter-lhes o voto. Nos trabalhos de votação, apenas é permitido que constem nos crachás o nome e a sigla do partido ou coligação, vedada a padronização do vestuário, assim como a veiculação de qualquer propaganda eleitoral. 4.2. Da propaganda eleitoral na internet: A partir do dia 16 de agosto de 2016 é permitida a propaganda eleitoral na Internet e poderá ser realizada: a) em sítio do candidato, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de Internet estabelecido no país; b) em sítio do partido ou da coligação, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de Internet estabelecido no país; c) por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados gratuitamente pelo candidato, pelo partido ou pela coligação; d) por meio de blogs, redes sociais (ex. facebook), sítios de mensagens instantâneas e assemelhados (ex. whatsapp e telegram), cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa natural. O Eleitor é livre para manifestação de seu pensamento na internet, vedado o anonimato. A limitação à manifestação de pensamento do eleitor só poderá

ocorrer se verificada ofensa à honra de terceiros ou divulgação de fatos sabidamente inverídicos, situação que poderá gerar direito de resposta ao ofendido. É vedada na internet: a) a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga; inclusive de mecanismos com fim de impulsionar ou potencializar o alcance e a divulgação da mensagem; b) a veiculação de propaganda eleitoral em sítios i) de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos; ii) oficiais ou hospedados por órgãos ou por entidades da administração pública direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. O descumprimento das normas sujeita o infrator e o beneficiário à multa no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais) a R$30.000,00 (trinta mil reais). É vedada a realização de propaganda em qualquer horário via telemarketing10. 4.3. Da propaganda eleitoral paga na imprensa: É permitida a divulgação, até o dia 30 de setembro, de até dez anúncios, por veículo, em datas diversas, para cada candidato, e deverá obedecer ao espaço máximo, por edição, de um oitavo de página de jornal padrão e de um quarto de página de revista ou tabloide. Deverá constar no anúncio, de forma visível, o valor pago pela inserção. O limite de anúncios é verificado pela divulgação da imagem ou nome do candidato, independentemente de quem tenha contratado. Assim, se um candidato a vereador contratar a divulgação de propaganda sua e publicar uma 10 (Constituição Federal, art. 5º, incisos X e XI; e Código Eleitoral, art. 243, inciso VI)