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Transcrição:

Gerenciamento de Riscos Risco de Mercado

2. Risco de Mercado A divulgação da Resolução 3.464 do CMN pelo BACEN em 26 de junho de 2007 foi o primeiro passo no processo de implementação de uma estrutura de gerenciamento do risco de mercado junto às instituições financeiras. A Diretoria da Instituição de forma a assegurar maior controle dos riscos envolvidos e, portanto, minimizar a probabilidade de ocorrência dos mesmos, vem atuando no sentido de aperfeiçoar os mecanismos para a melhoria dos controles, bem como facilitar a identificação e gerenciamento dos riscos, propiciando maior segurança na execução das atividades de tesouraria e administração de ativos e passivos. 2.1 Estrutura para a gestão de risco A Diretoria da Instituição, através de sua estrutura de gerenciamento de riscos, tem como atribuições principais: O monitoramento, medição e avaliação do risco; Reporte à Diretoria de potenciais perdas; Aculturação de gestores e colaboradores para avaliação dos processos com foco em risco; e Disseminar a cultura de controles internos para certificar-se do cumprimento de leis, normas internas e diretrizes traçadas. 2.2 Conceito Risco de Mercado é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pela instituição financeira, contemplando os riscos das operações sujeitas à variação cambial, taxas de juros, preços de ações e preços de mercadorias (commodities). A seguir relacionamos os tipos de riscos que compõem o Risco de Mercado: Risco de taxa de juros reais pré, cupom cambial, cupom de taxa de juros e índice de preços; Risco de taxa de câmbio exposição cambial; Risco de commodities; Risco de ações. 2.3 Estrutura Organizacional 2

Com o advento da Resolução n 3.464 de 26.06.2007, a qual dispõe acerca da implementação de estrutura de gerenciamento de risco de mercado, a Área de Controles no âmbito da Gerência de Risco (Mercado e Liquidez), responde pela aplicabilidade da política de gerenciamento do risco de mercado, conforme estabelecido no documento de constituição da Área. 2.4 Política Institucional A Alta Administração é responsável pela definição da política institucional consolidada (Banco Comercial e Banco de Investimento), estabelecendo as estratégias e diretrizes a serem observadas pela área de Tesouraria, bem como os limites a serem praticados VaR, Estresse e Stop Loss. Cabe observar que todos os limites estabelecidos devem ser devidamente formalizados à área competente, com informação simultânea a área de Risco. 2.5 Operacionalização A estrutura de gerenciamento do risco de mercado conta com: Políticas e estratégias para o gerenciamento do risco de mercado claramente documentadas, com limites operacionais e procedimentos destinados a manter a exposição ao risco de mercado em níveis considerados aceitáveis pela instituição; Sistemas para medir, monitorar e controlar a exposição ao risco de mercado, tanto para as operações incluídas na carteira de negociação quanto para as demais posições, os quais devem abranger todas as fontes relevantes de risco de mercado e gerar relatórios tempestivos para a diretoria; Realização de testes de avaliação dos sistemas; Identificação prévia dos riscos inerentes a novas atividades e produtos e análise prévia de sua adequação aos procedimentos e controles adotados pela instituição; Realização de simulações de condições extremas de mercado (teste de estresse). As políticas e estratégias para o gerenciamento do risco de mercado devem ser aprovadas e revisadas, no mínimo anualmente, pela Diretoria e pelo Conselho de Administração. 2.6 Responsabilidade pela Gestão do Risco de Mercado Dentro da estrutura do Conglomerado Banif compete a gerencia de Risco de Mercado do Banco Comercial: 3

Respaldar a Alta Administração com informações relevantes sobre a gestão do risco de mercado; Definição dos processos, dos procedimentos e dos sistemas necessários à sua efetiva implementação; Identificação, avaliação, monitoramento e controle do risco de mercado; Formalização documentar e armazenar as informações no que se refere aos testes efetuados, bem como relativamente à comprovação da consistência dos critérios adotados para a classificação das operações na carteira de negociação ou na carteira fora de negociação, relativamente aos últimos cinco anos, à disposição do Banco Central do Brasil. 2.7 Definição de Carteiras A prática internacional é distinguir as carteiras de trading e banking e alocar capital de forma diferenciada para cada uma destas carteiras. A manifestação de eventos de risco de mercado é diferente entre as duas carteiras e, portanto, pode levar a diferentes alocações de capital. 2.8 Natureza do Risco Trading e Banking As instituições financeiras em sua operação possuem dois livros para controle de risco em suas operações ativas e passivas: O Livro de Trading (livro de negociação) e o Livro de Banking (livro comercial). O Banco Comercial e o Banco de Investimento possuem políticas distintas de classificação de operações entre esses livros. No Banco Comercial, as operações com títulos possuem caráter de manutenção ao longo do tempo, uma vez que a grande maioria da carteira é composta de operações comerciais, de empréstimo ou de captação de recursos. Nesse sentido, tanto as operações de empréstimo, quanto as operações de aplicação em títulos públicos para manutenção de caixa líquido, quanto seus respectivos hedges são contabilizados como pertencentes ao livro de Banking. As operações em moeda estrangeira, ações, opções de índices, juros e ações (se houver) são contabilizadas no livro de Trading para alocação de capital regulamentar, bem como as cotas de fundos de investimento. No Banco de Investimento a carteira Trading possui horizonte temporal de realização curto para tirar vantagem de oscilações de preço de curto prazo nos ativos e fatores de risco negociados. Carteira 4

de Banking (carteira de hedge) utilizada para fazer frente à captação de recursos (Pré, IPCA e IGPM). Esta carteira não tem limite e será considerada held to maturity, para ficar casada em termos de duration com o passivo correspondente. Para efeito de apuração da parcela de Risco Banking (Circular 3365) informado mensalmente através do DLO (Demonstrativo de Limite Operacional) o calculo é realizado de maneira consolidada. A métrica utilizada é do VaR Paramétrico com nível de confiança de 95% para um horizonte de 10 dias úteis. 2.8.1 Trading (negociação) Esta carteira tem as fórmulas de cálculos e premissas adotadas para alocação de capital regulamentar descritas nas Circulares 3.361, 3.362, 3.363, 3.364, 3.366, 3.368 e 3.389. No cálculo do valor em risco os multiplicadores, volatilidades, horizonte de tempo, correlação entre vértices e fator de decaimento são divulgados pelo Banco Central, na periodicidade que cada parâmetro exige. Parâmetros estes que são demonstrados através de exemplos nas Cartas-Circulares 3.309 e 3.310, que refletem as Circulares 3.361 e 3.362 respectivamente. 2.8.2 Banking (não negociação) Esta carteira teve através da Circular 3.365 a liberdade de adotarmos na sua mensuração do valor em risco, no qual utilizaremos para alocação de capital, os parâmetros que julgarmos apropriados para a nossa carteira. Resultados estes, de eficácia na apuração do risco, deverão ser comprovados perante o Bacen. 2.9 Composição, Apuração e Cálculo O Risco de Mercado é parte integrante na composição do montante de Capital a ser mantido pela instituição decorrente da exposição aos diversos tipos de riscos inerentes às suas atividades, o qual passou a ser identificado como PRE (Patrimônio de Referência Exigido), que consiste na soma de seis parcelas, cada uma delas relativa a uma natureza de risco, a saber: 5

A instituição financeira deve manter, permanentemente, valor de Patrimônio de Referência PR, apurado nos termos da Resolução 3.444, compatível com os riscos de suas atividades, o qual deve ser superior ao PRE. Fórmula: PR = PRE + Pban (art. 3 Res. 3.490). (As instituições devem manter também PR suficiente para fazer face ao risco de taxa de jutos das operações não incluídas na carteira de negociação Pban) Descrição: Pepr: parcela referente às exposições ponderadas pelo fator de ponderação de risco a elas atribuído. Pcam: parcela referente ao risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira e em operações sujeitas à variação cambial. Pjur: parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação de taxas de juros e classificadas na carteira de negociação. Pcom: parcela referente ao risco das operações sujeitas á variação do preço de mercadorias (commodities). Pacs: parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de ações e classificadas na carteira de negociação. Popr: parcela referente ao risco operacional. Para cálculo do Risco de Mercado são consideradas as parcelas Pcam+Pjur+Pcom+Pacs, cuja apuração é de competência da Gerência de Risco. Ressalta-se que a Pjur é subdividida em 4 parcelas, sendo: Pjur 1: exposições sujeitas à variação de taxas de juros prefixadas denominadas em real. Pjur 2: exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de moedas estrangeiras. Pjur 3: exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de índices de preços. 6

Pjur 4: exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de taxa de juros. A carteira de Banking (não negociação) deve ter o risco de mercado mensurado e também capital alocado. O risco de taxa de juros é potencialmente significativo, portanto exige capital. 2.10 Operacionalização e Remessa de Informações Para efeito de prestação das informações ao órgão regulador são consideradas as posições por conglomerado, sendo de responsabilidade da Gerência de Risco do Banco Comercial a consolidação e remessa dos respectivos dados numa base diária e mensal tendo em vista que nos enquadramos perante o Banco Central do Brasil como Conglomerado Econômico-Financeiro e, portanto obrigados ao preenchimento do documento 2060, que congrega as instituições - Banco Comercial, Banco de Investimento, Corretora e Asset. 7