EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 41ª VARA DO FORO CENTRAL CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO.

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Transcrição:

fls. 1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 41ª VARA DO FORO CENTRAL CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO. Distribuição por dependência (processo digital nº 1022213-18.2016.8.26.0100) O DO - PT, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ/MF sob o nº 50.866.821/0001-83, com endereço na Rua Abolição, nº 297, Bairro Bela Vista, São Paulo - SP, CEP 01319-010, através de seu representante legal e presidente, e o intermédio do advogado que esta subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 914 e seguintes do Código de Processo Civil, opor EMBARGOS À EXECUÇÃO, em face de VG MARKETING ELEITORAL LTDA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ/MF sob o nº 17.438.841/0001-88, com sede em São Paulo Capital, na Rua Lima Barros, 117, Jardim Paulista, CEP 04503-030, pelos motivos adiante determinados.

fls. 2 I - DOS FATOS O diretório partidário embargante não concorda com a execução (cuja cópia autêntica e integral segue anexa) proposta pela empresa embargada, no valor de R$ 6.428.397,15 (seis milhões e quatrocentos e vinte oito mil e trezentos e noventa e sete reais e quinze centavos); execução consubstanciada num Instrumento Particular de Confissão de Dívida, com escalonamento de pagamento. É verdade que a empresa embargada foi contratada para a Prestação de Serviços de Consultoria em Propaganda e Marketing, para promover a concepção e planejamento estratégico da campanha publicitária e a criação, produção e gravação dos Programas e Comerciais avulsos de televisão e rádio da chapa de candidatos do PT de São Paulo a Deputado Estadual e Federal, durante as Eleições Gerais de 2104, por intermédio do Comitê Financeiro Único paulista da agremiação, tendo, no entanto, recebido apenas uma parte do valor a que fazia jus, conforme está escrito na exordial da execução encimada. E por todos os serviços contratados, de fato ajustou-se, entre as partes, o pagamento do valor de R$ 8.000.000,00 (oito milhões de reais) à empresa. Parte desse valor foi pago durante o processo eleitoral de 2014; em relação à outra parte do valor ajustado conforme, também, está escrito na exordial da execução embargada -, objetivando escalonar o pagamento desse montante, foi firmado (...), em 08/09/15, Instrumento Particular de Confissão de Dívida (...), por meio do qual reconheceram e confessaram-se devedores, obrigando-se a pagar R$ 5.345.000,00 (cinco milhões, trezentos e quarenta e cinco mil reais) em 38 parcelas mensais de valores variados, a partir de 10/10/15, com a prestação inicial de R$ 70.000,00 (setenta mil reais). Ocorre que dias depois da confissão de dívida adrede mencionada, precisamente no dia 17/09/2015, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucionais as normas que permitiam, até então, a empresas doarem para campanhas eleitorais. A maioria dos ministros do STF viu sérios problemas (!) nos artigos 31, 38 e 39 da Lei 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos), que permitiam a prática (Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.650). 2

fls. 3 Com efeito, depois disso, precisamente no dia 29/09/2015, a presidenta da República sancionou a Lei da Reforma Política aprovada pelo Congresso Nacional, Lei nº 13.165, vetando sete itens, inclusive o trecho que permitia a doação de empresas a campanhas eleitorais. Desde então, conforme está descrito no art. 14 da Resolução TSE 23.463/15, Os recursos destinados às campanhas eleitorais, respeitados os limites previstos, somente são admitidos quando provenientes de: I - recursos próprios dos candidatos; II - doações financeiras ou estimáveis em dinheiro de pessoas físicas; III - doações de outros partidos políticos e de outros candidatos; IV - comercialização de bens e/ou serviços ou promoção de eventos de arrecadação realizados diretamente pelo candidato ou pelo partido político; V - recursos próprios dos partidos políticos, desde que identificada a sua origem e que sejam provenientes: a) do Fundo Partidário, de que trata o art. 38 da Lei nº 9.096/1995; b) de doações de pessoas físicas efetuadas aos partidos políticos; c) de contribuição dos seus filiados; d) da comercialização de bens, serviços ou promoção de eventos de arrecadação; VI - receitas decorrentes da aplicação financeira dos recursos de campanha. 1º Os rendimentos financeiros e os recursos obtidos com a alienação de bens têm a mesma natureza dos recursos investidos ou utilizados para sua aquisição e devem ser creditados na conta bancária na qual os recursos financeiros foram aplicados ou utilizados para aquisição do bem. 2º O partido político não poderá transferir para o candidato ou utilizar, direta ou indiretamente, nas campanhas eleitorais, recursos que tenham sido doados por pessoas jurídicas, ainda que em exercícios anteriores (STF, ADI nº 4.650). De maneira que antes da assinatura do documento de confissão de dívida (com escalonamento de pagamento) que consubstancia a execução ora embargada, as campanhas eleitorais podiam ser financiadas com recursos de empresas - 3

fls. 4 recursos que representavam, objetivamente, grande parte do financiamento das campanhas eleitorais, conforme demonstrado adiante em gráfico da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, com informações da ONG Transparência Brasil 1 -; mas as coisas mudaram substancialmente desde então, e sem modulação de efeitos. Considerada a tabela encimada, relacionada à campanha presidencial de 2.010, é fácil perceber o quanto representava, objetivamente, as doações de empresas ao financiamento total das campanhas eleitorais em todo o país. Portanto, à época da assinatura do termo que consubstancia a execução ora embargada, a expectativa do diretório partidário embargante em relação à arrecadação de recursos, a fim de saldar dívidas de campanhas eleitorais era uma, 1 Disponível em <http://direitosp.fgv.br/node/83322> Acesso em 22/06/2016. 4

fls. 5 mas depois do julgamento da ADI 4.650 pelo STF, e a imposição das novas regras de financiamento, através da Lei 13.165/15, evidentemente, passou a ser completamente outra. II DO DIREITO Ressabido que as normas veiculadas junto aos artigos 478 a 480 do Código Civil justificam a revisão de uma obrigação caso ocorra um acontecimento superveniente que desequilibre a sua base econômica, impondo a uma das partes da relação jurídica situação excessivamente onerosa; de maneira que essas normas relativizam o princípio da força obrigatória dos contratos. 2 Código Civil. Pois o caso é de aplicação dessas normas contidas no As novas regras relacionadas ao financiamento das campanhas eleitorais e, por conseguinte, relacionadas às formas de pagamento das dívidas das campanhas eleitorais, inegavelmente, representam a superveniência de um acontecimento absolutamente relevante, que altera, objetivamente (!), a base econômica que ampara a execução ora embargada. Ademais disso, há evidente excesso de execução, na medida em que a empresa exequente deixou de colocar o diretório partidário em mora e mesmo assim acresce de juros moratórios (de 1% ao mês) e de multa (de 10% do total) o valor total da execução. Conforme dispõe o 3º do art. 917 do Código de Processo Civil, de se dizer, então, que o valor correto da dívida é de R$ 5.619.228,29 (cinco milhões e seiscentos e dezenove mil e duzentos e vinte e oito reais e vinte e nove centavos) - o 2 Código Civil: Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as condições do contrato. Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva. 5

fls. 6 valor confessado da dívida, qual seja, R$ 5.345.000,00, mais atualização monetária, até a propositura da execução, descontados os juros moratórios e a multa (respectivamente R$ 247.246,04 e R$ 561.922,82) do valor total atribuído à ação de execução embargada. III DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer que os embargos sejam julgados procedentes; o reconhecimento de que a obrigação em causa se tornou excessivamente onerosa ao embargante, diante das novas regras de financiamento eleitoral, e, por conta disso, seja admitida senão sua resolução, ao menos a alteração de seus parâmetros; o reconhecimento do excesso de execução, na forma acima determinada. Protesta provar todo o alegado através dos documentos anexados e através de novos documentos, provas periciais, e, caso necessário, depoimento pessoal do representante legal da empresa embargada. conciliação entre as partes. Requer por derradeiro, a marcação de audiência de Pede deferimento. São Paulo, 22 de junho de 2016. (Assinado digitalmente) Othon Funchal Barros OAB/SP 232.427 6