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Transcrição:

Romantismo

Se o século XVIII foi marcado pela objetivid ade, pelo Iluminis mo, e pela Razão Arcadismo Romantismo o início século XIX é marcad o pelo lirismo, pela subjeti vidade, pela emoção e pelo eu.

Observe o que há em comum nessas imagens:

O Romantismo transpirava rebeldia e gosto pela liberdade, foi uma fase voltada para os assuntos contemporâneos e para o cotidiano do homem burguês do século XIX. Esse valorizava o homem emotivo, intuitivo e psicológico, e por isso desprezava o racionalismo dos iluministas.

Contexto histórico O Romantismo surgiu na Europa numa época em que o ambiente intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam os sistemas de governo despótico e surgia o liberalismo político. No campo social imperava o inconformismo e no campo artístico o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o climax desse século de oposição.

A Liberdade guiando o Povo - Eugène Delacroix (1830)

A Revolução belga E. Gustave Wappers (1834)

Os fanáticos de Tangiers - Eugène Delacroix (1838)

No Brasil, o romantismo coincidiu com a independência política em 1822, com o 2º Reinado, a guerra do Paraguai e a campanha abolicionista. No Brasil

O Grito do Ipiranga Pedro Américo (1888)

A pintura romântica Gustave Courbet William Blake Jacques-Louis David Goya

William Blake Blake escreveu e ilustrou mais de vinte livros, incluindo "O livro de Jó" da Bíblia, "A Divina Comédia" de Dante Alighieri - trabalho interrompido pela sua morte - além de títulos de grandes artistas britânicos de sua época. Muitos de seus trabalhos foram marcados pelos seus fortes ideais libertários, principalmente nos poemas do livro Songs of Innocence and of Experience ("Canções da Inocência e da Experiência"), onde ele apontava a igreja da Inglaterra e a alta sociedade como exploradores dos fracos.

Gustave Courbet Um dos primeiros representantes dessa nova perspectiva artística na pintura francesa foi Gustave Coubert, cuja obra é marcada pela constante representação de figuras de extração popular.

Jacques-Louis David

Goya Goya buscava explorar a face destrutiva e obscura da natureza humana Saturno devorando seu filho (1824)

O fuzilamento de 3 de maio Goya (1814)

Goya O sonho da razão produz monstros

Música romântica As primeiras evidências do romantismo na música aparecem com Beethoven. Suas sinfonias revelam uma música com temática profundamente pessoal e interiorizada.

Chopin Tchaikovsky Liszt Mendelssohn Levaram adiante o ideal romântico de Beethoven, deixando o rigor formal para escreverem músicas mais de acordo com suas emoções. Brahms

Romantismo na literatura

Vertentes mundiais do Romantismo Individualismo O homem burguês deu livre expressão a seus sentimentos e emoções mais íntimos Fuga da realidade A insatisfação com o mundo leva o romântico a fugir: fuga para a natureza, para o passado, para o interior de si mesmo, para o lado noturno da vida, para o misticismo, para o sobrenatural, o sonho, a loucura ou a própria morte. Nacionalismo O nacionalismo romântico floresce e propaga a ideia de que cada povo é único e criativo e expressa seu gênio na arte e tradições populares.

Individualismo Uma vertente, focada no individualismo, traz consigo o culto do egocentrismo, vazado de melancolia e pessimismo (mal do século). Pelo apego ao intimismo e a valores extremados, foram chamados de Ultra-Românticos: Byron, Musset e Álvares de Azevedo

Fuga da realidade O romantismo é um movimento que vai contra o avanço da modernidade em termos da intensa racionalização e mecanização. É uma crítica à perda das perspectivas que fogem àquelas correlacionadas à razão.

Nacionalismo/historicismo O historicismo está representado nas obras de Walter Scott (Inglaterra), Victor Hugo (França), Almeida Garrett (Portugal), José de Alencar (Brasil). São resgates históricos apaixonados e saudosos ou observações sobre o momento histórico que atravessava-se.

Atualizando o vocabulário... O termo romântico refere-se ao movimento estético ou, num sentido mais amplo, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido, objetivo.

A nova FORMA do Romantismo O Romantismo renega as formas rígidas da literatura,como versos de métrica exata. O romance se torna o gênero narrativo preferencial, em oposição à epopéia.

O Romantismo na Alemanha Os autores alemães procuraram renovar sua literatura através do retorno à natureza e à essência humana, mergulhados no Sentimentalismo. Goethe, Johan Wolfgan von. Os Sofrimentos do Jovem Werther (1774)

Romantismo na Inglaterra Walter Scott Ivanhoé (1819)

Romantismo na França Victor Hugo Os miseráveis (1862)

Romantismo na Itália Giácomo Leopardi (Poeta) Natureza nobre é aquela que tem coragem de olhar nos olhos o destino comum, e que com franca língua, sem subtrair nada da verdade, confessa o mal que nos foi dado como destino e a condição baixa e frágil do homem.

Romantismo em Portugal Almeida Garret Produziu o marco inicial do romantismo em Portugal, o poema épico Camões (1825). Viagens na minha terra

Alexandre Herculano Euríco, o Presbítero

Camilo Castelo Branco Amor de Perdição

Júlio Dinis As pupilas do senhor reitor

Romantismo no Brasil José de Alencar Iracema (1865)

Filmografia indicada

Romantismo nos dias de hoje

Fontes http://www.slideshare.net/clauheloisa http://www.suapesquisa.com/romantismo/romantismo.htm http://www.brasilescola.com/literatura/romantismo.htm http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/romantismo/ro mantismo-1.php CEREJA, Willian Roberto, MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens volume 2.