Sumario do Potencial Agricola das Provmcias de Maputo e Gaza



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SERIE TERRA E AGUA DO INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGACAO AGRONOMICA NOTA TECNICA No.26 Sumario do Potencial Agricola das Provmcias de Maputo e Gaza C. D. Konstapel A.C. Vermeer R. L. Voortman F. Haupt 1987 Maputo, Mocambique

I ISRIC LIBRARY I N D I C E I ' 1. Introducao 2. Sumario das Terras e sua Aptidao para Agricultura Moderna em sequeiro 2.1 Descricao sumaria dos Recursos Naturais e a Aptidao das Terras 2.2 Rendimentos Potenciais 2.3 Uso Recomendado das Terras B Wagëiffligen, The Nstherlands fy. 3. Sumario da Aptidao das Terras para Agricultura Regada 3.1 Introducao 3.2 Vale do Rio Limpopo 3.3 Vale do Rio Incomati 3.4 Vale do Rio Umbelüzi 3.5 Vale do Rio Maputo 4. Necessidades de Agua e Agua Disponivel para Rega 4.1 Introducao 4.2 Metodologia usada 4.2.1 ETC - Evapotranspiracao das plantas 4.2.2 Pe 80 - Chuva efectiva cora probabilidade de 80% 4.2.3 NAR - Necessidade de Agua de Rega 4.3 Rega a Curto Prazo 4.4 Rega a Medio Prazo 5. Algumas Notas Explicativas Sobre as Cartas ANEXO 1: ANEXO 2: ANEXO 3: Dados Climatológicos das Provincias de Maputo e Gaza Calculo das necessidades de Agua para Rega Quantidades de Agua Necessarias e Disponiveis a Curto Prazo (Mm3) ANEXO 4: Quantidades de Agua Necessarias e Disponiveis a m edio Prazo (Mm3) Scanned from original by ISRIC - World Soil Information, as ICSU World Data Centre for Soils. The purpose is to make a safe depository for endangered documents and to make the accrued information available for consultation, following Fair Use Guidelines. Every effort is taken to respect Copyright of the : materials within the archives where the identification of the Copyright holder is clear and, where feasible, to contact the originators. For questions please contact soil.isric(s)wur.nl indicating the item reference number concerned. i (1.3 T-l

MAPAS Sumario das Terras e sua Aptidao para Agricultura Moderna ' em Sequeiro, Provincias de Maputo e Gaza, escala 1:1.000.000. Sumario de Aptidao das Terras para Agricultura Regada, Provincias de Maputo e Gaza, escala 1:250.000 (2 folhas) Mapa de Utilizacao Actual das Terras, escala 1:250.000 (Folhas I e II). (Anexo a carta de Aptidao das Terras para Agricultura Regada (Provincias de Maputo e Gaza). Densidade Populacional 1990-1995 Crescimento Natural sem Migracao Provincias de Maputo, Gaza e Inhambane Escala 1:1.000.000. Densidade populacional ao nivel de localidades ao Sul do Rio Save - 1980 Provincias de Maputo, Gaza e Inhambane Escala 1:1.000.000

1. INTRODUCAO A pedido de Sua Excelência o Sr. Ministro da Agricultura, o Departamento de Terra e Agua elaborou urn sumario dos recursos e potencialidades agricolas das Provincias de Gaza e Maputo.* 0 estudo destina-se a planificacao dos investimentos no ramo agricola na zona referida. 0 trabalho executado consiste de tres partes: primeiro, uma avaliacao a escala geral da aptidao das terras para agricultura em sequeiro, segundo, uma avaliacao mais detalhada das areas ainda disponiveis para projectos de rega, principalmente nos vales aluvionares. Embora o pedido inicial se referisse as culturas de milho, trigo e soja, foram incluidas algumas outras culturas no estudo, desde que a aptidao para as tres culturas é limitada em grandes partes da zona estudada. 0 trigo nao foi considerado em regime de sequeiro sendo as temperaturas demasiado altas no periodo em que a agua das chuvas esta disponivel para o crescimento das culturas. De forma sumaria também foram considerados outros tipos de utilizacao das terras como pecuaria e exploracao florestal. Sendo o tempo disponivel limitado, o trabalho tinha que ser baseado em dados existentes. A avaliacao das duas provincias para a agricultura em sequeiro esta principalmente baseado no Inventario Nacional de Recursos Agro-Scológicos. A aptidao dos vales aluvionares para rega esta baseado em varios estudos mais detalhados, parcialmente executados pelo Departamento e parcialmente por Empresas Consultoras. 2. SUMARIO DAS TERRAS E A SUA APTIDAO PARA AGRICULTURA MODERNA EM SEQUEIRO 2.1 Descricao sumaria dos recursos naturais e a aptidao das terras Os recursos e a aptidao agricola estao apresentados numa carta a escala 1/1.000.000 das duas provincias com o mesmo titulo deste capitulo. A carta mostra que o maior potencial da producao agricola em regime de sequeiro esta localizada nos vales aluvionares (AL1-3), onde as culturas podem aproveitar a agua freatica. Estes terrenos na sua maioria também podem ser aproveitados para rega; contudo nas duas condicoes de producao tem como limitacao a ocorrência de cheias. Duma maneira geral as melhores terras dos vales (os solos permeaveis) ja estao ocupadas *Este relatorio foi escrito em 1984, mas so foi pubjicado em 1987

2 pelos varios sectores do ramo agricola. As terras ainda nao ocupadas ou em uso para fins de pecuaria em geral mostram alguns factores limitantes a producao agricola como: drenagem deficiënte, dificuldades de mecanizacao devido as terras pesadas e varios graus de salinidade. Estes factores limitantes nao impedem a utilizacao para agricultura, mas condicionam as obras e maneio das terras a serem executadas, implicando geralmente investimentos elevados. Fora das zonas aluvionares o potencial para producao em sequeiro é bastante limitado. As limitacoes tem a sua origem no clima bem como no solo. Em grandes partes da provincia de Gaza (interior) o periodo de crescimento é de duracao tao curta que nao permite a cultivacao de culturas anuais. No resto do território das duas provincias o periodo de crescimento é mais prolongado, em particular ao longo da costa. Contudo, em 75% dos anos a producao esta seriamente afectada pela ocorrência de urn ou dois periodos secos durante o periodo normalmente chuvoso, resultando em falhas ou em rendimentos baixos. Além do clima desfavoravel a maior parte do território consiste de solos arenosos de baixa fertilidade e fraca capacidade de retencao de agua (AR1-4). Apenas na faixa ao longo da fronteira com a Swazilandia (BR 1-3) existem algumas manchas de bons solos, sendo o resto terrenos inclinados e/ou com solos delgados e/ou pedregosos, mais apropriados para fins de pecuaria. A aptidao, na legenda, esta classificada em 5 classes em que cada urn representa 20% do rendimento maximo possivel das culturas. As cinco classes sao as seguintes: Altamente Apto, Apto, Moderadamente Apto, Marginalmente Apto e Nao Apto (portanto moderadamente apto significa 40-60% do rendimento maximo). Assim a aptidao refere-se as possibilidades ecológicas em obter certos rendimentos. A analise económica deve mostrar se os rendimentos sobrepassam o "break-even point". 2.2 Rendimentos potenciais Os rendimentos potenciais a sèguir sao calculados com base nas condicoes climaticas e edaficas conforme a metodologia agro-ecológica da FAO, aplicada também no Inventario Nacional dos Recursos Agro-Ecológicos o

3 de Mocambique. Os rendimentos potenciais apresentados sao validos para agricultura moderna, implicando um nivel alto de entradas de factores de producao, bem como altos niveis de tecnologia, maneio e gestao. i) Zonas aluvionares e sedimentos marinhos (AL 1-3) Estas zonas consistem de complexos de varios tipos de solos com aptidoes diferentes ( a subdivisao em 3 classes na carta esta feita com base na dominancia de certos tipos de solos). Os melhores solos sao so solos permeaveis que sao aptos para a maioria das culturas. (Terras de classe altamente apto sao bastante raras na zona). Os solos impermeaveis podem ter varios graus de limitacoes que resulta em classificacoes moderadamente apto, marginalmente apto e nao apto para culturas anuais em sequeiro. Em baixo apresentam-se os rendimentos calculados (ton/ha) dos solos com varios graus de aptidao. Nota-se ainda que os rendimentos referem-se ao potencial calculado com base em perfis históricos de estacoes meteorológicas. Contudo, devido as chuvas erraticas ano por ano a planificacao das operacoes culturais é dificil no Sul de Mocambique. 2.3 Uso recomendado das terras Em baixo esta indicado o que é considerado o meihor uso das terras nas varias zonas distinguidas, e uma indicacao das culturas mais apropriadas (em zonas aptas para regadio também as culturas temperadas sao indicadas que só podem ser aproveitadas em regadio no inverno). AL 1-3, solos permeaveis: agricultura em sequeiro e/ou regadio culturas: milho, soja, amendoim, feijoes, batata- -doce, girasol, trigo, fruteiras, horticolas AL 1-3, solos impermeaveis: agricultura em regadio e/ou sequeiro em associacao com pecuaria culturas: arroz, mapira, algodao, grao de bico, trigo, cana de acücar, forragens AL 1-3, solos salgados: culturas: agricultura regada e pecuaria arroz e forragens

4 AR 1: Agricultura em sequeiro, pecuaria extensiva e exploracao florestal culturas: mexoeira, amendoim, fèijao jugo, feijao nhemba, feijao buerre e outras culturas e forragens experimentais mencionadas com NA 1 AR 2: Agricultura em sequeiro e exploracao florestal deexoticos culturas: mexoeira, mapira, amendoim, mandioca, feijoes mencionados em AR 1 (cajü, mafurra, mango) AR 3: AR 4: Pecuaria extensiva e localmente exploracao florestal Agricultura em sequeiro e exploracao florestal de exóticos culturas: amendoim, mandioca, mexoeira, feijoes mencionados em AR 1 AR 1 (Cajü, Mafurra, Mango, Coqueiros) BR 1: BR 2: BR 3: Pecuaria extensiva (ovelhas) e exploracao florestal com espécies indïgenas e exóticas (localmente agricultura em sequeiro ou regadio) Pecuaria semi-intensiva em associacao com pequenos regadios para forragens (localmente agricultura em regadio mais extensos) Pecuaria extensiva NA 1: Pecuaria extensiva. E necessario a experimentacao com culturas e forragens muito resistentes a seca como (culturas) mexoeira, feijao jugo, Vigna vexillata, Vigna aconitifolia, Phaseolus acutifolius, Cyamopsis tetragonoloba e (forragens) Cassia sturtii, Desmodium distortum, Prosopis spp. NA 2: NA 3: NA 4: Proteccao e turismo Sem uso económico Pecuaria extensiva, exploracao florestal, floresta de conservacao.

T Rendimentos Potenciais (ton/ha).* ;l~ ~ j MILHO MAPIRA MEX0EIRA SOJA AMEND0IM MANDIOCA i j Solos aptos 4.3-5.7 3.1-4.1 2.3-3.1 2.0-2.7 2.0-2.6 8.2-10.9 Solos mod. aptos j 2.8-4.3. 2.0-3.1 1.6-2.3 1.4-2.0 1.3-2.0 5.4-8.2 j Solos marg. aptos ' 1.4-2.8 1.0-2.0 0.8-1.6 0.7-1.4 0.7-1.3 2.7-5.4 Solos nao aptos 0.0-1.4 0.0-1.0 0.0-0.8 0.0-0.7 0.0-0.7 0.0-2.7 * Os rendimentos de mandioca referem-se a matéria seca; para obter o rendimento em tubérculos frescos, multiplicar com 3. ii) Terrenos arenosos (unidades AR 1-4) Em baixo apresentam-se os rendimentos calculados (ton/ha) para os solos arenosos excluindo-se as areias brancas e pobres que ocorrem localmente. Rendimentos Potenciais (ton/ha) MILHO MAPIRA MEXOEIRA SOJA AMENDOIM MANDIOCA AR 1 0.3-0.5 0.5-1.5 i 1.6-2.4 0.1-0.3 0.6-1.5 0.5-0.7 AR 2 0.7-1.4 1.5-2.0! 2.0-2.4 0.3-0.7 1.3-2.3 1.2-2.5 AR'3 0.3-0.5 0.2-0.3 0.2-0.3 0.1-0.3 0.2-0.3 0.5-0.7 AR 4 0.3-0. 5 0.4-0.6! 0.8-1.2 0.1-0.3 1.7-2.0 2.5-3.7 iii) Zonas derivadas de basaltos e riolitos (BR 1-3) Os rendimentos calculados referem-se aos melhores solos que se encontram localmente nas zonas BR1 e BR2. Rendimentos Potenciais (ton/ha) MILHO MAPIRA MEXOEIRA i SOJA AMENDOIM MANDIOCA BR 1 BR 2 2.8-4.3 2.2-2.8 2.0-3.1 1.7-2.2 2.3-3.1 2.0-2.2 1.4-2.0 1.0-1.4 1.3-2.0 0.8-1.4 5.4-8.2 1.2-3.0

5 3. SUMARIO DA APTIDAO DAS TERRAS PARA AGRICULTURA REGADA 3.1 Introducao Com base nos estudos existentes elaborou-se uma carta em escala 1:250.000 que mostra: - as areas aptas para agricultura regada moderna, com elevados niveis de tecnologia, gestao e entrada de factores de producao. - a localizacao das Empresas Agricolas existentes. Devido a falta de informacao nas areas dos Rios Incomati e Maputo as areas aptas foram indicadas duma maneira aproximada. Porém nos Vales dos Rios Umbeluzi e Limpopo a delimitacao das terras aptas é mais exacta. Do mesmo modo a localizacao das empresas agricolas é bastante aproximada e incompleta, sendo necessario o seu melhoramento, quando vinham disponiveis os respectivos dados. As areas aptas para regadio encontram-se nos vales aluvionares e zonas adjacentes aos principais rios de Maputo e Gaza. 3.2 Vales do Rio Limpopo Conforme o Esquema Geral do Vale do Limpopo, estima-se que actualmente as areas de regadio existentes ocupam 32.500 ha, dos quais 30.000 ha aproximadamente consistem de empresas estatais, enquanto que a restante superficie esta sendo cultivada pelo sector privado e cooperativo. Considera-se que.com os melhoramentos na barragem de Massingir uma area adicional de aproximadamente 36.100 ha possa ser regada, sendo 6.000 ha nos blocos de Chalacuane (8) e Xai-Xai (3) aptos para o arroz e os restantes 30.100 ha aptos para cereais, horticolas, leguminosas e batatas, etc. Para as ültimas culturas as areas principais para serem desenvolvidas a curto e medio prazo sao os blocos 18, 19 e 20 no Alto Limpopo e no Rio dos Elefantes. Areas menores podem ser desenvolvidas nos blocos 5 (1000 ha), 6 (300 ha), 8 (1.800 ha), 9 (1.100 ha), 11 (300 ha), 12 (1.700 ha) e 16 (1.900 ha), seja 8.100 ha no total.

6 A longo prazo quando as barragens de Mapai e Pave forem construida's estima-se que, sobretudo nas areas a montante de Macarretane ao longo do Rio Limpopo e no Baixo Limpopo, uma superficie adicional de 56.500 ha possa ser regada. 12.100 ha localizados inteiramente no Baixo Limpopo, seriam aptos só para o arroz. A restante superficie de 44.400 ha tém sobretudo vocacao para cereais, horticolas, leguminosas e batatas. Em resumo: I<I -' actualmente regavel -regavel a curto e medio prazo 'regavel a longo prazo 32.500 ha 36.100 ha (6.000 ha arroz) 56.500 ha (12.100 ha arroz) Total regavel no Vale do Rio Limpopo 125.100 ha o. o vaj-c uo ivlo InCCïïïStl No Vale do Rio Incomati o sector estatal actualmente cultiva aproximadamente 4.600 ha (Moamba, Magude, Macia, Marracuene), enquanto as acucareiras de Xinavane e Maragra ocupam 15.800 ha. As areas do sector privado, usadas para agricultura ou para a pecuaria, abrangem pelo menos 5.000 ha, sendo portanto a area ocupada pelas varias empresas agricolas no Vale do Incomati minimamente 25.400 ha. No Baixo Incomati (a jusante de Magude) o potencial das terras esta sobretudo virado para a producao de arroz (19.900 ha) e cana-de-acücar (21.000 ha), visto que a textura pesada, a salinidade ou a drenagem.'" ' problematica dos solos em muitas zonas impede o cultivo de outras culturas. Contudo, nas areas aptas para cana, localizadas fora das acucareiras (5.200 ha), podem também ser consideradas a mapira e forragens. Os melhores solos do Baixo Incomati (incluindo a Baixa Costeira de Maputo e o Vale do Rio Infulene), como p.e. os solos mais leves, os solos turfosos ou os solos pesados com possibilidades de melhorar a drenagem ocupam uma areas de 14.570 ha e sao aptos para a producao de cereais e leguminosas, mas extensas superficies também permitem o~cultivo" de - horticolas e/ou bananas.

7 No Alto e Medio Incomati encontram-se 15.900 ha de solos moderada' a altamente aptos para rega e aproveitéiveis para culturas como cereais, horticolas, leguminosas ou batatas: uma parte limitada desta superficie (2.000-3.000 ha) tem vocacao também para citrinos. Além disso ocorrem nos vales do Alto Incomati, Rio Sabié e Rio Sundüine 4.000 ha de solos com limitacoes fortes (textura arenosa, pedregosidade, profundidade limitada, etc), que tem apenas uma aptidao marginal para agricultura regada, mas onde o cultivo de girasol, ananas, algodao, etc, poderia ainda ser viavel. Em resumo: actualmente ocupado pelas empresas 25.400 ha area total apta para rega: 75.370 ha (incluindo areas existentes) arroz: cana-de-acücar: outras culturas: 19.900 ha 21.000 ha 34.470 ha (para disponibilidade de agua veja capitulo 4) 3.4 Vale do Rio Umbelüzi As empresas agricolas no Vale de Umbelüzi ocupam actualmente aproximadamente 2.500 ha; sem contar com as empresas pecuarias que ocupam areas muito vastas. 0 potencial do Vale do Rio Umbelüzi para agricultura regada esta determinada em 13.800 ha. As culturas recomendadas sao, cereais, leguminosas, horticolas, batatas e, principalmente no Baixo Umbelüzi pequenas superficies para citrinos. Contudo, no Alto Umbelüzi as terras geralmente tem apenas uma aptidao moderada para agricultura regada devido ao perigo da erosao e a profundidade limitada de muitos solos. Considera-se portanto que a producao pecuaria com base nas pastagens naturais, que sao de excelente qualidade, deve ser tratado como uma alternativa real do uso da terra. Em resumo: - actualmente ocupado pelas empresas 2.500 ha - area total apta para rega 13.800 ha (cereais, horticulturas, etc.)

8 3.5 Vale do Rio Maputo A informacao disponïvel sobre o potencial agricola no Vale do Rio Maputo é bastante limitada. Estima-se que apenas 750 ha esta sendo aproveitado pelas empresas agrïcolas, porém nao se dispoe de informacao sobre a zona de Catuane, ' '" '' ' '" =' ' Devido a sérios problemas de salinidade em grande parte do Vale (sobretudo a jusante de Salamanga), a area apta para agricultura regada foi estimada apenas para 5.000 ha. As limitacoes dos solos (drenagem deficiënte, textura pesada e salinidade) implicam que a maior parte ou seja 4.500 ha,possam ser aproveitados só para o cultivo do arroz. Nalgumas areas mais elevadas com solos mais leves e/ou meihor drenados cereais, hortïcolas, leguminosas ou mesmo batatas podem ser cultivados. 4. NECESSIDADES DE AGUA E AGUA DISPONÏVEL PARA REGA 4.1 Introducao Os dados expostos no capitulo 3. serviram para estiir.ar as quantidades mensais de agua de rega necessaria para as culturas nas diferentes zonas. Os dados climatológicos tiraram-se dum estudo FAO do projecto MOZ/75/011 (1981). Com base na vocacao dos solos e as areas definidas aptas ao regadio nesta nota técnica (folhas I e II) propoe-se uma certa ocupacao das terras durante o ano, que serve para o calculo dos volumes de agua necessarios a curto e a medio prazo. Para efeitos de comparacao das quantidades de agua necessarias estao indicados também valores médios de escoamento, se possivel mensais. Ultrapassaria os fins deste relatório fazer uma analise estatistica dos escoamentos mensais, limitamo-nos entao a utilizar os dados Ja existentes. Para obter uma aproximaca'o grosseira do escoamento com 80% de probabilidade de ocorrência, quer dizer que vai ser atingido pëlo menos ent* quatro de cinco anos, pode-se tornar a metade do escoamento medio.

9 4.2 Metodologia usada A metodologia do calcülo da NAR (necessidade de agua de rega) baseia-se nas publicacoés da FAO, Irrigation and Drainage Papers nos. 24, 25, 33 e no balanco hidrico simples: NAR = (ETc-Pe80) /e onde: ETc = evapotranspiracao da planta Pe80 = chuva eficiente com prqbabilidade 80% e = eficiência total da rega Os resultados encontram-se nas tabelas do anexo 2. A seguir explica-se brevemente a metodologia utilizada: 4.2.1 ETc - Evapotranspiracao das plantas ETc = ETo * kc onde: ETo = evapotranspiracao de referenda das plantas (Penman AGLW) kc = coéficiente da planta Os valores de kc em baixo indicados sao as médias obtidas a partir da publicacao FAO no. 33. Culturas e Meses depois do transplante Data de sementeira 1 2 3 4 5 Arroz - NOV 1.10 1.10 1.30 1.00 Batatas - MAI 0.50 0.80 1.10 0.90 Girasol - MAI 0.56 0.75 1.12 0.95 0.75 Milho - NOV 0.49 0.78 1.12 0.94 Trigo - ABR 0.51 0.93 1.13 0.89 0.68 Para culturas perenes (citrinos, cana, etc.) ou que nao tem data de sementeira precisa (horticolas) optou-se para kc = 0.9, valor medio constante. Importa notar que a ETc depende muito da data de sementeira; assim por exemplo para o milho geralmente o kc maximo coincide com ETo maximo (Janeiro), e dessa maneira pode dar resultados sobre-estimados.

10 4.2.2 Pe80 - chuva efectiva. com probabilidade de 80% A parte efectiva de chuva (Pe) é determinada pelo método USDA descrito na publicacao FAO 25. Pe depende da ETc e da chuva média mensal. Para simplificar, e em derrogacao a publicacao 25 substituimos ETc por ETo, e também nao aplicamos um factor de correccao que depende. da lamina de rega aplicada. Este factor é igüal a 1.0 para uma lamina de 75 mm, e diminue ou aumenta com a lamina (0.93 para 50 mm; 1.02 para 100 mm). Isto significa que os valores Pe em geral sao ligeiramente sobre-estimados. A chuva efectiva com probabilidade de ocorrência de 80% é: Pe80 = Pe * c onde: c = factor estatistico que depende da chuva média anual e da probabilidade de ocorrência: c esta indicado para cada estacao na coluna "TOTAL" no Anexo 2. Para o arroz determinou-se a parte da chuva como sendo 80% da chüva média mensal se essa é maior do que 10 mm, se.nao Pe = 0. '4.2.3 NAR - necessidade de agua de rega />." " Este valor é a quantidade de agua necessitada ao nivel da planta, dividida pela eficiência total "e" do sistema de rega (veja fórmula (1) do balanco hidrico). Estimou-se "e" como sendo: e = e (aplicacao) * e (vala) * e (transporte) e = 0.70 * 0.85 * 0.80 = 0.5 0 valor de e = 0.5 parece baixo para sistemas de rega por aspersao, pois reflecte um valor medio de métodos usados neste pais. 4.3 Rega a curto prazo Sob areas regaveis a curto prazo entende-se o aproveitamento completo das infraestruturas de rega ja existentes. Também existem areas com infraestrutura mas que têm pouca aptidao

11 para rega (solos arenosos, salgados, intrusao salina do mar, etc.) mas* dum outro lado ha zonas que podem ser aproveitadas com poucos investimentos dentro de pouco tempo. Portanto la, onde nao existem dados actuais das superficies regadas, supoe-se que o valor "curto prazo" nao ultrapassa a area total cultivada (como indicadas nas folhas I e II em anexo). Salienta-se que a ocupacao das terras pode ser diferente do que nessa proposta, facto que também influe as NAR. E claro que vai ter perïodos sem rega nas culturas perenes e hortlcolas (p.e. para a preparacao das terras, a colheita, etc.) e também a afectacao das terras muda por razoes culturais (plano de producao, rotacao das culturas, temperaturas demasiado altas para producao, etc). Neste sentido os calculos dos escoamentos necessarios para rega devem ser considerados mais como uma variante de estudo, e só podem dar uma ideia aproximada da realidade. A planificacao detalhada vai permitir calculos mais exactos. Cqm isto em consideracao conclue-se dos resultados (anexo 3) que: a) Limpopo: a area regada no alto Limpopo ser reduzida a metade para as horticolas no mes.de Outubro, mais do que a metade durante o Julho até Setembro para as outras culturas também, se quer garantir o abastecimento de agua com 80% de probabilidade; para o resto do ano nao tem problemas. 0 resto da bacia aproveita as aguas da barragem de Massingir. A capacidade actual de 1950 Mm 3 é suficiente para fornecer os 803 Mm 3 projectados a medio prazo com uma probabilidade de mais do que 90% (informacao DNA); para a quantidade prevista a curto prazo (450 Mm 3 ) nao vai ter falta de agua. b) Incomati: para o alto e medio Incomati tem escoamento suficiente. Para o baixo Incomati o caudal restante nao garante urn abastecimento a 80% nos meses secos: AGO SET OUT NAR cumuladas 40.4 48.0 61.3 Escoamento medio (alto Incomati) 62.0 51.8 90.1

12 c) Umbelüzi: o escoamento é altamente suficiente. " - d) Maputo: o escoamento é suficiente. e) Em geral: tem que tornar conta na escolha das areas,. da eventual intrusao salina pelas aguas da mare nos.meses da época seca; essa faz sentir-se geralmente até uma distancia de 30-40 Km da foz. 4.4 Rega a medio prazo As areas a serem regadas a medio prazo incluem as superficies indicadas no capitulo 3. e nas folhas I e II, e também conta-se com o aproveitamento das barragens de corumana (Rio Sabié - Incomati) e dos Pequenos Libombos (Rio Umbelüzi). Os resultados (em anexo 3.) devem ser considerados sob os aspectos gerais ja mencionados no capitulo 4.3 (segunda alinea e ponto e) e conduzem a seguinte conclusao: a) Limpopo: os escoamentos mensais do alto Limpopo sao insuficientes para o esquema proposto. Sendo o volume anual escoado com 80% de probabilidade quase cinco vezes mais do que a quantidade de agua necessitada, a construcao duma barragem impoe-se. 0 resto da bacia aproveita as aguas da barragem de Massingir. A capacidade actual de 1350 Mm 3 é suficiente para fornecer as 803 Mm 3 anuais projectados com uma probabilidade de mais do que 90% (informacao DNA). b) Incomati: conforme urn estudo da DNA (Fev. 1984) a quantidade de agua disponivel para rega a curto prazo é de 550 Mm 3 por ano, quer dizer. quase a metade do volume projectado. Só com o- rtac, "->-', *:--»->,; ' -- regulamento das aguas do Rio Sabié (Corumana: 1320 Mm ) vai ser possivel aproveitar a area de rega proposta. Pequenas barragens nos rios afluentes, secos durante 2-3 meses do ano, podem permitir mais rega suplementar. c) Umbelüzi: mesmo sem barragem nao deveria ter problemas de falta de agua para rega durante a época chuvosa. Só na época seca a

13 area regada deve ser reduzida. Depois de acabarem as obras dar barragem dos Pequenos Libombos com capacidade de 357 Mm 3 o fluxo da agua necessaria vai ser garantido. d) Maputo: as NAR das éireas aptas desta bac'ia sao satisfeitas facilmente com mais do que 80% de probabilidade. e) em geral: tem que se tornar em conta uma tendência crescente desses ültimos anos para subtraccao de agua para rega fora do território mocambicano; este manifesta-se com maiores consequências nos meses secos, quando por falta de chuva diminui o escoamento e aumenta a necessidade de rega. 5. ALGUMAS NOTAS EXPLICATIVAS SOBRE AS CARTAS - Densidade populacional 1990-1995. Provincias de Maputo e Gaza. - Anexo a Carta de Aptidao das Terras para Agricultura Regada (Provincias de Gaza e Maputo); Utilizacao actual das Terras - - Folhas I e II. Os factores "densidade populacional" e "utilizacao actual" das terras mencionados neste sumario, foram considerados assuntos tao importantes que merecem neste contexto urn resumo breve. 0 que nos interessa aqui, é a densidade populacional nas unidades geograficas delimitadas nas cartas "Aptidao das Terras para Agricultura Regada". Porém, os limites destas unidades nao coincidem com os limites administrativos utilizados nos estudos demograficos ja executados (ver carta "Densidade Populacional 1990-1995; crescimento natural sem migracao" do INPF). Apesar disso, esta carta demografica mostra claramente que nas regioes do Baixo Incomati e Baixo Limpopo encontramos as mais altas densidades de populacao das provincias consideradas. Este fenómeno é sem duvida uma consequencia do facto de a populacao, por falta de sitios alternativos nas duas provincias de Gaza e Maputo, depender muito destas terras nos vales dos grandes rios onde recursos em solos férteis e agua sao disponiveis. Além disso as cartas "Utilizacao actual das Terras" mostram como a

14 maioria destas terras ja esta ocupada pela agricultura do "sector familiar". A interpretacao destas cartas "Utilizacao actual das Terras" pede alguma informacao adicional. - Só foi possivel obter este tipo de informacao utilizando as imagens "via satelite" (interpretacao de F.L. Snijders: 1984). Algumas destas imagens disponiveis neste momento em Mocambique, ja sao antigas. Foram utilizadas mesmo imagens de 1972. Deste modo esta informacao nao pode ser considerado completamente actual e só serve para se obter urn' 1 visto global de identificacao a curto prazo das regioes com os maiores factores limitantes. - Estas cartas mostram de uma maneira pouco clara, o facto de muitos "blocos" delimitados, serem na realidade complexos de pequenas unidades de paisagem, apta e nao apta para a agricultura regada. A tendência é, que a populacao concentra as suas casas e machambas nas terras consideradas aptas para a agricultura em geral. Isto significa que nem sempre o factor densidade (simbolo 2 na legenda) esta directamente em proporcao com a superficie inteira da unidade cartografica (o "bloco"). No esquema desenhado na margem direita da carta "Anexo a Folha I", tentamos criar, com os meios disponiveis, uma imagem mais certa das proporcoes. Quer dizer em geral; só a superficie estimada com solos aptos é considerada, com a densidade do tipo de utilizacao mais ou menos corrigido. Quando a superficie (em ha) dum certo tipo de utilizacao nao pode ser estimada duma maneira razoavel, foi marcado (?) no esquema. Nota-se que em muitos casos as densidades de ocupacao ficam mais altos do que as que sao indicadas nas unidades cartograficas (por exemplo no caso dos blocos 37 e 38) porque só a superficie das terras aptas foi considerado. - No caso do tipo de utilizacao "agricultura moderna" (simbolo B na legenda das cartas "Utilizacao das Terras"), supomos que o tipo de infraestrutura detectada nas imagens via satelite (machambas grandes, rectangulares, as vezes com sistemas de rega/drenagem) implicam urn tipo de manejo outra do que praticado no sector "tradicional" o que implica mais investimentos; tipo empresa grande ou cooperativa. Dados mais detalhadoy faltam em muitos casos.

15 No esquema da carta "Anexo a Folha I); Utilizacao das Terras" as superficies destes tipos de empresas (nas barras indicadas com riscas) foram tiradas das cartas originais "Aptidao das Terras para Agricultura. Regada"; coluna 5 da legenda. Nas cartas anexas foram reconhecidas em alguns casos mais machambas grandes, mas a curto prazo nao podemos obter dados exactos sobre a situacao actual no campo. ^>

A 1-1 CLIMATIC CATA AHALïSIS CLIHATOLO ;ICAL DATA FCK fiozandicue STATION 1000100 DELA VISTA (HAPUTC) LAT 26.20 S LONG 32.41 E ALT 15 H JAN FED r. AR AFR MAY JUN JUL AUG SÏF OCT NOV DEC ANNUAL FC YBS F (mr.) 109. 1 ï-tcan (C) 25.9 T-roax (C) 31. 2 1-ain (C) 2C.7 T-day (C) 27.7 1-n ight (C) 23.6 E il ( m b a r) 23.7 D H-mean (X) 71.0 U (n/sec) 2.4 n/n (X) 56.0 Bij (cal/cn2/day) 520.1 ET-Fenitan (mm) 159.7 100. 7. 63.7 50.8 114.0 25.9 2'4. 9 23. 6 21.2 31.2 30. 3 29.0 27.14 20. 7 19.5 10. 1 15. 1 27. 0 26. 8 25.5 23.5 23.0 22.9 21.7 19. IJ 21. 4 23.C 21. 5 10. 4 73.0 73.0 70.0 73.0 2. U 2. 1 2. 1 2. 1 59.0 62.0 67.0 77.0 5C 1. 1 440.8 309.9 342. 6 135.8 126. 2 97.0 75.4 4 0.7 25. 2 10. 2 27.5 61.9 73.3 81.0 666. 9 1 29 10. 0 18. 6 10. 6 20.0 22.6 24. 2 25.6 22.6 1 28 25. 3 25. 1 26.0 26.4 28.6 29.8 31. 2 28.5 1 28 12.4 12. 1 13. 3 15.2 16.7 18.7 19.9 16.9 1 20 21.2 21.0 22.0 22.8 24.7 26.2 27.5 24.7 2 28 17.0 16.7 17.6 18.8 20.3 21.8 23.0 20.5 2 28 15.9 15.7 16.4 17.5 20.0 21.7 23.0 20. 1 2. 28 73.0 73.0 72.0 71.0 73.0 72.0 70.0 72.3 1 28 2. 1 2.2 2.5 2.6 2.6 2.5 2.5 2.3 3 0 00.0 70.0 74.0 65.0 54.0 50.0 54.0 64.7 3 0 10. 8 319.6 373.6 421. 1 451.7 4 80.6 517.6 423.2 3 0 55.4 63.6 85.3 103.8 127.5 139.8 160.8 1330.3 STATION 1000200 CATUAHE LAT 26.50 S LONG 32.17 E ALT 37 M JAN FED MAR APK MAY JUN JUL AUG SEF OCT NOV DEC ANNUAL 5C YRS F (10) 06. 4 l-ncan (C) 26.5 1 -ma x (C) 33.14 T-cin (C) 19.6 T-day (C) 20.9 T-niylit (C) 23.4 Ed (rabat) 23. 2 FH-n<?an <*> 67. C ü e/sec) 2. 1 n/n (X) 55.0 Fg (cal/cn 2/day) 516.3 04. 3 62.3 39.5 26.5 26. 2 25.5 23. 0 20.8 32. 7 32. 2 30. 7 20.6 1S.6 16.0 16. 0 13.0 20.4 27.9 26.3 23.7 23.4 23.0 21.4 10.5 23.5 23. 2 20.9 17.5 60.0 71.0 71.0 71.0 2. 1 1.6 1.9 1.9 56.0 59.0 64.0 77.0 407.0 436.4 370.7 340. 3 14. 18. 26. 9. 21. 15. 14. 71. 1. 79, 13. 10. 26. 10. 21. 15. 14. 70. 2. 78, 306.2 317.0 16 19 20 1 1 22 17 15.6 67.0 2. 1 75.0 374. 4 29.4 21.8 29 7 13 9 24 6 19 0 17 2 66 0 2.3 63.0 50. 23. 30. 16. 25.8 20.4 19. 60. 2. 52.0 71.9 24.4 31.2 17.5 26.7 21.4 20.5 67.0 2.3 49.0 74. 3 25.0 32.8 18.8 28. 2 22.6 22.3 67.0 2. 1 40.0 413.0 442.9 476.4 489.9 577. 22. 30. 15. 25. 2U. 19.4 68.8 2.0 62.9 4 14.9 20 20 20 20 28 20 20 20 0 0 O ET-Fenoan (mm) 160.5 140. 9 127.5 101. 4 79. 0 60.4 69.4 97. 1 120.5 139. 1 149.4 161.8 1415.S