Evento: partida realizada em 20 de julho de 2016, entre S. E. do Gama (DF) X Santos F.C. (SP), pela Copa do Brasil. Relatório

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Transcrição:

Processo: 95/2016 Órgão Julgador: 5ª COMISSÃO DISCIPLINAR Auditor Relator: MARCELO VIEIRA PAULO Denunciante: Procuradoria de Justiça Desportiva Denunciado: SOCIEDADE ESPORTIVA DO GAMA (DF) Evento: partida realizada em 20 de julho de 2016, entre S. E. do Gama (DF) X Santos F.C. (SP), pela Copa do Brasil EMENTA: Arts. 206 (atraso), 191, I (uso de sinalizador), 213, I (uso de laser), 213, III (arremesso de objetos em campo), 213, I, 1º (briga generalizada entre torcedores), todos do CBJD, todos na forma do art. 184, também do CBJD. Relatório A denúncia atribuiu ao clube denunciado os seguintes fatos, ratificados pela Procuradoria na sessão do julgamento: 1 Atraso 2 minutos para reinício da partida, Art. 206, do CBJD: Relatam súmula e denúncia que a equipe do GAMA voltou a campo com atraso de 1 minuto, o que gerou atraso de 2 minutos para reinício da partida. 2 Uso de sinalizador por torcedor na arquibancada, Art. 7º, do Regulamento Geral da Competição/2016, c/c Art. 13-A, VII, do Estatuto do Torcedor, c/c Art. 213, I, do CBJD: Relatam súmula e denúncia que torcedores do GAMA utilizaram sinalizadores nas arquibancadas, levando o árbitro a interromper a partida aos 18 minutos do primeiro tempo. 3 Uso de laser contra goleiro e árbitro, Art. 63, do Regulamento Geral da Competição/2016, c/c Art. 213, I, do CBJD: Relatam súmula e denúncia que um torcedor do GAMA posicionado nas arquibancadas utilizou aparelho emissor de raio laser, atrapalhando o goleiro da equipe adversária e o árbitro. Na súmula consta que o torcedor autor do fato não foi identificado.

4 Arremesso de objetos em campo, Art. 213, III, 1º, do CBJD: Relatam súmula e denúncia que após a partida, 4 bombas foram lançadas a campo pelos torcedores do GAMA, sem que ninguém tenha se ferido. A súmula informa que não foram identificados os torcedores autores do fato. 5 Uso de bombas em praça desportiva, Art. 7º, do Regulamento Geral da Competição/2016, c/c Art. 13-A, VII, do Estatuto do Torcedor, c/c Art. 213, I, 1º, do CBJD: Relatam súmula e denúncia que após a partida, 4 bombas foram lançadas a campo pelos torcedores do GAMA, sem que ninguém tenha se ferido. A súmula informa que não foram identificados os torcedores autores dos fatos. 6 Briga generalizada, Art. 213, I, do CBJD: Relatam súmula e denúncia que após as bombas terem sido lançadas no campo, torcedores do GAMA que estavam no mesmo local de onde as bombas foram lançadas, protagonizaram uma briga generalizada, sendo contidos poucos minutos depois pela Polícia Militar. Os antecedentes do denunciado estão elencados em fls. 11/125 dos autos, com aplicações de multas recentes, por infrações aos arts. 206 e 213, do CBJD. Frise-se que as punições foram por atos semelhantes aos ora julgados (uso de sinalizadores e briga generalizada). Foi apresentada defesa oral, pelo sempre combatente Dr. Osvaldo Sestário Filho. Não obstante o brilhantismo do patrono do denunciado, seus argumentos não foram suficientes para afastar os pontos abordados na denúncia, mormente por se tratarem os fatos de fatos públicos e notórios, vistos por todos os Auditores em imagens do site youtube. Em apertada síntese, a defesa foi focada na não aplicação do art. 184, do CBJD, e, em relação à briga generalizada, pugnando pela aplicação de uma pena branda, posto que os próprios torcedores teriam iniciado a briga em represália e punição aos torcedores que teriam atirado as bombas e utilizado laser e sinalizadores. É o relatório.

VOTO A legislação desportiva brasileira, seja o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o Estatuto do Torcedor ou o Regulamento Geral da Competição, é pródiga em determinar como deve se portar o torcedor dentro das praças desportivas, bem como em fixar obrigações e deveres às entidades desportivas, mormente quando são mandantes nos jogos disputados. Punir os clubes por ações de seus torcedores, aliada à omissão do próprio clube em coibir tais ações, foi a fórmula que o legislador encontrou tentar reduzir a violência que campeava as mais diversas arenas esportivas. É lamentável que ainda se tenha que punir clubes por atos tais quais os praticados na partida em tela. É lamentável, também, ter que punir uma agremiação com a tradição e importância que tem o GAMA. Contudo, os fatos são inquestionáveis, restando aplicar a lei e a dosagem das penas. A legislação é clara, foi bem destacada na denúncia, sendo desnecessário repetir aqui o inteiro teor dos dispositivos legais aplicados, como dito já, expostos na denúncia. Pois bem. Diferentemente do que foi posto na denúncia, para o julgamento foram consideradas cinco condutas distintas e isoladas, cumulativamente, na forma do art. 184, do CBJD. 1 Atraso 2 minutos para reinício da partida: Tal fato dispensa maiores considerações, tampouco foi rebatido pela defesa. Assim, o voto foi no sentido de ser aplicada a pena de multa equivalente a R$300,00 por minuto de atraso, na forma do art. 206, CBJD. 2 Uso de sinalizador em praça desportiva: Relatam súmula e denúncia que torcedores do GAMA utilizaram sinalizadores nas arquibancadas, levando o árbitro a interromper a partida aos 18 minutos do primeiro tempo. A súmula informa que não foram identificados os torcedores autores do fato.

O uso de sinalizador, além de ter interrompido o andamento da partida, é prática que expõe os torcedores a risco. Por certo que o clube denunciado deixou de cumprir sua obrigação legal, permitindo a entrada e a utilização de sinalizadores na praça de desporto. De tal forma, o voto foi pela desclassificação do Art. 213, I, do CBJD, e ser aplicada a pena de R$1.000,00, na forma do art. 191, I, do CBJD. 3 Uso de laser contra goleiro e árbitro: a utilização de aparelho emissor de raio laser contra goleiros ou árbitros é prática que viola os princípios do Desporto, visto que tem potencial de interferir no resultado da partida. As imagens transmitidas pela televisão e revistas via youtube por este Auditor Relator não deixam dúvidas. Tampouco houve contestação dos fatos por parte da defesa. E nem a identificação do torcedor que praticou o fato. Assim, o voto foi no sentido de se aplicar a pena de R$1.000,00, na forma do art. 213, CBJD. 4 Arremesso de objeto em campo: Relatam súmula e denúncia que após a partida, 4 bombas foram lançadas a campo pelos torcedores do GAMA, sem que ninguém tenha se ferido. A súmula informa que não foram identificados os torcedores autores do fato. Arremessar objetos para dentro do campo de partida é prática repudiada pela legislação. Torna-se mais grave o fato, quando os objetos lançados para dentro do campo foram bombas, exigindo maior rigor na dosimetria da pena. Assim sendo, o julgamento foi no sentido de ser aplicada pena de R$1.000,00 por bomba lançada, totalizando R$4.000,00 e a perda do mando de campo por uma partida, na forma do art. 213, III, 1º, CBJD. 5 Briga generalizada: Relatam súmula e denúncia que após as bombas terem sido lançadas no campo, torcedores do GAMA que estavam no mesmo local de onde as bombas foram lançadas, protagonizaram uma briga generalizada, sendo contidos poucos minutos depois pela Polícia Militar.

A defesa não trouxe nenhum elemento que minimizasse as cenas de verdadeira selvageria, vistas por todos. Em verdade, a briga, repita-se verdadeiro ato de selvageria, foi praticamente um linchamento, péssimo exemplo para os jovens e crianças que assistem às partidas. Assim, considerando a gravidade do fato, e não sendo a primeira vez em que a torcida do GAMA se envolve em briga generalizada, o voto foi no sentido de ser aplicada a pena de R$5.000,00 e a perda do mando de campo por uma partida, na forma do art. 213, III, 1º, CBJD. Rio de Janeiro, 16 de setembro de 2016. Marcelo Vieira Paulo Auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva