MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE GUARAPUAVA/PR

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Transcrição:

RECOMENDAÇÃO Nº 002/2012 Objeto: Lei Municipal 1.999/2011 que proíbe o consumo de bebida alcoólica em logradouros públicos no Município de Guarapuava O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ, pelo Promotor de Justiça que subscreve a presente, no exercício de suas atribuições constitucionais e legais, máxime a atribuição relacionada à defesa da ordem jurídica e da saúde pública (arts. 127, caput; 129, II e 182 e 196, todos da Constituição Federal de 1988) e atribuição junto aos Juizados Especiais Criminais da Comarca de Guarapuava, e com supedâneo no art. 6º, inciso XX, da Lei Complementar Federal n. 75/93, aplicável subsidiariamente ao Ministério Público dos Estados, conforme art. 80, da Lei Federal n. 8.625/93, art. 27, parágrafo único, IV, da Lei n. 8.625/93, e, CONSIDERANDO que segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso nocivo de álcool é um problema global que compromete o desenvolvimento individual e social, resultando em 2,5 milhões de mortes a cada ano; CONSIDERANDO que segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o álcool é considerado a terceira maior causa de mortalidade prematura, invalidez e perda da saúde, e é o principal fator de risco nas Américas, matando mais do que aids, tuberculose ou violência; CONSIDERANDO que uma pessoa intoxicada pelo álcool pode prejudicar outras, colocando-as em risco de acidentes de trânsito ou o 1

em razão de comportamento violento, bem como afetar negativamente colegas de trabalho, parentes, amigos ou outros cidadãos; CONSIDERANDO que uma proporção considerável dos crimes praticados são atribuíveis ao consumo nocivo de álcool, derivando de ações intencionais e não intencionais, tais como por exemplo homicídios, lesões corporais de diversas naturezas, ameaças, vias de fato, perturbação do sossego, acidentes de trânsito com morte, direção de veículo automotor sob a influência de álcool, etc; CONSIDERANDO que foi traçado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma estratégia global para redução do uso nocivo do álcool, sendo que as medidas a serem adotadas exigem a participação ativa do Poder Público em todas suas esferas, com o envolvimento inclusive da sociedade civil, com a finalidade precípua de diminuir o consumo desta substância; CONSIDERANDO que o consumo de álcool em via pública gera considerável volume de lixo, principalmente em logradouros públicos, com deposição elevada de garrafas fabricadas de diversos materiais, copos descartáveis, bem como cacos de vidros, expondo tanto o meio ambiente como pessoas a dano e perigo; CONSIDERANDO que compete ao MUNICÍPIO, segundo os arts. 60 e 63 do Código de Postura do Município de Guarapuava, zelar e evitar danos à higiene pública, principalmente dos logradouros públicos; CONSIDERANDO que segundo o art. 63, inciso IX do Código de Postura do Município de Guarapuava, é proibido jogar lixo e detritos ou qualquer outra impureza em logradouros públicos; 2

CONSIDERANDO que a edição da Lei municipal 1.999/2011, veio proibir a comercialização e consumo de bebidas alcoólicas, de qualquer graduação, em logradouros públicos do Município de Guarapuava, tais como ruas, avenidas, rodovias, alamedas, calçadas, praças, ciclovias, dentre outros mencionados no art. 2º da aludida norma; CONSIDERANDO que a Lei municipal 1.999/2011, estabeleceu no seu art. 5º que o Poder Executivo Firmará convênio com a Polícia Militar para auxiliá-lo na fiscalização do cumprimento da mencionada norma legal; CONSIDERANDO que a Lei municipal 1.999/2011 estabeleceu no seu art. 6º, que a autoridade policial que flagrar descumprimento dessa norma deverá determinar ao infrator que cesse imediatamente a conduta, lavrando termo de ciência, bem como tomando as medidas penais cabíveis em caso de reincidência, lavrando o termo circunstanciado; CONSIDERANDO que a desobediência à ordem legal emanada da autoridade policial ou de qualquer funcionário público, configura a prática do crime de desobediência, tipificado no art. 330 do Código Penal, sujeitando o infrator a lavratura de termo circunstanciado e seu encaminhamento ao Juizado Especial Criminal para a adoção das medidas penais cabíveis; CONSIDERANDO, outrossim, que é dever do Estado preservar a tranquilidade e o sossego da coletividade, coibindo a balbúrdia e as algazarras, haja vista a supremacia do interesse coletivo sobre o individual; CONSIDERANDO, em suma, a necessidade de uma atuação imediata nas questões atinentes ao consumo nocivo de álcool em logradouros públicos, de modo a coibir abusos e práticas ilícitas, garantindo-se a 3

tranqüilidade das pessoas que desejam fazer uso de tais locais ou que e necessitam de descanso em suas residências, acentuadamente em horário noturno, combatendo-se o problema na sua origem, restaurando a almejada paz social, que deve ser buscada e obtida; CONSIDERANDO que constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão de agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, de acordo com os arts. 4, 10, incisos X e XII, e art. 11, caput, e inciso l, da Lei 8.429/92. CONSIDERANDO que constitui crime de prevaricação (art. 319 CP), o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal; CONSIDERANDO que ao Ministério Público incumbe defesa da ordem jurídica e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, dentre os quais encontra-se o meio ambiente ecologicamente equilibrado e saúde púbica; CONSIDERANDO que ao Ministério Público incumbe a adoção de medidas que venham a proteger a sociedade da prática de infrações penais; CONSIDERANDO, assim, que compete ao Ministério Público, no exercício de suas atribuições institucionais na defesa dos direitos assegurados na Magna Carta Constitucional, emitir RECOMENDAÇÕES dirigidas ao Poder Público, aos órgãos da Administração Pública, direta ou 4

indireta, aos concessionários e permissionários de serviço público e às entidades que exerçam função pública delegada ou executem serviço de relevância pública (art. 27, Parágrafo único, inciso IV, da Lei n.º 8.625/93). RESOLVE RECOMENDAR: I - Ao Excelentíssimo Senhor PREFEITO MUNICIPAL DE GUARAPUAVA, Fernando Ribas Carli, bem como ao Senhor SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO do Município de Guarapuava, que propiciem a efetiva e rigorosa fiscalização do cumprimento do contido na Lei Municipal nº 1.999/2011, determinando, dentre outras medidas: a) que seja intensificada a fiscalização de todos os estabelecimentos comerciais de bares, quiosques, lanchonetes e restaurantes a fim de verificar se possuem a autorização do Poder Público mencionada no parágrafo único, do art. 2º, incisos I letra b, II e III da Lei Municipal 1.999/2011; b) a realização de convênio com a Policia Militar para auxiliá-lo na fiscalização do cumprimento da Lei Municipal 1.999/2011, nos termos previstos em seu art. 5º; c) a colocação de avisos, por meio de placas ou outros meios de alerta, principalmente nos logradouros públicos de maior concentração de pessoas, com o fim cientificação da proibição contida na Lei Municipal 1.999/2011; d) proceda à orientação do órgão de trânsito municipal (GUARATRAN) para que também atentem, inclusive, que o 5

consumo de bebida alcoólica mesmo que ocorrido no interior de veículo automotor e que se encontrar em via pública (estacionado ou circulando), incide nas mesmas vedações contidas na Lei Municipal 1.999/2011, sujeitando os infratores ao disposto em seu art. 6º. II) Às AUTORIDADES POLICIAIS MILITARES, responsáveis pelo policiamento ostensivo: a) que, através do policiamento ostensivo preventivo, desenvolvido nos termos do art. 225, caput, da Constituição Federal, fiscalize a rigorosa aplicação do disposto Lei Municipal 1.999/2011, implementando todas as medidas necessárias para seu cumprimento, visando coibir de forma efetiva e rigorosa a venda e consumo de bebidas alcoólicas em logradouros públicos, que estejam ocorrendo em desconformidade com o disposto na aludida norma legal; b) que também atentem, inclusive, que o consumo de bebida alcoólica mesmo que ocorrido no interior de veículo automotor e que se encontrar em via pública (estacionado ou circulando), incide nas mesmas vedações contidas na Lei Municipal 1.999/2011, sujeitando os infratores ao disposto em seu art. 6º; c) que implementem as medidas necessárias para o rigoroso cumprimento do contido no art. 6º da Lei Municipal, encaminhando os casos em que o infrator se negue a acatar a ordem policial para cessar o consumo de bebida alcoólica em logradouro público, ou nos de reincidência, para a lavratura de Termo Circunstanciado pela prática de crime de desobediência, sem prejuízo das demais infrações penais praticadas pelo infrator. 6

III) Às AUTORIDADES POLICIAIS CIVIS: a) que fiscalize a rigorosa aplicação do disposto Lei Municipal 1.999/2011, implementando todas as medidas necessárias para seu cumprimento, visando coibir de forma efetiva e rigorosa a venda e consumo de bebidas alcoólicas em logradouros públicos, que estejam ocorrendo em desconformidade com o disposto na aludida norma legal; b) que também atentem, inclusive, que o consumo de bebida alcoólica mesmo que ocorrido no interior de veículo automotor e que se encontrar em via pública (estacionado ou circulando), incide nas mesmas vedações contidas na Lei Municipal 1.999/2011, sujeitando os infratores ao disposto em seu art. 6º; c) em cumprimento ao seu múnus de Polícia Judiciária, que preste todo apoio necessário aos casos que lhe forem trazidos relacionados à presente Recomendação, adotando as medidas necessárias para o rigoroso cumprimento do contido no art. 6º da Lei Municipal, encaminhando os casos em que o infrator se negue a acatar a ordem policial para cessar o consumo de bebida alcoólica em logradouro público, ou nos de reincidência, para a lavratura de Termo Circunstanciado pela prática de crime de desobediência, sem prejuízo das demais infrações penais praticadas pelo infrator. REQUISITA, ainda, às autoridades públicas mencionadas nesta recomendação, que remetam ao Ministério Público, no prazo de 15 dias, informações acerca das providências adotadas para o cumprimento dos termos da presente Recomendação. 7

Publique-se cópia da presente Recomendação no mural desta Promotoria de Justiça, bem como remeta-se cópias via ofício aos seguintes órgãos, autoridades e entidades, para fins de divulgação e cumprimento: 1- PREFEITO MUNICIPAL; 2-SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO; 3 COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR; 4 DELEGADO CHEFE DA POLÍCIA CIVIL; 5 PRESIDENTE CÂMARA DE VEREADORES DE GUARAPUAVA; 6 PRESIDENTE CAMARA DOS DIRIGENTES LOJISTAS DE GUARAPUAVA; 7 PRESIDENTE ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE GUARAPUAVA. Cumpra-se. Guarapuava, 05 de março de 2012. MARCELO ADOLFO RODRIGUES PROMOTOR DE JUSTIÇA 8