Natural. Pessoas no Código Civil. Jurídica AULA 03

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Transcrição:

AULA 03 PONTO: 05 Objetivo da aula: Pessoa natural. Conceito. Começo da personalidade natural. Individualização. Capacidade e incapacidade. Conceito. Espécies. Cessação da incapacidade. Pessoa natural. Modos de extinção. Registro. Tópico do plano de Ensino: Pessoa natural. Conceito. Começo e fim da personalidade natural. Conceito de Direitos da Personalidade. Roteiro de aula Objetivo: Propiciar ao aluno a compreensão do elemento subjetivo da relação jurídica civil no tocante ao início da personalidade civil e da capacidade exigida para a práticas dos atos da vida civil, diferenciando uma da outra. Referência Legislativa: artigos 1º e 2º da Lei n. 10.406/02 (Código Civil) Pessoas no Código Civil Natural Jurídica 1) Conceituação Sujeito de direito é o ente físico ou coletivo que detém a titularidade de um direito, de uma pretensão ou de um dever jurídico, ou seja, é a pessoa natural (ser humano) ou jurídica (agrupamentos humanos ou um conjunto de bens a que a lei confere personalidade jurídica). A relação jurídica, por sua vez, surge da necessidade desses sujeitos em satisfazer suas relações sociais, pelas quais, assumem direitos e deveres suscetíveis de apreciação econômica 1. 1 Diniz, Maria Helena. Manual de direito civil. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 27.

2) Personalidade Civil Essa qualidade de sujeito da relação jurídica, qual seja, de titular de direitos e deveres 2 é atribuída às pessoas naturais e jurídicas, tendo o Código Civil iniciado a regulamentação pelas disposições pertinentes às pessoas naturais. Nesse sentido, dispõe o artigo 1º do atual Código Civil: Art. 1º. Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Nota-se que o legislador considerou como sujeito de direito todo ser humano, excluindo do conceito os animais e seres inanimados que apesar de não serem sujeitos de direito, são, eventualmente objetos do direito 3. Sendo assim, toda pessoa é dotada de personalidade civil, ou seja, de aptidão genérica para ser sujeito de direitos e deveres. Mas a partir de qual momento? Pela redação atual do artigo 2º do Código Civil, o legislador optou por determinar o nascimento com vida como marco inicial da personalidade civil. Personalidade jurídica (pessoa natural) - início: nascimento com vida - fim: morte real ou presumida Art. 2º. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. A constatação do nascimento com vida se dá pela presença de ar nos pulmões (respiração), técnica conhecida como Docimasia Hidrostática de Galeno. (Glossário: A palavra docimasia tem origem no grego dokimasia e no francês docimasie e significa experiência, prova). 2 Segundo Flávio Tratuce, Não se pode mais afirmar que a pessoa é sujeito de direitos e obrigações, mas de direitos e deveres. A expressão destacada é melhor tecnicamente, pois existem deveres que não são obrigacionais, no sentido patrimonial, caso dos deveres do casamento (art. 1.566 do CC) (Direito Civil, vol. 1: lei de introdução e parte geral. 6ª ed. Rio de Janeiro: Forense. São Paulo: Método. 2010, p. 142). 3 Tartuce, Flávio. Direito Civil, vol. 1: lei de introdução e parte geral. 6ª ed. Rio de Janeiro: Forense. São Paulo: Método. 2010, p. 142.

Dessa feita, constatada a presença de ar nos pulmões do recém-nascido, este adquiriu personalidade civil e tornou-se sujeito de direito, ainda que venha a falecer minutos após seu nascimento. Início da personalidade - nascimento: separação do corpo da mãe - vida: primeira respiração (1ª troca oxicarbonica) Saiba mais: Gonçalves, Carlos Roberto Direito Civil Brasileiro, volume 1: parte geral, 5ª edição, São Paulo: Saraiva, 2007, p. 73 a 76. Espécies Personalidade jurídica Formal Direitos inerentes ao homem Dignidade da pessoa humana Vida, honra, integridade Material Reflexo patrimonial 2.1) Nascituro Tema de grande relevância na atualidade diz respeito à situação jurídica do nascituro, pois o artigo 2º do Código Civil não deixou claro se o nascituro tem personalidade. Saiba mais: FIUZA, César. Código Civil anotado. In PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Porto Alegre: Síntese, 2004, p. 24; TARTUCE, Flávio. A situação jurídica do nascituro: uma página a ser virada no Direito Brasileiro. Questões controvertidas no novo Código Civl. São Paulo: Método, 2007.)

concepturo nascituro pessoa Nascituro é o ser já concebido que aguarda o tempo do nascimento no ventre materno, sendo três as correntes que procuram explicar sua condição jurídica: Teorias natalista concepcionista personalidade condicional a) Teoria natalista segundo a qual o nascituro não é considerado pessoa com personalidade civil (jurídica), tendo mera expectativa de direitos condicionados ao nascimento com vida. b) Teoria concepcionista sustenta que desde a concepção embrião já no ventre materno ou mesmo in vitro detém personalidade civil, podendo ser, inclusive, detentor de direitos patrimoniais decorrentes da personificação do nascituro. 4 c) Teoria da personalidade condicional essa corrente doutrinária sustenta posição intermediária entre as duas anteriores, sustenta que o nascituro é titular apenas de direitos personalíssimos, como o direito à vida, enquanto que os direitos patrimoniais estariam condicionados ao nascimento com vida. 5 Dão suporte à essa teoria os artigos 542 e 1.798 do CC. 4 Reforça essa tese a Lei de Biossegurança (Lei n. 11.105/2005) e a Lei dos Alimentos Gravídicos (Lei n. 11.804/2008). 5 Na vida intrauterina, tem o nascituro personalidade jurídica formal, no que atina aos direitos personalíssimos e aos da personalidade, passando a ter a personalidade jurídica material, alcançando os direitos patrimoniais, que permaneciam em estado potencial, somente com o nascimento com vida. Se

prole eventual Concepturo nascituro nascida com vida nascida sem vida pessoa natimorto 3) Fim da personalidade jurídica (pessoa natural) art. 6º e seguintes do CC O fim da personalidade jurídica da pessoa natural se dá com a morte, que pode ser real: cessação das funções vitais, ou presumida, com ou sem a declaração da ausência. Morte Comoriência Presumida Real Art.7º CC Ausência cessação das funções vitais nascer com vida, adquire personalidade jurídica material, mas se tal não ocorrer, nenhum direito patrimoial terá (Diniz, Maria Helena. Código Civil anotado. 5ª. edição. São Paulo: Saraiva, 1999, p. 9).

3.1) Morte real ou natural: o fim se dá com a constatação da cessação das funções vitais, cerebrais, respiratórias e circulatórias. 3.2) Morte presumida sem processo de ausência: o fim se dá quando a pessoa em comprovada situação de perigo que pressuponha seu falecimento, como nas catástrofes naturais ou em campanha (guerra). Morte presumida Processo de ausência Situação de risco, art. 7º Perigo de vida, inciso I desaparecido em guerra, inciso II sentença após esgotadas as buscas sentença 2 anos após o término da guerra Requisitos: declaração de morte presumida somente poderá ser dada por sentença após esgotadas as buscas da pessoa em estado de perigo de morte (catástrofe) ou após 2 anos do término da guerra em que o militar (sentido amplo) desapareceu. O fim da personalidade jurídica implica na transmissão do patrimônio do de cujus, assim, é importante distinguir o momento da cessação da personalidade para atribuir a sucessão dos herdeiros. Comoriência: presunção legal (relativa) de morte simultânea dos herdeiros entre si, quando for improvável distinguir quem veio a óbito primeiro, desta forma, não há transferência de bens entre eles (art. 8º do CC). 4) Exercícios 4.1) Existe proteção jurídica ao natimorto no ordenamento civil brasileiro

4.2) Imagine que em uma maternidade do interior de Minas Gerais, foram realizados os partos de três crianças: Caio, Tício e Mévio. Caio nasceu com um grave problema cardíaco e faleceu depois de dois dias. Tício nasceu morto, em virtude de complicações ocorridas ainda no ventre materno. E, felizmente, Mévio nasceu saudável. Sobre as três situações descritas, quais as considerações e consequências jurídicas acerca da personalidade civil? 4.3) Durante uma festa rave que acontecia em Itú/SP, Maria conheceu João e naquele mesmo dia fizeram sexo. Dessa única relação mantida pelo casal, que sequer chegou a virar namoro Maria engravidou. O avô paterno da criança é muito rico e antes mesmo da criança nascer deu a ela (criança) um imóvel no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais). Por motivos desconhecidos, no momento do parto, a criança é expulsa do ventre materno sem vida (natimorta). Considerando sua baixa condição financeira, Maria alega que, na condição de herdeira de João, tem direito ao apartamento doado pelo avô paterno ao neto. Isto procede? Explique.