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NORMA TÉCNICA 34/2014

Transcrição:

i l u m i n a ç ã o e s p o r t i v a O projeto garantiu boa visibilidade para quem se posiciona nas extremidades do ginásio, tanto quanto na Tribuna de Honra. Eficiência e bom fluxo luminoso Por Marina Castellan Fotos: Rubens Campo Critérios fundamentais para a iluminação de um ginásio poliesportivo Um bom projeto luminotécnico em estádios e ginásios esportivos prioriza a visibilidade dos jogadores, espectadores e transmissões de TV, com um bom rendimento e fluxo de luz. Esses critérios são fundamentais para uma iluminação eficiente, econômica e prática, com uniformidade e iluminância apropriadas. Quando o assunto é iluminação esportiva, o projetista deve avaliar vários fatores, como: categoria de competição, layout do local a ser iluminado, altura de montagem e locais para possíveis instalações de projetores, definição da cor e potência da lâmpada e posicionamento de câmeras para transmissão de TV. Todos esses cuidados antecipam a execução de projetos que buscam: boa visibilidade, para proporcionar contrastes, com relação ao tamanho e velocidade do objeto em jogo; boa visibilidade da superfície do campo e dos expectadores nas arquibancadas; iluminância, que é a uniformidade da luz; controle de luminância (brilho) e limitação de ofuscamento para expectadores e transmissão de TV. Seguindo essa premissa, projetistas da Shomei Iluminação realizaram um trabalho em junho deste ano, no ginásio poliesportivo Paulo Cheidde, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) - conhecido como o antigo complexo Baeta Neves. O objetivo foi conseguir um bom rendimento da iluminação, além de um agradável efeito estético. Os responsáveis pelo projeto são os projetistas de iluminação Celso Y. Takamoto e Carlos Alexandre André de Macena e o engenheiro Jorge Kuwabara. O ginásio é um espaço público poliesportivo, para competições de vôlei, futebol de salão e basquete. São 1.398,79 m² de área construída, no total, e uma quadra de 640,52 m², com piso em madeira (amarelo cetim). As arquibancadas laterais têm capacidade para 770 pessoas e há também um espaço chamado Tribuna de Honra para 17 pessoas.

Lâmpadas de vapor metálico garantiram bom índice de reprodução de cores, auxiliando na melhor identificação dos jogadores e dos objetos. Segundo o engenheiro, a estrutura da iluminação do local foi encontrada numa situação precária, com projetores e luminárias instalados juntos, atingindo apenas cerca de 200/205 lux. Por isso, a principal preocupação da equipe foi atingir um índice mínimo de 1.000 lux (índice médio para ambientes esportivos), buscando uma melhor visibilidade do jogo e dos objetos em jogo, principalmente na quadra, e com um bom fluxo e uniformidade de luz. Essa boa iluminação também atingiu grande parte da arquibancada, proporcionando contraste entre objeto e plano de fundo, explica Jorge. A maior dificuldade enfrentada na execução do projeto foi o teto abobadado do ginásio, com área de 897,27 m², revestido com um material conhecido como termoacústico, em lã de vidro flocada, através de um processo chamado jateamento auto-aderente, e espessura de 30 mm. Foram instaladas 40 luminárias de facho concentrado, com ampla abertura, alto rendimento, alta eficiência e com tela metálica de proteção para evitar que as lâmpadas sejam atingidas e danificadas por objetos em jogo. A alta eficiência da luminária proporcionou a diminuição na quantidade de luminárias e economia no consumo de energia em relação às existentes. Elas foram fixadas por suspen-são de engate rápido (SBS-1), uma espécie de trilho que facilita a manutenção das luminárias, numa altura de 9 a 12 metros, em uma estrutura retangular (dispostas 5 por 8). Isso permitiu um vasto fluxo luminoso e facilitou a visualização dos jogadores do objeto em jogo e sua velocidade, além de proporcionar uma iluminação centralizada e sem ofuscamento direcionada para a quadra. As lâmpadas são de vapor metálico HPI 400 Plus BU e os reatores de uso externo VMTE 400A26IG P. Foram utilizados um reator por lâmpada e uma lâmpada por luminária. O resultado é uma luz branca e um bom índice de reprodução de cores, o que ajuda muito na identificação dos jogadores, entre eles, e do objeto em jogo, por eles, explica o engenheiro. A iluminação vertical do local (sentido longitudinal) possibilitou a transmissão de TV. E a iluminação horizontal auxiliou no controle da luminância (brilho) e, principalmente, no contraste dos jogadores com relação ao chão da quadra e a profundidade do ambiente. Foram instaladas 40 luminárias de facho concentrado, alto rendimento e tela metálica de proteção.

Com relação à evolução de sistemas de ilumi-nação mais eficientes e práticos em projetos de iluminação esportiva, o desenvolvimento no setor de lâmpadas é contínuo, o que, segundo o engenheiro, não acontece com o setor de luminárias. A produção de luminárias projetadas para forne-cer alto rendimento é mais retrógrada. São poucas as empresas que pensam em qualidade e inovação e conseguem imprimir isso aos seus produtos, acrescenta Jorge. O engenheiro também lembra que é comum projetistas optarem pela instalação de projetores tradicionais nas laterais de quadras esportivas, em razão do seu custo menor. Mas ele adverte: esse sistema só deve ser adotado em caso de lâmpadas em formato tubular, no sentido horizontal, para que se consiga um bom fluxo luminoso. O projeto atingiu 1.000 lux (índice médio para ambientes esportivos) com um reator por lâmpada Projeção em 3D da posição longitudinal e vertical das luminárias (em vermelho) e da grade de medição dos pontos de luz (em verde. Planta do ginásio com área da quadra esportiva em destaque. As cores representam os níveis de lux atingidos em ordem crescente. O nível máximo de lux alcançado é de 1200. Ficha Técnica Projeto luminotécnico: Celso Y. Takamoto, Carlos Alexandre André de Macena e Jorge Kuwabara Construtora: Planova Luminárias: Shomei Iluminação Lâmpadas e reatores: Philips