Cabeamento Estruturado e Infraestrutura Profº Luiz Cláudio Buzeti. Práticas de Gerenciamento do Cabeamento Instalado
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- Adriana Sanches de Barros
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1 1 Práticas de Gerenciamento do Cabeamento Instalado
2 Devem ser baseados em normas da indústria Há quatro classes de gerenciamento Essas normas definem: procedimentos e classes de gerenciamento para a manutenção da estrutura de gerenciamento. Norma ANSI/TIA/EIA-606-A e adotadas pela ISO/IEC l4763-l Apresentam procedimentos ajustáveis Capacidade de expansão para permitir a implementação de vários subsistemas de gerenciamento para os vários subsistemas de um sistema de cabeamento de telecomunicações em edifícios comerciais. 2
3 As normas para gerenciamento do cabeamento instalado podem ser aplicadas a vários tipos de edifícios comerciais de diversos tamanhos e características. O gerenciamento da infra-estrutura de edifícios comerciais é feita por meio de: Atribuição de identificadores aos componentes da infraestrutura de telecomunicações; Especificação dos elementos da infraestrutura por meio de registros Especificação da relação entre os registros gerados e informações associadas Especificação dos relatórios apresentando informações e grupos de registros. Especificação gráfica e requisitos de simbologia e codificação por cores. 3
4 4 Modelo representativo de uma infraestrutura de cabeamento genérico:
5 Os seguintes modelos são apresentados: a) cabeamento e encaminhamentos horizontais; b) cabeamento e encaminhamentos de backbone; c) terminações do cabeamento (tomadas de telecomunicações, blocos de conexão, patch panels etc.); d) aterramento/equalização de terras para telecomunicações; e) espaços: infraestrutura de entrada, salas de telecomunicações e sala de equipamentos; f) sistemas de proteção contra incêndio. 5
6 Além desses elementos, um sistema completo e eficiente de gerenciamento da infraestrutura de telecomunicações de um dado edificio pode associá-los a outros sistemas de gerenciamento do edifício e sistemas, tais como segurança, ar-condicionado, controle de iluminação, computadores, switches, telefones, mobiliários, salas e estações de trabalho de usuários, entre outros. Os fatores mais importantes na determinação da classe de gerenciamento são tamanho e a complexidade da infraestrutura a ser gerenciada. A quantidade de espaços de telecomunicações (salas de equipamentos, salas de telecomunicações, salas comuns e infraestrutura de entrada) é um bom indicador da complexidade do sistema a ser gerido. 6
7 7 Definição: O subsistema de cabeamento horizontal e seus respectivos encaminhamentos fazem parte do sistema de gerenciamento da infraestrutura de telecomunicações do edificio. Os subsistemas de cabeamento de backbone e seus respectivos encaminhamentos fazem parte do sistema de gerenciamento da infraestrutura de telecomunicações do edificio. As tomadas de telecomunicações fazem parte do sistema de gerenciamento da infraestrutura de telecomunicações do edificio.
8 8 Definição: Os espaços de telecomunicações fazem parte do sistema de gerenciamento da infraestrutura de telecomunicações do edifício. O sistema de proteção contra incêndio faz parte do sistema de gerenciamento da infraestrutura de telecomunicações do edifício. O aterramento e a equalização dos diferentes sistemas de aterramento do edificio fazem parte do sistema de gerenciamento da infraestrutura de telecomunicações do edifício.
9 9 Classes de Gerenciamento: Quatro classes de gerenciamento são específicas para atender a vários níveis de complexidade presentes em uma infraestrutura de telecomunicações. As especificações para cada classe tratam dos requisitos para identificadores, registros e métodos de etiquetagem. Um sistema de gerenciamento deve oferecer um método para a localização do registro associado a qualquer identificador especifico.
10 10 Classe 1 de Gerenciamento: A Classe 1 se aplica ao gerenciamento de espaços atendidos por uma única sala de equipamentos. Nestes casos não há salas de telecomunicações, cabeamento de backbone, tampouco sistemas de cabeamento de planta externa para serem gerenciados. Dada a simplicidade da infraestrutura a ser gerenciada, os encaminhamentos de cabos não precisam fazer parte do sistema de gerenciamento.
11 11 Classe 1 Gerenciamento: A Classe 1 se aplica ao gerenciamento de espaços atendidos por uma única sala de equipamentos. Nestes casos não há salas de telecomunicações, cabeamento de backbone. tampouco sistemas de cabeamento de planta externa para serem gerenciados. Assim dada a simplicidade da infraestrutura a ser gerenciada. os encaminhamentos de cabos não precisam fazer parte do sistema de gerenciamento.
12 Classe 1 Gerenciamento: Quando os elementos apresentados em seguida fazem parte da infraestrutura de telecomunicações a ser gerenciada, os seguintes identificadores devem ser usados: b) Identificadores de enlaces horizontais; a) Identificadores de espaços de telecomunicações; c) Identificador do barramento de aterramento principal de telecomunicações (TMGB); d) Identificador do barramento de aterramento de telecomunicações (TGB). 12
13 13 Classe 2 de Gerenciamento: A Classe 2 de gerenciamento se aplica ao gerenciamento de um único edifício que tem várias salas de telecomunicações. Os seguintes identificadores devem ser usados: a) identificadores usados na Classe l de gerenciamento; b) identificador do cabo de backbone de edificio; c) identificador dos pares ou fibras ópticas do backbone de edifício; d) identificador do sistema de proteção contra incêndio.
14 Classe 3 de Gerenciamento: A Classe 3 de gerenciamento se aplica a uma infraestrutura de campus. Os edifícios que fazem parte de uma mesma rede de campus (CAN, Campus Area Network) e o cabeamento de planta externa devem ser gerenciados. Os seguintes identificadores devem ser usados: a) identificadores usados na Classe 2 de gerenciamento; b) identificadores dos edifícios; c) identificadores dos cabos do backbone de campus; d) identificadores dos pares ou fibras Ópticas do backbone de campus. 14
15 15 Classe 4 de Gerenciamento: A Classe 4 de gerenciamento se aplica a uma infraestrutura que integra várias redes de campus em um único sistema de gerenciamento. Os seguintes identificadores devem ser usados: a) identificadores usados na Classe 3 de gerenciamento; b) identificador do campus ou localidade do edifício ou edifícios.
16 16 Resumo das Classes de Gerenciamento: Classe 1: gerenciamento de uma única área (piso ou pavimento); Classe 2: gerenciamento de um único edifício; Classe 3: gerenciamento de um campus inteiro; Classe 4: gerenciamento de um ambiente com vários campi.
17 17 Idenficadores: Os componentes que fazem parte dos sistemas de cabeamento e os encaminhamentos e espaços devem ser identificados em um sistema de gerenciamento do cabeamento de telecomunicações do edifício. Um identificador único deve ser atribuido a cada componente ou elemento do cabeamento a ser gerenciado. Um identificador é um código adotado para identificar um determinado elemento ou componente e deve ser marcado em uma etiqueta a ser fixada neste.
18 18 Idenficadores:
19 19 Idenficadores: O campo 1 define o edifício ou localização do edifício em um campus. Por exemplo, o campo pode ser: ED 001, para designar o edifício 001, ou AD 004, para designar a posição de um edifício em um sistema de coordenadas,
20 Idenficadores: O campo 2 pode ser usado para definir uma localização especifica, por exemplo, a localização de salas de telecomunicações dentro de um edifício. Como exemplo, um identificador desse tipo seria: 01 TR 0l para designar a sala de telecomunicações no primeiro piso, sala número 0l, ou 0l AGIO para designar a posição da sala de Telecomunicações 0l (TR 0l) que se encontra no quadrante AG 10, do primeiro andar de um determinado edifício identificado pelo campo l descrito anteriormente. 20
21 21 O campo 3 é o identificadordos componentes da rede. Por exemplo, o campo 3 pode ser: FO 0l para designar a Fibra Óptica de número 0l de um dado equipamento ativo ou distribuidor óptico.
22 O campo 4 identifica a quantidade de portas de um determinado equipamento ativo, distribuidor Óptico ou patch panel. Por exemplo, o campo 4 pode ser: SWI G-36 para designar um switch Gigabit Ethernet de 36 portas, ou DOSC-72 para designar um distribuidor Óptico com 72 fibras terminadas em conectores padrão SC. O campo 5 apresenta casos específicos de um componente, caso seja relevante. Um exemplo disso pode ser a specificação do serviço ou tipo do componente identificado. 22
23 23 O campo 5 apresenta casos específicos de um componente, caso seja relevante. Um exemplo disso pode ser a especificação do serviço ou tipo do componente identificado.
24 24 Cada componente deve ser marcado com seu identificador de modo que a identificação seja: Permanente Inteligível Fique claramente acessível para fácil inspeção e leitura. A marcação pode ser feita por meio de etiquetas seguramente fixadas aos componentes ou os componentes podem ser marcados diretamente.
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28 28 Registros Genéricos: As etiquetas com os identificadores dos cabos devem ser coladas em ambas as extremidades dos segmentos de cabos a serem identificados A uma distância que permita que serviços de manutenção possam ser feitos sem a perda das etiquetas. Elas devem ficar em uma posição visível aos instaladores tanto nas áreas de trabalho quanto nos espaços de telecomunicações. As etiquetas devem ser impressas por meio mecânicos (identificações manuais NÃO são reconhecidas pelas normas.
29 29 Registros Genéricos: Os registros podem ser gerados e atualizados por computadores ou manualmente. Devem trazer as datas de criação e todas as mudanças devem ter as respectivas datas registradas. Os registros referentes aos componentes do cabeamento, encaminhamentos e espaços devem ser relacionados entre si e podem estar também relacionados a outros registros de outros sistemas do edifício como alimentação elétrica, arcondicionado, iluminação, sistemas de alarmes etc.
30 Registros Genéricos: Como mínimo, os seguintes registros para a infraestrutura de cabeamento devem ser gerados e atualizados adequadamente: Para cabos: localidades onde são terminados, tipos, identificador do cabo e pares; Para distribuidores: identificador, função, tipo, localidade e conexões; Para tomadas: identificador, tipo e localidade. Além dos itens anteriores, uma planta baixa do piso deve ser gerada, incluindo as posições dos distribuidores, encaminhamentos e tomadas de telecomunicações. Como opcional, registros adicionais podem ser gerados quando mudanças forem feitas no cabeamento incluindo encaminhamentos e espaços. 30
31 Registros de Cabos: De acordo com as normas ANSI/TlA/EIA-606-A e ISO/IEC l4763- I, os registros de cabos devem apresentar as seguintes informações: a) Tipo do cabo Óptico ou de cobre Exemplo: cabo de uso interno, externo, monomodo, multimodo, multipares de cobre, de quatro pares, blindado, sem blindagem b) ldentificação da capa ou núcleo Exemplo: de uso externo, núcleo do tipo tight ou loose (para fibras) c) Fabricante Exemplo: marca do cabo, número de parte do produto etc. d) Pares ou condutores danificados ou não encontrados 31
32 e) Comprimento Nota: O comprimento é um dado critico do cabo, uma vez que o desempenho das aplicações é dependente do comprimento. Essa informação deve estar presente no registro dos cabos. f) Classificação de desempenho Exemplo: classe, categoria etc. g) Identificação de pinos e pares em ambas as extremidades e nas emendas de cabos (quando aplicável) h) Localidade do aterramento i) Sistema de transmissão (quando aplicável) j) Identificador do cabo k) Referências a identificadores de distribuidores, tomadas, encaminhamentos e espaços 32
33 Registros de Tomadas de Telecomunicações: a) Classificação de desempenho (quando aplicável) Exemplo: classe, categoria etc. b) Fibra monomodo ou multimodo c) Cabos blindado ou sem blindagem d) Fabricante e código do produto (quando aplicável) e) Configuração de terminação do cabo na tomada de telecomunicações Exemplo: T568A, T568B, USOC etc. f) ldentificação de portas e cabos conectados g) Referências a identificadores de distribuidores, tomadas, encaminhamentos e espaços 33
34 Registros de Distribuidores: Os registros dos distribuidores devem apresentar as seguintes informações: a) Número de cabos disponiveis e usados, fibras ou pares Exemplo: essa informação pode estar disponível no registro para os distribuidores de campus, edifício e piso para cabos de cobre e para fibras Ópticas b) Fabricante e código dozproduto (quando aplicável) c) Número de condutores (para registros de serviços de voz nos distribuidores de campus e de edificio quando aplicável) d) Plano de face do rack ou gabinete e) Referências a identificadores de distribuidores, tomadas, encaminhmentos e espaços 34
35 35 Registros de Encaminhamentos: Os registros de encaminhamentos devem apresentar as seguintes informações: a) Tipo Exemplo: conduite (metálico ou plástico), calha, bandeja, Iadder rack etc. b) Dimensões c) Fabricante (quando aplicável) d) ldentificador do encaminhamento e) Comprimento f) Pontos de conexão ao sistema de aterramento g) Referências aos registros dos cabos instalados em um determinado encaminhamento
36 Registros dos Espaços: Os registros dos espaços devem apresentar as seguintes informações: a) Localidade dos espaços na infraestrutura de cabeamento b) Dimensões dos espaços c) Identificadores dos espaços Estes são os identificadores usados para marcar salas de telecomunicações (TR), sala de equipamentos (ER) e infraestrutura de entrada (EF). d) Equipamentos instalados nos espaços e) Tipo do espaço Exemplo: sala de telecomunicações, sala de equipamentos etc. 36
37 Identificação por código de cores: A codificação dos campos de terminação por cores pode simplificar o gerenciamento e a manutenção da infraestrutura predial de telecomunicações, tornando a administração da infraestrutura predial de telecomunicações menos complexa e mais eficiente. A codificação por cores dos campos de terminação é baseada na topologia de backbone e de cabeamento horizontal especificada nas normas TIA/EIA ISO/IEC, que permite uma conexão cruzada no cabeamento horizontal (no distribuidor de piso) e dois níveis de conexões cruzadas nos subsistemas de cabeamento de backbone. 37
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39 39 É importante salientar que essas cores, quando adotado este código para a identificação dos componentes e subsistemas do cabeamento de telecomunicações, devem ser usadas nas etiquetas que identificam o hardware de conexão associado ao componente ou subsistema marcado. Por exemplo, em uma sala de telecomunicações, os patch panels que distribuem o cabeamento horizontal devem receber etiquetas de cor azul em suas portas, para identificar que elas se referem ao subsistema de cabeamento horizontal atendido pelo distribuidor de piso presente na sala de telecomunicações em questão. Cabos, espelhos e caixas de superfície nas áreas de trabalho não precisam receber etiquetas baseadas no código de cores apresentado na Tabela anterior.
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