Introdução. Introdução a Sistemas de Banco de Dados. Introdução. Evolução. por Juliano Tonezer da Silva tonezer@(upf.tche.br, dinf.unisc.



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Transcrição:

Introdução Introdução a Sistemas de Banco de Dados por Juliano Tonezer da Silva tonezer@(upf.tche.br, dinf.unisc.br)! Utilização inicial dos computadores! dados numéricos! quantidade limitada de informações! processamento serial! poucos recursos para programação! ênfase no algoritmo! dados cativos dos programas! dados em segundo plano Evolução dados em maior volume maior variedade de informações meios de maior capacidade consultas mais complexas Introdução 1 Introdução 2 Introdução Evolução organização física para os dados índices, hashing, inversões operações próprias dos dados atualização, busca dados ainda cativos dos programas SISTEMAS DE PROCESSAMENTOS DE ARQUIVOS ênfase na economia de tempo e memória conjunto de dados relacionados compartilhamento usuários on line, e batch SISTEMAS DE BANCO DE DADOS autonomia dos dados em relação aos programas Evolução Sistema manual de arquivamento de registros Sistemas de Processamento de Arquivos Sistemas de Processamento de Banco de Dados Introdução 3 Introdução 4

Sistemas de Arquivos Introdução 5 Sistemas de Arquivos: limitações Dados de diferentes aplicações não estão integrados projetados para atender uma aplicação específica Inconsistência e redundância de dados Dados separados, isolados e duplicados Isolamento e dificuldade de acesso aos dados Os arquivos podem ser incompatíveis entre si Problemas de integridade Como implementar novas regras (restrições) quando as restrições atingem vários itens em diferentes arquivos? Problemas de atomicidade Como assegurar após uma falha que os dados sejam salvos em seu último estado consistente? Anomalias no acesso concorrente Problemas de segurança Introdução 6 Sistemas de Banco de Dados os dados são armazenados em um único local, em uma base única, chamada de banco de dados Introdução 7 Sistemas de Banco de Dados Solução para as limitações dos Sistemas de processamento de arquivos (ver slide 6) Independência de dados/programas Alteração dos dados afeta pouco os programas Não precisa recompilar o programa Tratamento dos dados em um nível mais alto Linguagens de consulta e/ou manipulação: SQL Representar mais facilmente as perspectivas dos usuários Introdução 8

Sistemas de Banco de Dados Usuários Sistemas de Banco de Dados: Usuários Sistema de Banco de Dados Programas de aplicação/consulta SGBD Software para processar consultas/programas Software para acesso aos dados armazenados definição do BD Banco de Dados Introdução 9! Usuário que controla SGBD! Administrador de Banco de Dados: em inglês (Database Administrator -DBA)! Usuários de Banco de Dados! Analistas de Sistemas! Programadores de aplicações! Usuários sofisticados! Usuários especialistas! Usuários navegantes (usuário final) Introdução 10 Usuário do SGBD: DBA Uma das principais razões da utilização de um SGBD é ter o controle central dos dados e dos programas de acesso a eles A pessoa que tem esse controle é chamada de Administrador do banco de dados [Korth & Silberschatz] Principal usuário de um SGBD, que é responsável pela manutenção de seus objetos Requer conhecimento técnico e paciência! Introdução 11 Usuário do SGBD: DBA Instalação e Configuração do Servidor... Definição e modificações do esquema e estruturas de dados Administração dos objetos do SGBD e BD Estruturas de armazenamento, esquemas, tabelas, Segurança: administração de usuários Autorização de acesso, coordenação e monitoração do uso Manutenção do Sistema Estratégias de Backup, restore; Monitoração de performance,... Introdução 12

Usuários de banco de dados! Analistas de Sistemas! Programadores de aplicações Interagem com o sistema através de chamadas DML! Usuários sofisticados Interagem com o sistema sem escrever programas; Formulam solicitações com linguagens de consultas! Usuários especialistas! Usuários sofisticados de aplicações não tradicionais,...! Sistemas especialistas, sistemas de base de conhecimento! Usuários navegantes! usuário final! Interagem com o sistema através dos programas aplicativos Banco de Dados: conceitos coleção de dados relacionados [Elmasri & Navathe] coleção de dados logicamente coerente e com algum significado inerente é projetado, construído e populado com dados para um objetivo específico representa algum aspecto do mundo real, algumas vezes chamado de minimundo [Golendziner] conjunto de dados que contém informações sobre um empreendimento particular [Korth & Silberschatz] Introdução 13 Introdução 14 Problemas no desenvolvimento de aplicações de banco de dados Problemas no desenvolvimento de aplicações de banco de dados (2) [Heuser] Introdução 15 [Heuser] Introdução 16

SGBD: conceitos SGBD = Sistema de Gerência de Banco de Dados em inglês: DBMS = DataBase Management System coleção de programas que permitem aos usuários criar e manter um banco de dados Coleção de dados inter-relacionados e um conjunto de programas para acessá-los [Korth & Silberschatz] Software que manipula todos os acessos ao banco de dados [Date] Software que serve para armazenar e acessar dados em um banco de dados [Heuser] SGBD: Funções " Redundância controlada " Compartilhamento de dados " Múltiplas interfaces " Restrições de Acesso " Restrições de Integridade " Restauração em caso de falha Novas Preocupações Introdução 17 Introdução 18 Conceitos e terminologia Modelo de dados Esquema do banco de dados Instância do banco de dados Independência de dados Linguagens de SGBD Classificações de SGBD Arquitetura de banco de dados Clienteservidor Estado da tecnologia de banco de dados Modelo de dados Característica fundamental de SGBD prover certo nível de abstração de dados, escondendo detalhes de armazenamento Modelos de dados principal ferramenta para obter esta abstração conjunto de conceitos que podem ser usados para descrever a estrutura de um banco de dados. estrutura do banco de dados tipos de dados relacionamentos restrições que devem ser mantidas sobre os dados deve incluir um conjunto de operações para especificar busca e atualização de dados. Introdução 19 Introdução 20

Esquemas e Instâncias Esquema do banco de dados descrição do banco de dados pode ser representado por um diagrama descreve apenas alguns aspectos Instâncias do banco de dados dados no banco de dados em um determinado momento. Introdução 21 MÉDICO cod_med Esquemas e Instâncias nome_med especialidade CONSULTA cod_med Cod_pac dia MÉDICO cod_med hora nome_med especialidade CONSULTA cod_med Cod_pac dia hora PACIENTE cod_pac nome_pac esquema Modelo relacional PACIENTE cod_pac nome_pac M1 JOÃO Pediatria M2 MARIA Cardiologia P1 ANA P2 JOSÉ M1 P2 10/3 14 M2 P1 11/3 16 Instâncias do banco de dados Introdução 22 Independência de dados Independência lógica de dados capacidade de mudar o esquema conceitual sem a necessidade de modificar programas de aplicação e esquemas externos apenas definição de visões e mapeamentos devem ser alterados exemplo: acrescentar um campo a um registro, acrescentar uma definição de tipo de registro Independência física de dados capacidade de mudar o esquema interno sem a necessidade de alterar o esquema conceitual (ou externos) exemplo: reorganização física de arquivos, criação de estruturas de acesso adicionais Introdução 23 Linguagens de SGBD linguagem de definição de dados (Data Definition Language - DDL) esquema conceitual e interno (na maioria das vezes) Linguagem de especificação do armazenamento (Storage Definition Language - SDL) Linguagem definição de visões (View Definition Language-VDL) esquema externo Linguagem de manipulação de dados (Data Manipulation Language - DML) alto-nível, não-procedural, declarativa orientada a conjuntos (set-oriented, set-at-a-time) linguagem de consulta baixo-nível, procedural orientada a registros (record-at-time) sublinguagem de dados, embutida em uma linguagem hospedeira Introdução 24

SGBD: Classificações Modelo de dados Rede, hierárquico, relacional, objeto-relacional, orientado a objetos e outros Número de usuários monousuário, multi-usuário Localização da base de dados centralizado: Cliente-servidor distribuído (SGBD) Generalidade Propósito geral Propósito específico Arquitetura de banco de dados Cliente-Servidor Multi-usuário Servidor de banco de dados Executa o SGBD Um computador contem todos os arquivos do banco de dados Clientes Executam as aplicações Trafegam na rede comandos de alto nível para o SGBD Vantagem Menor trafego de dados na rede Arquitetura atualmente em uso Introdução 25 Introdução 26 Arquitetura de banco de dados Cliente-Servidor X Relacional Todos os bancos de dados relacionais são cliente-servidor Relacional é a forma de o banco de dados armazenar e recuperar as informações Cliente-servidor é a forma de o banco de dados se relacionar com os outros programas (serviços de banco de dados) Estado da tecnologia de BD #Tecnologia básica já desenvolvida " Modelos de dados " Organização do espaço de armazenamento " Estruturas de acesso " Processamento de consultas " Processamento de transações " Cópias e reconstrução do banco de dados " (backup, recovery) Introdução 27 Introdução 28

Estado da tecnologia de BD (2) #Novos problemas para modelagem de projeto: " Complexidade dos dados " todos os tipos de objetos complexos " hipermodelos com múltiplos elos (WWW) " Técnicas inovadoras de visualização, navegação e manipulação " acesso à Internet " CD-ROMs " gravadores de vídeo/audio " rastreadores (scanners) " Flexibilidade de manipulação - usuários querem adicionar novas estruturas e relacionamentos " recuperação de informações interativas " realidade virtual Introdução 29 Estado da tecnologia de BD (3) #Novas aplicações de banco de dados: " Engenharia - CAD/CASE/CAE " Ciências " Biologia " Ciência da Terra " Sistemas de Informações Geográficas (GIS) " Educação - CAI " Educação à distância " Enciclopédias e Bancos de Dados Textuais " Multimídia/Visualização + Banco de Dados " Realidade virtual " Aplicações interativas Introdução 30 Bibliografia DATE, C.J. Introdução a Sistemas de Bancos de Dados: tradução (4ª edição americana). Rio de Janeiro: Campus, 1994. (capítulos 1 e 2) GOLENDZINER, Lia Goldstein. Conceitos de Bancos de Dados. Porto Alegre: CPGCC/UFRGS, 1996 (notas de aula) HEUSER, Carlos A. Fundamentos de Banco de Dados. Porto Alegre: CPGCC/UFRGS, 2000 (notas de aula) KROENKE, DAVID M. Banco de Dados: Fundamentos, projeto e implementação. Sexta edição (tradução). LTC Livros Técnicos e Científicos, 1999 (capítulo 1) SILBERSCHATZ, Abraham.; KORTH, Henry F.; SUDARRSHAN, S. Sistemas de Banco de Dados. 3ª ed. São Paulo: MAKRON BOOKS, 1999 (capítulo 1) Introdução 31