Duende, duende, duende, um príncipe diferente! NANA - Oi! Eu sou a Giovanna, a Nana! NINA - E eu sou a Nina! NANA - Ah, fala o teu nome inteiro, né, Marina! NINA - Ué, pra quê? Você acabou de dizer! NANA - Engraçadinha... Bem, nós vamos contar algumas histórias pra vocês... NINA - É. Histórias bem engraçadas! NANA - A primeira vai ser de um príncipe-duende! NINA - Não, Giovanna, é um duende-príncipe! NANA - Ah, tá Nina... NINA - É isso aí! NANA - Tá... Tudo começou com aquela brincadeira do e daí?. Sabe, aquela que a gente vai inventando uma história bem maluca? NINA - É. E acaba num final mais maluco ainda... NANA E NINA - Então, pode começar aí, Seu Locutor! SEU LOCUTOR - NanaNina em: Duende, Duende, Duende. Um Príncipe Diferente!
DUENDE, DUENDE, DUENDE, UM PRÍNCIPE DIFERENTE, QUE CAI NA FOLIA, QUE CAI ALEGRIA, CAI NA ARMADILHA DA IMAGINAÇÃO. NANA - Ah, um sapo, Marina! Um sapo que se transformava em príncipe! NINA - Não, duende. Bem pequenininho. NANA - Da onde que você tirou esta ideia maluca aí? NINA - Não posso contar... NANA - Por quê? NINA - Você não vai acreditar! NANA - Pode sim, eu acredito! NINA - Você não vai acreditar, Nana, eu sei... NANA - Ah, conta! Eu juro que acredito! NINA - Tá bom: tem um duende escondido debaixo da cama! NANA - Ai, Marina! Que mentira! NINA - Você falou que ia acreditar... Acabou de jurar, Nana! NANA - Mas não vale mentira esfarrapada, né? NINA - Ué, Nana, você quer que um sapo se transforme em príncipe e ainda diz que a minha mentira é que é esparrapada?
NANA - Não é esparrapada... é esfarrapada, Marina! NINA - Esparrapada. NANA - Não é esparrapada, Nina! NINA - Tá bom, tá bom... Esparrapada! NANA - É esfarrapada! NINA - Tá bom, Nana! ES-PAR-RA-PA-DA! NANA - Ai, meu Deus! Tá bem, mas um duende escondido? NINA - É. Escondido de pijama debaixo da cama, aqui em casa! NANA - Menos, Nina, menos... Não dá pra simplificar, hein? NINA - Dá: bem pequenininho... NANA - Espertinha! Que tal assim: era uma vez um príncipe maravilhoso, que morava num castelo... NINA - Um duende de pijama... NANA - Príncipe! NINA - Duende! NANA - Príncipe! NINA - Duende...
DUENDE, DUENDE, DUENDE, UM PRÍNCIPE PEQUENINO, O SEU DESTINO, VALENTE MENINO, É UM DESAFIO DO SEU CORAÇÃO. SEU LOCUTOR - E daí é que vocês precisam se decidir meninas. Nana, você está muito romântica! Só quer falar de príncipes e castelos maravilhosos! E você, Nina, podia ser um pouco menos sapequinha e deixar de pensar só em duendes e travessuras... Escolham: príncipe ou duende, duende ou príncipe, um ou outro, outro ou um, um ou outro, outro ou um, um ou outro, outro ou um... A GENTE É O QUE QUISER! VEM SER O QUE VOCÊ É! SER UM OUTRO NÃO DÁ PÉ! NINA - Tá bom, Seu Locutor, tá bom... Vamos misturar, então: que tal um duende mágico que morava num castelo? NANA - Daí, o duende se transformava num príncipe maravilhoso! NINA - Hummm, pode ser... Mas tinha que ser um príncipe bem pequenininho! NANA - Bem, então: era uma vez um príncipe bem pequenininho... NINA - Na verdade, ele era um pequeno duende que caiu numa armadilha e que... NANA - Mas e daí, ninguém sabia que era um duende, porque ele vivia num castelo maravilhoso com todas as honras de príncipe e...
NINA - Na verdade, ele era um Duende... NANA - Tá bom, tá bom, Nina! Anda pra frente! Continua a história... NINA - E daí, um dia, tinha uma festa na floresta! NANA - E daí, o Principezinho saiu de seu castelo e foi para festa da floresta... NINA - Mas, e daí, a floresta era encantada e, quando ele chegou na festa, estava com aquela cara de um pequeno duende... NANA - Mas e daí, mesmo assim, ele estava muito lindo com aquela roupa de príncipe... NINA - Daí, quando ele chegou, com aquela roupa de príncipe, mas com aquela cara de duende, o Rei Eduardo, que estava na festa, falou: Quem é você, ô meu? NANA - E daí, ele respondeu: Eu sou o Principezinho! Não está vendo, alteza? NINA - E daí, o rei falou: Ô, seu Duende, acho que você se enganou, hein? Isto aqui não é uma festa a fantasia, ô meu! NANA - Ai! Coitadinho, Nina! Tá bom... E daí todos riram do pobre do principezinho, que ficou num cantinho, bem triste, sem falar com ninguém, coitado, com aquela roupinha de príncipe... NINA - Com aquela carinha de duende... NANA - Daí, ele pensou em fazer alguma coisa... uma mágica encantada! NINA - Pô, Nana! Ele era duende, príncipe ou mágico, Nana?
NANA - Não, Nina, calma... Ele chamou a fada Elisa e pediu para ela fazer uma mágica, pra ele se tornar um belo príncipe! NINA - Quando a fada Elisa chegou, ela disse: Ô, Psite, por que você quer ser o que você não é, hein? Pare de ficar choramingando aí! NANA - Ai meu Deus! NINA - É isso aí! NANA - E daí, ela continuou, bem mais carinhosa, né, Marina: Amiguinho, não importa o que você é por fora, o importante é o que você é por dentro! O importante é sempre poder começar uma nova história! NINA - E daí a fadinha se mandou... NANA - Ai, Nina! NINA - Ah! Essa fadinha é muito safadinha! NANA - Safadinha é você! NINA - Tá bom, tá bom... NANA - Tá... E daí, então, ele teve uma grande ideia: tirou a coroa de príncipe, pôs uma touca de duende, pegou a viola e começou a cantar! NINA - Boa! Boa! Gostei! E daí a festa ficou muito animada... NANA - E todo mundo começou a cantar e a dançar: príncipes, princesas! NINA - Bruxos, bruxas! NANA - Reis, rainhas! NINA - A triste Branca de Neve...
NANA - A Cinderela, a Bela Adormecida... NINA - Ah, o Bicho Papão, o Saci Pererê e o escambau! NANA - E daí aconteceu uma mágica incrível: naturalmente, ninguém mais reparou no que ele era por fora. NINA - Mas, e daí, no final, nem ele sabia se era um belo príncipe ou um pequeno duende... NANA - Foi então que ele resolveu que ele seria ele mesmo: nem um pequeno duende, nem um belo príncipe. NINA - Então, toda a floresta e o Reino da Floresta, enfim, começou a chamá-lo pelo seu verdadeiro nome: O Pequeno Príncipe! NANA - Êpa, Nina... Mas esta história não tem nada a ver com a verdadeira história do Pequeno Príncipe! NINA - E daí, Nana, não importa! Não foi a sua fadinha que disse: O importante é o que você é por dentro, o importante é sempre poder começar uma nova história... NANA - Ah, Nina! Engraçadinha... NANA - Porque a vida é assim: a gente inventa a cada dia uma nova história, um novo fim!
DUENDE, DUENDE, DUENDE, UM PRÍNCIPE DIFERENTE, QUE CAI NA FOLIA, QUE CAI ALEGRIA, CAI NA ARMADILHA DA IMAGINAÇÃO. DUENDE, DUENDE, DUENDE, UM PRÍNCIPE DE PIJAMA, ESCONDE A FAMA DEBAIXO DA CAMA, E SE A NANA NANA NANA A NINA NÃO! A GENTE É O QUE QUISER! VEM SER O QUE VOCÊ É! SER UM OUTRO NÃO DÁ PÉ! DUENDE, DUENDE, DUENDE, UM PRÍNCIPE DA FLORESTA, VÊ SE EMPRESTA A TOUCA DA TESTA E TOCA ESTA FESTA E CANTE A CANÇÃO. DUENDE, DUENDE, DUENDE, UM PRÍNCIPE PEQUENINO, O SEU DESTINO, VALENTE MENINO, É UM DESAFIO DO SEU CORAÇÃO.